27 junho 2012

TRADUÇÃO DA ENTREVISTA DE KRISTEN A REVISTA ELLE ITALIANA!



Obs das Pervas.: Esta entrevista ao que parece foi levemente manipulada ao ser feita. Usem um senso crítico forte pois a forma com que a fala da Kristen foi escrita não está semelhante a forma que ela costuma utilizar, falando abertamente sobre assuntos, em especial Robert, do quais ela não tem o hábito de falar, ao menos não assim.
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A próxima edição da revista italiana ELLE, (scans) conta com uma entrevista com Kristen, que fala sobre como leva sua vida pessoal após o enorme sucesso da Saga Crepúsculo, sua carreira, seu relacionamento com Robert Pattinson, fazer cenas de sexo em Na Estrada – On the Road e muito mais.

Kristen se destaca por seu estilo - roupas lineares, moderada e gosto cosmopolita - ela tocou em alguns belos pequenos filmes independentes que também foram apresentados no Sundance Film Festival, que ela sempre participou mesmo que ela não estando na competição. "Eu não sou uma estrela", ela afirma. "Eu amo ser parte de um grupo que compartilha os mesmos projetos". Assim, não é surpresa quando ela diz "Eu queria interpretar Marylou a qualquer custo. On The Road tem sido fundamental para minha formação".

Ela é introvertida, capaz de se recusar a responder as perguntas que acredita serem inapropriadas ou triviais, mas também divertida, como quando ela aceita o prêmio de melhor beijo com Robert e diz que “fazê-lo novamente no palco, entre realidade e ficção, me envergonha. Eu tenho certeza que sentiria o mesmo”.

Kristen escolheu os melhores vestidos para Cannes, onde Rob, também, a aplaudiu em On The Road. Ela devolveu o entusiasmo para a atuação de Pattinson em Cosmópolis de David Cronenberg. “Eu fui visita-lo no set em Toronto”, diz ela, “e me encontrei fascinada pelo cenário e por Juliette Binoche. Eu reli o livro na minha viagem de volta no avião”.

Nós dois trabalhamos muito duro nos últimos meses”, diz ela. “Eu estava frequentemente em Londres para filmar Branca de Neve e o Caçador. É uma bela historia de sombras e medos. É emocionante sempre trocar de papéis e gêneros. Durante um ano, apesar do fato de que ainda tínhamos que terminar algumas coisas do último filme da saga Crepúsculo, eu estava profundamente absorvida em On the Road”.

Deixe-a falar sobre si mesma, porque se nós a enchermos com perguntas, ela se fecha como uma ostra. Ela é honesta e vulnerável, tudo que você tem a fazer é não irritá-la com a história habitual de adolescentes que querem o seu namorado. Ela tem interesses diferentes e animados, de pintura ("eu fico maravilhada diante de pinturas impressionistas. Museus turísticos são um verdadeiro feriado para mim"), a moda (ela adora Marios Schwab, Alexander McQueen, Monique Lhuillier e Christian Louboutin). Ela ri se você disser que pessoas em todo o mundo sabem seus gostos, como sua preferência por geleia de blueberry.
Mas não pergunte a ela o motivo por trás de algumas de suas expressões sombrias e sua tendência a se isolar, porque Kristen tem uma personalidade recatada genuína. Ela abre-se pouco a pouco, sua imensa fama lhe deu muito, mas é também uma arma de dois gumes. Ela admite ter "uma instintiva autodefesa contra intrusiva curiosidade da imprensa e alguns programas de TV que querem despoja-la".


Ela diz que quer seriamente ser atriz até ela ser muito velha. Ela tem 22 anos, ela vem dando e quer dar mais. "Foi ótimo estar em Cannes com o filme de Salles. Foi uma experiência que eu sempre vou levar comigo. Retratando um mundo, uma cultura, a juventude de muitos artistas que marcaram gerações inteiras, ir para a estrada com a equipe foi inestimável”.

Elle: Algum problema durante aquelas cenas de sexo explícito? (Na Estrada)

K: Não, porque o sexo não é a "chave" do filme - a alma e identidade dos personagens sim; e eu guardarei Marylou no meu coração para sempre. Ela é uma mulher que nunca mente no que diz respeito aos seu sentimentos, ela vive totalmente, ela é generosa, sem falsos esquemas. OTR (Na Estrada) é também um filme desesperadamente idealista e romântico sobre a juventude. É uma caminhada para a maturidade, com as mágoas e mudanças que ela traz.


Elle: Teve algum outro filme que te marcou?

K: Me casar e ter um bebe em Amanhecer não foi fácil. Eu ainda me sinto tão jovem... Além disso, eu vivi tudo isso no filme com o Rob meu parceiro real, então tudo foi mais complexo.


Elle: Como você escolhe seus papéis?

K: Depende dos scripts, do diretor e da possibilidade que eles me oferecem de não estar ligada a uma imagem. Como em Branca de Neve e o Caçador, a rainha de Charlize Theron Ravenna representa a aspiração mais distorcida do mal para imortalidade, enquanto Branca de Neve é a vida. A rainha levou suas ideias de sua mãe e de uma sociedade errada que pede que você seja sempre jovem e bonita. Este caminho leva ela a ser má e ao mesmo descontentamento e infelicidade de muitas mulheres de hoje em dia.


Elle: É fácil dizer isso aos 22.

K: Não é uma questão de idade, mas de verdade você tem que procurar. Haverá sempre mulheres que são mais jovens e mais bonitas que você. Você tem que estar aberta ao mundo e disposto a aceitar criticas. Minha Branca de Neve representa a solidão que muitas vezes se sente enquanto a buscam a real maturidade, a dificuldade de encontrar relações honestas, e a consciência amarga de que a aparência conta mais a cada dia.


Elle: Você é um modelo para muitas jovens. O que mais importa na sua vida? 

K: Viver pacificamente. Tentando superar meus medos. Crescendo como pessoa e ajudando os outros a fazerem o mesmo.


Elle: Você consegue viver uma vida normal?

K: Claro, desde que evite lugares com 100 paparazzi que estão à espreita. Eu saio sem ser notada com meus jeans, meu gorro, meu ritmo. As vezes me incomoda, mas o cinema me deu muito. Depende de você abrir este círculo de notoriedade de maneira positiva. Eu não sou a Bella, eu não tenho amor obsessivo e Robert não é o Edward Cullen.


Elle: Como estudante, que matérias você gostava?

K: Historia, historia da arte, literatura, ciências naturais... Eu também sempre gostei do mundo da moda, eu não estou falando do meio, mas da linguagem - moda como uma expressão de um estilo autêntico e de criatividade. Eu estou fascinada pelo grande trabalho de Stella McCartney, pelo estilo de Gucci, por Prada, por marcas legendárias que têm história, como Balenciaga. Não é frívolo, esses criativos estilistas criam beleza. A propósito, os livros são minha maior paixão. Eles me fazem companhia quando viajo a trabalho. Sempre tenho um na minha bolsa. Steinbeck e Carver são meus favoritos. Meus filmes geralmente tem raízes, literalmente. Eu sou fascinada por vidas errantes e radicais como a de Bukowski.


Elle: Você admitiu ser ambiciosa

K: Eu acredito que ser ambicioso é útil, isso significa que você acredita no que faz. Eu fiz pelo menos 20 filmes independentes. Eu acreditava em cada um deles, e cada um deles me deu alguma coisa. Eu aprendi como tocar guitarra para The Runaways. O fato de muitas garotas se identificarem com é Bella é bom. Ela gostaria de um mundo melhor e luta por isso. Eu gosto de ser capaz de dizer muitas coisas para garotas da minha idade através dos personagens que interpreto.


Elle: Você nunca desiste dos festivais, muitas vezes você faz meet and greet’s com seus fãs e consegue superar sua timidez…

K: Eu adoro conversar com as pessoas e falar sobre meu trabalho. Você não pode viver em uma torre de marfim. A fama é perigosa, mas o encontro verdadeiro com o publico não.


Elle: É verdade que durante anos sua atriz favorita era Gena Rowland, a mulher e musa de Cassavates?

K: Verdade. Eu sou uma cinéfila. Eu e meus amigos costumávamos ir ao cinema para assistir os filmes de Godard e estudar o estilo das atrizes inglesas como Julie Christie e as atrizes francesas: Anna Karina era especial. Todas elas tinham estilo.


Elle: Por que você quis se tornar atriz?

K: Meus pais trabalham no ramo, parecia um mundo absolutamente criativo, feito de muitas coisas, não somente ambições e grandes egos. Minha mãe me passou totalmente a paixão por scripts. Eu lia os dela e me apaixonava pelo personagem, eu estudava ele/ ela. É um processo incrível. Foi ai onde a possibilidade de contato com o publico saltou.


Elle: A regra número um em sua vida?

K: Ser honesta. Comigo mesma, com os outros, com meu namorado, com meus colegas. Eu não quero hipocrisias e falsidades. Eu só fico irritada quando as pessoas não querem falar sobre coisas que realmente importam para mim e somente me usar como objeto de fofoca. Robert e eu crescemos junto, e juntos passamos por muitas experiências, mas sempre fomos honestos com nosso trabalho e afrouxamos qualquer pressão. Eu adoro personagens difíceis e gosto de ser honesta quando os retrato.


Elle: Sua agenda agora vai seperar você e o Rob novamente. Isso assusta você?

K: Não. É a nossa vida e é assim que acontece. Eu tenho cada vez menos medos e inseguranças. Eu acordo de manhã e sempre como pão e geleia de blueberry. Mas eu gosto de roupas ousadas nos tapetes vermelhos, mesmo que eu me sinta menos sexy e carismática que Charlotte Gainsbourg, eu amo a sua graça.


Elle: Quais são seus próximos projetos?

K: Vou trabalhar em um filme dirigido por Nick Cassavetes, filho do maravilhoso John. E vou fazer longas caminhadas com Rob e seu adorável cão.


Post: Mel

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