26 junho 2012

BELLA PROBLEMA X EDWARD SOLUÇÃO - CAPÍTULO 16

Boa noite pervinhas!! Que tal acompanhar a festa a fantasia dessa família muito loucaaaaa?!! Ótima leitura!

Autora: Lunah 
Classificação: Maiores de 16 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 16 - 2ª Fase: Capítulo 3 - Um Louco Baile à Fantasia
Bella’s POV
– Eu não apertei com tanta força assim, não seja infantil. – Respondeu Edward, dando de ombros, como se tivesse feito a coisa mais normal do mundo.

– Do que você está falando? Você pegou na minha bunda, eca! Seu maníaco pervertido! – Esbravejei, esperando que ele caísse na real.
O imbecil do Cullen apenas gargalhou e eu fiquei totalmente perdida.
– Eu estou ensinando você a como se portar. Isso faz parte da aula. Queria saber como você iria reagir se alguém lhe apalpasse.
– Eu sei bem o que fazer. Enfiar a mão na cara do sujeito, como vou fazer com você agora. – Levantei-me.
– Relaxa aí, não precisa partir pra agressão. Você só precisa, lentamente, retirar a mão do Jake, ou seja lá quem for o maluco que tiver coragem de pegar na sua bunda. Isso funciona bem, é como se você falasse: calminha, eu não quero, AINDA. –
Esfreguei o rosto com as mãos, tentando entender porque eu ainda não havia matado o Edgayzinho, afinal, ele estava praticamente pedindo.
– Vamos voltar para a aula? Temos muito trabalho pela frente. – De repente ouvimos batidas na porta do quarto. Edward não se estressou, logo foi para o meu banheiro e escondeu-se lá.
– Vamos alugar nossas fantasias! – Alice disse sem cerimônias, quando abri a porta.
– Agora? – Perguntei chateada. Pouco me importava a fantasia. Eu estava mais era interessada nas aulas, na esperança de que elas me ajudassem realmente com Jake.
– Lógico, muitas pessoas de Verona irão a esse baile, não vai sobrar boas fantasias. Vamos, vamos, vamos! – Pediu minha prima saltitando.
– Alice, vamos outra hora. Agora eu estou com muita dor de cabeça. Me deixa em paz, valeu?
Ela bufou e pensei que a maluca fosse me esfaquear pelo jeito que me olhou.
– Tudo bem, volto em 5 horas. Se você não melhorar até lá, te trago uma fantasia de princesa. – O sorriso voltou ao rosto da Fofolete.
– Nem morta que uso uma porcaria daquelas, não vou nem animar festa infantil! Além do mais, eu já sei qual fantasia vou usar. – Afirmei segura.
– E qual será?
– Shrek.
Alice gargalhou por alguns segundos e fiquei parada apenas observando. Então, abruptamente, ficou séria.
– Ah meu Deus! Você não está brincando!
– É lógico que não! – Fechei a porta na cara dela. Não estava a fim de ouvir outro típico sermão de Alice sobre moda, preferia o suicídio. Tranquei bem a porta e Edward logo veio ao meu encontro.
– Você só pode fazer isso para me irritar. Eu tenho o maior trabalho em te ensinar a como ser gente e você fala que vai fantasiada de Shrek! – O Cullen parecia mesmo chateado enquanto gesticulava.
– O que tem demais? É legal!
– Você pode ir alugar a fantasia com Alice, mas se vier com uma fantasia de Shrek ou coisa parecida, considere nosso acordo desfeito!
– Calma EDIZINHU, eu penso no que vestir depois. Mas cá entre nós, você deveria ir de palhaço, ficaria perfeito. – Zombei, não dando importância às ameaças dele.
Nós passamos a maior parte do dia trancados no meu quarto.
Algumas vezes fomos interrompidos por Carlisle, mas o Cullen escondeu-se bem. Havia sido um dia produtivo, segundo ele. Eu achei uma verdadeira palhaçada. Tive que dançar mais algumas vezes, colocar inúmeras moedas no pote de palavrão devido minha tendência a xingá-lo e praticar meu novo jeito de andar, que ele define como “desfilar”. Edward me ensinou alguns truques de como chamar a atenção dos homens. Como, por exemplo, deixar escorrer um gota de bebida da boca, destacando-a em meio a uma conversa. Aturei críticas absurdas do meu patético professor e, por fim, Edward me deu algumas dicas de como me portar perto de Jake, que eu resolvi resumir, para facilitar a lembrança, em apenas: não falar palavrão, não ficar muda, não contar piadas, não perguntar sobre a família dele, não babar (o que acho difícil), nunca pegar nos cabelos dele, e, principalmente, não demonstrar que estou apaixonada.
NOSSA! Será que vou conseguir lembrar de tudo isso?
Edward’s POV
Já eram quase 20h e eu estava no meu quarto, puto comigo mesmo. Como eu pude esquecer de alugar minha fantasia?
Caramba, eu fiquei tão distraído com as aulas de Bella que havia esquecido até de comer. Sentei-me frustrado na minha cama, já considerando a possibilidade de ser o único a não ir ao tal baile.
Então, Emmett entrou no quarto sem bater.
– Com licença, comandante! Permissão pra adentrar o recinto! –
Encarei-o contra a minha vontade. Ainda estava chateado com meu irmão, não conseguia acreditar que ele foi capaz de anunciar, em alta voz, que eu estava impotente. Como alguém podia ser tão desastroso? Eu passei toda a minha vida aturando as loucuras de Emmett, mas, ultimamente, estava sem paciência, já que Bella absorvia toda ela.
– O que você quer? – Murmurei olhando em direção a janela.
Ele sentou-se ao meu lado e suspirou.
– Você ainda não está pronto para o baile? Quase todo mundo já está esperando na sala. Eu pensei que tinha sido o único a se atrasar.
– Eu não vou, esqueci de alugar a porcaria da fantasia. Vou avisar ao Carlisle. – Levantei-me.
– Espera, como não vai? Não vai ter graça se você não for. Quem vai zoar a mulherada comigo? – Emmett pareceu-me decepcionado.
– Eu já falei mano, não tenho fantasia.
Emmett coçou a cabeça por alguns segundos, provavelmente pensando, se é que isso é possível.
– Se você não for ao baile, eu também não vou! – Afirmou ele, me deixando surpreso. Ele nunca havia rejeitado uma festa antes, será que Emmett estava drogado outra vez?
– Pode ir Emmett, está tudo bem. – Sorri. Minha mágoa havia sumido quase que totalmente. Eu nunca imaginei que ele deixaria de “pegar umas garotas” por minha causa.
– Quer saber? Nós vamos a essa festa sim! – Ele, empolgado, levantou-se.
– E eu posso saber como?
– Você irá com a fantasia que eu aluguei, e eu vou improvisar uma. Já tenho até uma idéia. – Lá estava um largo sorriso no rosto do bisonhento. – Vou buscar a fantasia. Não sai daqui. –
Eu tentei impedi-lo, mas Emmett saiu do quarto correndo. Em um minuto, já estava de volta.
– Está aí. – Falou ele, jogando a fantasia em cima da cama.
– Emmett, você tem certeza? – Perguntei, um pouco emocionado.
– Absoluta! – Respondeu, todo orgulhoso. Sim, eu tinha que admitir, meu irmão havia salvado a minha pele.
– Obrigado, mano.
Ele deu de ombros e saiu.
Suspirei, olhando para a fantasia em cima da cama. O que será que Emmett estava pensando quando escolheu-a? Foi aí que ele retornou, correndo e, subitamente, me deu um abraço muito apertado. Sorri e correspondi o abraço. Era bom sentir que minha briga com ele não havia afetado nossa amizade.
– Eu te amo. – Murmurou ele, com sua voz grossa.
– Emmett, desculpa cara, mas não vai rolar. Eu sou muita areia pro seu caminhão. – Respondi, rindo.
– Foi mal, eu sei que tenho a boca grande. Eu não sou burro como todo mundo diz. É que eu faço as coisas sem pensar. Pensar me dá dor de cabeça. – Falou timidamente, ainda me abraçando.
– Tudo bem, cara. Você é gente boa! – Consolei-o. – Emmett, pode me soltar agora. – Pedi, sentindo minhas costelas doerem.
Além do mais, eu já havia broxado. Agora estava de abracinhos com Emmett? Cara! Eu estou virando uma bichona!
Ele me soltou, pigarreando e constrangido. Notei que ele pensou o mesmo que eu.
– Cara, estamos virando bi...
– Pelo amor de Deus, não complete essa frase! – Interrompi.
Emmett caminhou em direção à porta e, antes que ele saísse, falei baixinho.
– Eu também te amo, cara.
– Edward, você não faz meu tipo, tenta o Jasper! – Respondeu ele rindo.
Em questão de minutos eu já estava pronto. A fantasia não era complicada. Só quando me olhei no espelho, vi o quão ridículo eu estava fantasiado de caçador. Calça cáqui, blusa xadrez vermelha, botas pretas, boné e uma ridícula espingarda de plástico. Com certeza, a minha fantasia seria a mais absurda do baile.
– Edward, o Jake já chegou. Está te esperando no jardim. – Falou Emmett, aparecendo na porta. Então, percebi que estava errado. A minha fantasia não seria a mais absurda da festa, já que meu irmão vestia um macacão jeans, blusa de listra azul e vermelha, uma estranha peruca ruiva e, por incrível que pareça, uma enorme faca na mão.
– Que porcaria é essa? Você é um peixeiro? – Perguntei, erguendo uma sobrancelha.
– Não, sou o Chuck, o brinquedo assassino! – Ele ergueu a faca e rosnou. – Dê-me o poder, eu imploro!
FALA SÉRIO! Ele tinha que imitar a típica frase do Chuck?
Revirei os olhos e arrastei Emmett para a sala. Não queria atrasar o resto da família.
– MEU DEUS! – Falei, ao avistar Jasper com uma bermuda vermelha, suspensório, camisa amarela, gravata borboleta e um chapeuzinho bem gay. Balancei a cabeça constatando que ele era o pinóquio.
– Cara, quem fez essa maldade com você? – Perguntou Emmett ao meu lado.
Jasper não respondeu, apenas sinalizou com a cabeça em direção à Alice, que sorria alegremente, fantasiada de Power Ranger rosa. Eu confesso que achei bem a cara dela.
– Jasper, você agora é um menino de verdade, fique feliz! – Zombei satisfeito por minha fantasia não ser tão ridícula quanto a dos meus irmãos.
– Oh, não fale isso, eu achei que ficou mega fofuxo. – Alice alisou o braço do meu irmão, que não parecia nada contente.
– Onde está nossa mãe e Carlisle? – Perguntei, sentando-me no sofá.
– Eles já vão descer. – Respondeu a anãzinha, segurando o típico capacete rosa dos Power Rangers.
– Eu vou na cozinha pegar umas bebidas pra nos deixar no pique. – Informou Emmett, antes de sair.
Eu sabia que Jake me esperava fora da casa e me perguntei onde estaria Bella, precisávamos colocar nosso plano em prática.
Suspirei impaciente, prevendo que ela havia escolhido uma fantasia horrorosa só para fazer todo o meu trabalho ser em vão.
– Alice, cadê a pirralha da Bella?
– BELLAAAA! – Berrou ela, em direção às escadas.
– EU JÁ ESTOU DESCENDOOOO! – Gritou de volta a filha do capeta.
Levantei-me e dei alguns passos, procurando um ângulo melhor.
Queria avistar Bella antes de todos, na tentativa de barrar sua provável fantasia de Shrek.
– Segura Edward! – Falou Emmett, jogando-me um Red Bull.
Foi aí que o inesperado aconteceu. Bella desceu as escadas.
Meus olhos não creram. Aquela era mesmo a pirralha?
Instintivamente abri o Red Bull e senti ele espirrar contra minha face. Não consegui reagir diante da visão à minha frente.
Bella usava um vestido preto, um pouco acima dos joelhos, levemente decotado, com alguns babados brancos, corpete vermelho, meia calça preta, botas cano longo, e, por fim, uma longa capa vermelha com capuz. O que era aquilo em sua mão direita? Um cestinho? Ela estava usando maquiagem? Eu estou em outra dimensão?
– Minha idéia... – Pude ouvir a voz de Alice, mas não consegui fitá-la. – ...CHAPEUZINHO VERMELHO DO MAU!
RESPIRE EDWARD, RESPIRE!
Ordenei para mim mesmo, em vão. Meu olhar estava fixado na imagem inacreditavelmente sexy. De onde a pirralha tirou aquelas coxas e aquele busto?
Ok, sente-se Edward, antes que todos percebam que, definitivamente, você não é mais um broxa.
– WOW! – Gritei ao sentir que não havia sofá algum abaixo de mim. Meu corpo desabou, me fazendo cair sentado.
Cara, eu devo estar com a maior cara de panaca!
– O que foi? – Perguntou Bella, encarando-me confusa.
Emmett me salvou, falando exatamente o que se passava em minha cabeça.
– Bella, você está... gostosa? Como isso é possível? – Emmett me puxou do chão, já que tive dificuldades para levantar.
Todos gargalharam e eu fingi gargalhar também, mas na verdade estava confuso pela minha estranha reação à fantasia da Swan.
– Eu tenho mesmo super poderes. – Disse Alice, orgulhosa de si mesmo, enquanto Bella, totalmente corada, tentava disfarçar seu constrangimento.
Bella’s POV
Eu não conseguia acreditar que estava vestindo a estúpida fantasia escolhida por Alice. Eu deveria estar horrorosa, já que Edward quase desmaiou de susto ao me ver. Ainda assim, o comentário do serial killer me deixou extremamente envergonhada. Como alguém podia achar que eu estava gostosa com essa maquiagem preta de emo nos olhos, vestido pavoroso e um cestinho medíocre? Tudo bem que o cestinho serviu pra eu guardar o maldito pote do palavrão, mas, ainda assim, eu devia estar longe da definição de bonita. Oh Deus, espero que o Jake também não se assuste!
– Vamos crianças, já estamos atrasados! – Exclamou Carlisle do alto da escada. Precisei piscar os olhos algumas vezes para acreditar.
– AHAHAHAHAHAHAHAHAH! Carlisle cara, você está vestido de Teletubbie... espera... espera de... Tinky Winky? – Emmett já ofegava, devido às risadas.
Não deu pra controlar, meu pai estava ridículo. Eu achei que meu corpo ia explodir de tanto que eu ri.
– Pai, você vai fazer a alegria da criançada? – Questionou Rosalie, vindo da sala de jantar, vestida de coelhinha da Playboy.
Revirei os olhos, aquilo parecia ter sido mesmo feito para ela.
– Porque Rose? Não gostou? Eu achei que ia ficar legal.
– Carlisle, acredite, está patético! – Interferi, me perguntando o que havia feito meu pai pensar que se vestir de Teletubbie seria legal.
Minha pergunta foi respondida quando avistei Esme, que apareceu por trás de meu pobre e iludido pai, abraçando-o.
– Eu achei que ia ser divertido, já que Carlisle é sempre tão formal. – Tagarelou a mosca morta.
– MÃE? – Gritaram os irmãos Cullen, deparando-se com a anta da Esme vestida de enfermeira safada.
Confesso que até eu fiquei meio chocada ao perceber que a mosca morta não estava tão morta assim. Seu vestido de enfermeira era mais curto que o meu e a meia calça vermelha chamava mesmo a atenção.
Foi hilário ver a cara dos tapados dos Cullen, provavelmente nunca imaginaram que veriam sua mãe daquele jeito.
– Nunca mais vou conseguir fantasiar com uma enfermeira safada. – Eu pude ouvir Emmett sussurrar pelo canto da boca para Jasper, que mantinha os olhos arregalados em direção a Esme.
– O que foi? Por que o espanto? Só porque eu sou mãe de vocês não significa que eu não posso ser um pouco mulher? – Defendeu-se a mosca não tão morta.
– Mas você não podia ser um pouco mulher com um vestido menos curto? – Gesticulou Edward, nervoso.
– Eu achei que ela ficou linda. – Meu pai defendeu-a.
ECA! Se ele estava vestido de Teletubbie e ela de enfermeira, eu nem queria imaginar o que aqueles dois fantasiavam entre quatro paredes.
– PELO AMOR DE DEUS, VAMOS EMBORA! – Pedi, antes que eu viajasse na maionese.
Para o meu alívio, todos fomos para fora da casa e quando avistei Jake no jardim, encostado em seu Austin Martin, meu coração acelerou, minhas pernas fraquejaram, e um misto de entusiasmo e vergonha me dominou.
Petrifiquei na entrada da casa. Pela minha visão periférica, vi que Edward também estava rígido ao meu lado. Virei-me para encará-lo e, por coincidência, ele fez o mesmo.
Só aí percebi a grande piada do destino, e não fui a única.
– PUTA MERDA! – Falamos ao mesmo tempo.
Eu estava fantasiada de Chapeuzinho Vermelho, Edward de caçador e Jake,... pasmem, ou não... de lobo.
Ao longe, pude ouvir a gargalhada do lindo homem, mas não tive coragem de encará-lo. A essa altura ele já havia notado a ridícula coincidência de nossas fantasias. Me forcei a erguer a cabeça e dar uma checada rapidinha na fantasia do meu amado, na esperança de que ele não estivesse fantasiado de lobo e sim, de algo parecido, algo que pudesse ser confundido com um lobo.
Jacob vestia uma calça de couro marrom, um grande casaco de pele em tons acobreados aberto, exibindo seu peito nu e definido, vários cordões indígenas, e , por fim, uma máscara de lobo, que lhe cobria apenas a parte superior do rosto, deixando à mostra seus lábios carnudos.
NÃO DAVA PARA CONFUNDIR COM UM CACHORRO, ELE ERA MESMO UM LOBO, UM LOBO MAU AOS MEUS OLHOS.
Suspirei, buscando em mim, confiança para enfrentar aquela noite.
– Relaxa, é só fazer o que combinamos. – Murmurou Edward, pelo canto da boca.
Eu ia responder que estava pronta, mas aí todos os meus planos foram por água abaixo quando vi a nojenta da namorada do Jake sair do carro, fantasiada de mulher gato.
Eu ia desistir ali mesmo, não ia dar pra mim. Enfrentar meu lobo já era difícil, com a namorada filha da mãe do lado, era impossível. Dei um passo para trás, me preparando para voltar pra dentro, mas Edward me deteve, segurando-me pelo braço.
– Vai fugir agora? – Perguntou ele sério.
– Sim! Você não me falou que a cabelo de fogo ia no baile também! – Esbravejei, derrotada.
– Eu não sabia, ok? Preocupe-se apenas com Jake, nós daremos um jeito na ruiva.
Não pude dizer “sim ou não”. O Cullen caçador me puxou em direção ao carro do homem de sorriso perfeito, enquanto os outros dividiam-se entre o carro do meu pai e o jipe de Emmett.
(...)
Estacionamos e fiquei deslumbrada com a linda mansão. Pela quantidade de carros, notei que o baile estava lotado. Como esperado, eu não consegui falar durante o trajeto de nossa casa até a mansão. Isso parece ter deixado o meu patético professor chateado. Por mais que eu quisesse, não conseguia falar com Jake perto daquela nojenta de cabelo cor de fogo, que passou a viagem inteira falando sobre a própria fantasia, lógico, só para barganhar alguns elogios do babaca do EDZINHU e do seu futuro EX-namorado.
Não demorou para que todos nós nos reuníssemos quando adentramos o salão de festas. Minhas especulações estavam corretas, o baile estava lotado, música animada tocando, diversas fantasias e muito luxo sendo ostentado.
– OH... MEU... DEUS! DR.CARLISLEEEEE! – Veio gritando em nossa direção, um pavão. Sim, um sujeito baixinho, cabelos encaracolados vermelhos, branquelo, cheio de sardas e vestindo uma fantasia horrorosa de pavão.
– Olá, Marius! – Cumprimentou meu pai.
– HU!... OHOHOHOHOH! – Bastou ele rir pra eu notar o porque da fantasia de pavão. Marius era uma bichona! – Meus amores, que honra obscena recebê-los aqui. Por favor Carlisle, me apresente sua família. – Pediu o anfitrião, enquanto soprava uma pena de pavão em suas mãos.
Edward’s POV
Meu Deus, que figura era aquela? A fantasia de pavão não fazia jus ao seu jeito escandaloso de rir e falar. Carlisle nos apresentou formalmente, mas eu duvidava que ele lembrasse todos os nomes. Ele mais parecia interessado em nossas fantasias.
– Estão todos explodindo de lindos, inclusive você, Dr. Carlisle, amei de paixão sua fantasia de Teletubbie, isso foi para me agradar? Eu realmente adoro o Tinky Winky, durmo com ele toda noite. Nossa, sua noiva de enfermeira safada, hein? Que fantasia absurdamente absurda! Carlisle, seu danadinho!
Eu tive vontade de rir da cara do Carlisle, constrangido, mas me contive, na esperança que Marius não viesse falar comigo.
Porém, ele continuou a analisar nossas fantasias.
– Nossa Dr., seus filhos são lindos! – P pavão nos fitou com um largo sorriso, até que ele estagnou em frente à Emmett. – Que fantasia linda, qual é?
– Chuck, o brinquedo assassino! – Respondeu ele, emburrado, fazendo questão de exibir a faca.
– Ui, que delíciaaaa, parece o bonequinho que mamãe não me deu. HU!... OHOHOHOHOH! – Marius gargalhou espalhafatoso mais uma vez. Passou a pena de pavão no corpo do meu irmão mais velho. Não agüentei, caí na gargalhada. Pra que eu fui fazer isso? O som da minha risada chamou a atenção do pavão. – A sua fantasia eu já sei qual é querido, é um caçador, hum... podemos brincar de caçar, o que você acha? Eu sou um lindo veadinho indefeso, você me caça, me mata e me come! –
Que sacanagem! Agora todos riram, menos eu. Marius passou a pena no meu rosto e fiz uma careta.
Quando o anfitrião avistou Jasper ao meu lado, pude perceber que meu mano estremeceu.
– QUE COISA MAIS LINDA, PAIZINHO DO CÉU! Um pinoquinho! Me responda, meu amor, onde está seu pauzinho... desculpe... quero dizer, seu narizinho de madeira? HU!... OHOHOHOHOH!
– Eu não tenho, eu não minto! – Afirmou Jasper, em um fio de voz. E ele não escapou da pena de pavão passada pelo corpo.
Esquivei-me para poder ver a cara de Jake, quando a bichona fosse fazer piada da fantasia dele.
– Que homem enooorme! Olha só gente, ele é um lobinho. – Marius também passou a pena pelo meu amigo, que a deteve com uma mão. Jake o encarou carrancudo e Marius sobressaltou. – AAAHHHHH, minha santíssima Madonna! O bofe é literalmente uma fera, morri. AAAAAAUUUUUUUUUUU! – Sim, o pavão aviadado uivou e Jake não gostou nadinha. Eu e Emmett até tentamos segurar a gargalhada por educação, mas foi impossível.
– Não se assustem pessoal, Marius é apenas brincalhão. – Interveio Carlisle.
– Você tem toda razão, Dr.Carlisle, eu adorooo uma brincadeirinha. Ui! – Ele estremeceu.
– O que acha da minha fantasia, Marius? – Perguntou Rosalie, abanando o rabinho de coelhinha.
– É, combina com você, meu amor. Mas eu sempre quis saber quem ganharia a luta, mulher gato ou Power Ranger rosa. – Respondeu ele com descaso. Foi então, que encarou Bella, sorridente e feliz pelas piadas destinadas a nós. – Capuz vermelho, cestinho, vestidinho preto? Não me diga que você é uma chapeuzinho vermelho masoquista.
– Não! – Bella parecia ofendida. – Sou uma chapeuzinho vermelho do mau.
– Meu bem, desculpe decepcioná-la, mas você está mais pra uma chapeuzinho vermelho masoquista, aceite!
Bella encarou, furiosa, Alice, que deu de ombros como se falasse “é, parece mesmo”.
– ESPERA UM POUCO! – Marius berrou, pondo as mãos no ar. – Chapeuzinho vermelho masoquista, lobo hiper mau e caçador gostoso? Isso foi combinado? Posso ser a vovózinha?
– NÃO! – Respondemos os três, estranhamente, ao mesmo tempo. E isso despertou outra gargalhada histérica na bichona.
Olhei à minha volta e notei que a maior parte das pessoas não estavam fantasiadas, elas eram mesmo travestis e drag queens!
Tive vontade de falar mais palavrões que Bella. Cara, como eu ia tirar o atraso se o universo conspirava contra mim?!
Puxei rapidamente Emmett para um lado e sussurrei.
– Mano, só por garantia, não fique com ninguém dessa festa!
– Porque, Edward? Poxa cara, já tem até umas totosas me encarando ali. – Apontou ele e, quando eu olhei as tais totosas de Emmett, me perguntei como era possível que a anta do meu irmão não percebesse que eram drag queens.
– Tudo bem, seu animal, pega suas totosas, mas se você for picado por uma cobra, não vem me encher o saco depois. – Esbravejei me distanciando.
– Ei, o que você quis dizer com uma cobra? – Perguntou o bisonho, me seguindo.
Bella’s POV
Eu estava largadona em uma cadeira com uma cerveja na mão.
Na mesa comigo estavam Edward, Alice, Jasper, Jake e a tal Susan. Emmett e Rose dançavam. A festa, para mim, estava uma droga! Já havia passado metade da noite e eu mal consegui falar com Jake, nos limitamos apenas a alguns cumprimentos formais.
Era impossível me aproximar com a porcaria da ruiva no pé dele.
Porém, o que mais me preocupava era o fato do meu pai estar sempre com um copo de champanhe nas mãos. Carlisle não era de beber, no entanto, eu já havia perdido as contas de quantas taças ele havia tomado. Ele dançava animado na pista com a não tão mosca morta. Caramba, eu nem sabia que Carlisle dançava! Se meu pai estava se divertindo mais que eu, só podia indicar uma coisa. Meu acordo com Edward estava sendo um fracasso total!
Encarei o Cullen, que conversava animado com seu amigo algo sobre rachas. Em seguida, desviei o olhar para a tal da Susan, que parecia tão entediada quanto eu. Eu não podia mais perder tempo, Jake estava bem ali na minha frente, lindo, e tudo que eu estava fazendo era observá-lo conversar com o imbecil do Edward? Hora de fazer algo por mim mesma.
Puxei Alice para um canto e fui logo desabafando.
– Eu vou morrer, juro que vou morrer se tiver que passar mais 10 minutos olhando para aquela vaca ruiva!
– Calma Bella, o Jake não parece dar tanta importância para ela. – respondeu a Fofolete.
– Ainda assim, ela está me atrapalhando, não pára de abraçar meu Jake, eu tenho vontade de enfiar essa taça no nariz dela só pra ver o que acontece! – Disse irritada.
Alice e eu direcionamos o olhar para a mesa onde os demais estavam sentados e observamos, impotentes, Susan beijar Jake, como se marcasse território.
Eu ia explodir em ciúmes.
– Já chega, eu vou descer o cacete! – Falei, indo em direção ao casal. Infelizmente, Alice me deteve.
– Calma chapeuzinho, eu tenho um plano.
Ergui uma sobrancelha, confusa.
Alice caminhou até a mesa e eu a segui.
– Susan, eu vou até o banheiro, você não quer ir comigo? – Alice fez sua típica cara de pidona. Quando ela queria, era mesmo persuasiva.
A vaca de cabelo cor de fogo fitou meu Jake, sorriu e respondeu.
– Tudo bem, eu estava mesmo querendo ir.
Eu não acreditei que Alice havia conseguido tirar Susan da mesa. Logo, meu entusiasmo voltou. Encarei Edward com um olhar do tipo “pelo amor de Deus, me inclui na conversa!”. Para minha felicidade, ele entendeu a mensagem.
– Jake, Bella nunca participou de um racha. – Afirmou ele, vendo-me sentar na cadeira que, antes, Susan havia ocupado.
– Sério? Você não corre? Quero dizer, não tem coragem de participar de um racha? – Perguntou ele, com aquele sorriso maravilhoso. Suspirei, perdendo-me em sua beleza. Quase babei, mas fui abruptamente alertada pelo Cullen, que me chutou por debaixo da mesa.
– Sim, tenho coragem, só nunca fui convidada para um.
– Jasper, vamos pegar umas bebidas. – Edward puxou o irmão pinóquio pelo suspensório. Eu quase gritei de felicidade. Eu estava, finalmente, a sós com meu sonho de consumo.
– Eu posso te convidar. Se você quiser participar é fácil, difícil mesmo é ganhar de mim.
– Não duvido disso, você deve ser bom em muitas coisas. – Respondi tirando o capuz da minha cabeça e passando as mãos pelos cabelos, suavemente. Tive o prazer de observar Jake engolir seco. Minha nossa, ele estava mesmo prestando atenção em mim?
Peguei uma taça de champanhe e fingi deixar uma gota escorrer pela minha boca. Aquilo foi uma das coisas que aprendi com Edward durante o dia, e, por incrível que pareça, funcionou do jeitinho que ele havia me explicado. Meus lábios chamaram a atenção do meu lobo.
– Você está tão diferente...– Sussurrou Jake.
– Eu não estou diferente, é que, bem... quando você me conheceu eu não estava sendo eu mesma. – Nossa, de onde eu tirei essa?
– Entendo, mas devo confessar que você ficou muito bonita vestida de chapeuzinho vermelho. – Falou ele, meigo, tocando o capuz da minha capa. Eu quase desmaiei de contentamento.
Pude sentir meu rosto corar.
Eu estava animadíssima, porém, tentei disfarçar o máximo possível.
– Ah, não. Fiquei meio engraçada.
– Se você chama sexy de engraçada, então, definitivamente, você está engraçada. – Disse ele, bebendo um gole de champanhe.
Eu estava no céu, até me sentia flutuar. Jake estava mesmo me elogiando? Santo Deus, e isso só por causa de uma fantasia boba? Caramba!
Ok Bella, acalme-se!
Me obriguei a ficar com os pés no chão.
Nota mental: roubar a taça em que ele bebeu para guardar de lembrança.
– Me desculpe por não ter aparecido aquele dia, quando marcamos de tomar café. – De repente Jake ficou sério. Fiquei meio desconcertada, mas decidi agir como se aquilo não tivesse sido tão importante.
– Ah... não liguei, aquilo não foi nada. – Gesticulei fingindo descaso. – Eu também havia me atrasado, fui lá só me desculpar, daí, me lembrei que havia deixado o chuveiro em casa ligado e tive que sair correndo.
O QUE FOI ISSO QUE EU DISSE?
O lobo mau gargalhou.
– Mesmo assim, preciso me desculpar, aquele foi um dia difícil para mim. – Ele fez uma pausa olhando para o nada. – Meu pai veio dos EUA me ver. Apareceu de surpresa. Eu meio que quis sumir do mapa, não queria falar com ninguém. Mas Susan acabou por me encontrar.
O Jake pareceu melancólico. Me perguntei que tipo de relação ele tinha com o pai. O olhar que antes era um pouco intimidador, agora estava triste e vazio, isso quase me partiu o coração.
– Sinto muito. – Minha voz saiu suave e trêmula.
– Eu é que sinto muito, fui um grosso aquele dia. Eu poderia ter te ligado para desmarcar o encontro, mas, eu não consegui, estava muito... aturdido. Espero que minha atitude não lhe tenha deixado uma má impressão.
Sinalizei com a cabeça, sem saber o que responder.
– Fiquei feliz por Edward me convidar para esse baile. Não conheço muitas pessoas... – Ele sorriu sem humor. – Minhas noites são um pouco solitárias.
– E sua namorada, como pode se sentir sozinho? – Perguntei, serena e, ao mesmo tempo, triste.
– Eu tenho uma relação complicada com Susan. Ela é uma garota legal, mas, não consigo conversar com ela. Digamos que ela é um pouco, err... superficial. Nossa relação é mais física do que sentimental. – Meu homem de sorriso brilhante tirou a máscara que estava sobre sua cabeça e jogou-a na mesa. – É mesmo irônico eu ter vindo fantasiado assim, eu realmente sou um lobo solitário.
Eu estava incrivelmente surpresa. Percebi que não fazia idéia de quem Jacob Black realmente era. Fiquei sem palavras, Edward não havia me preparado para um momento como aquele. Fomos absorvidos por um súbito silêncio. Provavelmente, Jake também não sabia mais o que dizer.
Então,começou a tocar uma suave e linda música. Eu não sabia o nome, mas algo dentro de mim avisava-me que não esqueceria dela jamais.
– Bem... você não gostaria de dançar comigo? – Perguntou meu lobo ao levantar, estendendo a mão para mim.
Eu até quis responder, mas as palavras não saíram, eu estava hipnotizada por aqueles profundos olhos negros. Segurei fortemente sua mão e ele me conduziu até a pista de dança.
Jake pôs suas mãos firmes em minha cintura, meu corpo estremeceu com o contato. Logo meus braços enlaçaram seu pescoço. Então, suavemente começamos a nos mover.
Foi como se tudo à minha volta desaparecesse, eu estava realizada. Quando ele me girou, desejei que aquele momento nunca acabasse. O corpo dele exalava um calor que jamais senti, seu sorriso brilhante, mais uma vez, fez meu coração palpitar. Desde que Jake surgiu em minha vida, tudo era intenso. Era medo, paixão, vergonha, coragem, eu tinha tudo e ao mesmo tempo, nada. Ergui uma mão e, sutilmente, toquei a maçã de seu rosto. Ele correspondeu, tocando a minha. Eu senti que não podia existir nada mais perfeito do que aquele momento.
Edward’s POV
Voltei à mesa, mas não consegui sentar-me. Fiquei observando Bella e Jake dançando. A pirralha finalmente havia conseguido chamar a atenção do meu amigo. Eu podia perceber isso pelo jeito que ele a encarava.
Talvez eu não tivesse que ensinar tantas coisas assim a Bella, ela estava se saindo bem com apenas duas aulas. Suspirei, quando ela tocou o rosto do Jacob. Tentei ficar feliz por eles, mas não consegui, e eu não entendia porque. Tive vontade de ir lá com uma desculpa qualquer e atrapalhar a dança, mas sabia que Bella me mataria. Jake estava segurando-a da mesma forma que eu a segurei e Swan movia-se da mesma forma que moveu-se quando a ensinei dançar. Jake lhe girou pela pista de dança e ela sorriu. Aquele sorriso, por alguma razão que eu tinha medo de me perguntar qual, me doeu profundamente. Um nó ficou preso na minha garganta e, por mais que eu quisesse respirar, não conseguia, uma dor intensa me atingiu, fazendo-me cerrar o punho. Quis desviar o olhar, mas meus olhos não obedeceram meu comando, fiquei lá parado, perdido entre os sorrisos de Bella e as mãos de Jake, que lhe acariciavam a cintura, visivelmente cobiçando-a.
Enrique Iglesias - Heroe (Tradução)
Você dançaria
Se eu te pedisse pra dançar?
Você correria
E nunca mais olharia para trás?
Você choraria
Se me visse chorando?
Você salvaria a minha alma hoje a noite?
Você tremeria se eu tocasse seus lábios?
Você sorriria?
Oh por favor me diga isso!
Agora,
Você morreria pela pessoa que você ama?
Agarre me em seus braços esta noite!
Eu posso ser o seu herói, baby
Eu posso te beijar e a dor ir embora
Eu vou esperar por você para sempre
Você pode tirar o meu fôlego
Você juraria
Que você vai ser sempre minha?
Você mentiria?
Passaria na sua mente?
Eu tenho sumido tão profundamente?
Eu tenho perdido minha mente?
Bem, eu não me importo, você está aqui esta noite
Eu posso ser o seu herói, baby
Eu posso te beijar e a dor ir embora
Eu vou esperar por você para sempre
Você pode tirar o meu fôlego
Bella’s POV
– Um, dois, três... testando. – A voz irritante no microfone veio de Marius, que estava em cima de um palco, onde já haviam tido algumas apresentações transformistas. Amaldiçoei a bichona por atrapalhar meu momento perfeito com Jake. – Desculpe os casaizinhos, mas preciso interromper. Peço, por obséquio, que todos venham para a pista de dança. ANDEM, MEUS AMORES, NÃO DEMOREM! AFF...
A pedido do pavão, todas as bichas loucas invadiram o salão.
Minha família e os rapazes Cullen aproximaram-se de mim, atentos ao que Marius tagarelava no microfone.
Alice pôs uma mão no meu ombro e outra no de Jake. A fofolete sorria de forma maquiavélica.
– Alice, onde está Susan? – Perguntou meu lobo, erguendo as sobrancelhas.
– Ela continua no banheiro, acho que a pobre coitada está com uma tremenda diarréia.
Rapidamente coloquei a mão na boca para não rir na frente de Jacob.
– Você tem certeza? – Questionou ele, surpreso.
– Absoluta! Eu Juro! – A Power Ranger colocou as mãos para trás do corpo.
Fiquei mesmo confusa. Puxei rapidamente Alice para longe de Jake e interroguei-a.
– Alice, o que você fez com a vaca ruiva?
Ela gargalhou.
– Eu tranquei ela no banheiro. – Respondeu a Fofolete, jogando uma chave para o alto. – Eu não lhe falei que era um gênio maquiavélico do amor?
Não resisti e agarrei minha prima Fofolete, lhe dando um forte abraço.
– Você é a melhor, Alice!
– Eu sei! – Ela, orgulhosa, abraçou-me de volta.
Alice e eu fomos para junto dos outros que se reuniram em um pequeno círculo no meio do salão, à espera do anúncio de Marius. Os rapazes Cullen demonstravam se divertir com a festa, com exceção de Edward, que me pareceu distraído. Jake sorriu para mim e eu simplesmente amei. Carlisle continuava a beber, e me perguntei se ele já estava alcoolicamente bem disposto.
Quanto a Rose, parecia muito entediada. Finalmente, Marius continuou seu comunicado.
– Meus queridos amigos do peitinho de mami. A festa está um escândalo, não está a baderna que acontece em algumas festas da concorrência. Porque nós somos todos bichas agulha, damos o furo mas não perdemos a linha! HU!... OHOHOHOHOH! Agora que estão todos presentes, quero anunciar o ponto alto do nosso baile. O BLACKOUT DA PEGAÇÃO, QUANDO AS LUZES SE APAGAREM, NINGUÉM É DE NINGUÉM, VALE TUDO! HU!...OHOHOHOHOH.
Os irmãos Cullen encararam-se assustados e então...
– AAAAAAAAHHHHHHHHHH! – Gritaram segundos antes das luzes serem apagadas.
Tudo ficou impossivelmente escuro e a música “It's Raining Men” começou a tocar tão alto, que quase fiquei surda. Juro que ouvi alguém gritar: “Está chovendo homens! Aleluia!”
Um verdadeiro tumulto se formou. Fiquei apavorada, algumas pessoas me puxavam, outras me empurravam, pisaram no meu pé e alguém pegou na minha bunda! Aquilo parecia um inferno!
– It's Raining Men! Hallelujah!
It's Raining Men! Amen!
It's Raining Men! Hallelujah!
It's Raining Men! Amen!
Quando coloquei as mãos na cabeça, tentando não ser esmagada pelos viados enlouquecidos, ouvi alguém gritar desesperado por socorro, eu tenho quase certeza que aquela voz pertencia a Jasper.
Alguém me empurrou e senti que iria cair no chão, mas braços fortes me seguraram, me puxando para longe do tumulto. Não consegui ver nada, nem sequer apalpar algo, pois meu braços estavam imobilizados por mãos firmes e quentes.
Foi aí que o inesperado aconteceu. Essa pessoa que me salvou de ser pisoteada, beijou-me violentamente.
No início, paralisei devido ao susto, mas, então, as batidas do meu coração aceleraram, de tal forma, que respirar se tornou uma vaga lembrança. Meu coração só reagia assim próximo a Jake. Logo deduzi que era ele, pela forma selvagem que me agarrou. Tentei abraçá-lo, mas fui impedida. Resolvi ceder, entregando-me ao beijo quente e intenso. A língua dele invadiu minha boca com urgência, como se implorasse para ser sugada. E eu o fiz. Sua mão agarrou-me pela raiz dos cabelos, não me deixando escapar daquele beijo obsceno. Cada milímetro de mim estremecia, desejando cada vez mais aqueles lábios suculentos. A boca do meu salvador derrapou para minha mandíbula, a qual foi mordida e lambida. Mais uma vez, tentei agarrá-lo e, outra vez, fui impedida. Eu queria muito tocá-lo, sentir seu corpo contra o meu, mas tudo que sentia era sua boca feroz e faminta. Ele voltou a me beijar, arfando, sedento e eu estava da mesma forma. Eu queria que aquele beijo durasse para sempre, queria ser consumida por ele, queria queimar nas chamas daquela paixão até que nada mais importasse. Então, cedo demais, ele afastou-se de mim. Deu-me um beijo singelo na testa e partiu. Queria segui-lo, queria procurá-lo, mas estava zonza, trêmula e ofegante.
Fiquei, por mais alguns minutos, estagnada, tentando me recuperar daquele feroz beijo. Então, abruptamente, as luzes acenderam-se.
Tentei, primeiramente, me situar. Foi aí que vi as loucuras à minha volta, enquanto todos ainda estavam envolvidos pelo “BLACKOUT DA PEGAÇÃO”.
– QUE SACANAGEM É ESSA?– Gritei assustada.
Emmett estava sentado com Marius em seu colo, que sorria, feliz da vida, abanando sua pena de pavão no ar. Meu pai estava com a mão na bunda da mosca morta, enquanto lhe beijava. Rosalie provavelmente ainda não tinha se dado conta que estava dando uns amassos em uma viado fantasiado de moranguinho. Alice choramingava, segurando seu pé, sentada no chão e, por fim, fiquei chocada em ver Jasper, pálido no meio do salão, só de cueca. Não demorou para que eu avistasse um travesti de quase dois metros de altura fantasiado de Madonna, girando a bermuda vermelha de pinóquio em seu dedo. Esfreguei os olhos, não estava acreditando na insanidade diante de mim. Foi então que percebi que nem Jake, nem Edward estavam no salão. Me perguntei onde foram parar os dois. Será que eles haviam sido seqüestrados pelas bichonas enlouquecidas?
Para minha felicidade avistei Jacob adentrando o salão pelo lado esquerdo, o estranho foi ver Edward fazer o mesmo, só que pelo lado direito.
Ok, eu preciso beber alguma coisa ou vou pirar.
Meia hora depois, o alvoroço havia passado. Rosalie queria ir para casa, envergonhada por ter dados uns “pegas” em um viado, Alice reclamava o tempo todo que quase esmagaram seu pé, Jasper já estava vestido, mas não tinha coragem de encarar ninguém, Emmett enchia a cara, provavelmente se segurando para não esfaquear Marius, que ainda estava no seu pé a todo momento passando-lhe a pena pelo corpo. Carlisle estava completamente bêbado, se acabando na pista de dança com Esme. Quanto a Edward e Jake, discutiam infantilmente sobre quem era mais resistente à bebida.
– Você só pode estar me zoando, eu sempre bebi mais que você, Jake, não me vem com essa agora, ok? – Reclamou o EDZINHU.
– Qual é, Edward? Não se irrite, eu só sou melhor que você nisso, cara, sempre fui. Não custa admitir. – O Cullen imbecil bufou contrariado.
– É sempre assim, Jake, você acha que pode ganhar tudo, mas não pode, não vou deixar!
– Eu não tenho tanta certeza. – Provocou o lobo um pouco arrogante.
– Tudo bem, vamos resolver essa parada agora. – Edward levantou-se da mesa.
– Como? – Perguntou Emmett,interessado no assunto.
– Vamos fazer uma competição. Quem agüentar beber mais, vence. – Edward sorriu, presunçoso.
– PARA TUDOOOOOO! – Berrou Marius, o pavão, e eu até me assustei. – GARÇONS! TRAGAM OS COPOS E A TEQUILA, QUERO VER A DISPUTA SEXY DO LOBO CONTRA O CAÇADOR! HU!... OHOHOHOHOH!
– É ISSO AÍ! – Gritou meu pai, em apoio, erguendo uma taça de champanhe e chacoalhando a pança de teletubbie. O mundo havia ficado de cabeça para baixo ou era só eu que estava vendo aquilo?
A pedido do anfitrião, Edward e Jake sentaram-se em uma mesa no meio do salão. Todos pararam para ver a infantil competição. Marius encheu vários pequenos copos com tequila e eles logo começaram a beber.
– Manda ver Edward, bota tudo pra dentro. – Falou Emmett, segurando os ombros do irmão que virou a primeira dose.
– Ui, tudo pra dentro! Não me provoquem, HU!... OHOHOHOHOH! – Zombou a bichona.
– Jake, você tem certeza que quer fazer isso? – Perguntei em um sussurro.
– Relaxa Bella, eu sei o que estou fazendo. – Respondeu ele, bebendo sua dose.
Os copos estavam sendo facilmente esvaziados pelo Cullen e o Black. Emmett narrava, empolgado, cada dose consumida por eles. As bichas dividiram-se em dois grupos, de um lado, a torcida de Jake e, do outro, a de Edward. A essa altura, as purpurinadas já tinham até inventado musiquinhas de incentivo.
Óbvio que eu estava torcendo para Jake, mas, ao mesmo tempo, estava preocupada por Edward estar levando aquela competição muito a sério.
Meus olhos buscaram por Carlisle e Esme, que haviam sumido inexplicavelmente. Fiquei enjoada, ao considerar a possibilidade de que eles estivessem fazendo coisas inapropriadas.
Meia hora depois, os rapazes ainda estavam lá enchendo a cara.
Mas as torcidas organizadas continuavam dando o maior apoio. Lógico, não era todo dia que elas viam aquela exibição desnecessária de testosterona.
Dava para perceber que eles já não bebiam com entusiasmo, na verdade, parecia mais uma tortura, cada dose consumida.
– Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe! – Gritavam todos, a cada dose.
– Bebam, bofes, bebam! – Incentivou Marius. – Mas gostaria de adverti-los que cú de bêbado não tem dono.
– Uiiiii.– Falaram os viados em coro.
Eu ri. Aquela situação era cômica ao extremo.
Os adversários viraram outra dose, encarando-se sérios.
– Edward e Jake são muito competitivos, ficam em disputas bobas desde que eram crianças. – Sussurrou Jasper para Alice.
Era demais, eu tinha que pôr um fim naquele parangolê.
– Tudo bem, acabou a baderna. Chega de bebida. – Falei, tomando os copos das mãos dos dois e fui fortemente vaiada.
– Não se mete, pirralha! – Esbravejou Edward, visivelmente bêbado.
– Tudo bem, Bella, eu já estou quase ganhando. – Disse Jake, pegando outro copo.
– Ganhando uma pinóia! – Edward levantou-se, agarrado à garrafa de tequila. – Quem tomar toda a garrafa mais rápido, vence!
Jake rapidamente pegou sua garrafa, levantou-se alterado e ambos começaram a beber na boca da garrafa. Eu estava enjoada só de olhar. Meu Deus, eles iam ficar sem fígado!
– Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe, Bebe! – A galera começou a gritar, entusiasmada.
Por mais absurdo que pareça, eles esvaziaram as garrafas ao mesmo tempo. Encararam-se por um segundo, sorriram e cada um caiu para o lado, inconsciente.
Fiquei observando, atônita.
– Wow! Quem ganhou? – Questionou Emmett, confuso.
– VOCÊ!... ME GANHOU, BONEQUINHO! – Gritou Marius, a bichona, jogando-se nos braços do bisonhento.
(Continua...)

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