03 junho 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 30

Eitxa....Bella tá querendo ir embora! Será que ela vai? Nossa FIC está chegando ao fim...Não perca os últimos capítulos! Ótima leitura!


Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama 
Aviso: Sexo

Capítulo 30


Edward me encarou num silêncio grave.
-Porque isto agora, Bella?
Eu pensei no que responder. Como é que eu podia dizer que estava com medo da sua ex-namorada que aparentemente estava em outra mas que me apavorava?
Com certeza ele acharia que eu tinha enlouquecido.
-Eu quero ter o bebê em casa. Só faltam pouco mais de 3 meses. Você sabe que mais um pouco e nem poderei mais viajar.
-Certo. Talvez tenha razão. Mas não me agrada deixar você sozinha.
-Não estarei sozinha. Estarei com seus pais. E o meu pai estará por perto.
-Tudo bem. Vamos dar um jeito nisto então.


A notícia de que eu não iria voltar para Hanover depois do Natal obviamente foi bem aceita pelos Cullens.
-Acho certo mesmo. - Rose deu de ombros – Imagina esta criança nascendo e sobrando para mim. Deus me livre.
Eu me encolhi com as palavras ferinas da irmã do Edward.
-Ninguém aqui é louco o suficiente para deixar você cuidando de um bebê, Rosalie, pode ficar tranquila – Edward respondeu.
Felizmente Tânia não estava por ali o que me deixava bastante aliviada.
Alice e Jasper pareciam estar num mundo particular e nem se importaram se eu estaria ali ou em Marte e Emmett fez algumas piadinhas de praxe e voltou a atenção a jogo na TV.


Nós chegamos em Forks um dia antes do Natal.
Esme e Carlisle estavam radiantes porque fazia meses que não nos víamos.
Mas eu queria mesmo era visitar meu pai.
-Podemos ir ver Charlie? - perguntei enquanto Edward se ocupava em tirar as malas do carro.
-Não está cansada?
Eu dei de ombros.
-Estou. Mas estou morrendo de saudades dele.
-Tudo bem, vou só tirar as malas e te levo.


-Podemos convidá-lo para vir cear na nossa casa? – Edward perguntou quando já estacionávamos em frente a casa de Charlie.
-Não sei se ele aceitaria.
Charlie ficou super feliz em nos ver e como eu previa, não aceitou ir para a casa dos Cullens.
Eu não podia culpá-lo. Acho que se pudesse escolher, também não iria.
-Vai ficar aqui sozinho, pai?
-Não, vou para La Push.
Eu nem olhei para Edward, mas podia sentir uma certa tensão.

Embora não tivesse porque criar clima com isto. Ele sabia que Billy Black era melhor amigo de Charlie.
-Nós já vamos então – falei – chegamos de viagem hoje e já viemos para cá.
-Sim, sim, deve estar cansada.
-Bella virá almoçar amanhã com você – Edward falou me desconcertando.
Quando entramos no carro eu perguntei.
-Tem certeza que está tudo bem eu vir ficar com o Charlie amanhã?
-Claro que sim. Não vê seu pai faz tempo.
-Você virá também?
-Acho que vai preferir ficar sozinha com seu pai.
-E acho que você prefere ficar com seus pais, já que estará voltando pra Hanover daqui uns dias.
Ele riu.
-Sim, verdade.
Eu olhei a estrada a frente. Chovia e estava muito frio.
Tão Forks.
Mas pela primeira vez eu me sentia bem por estar ali.

E ficaria melhor ainda quando Tânia e seu sorriso falso voltassem pra Hanover e ficassem bem longe de mim, pensei naquela noite, na ceia da casa dos Cullens.
Como não poderia deixar de ser era mais um evento chique orquestrado por Alice, que agora começava a distribuição dos presentes, toda sorridente.
E eu me surpreendi ao ver que pra mim tinha muito mais que para os outros.
-Antes que comece a reclamar, não são todos para você.
Eu logo entendi ao abrir os vários pacotes e ver a infinidade de roupas para bebê.
-Acho que agora não está tão cedo para isto, não é? - Alice sorriu.
-Não, acredito que não – respondi – acho que passarei a noite inteira abrindo tudo.
Edward riu.
-Aposto que Alice vai adorar ajudá-la.
-São muito bonitinhas mesmo – eu levantei o olhar ao ouvir a voz de Tanya.
Ela estava com uma taça de champanhe na mão e vestia um vestido preto deslumbrante.
Eu tentei não me sentir uma jamanta com minha barriga de 6 meses.
-Não são lindos, Rose? – continuou perguntando para Rosalie.
E se Tânia mantinha um sorriso no rosto, o que poderia ser totalmente falso, Rose não disfarçava sua contrariedade.
-Não vejo graça nenhuma – respondeu secamente, sequer lançando um olhar as roupinhas.
Eu me perguntei porque Rosalie tinha que ser tão desagradável.

-Precisa começar a fazer o quarto do bebê Bella – Esme falou.
-Agora ela terá tempo, já que ficará aqui.
-Vai ficar aqui? - Esme indagou surpresa.
-Sim, eu e Bella conversamos e ela prefere esperar para o bebê nascer aqui – Edward respondeu.
-Acho que ficará mais tranquila aqui mesmo Bella – Carlisle respondeu – eu e Esme ficaremos de olho.
-Obrigada.
-E quando é que faremos novos exames?
Eu e Edward nos entreolhamos.
-Acho que antes de eu ir embora. Quero ter certeza que está tudo bem - ele respondeu.
-Tudo bem. Marcarei um horário na clínica.
-Eu também tenho um presente para seu be
bê - Tânia se levantou e me entregou um pacote.
Eu tentei sorrir.
-Obrigada, Tânia.
Eu abri o embrulho e era um colar.
-Eu sei que não sabem ainda o sexo do bebê, mas eu tenho um palpite que será uma menina.
Eu nem sabia o que responder. Tinha vontade de colocar de volta no embrulho e devolvê-lo.
Mas acho que seria encarado como uma tremenda falta de educação.
Então eu apenas tentei sorrir.
-Obrigada, Tanya.
Minhas mãos tremiam ligeiramente ao colocar o colar entre as roupas que Alice dera. E eu me perguntava qual era a da Tânia.

No dia seguinte, Edward me deixou na casa do meu pai e prometeu me buscar a tarde.
-Quer que eu fique? – perguntou.
-Não. Vá ficar com seus pais.
Ele me beijou de leve e eu sai do carro. Meu pai acenou para Edward da varanda.
-Você está mesmo enorme hein?! - Charlie exclamou pegando as sacolas que eu trazia na mão.
-Pai! – reclamei.
-Estou brincando, Bella. Já ligou pra sua mãe?
-Sim, liguei hoje de manhã. Ela está toda fazendo planos para vir ficar comigo quando o bebê nascer.
-Sua mãe não é muito boa nisto não...
Eu ri.
-Eu imagino. Mas sinceramente duvido que ela consiga vir. Phill estará bem no meio dos jogos decisivos.
-O que são estas coisas nas sacolas?
-Eu vou fazer o almoço, oras!
-Podia reclamar, mas me fará bem comer comida de verdade.
Eu ri.
-Tenho certeza disto.
Eu estava acabando de preparar tudo quando ouvi um carro sendo estacionado.
-Está esperando alguém?
Charlie coçou a cabeça, meio culpado.
-Eu tinha convidado Billy e Jacob para comer aqui, antes de saber que você viria.
Eu dei de ombros.
-Tudo bem, não tem problema.
Eu me perguntei se estaria dando a mesma resposta se Edward tivesse ficado para almoçar. Seria problema na certa.
Eu fui receber Billy e Jacob com meu pai. Jacob me fitou surpreso.
-Uau, olha esta barriga.
-Está muito bem Bella – Billy comentou e eu sorri sem graça.
-Faltam só três meses agora.
Jacob foi para a cozinha comigo enquanto Billy e meu pai viam TV.
-Quer ajuda?
-Pode por a mesa?
Ele me ajudou.
-E aí, fiquei surpreso quando não te vi mais por aqui e seu pai disse que tinha se mudado para Hanover.
-Pois é. Foi uma decisão repentina.
-Acho que você fez certo.
-Eu também.
-Mas senti muito a sua falta.
Eu o encarei. Eu tinha sentido falta de Jacob? Talvez não quando estava com Edward.
Ele me bastava. Mas agora, ali na velha cozinha da minha casa em Forks, eu achava que sim.
-Acho que também senti a sua. – respondi.
-Vai voltar quando para lá?
-Eu não vou voltar.
-Não?
-Não, ficarei aqui agora.
-E o Cullen?
-Edward voltará para a Faculdade, claro.

Jacob não falou nada, mas tinha certeza que ele tinha uma critica na ponta da língua.
No fim da tarde Rachel, uma das irmãs de Jacob apareceu para buscá-los. Fazia anos que eu não a via e ela estava com o namorado, Paul.
-Oi Bella, quanto tempo! Conhece o Paul?
Eu o cumprimentei.
-Agora que está por aqui devia aparecer mais lá em La Push.
-Veremos – falei.
Eles foram embora e Charlie me fitou.
-Então vai ficar por aqui agora.
-Sim.
-Não entendi muito bem isto. Achei que ia ficar morando com Edward.
-Prefiro ficar aqui.
-Certo. Se quer assim. Sabe que estarei sempre aqui se precisar.
-Eu sei sim.
Edward apareceu algum tempo depois para me buscar e indagou como tinha sido.
E eu me perguntei se deveria contar que Jacob estivera ali ou não.
E optei por omitir.
-Foi tudo bem. Eu fiz o almoço e meu pai ficou bem feliz de comer comida de verdade.
Edward riu.
-Acho que ele ficará feliz de ter você por perto de novo.
-Acho que sim. - respondi evasiva.
Me sentia culpada por esconder que vi Jacob. Eu queria que Edward fosse capaz de entender. Mas eu tinha medo de iniciarmos uma discussão por isto.

Alguns dias depois, nós fomos até o hospital fazer mais um ultrassom.
Eu estava ligeiramente apreensiva, mas Carlisle me tranquilizou.
-Está tudo correndo muito bem. - e ele nos encarou – Querem saber o sexo do bebê?
Eu e Edward nos entreolhamos.
-Não – respondemos juntos e rimos.
Carlisle deu de ombros.
-Mas acho que Esme me obrigará a contar a ela.
-Contanto que ela guarde segredo – eu disse.

Eu me sentia triste naquela noite. Edward voltaria para Dartmorth no dia seguinte.
E eu ficaria sozinha ali.
Eu sentia um aperto no coração toda vez que pensava nisto
-Começarei a arrumar o quarto do bebê – disse a Edward.
Nós estávamos dentro da banheira, minha cabeça apoiada em seu ombro e seus dedos passeando devagar por minha barriga.
-Não fará nada de esforço, Bella.
Eu revirei os olhos.
-Tenho certeza que Esme ajudará.
-Ainda não sei se é o certo deixá-la aqui sozinha.
-Acho que está sendo absurdo.

Ele riu e beijou minha nuca.
-Às vezes acho que deveria ficar também – falou baixinho.
Eu fechei os olhos, lutando contra a vontade de pedir que ele fizesse exatamente isto.
-Não, vai voltar e terminar o semestre.
-Vou sentir sua falta – sua voz era uma carícia contra minha pele e eu sorri tristemente entrelaçando meus dedos aos dele, sobre minha barriga.
-Nós também.
-Vamos para cama.

Edward foi embora no dia seguinte bem cedo.
Junto com ele, todos seus irmãos e a Tânia e seu namorado foram junto. E eu sentia uma espécie de alívio por estar ficando.
Longe de um perigo que eu apenas intuía.
Talvez fosse absurdos da minha cabeça, por causa das crendices de uma índia. Mas eu me sentia melhor assim.

Obviamente, os dias sem Edward não eram nada fáceis.
Ele prometeu voltar em duas semanas e nestas duas semanas que estava sozinha eu passei praticamente apenas esperando ele voltar.
Não que tivesse muito o que fazer. Nevava muito. Ou chovia. Ou simplesmente fazia muito frio.
Nós nos falávamos todos os dias por telefone e eu fiquei sabendo que Jasper e Alice tinham brigado porque ele queria ir embora com ela para Paris e ela não queria que ele fosse.
E no fim eles acabaram votando as boas, porque Jasper sempre fazia  as vontades de Alice. E Edward tinha voltado a falar com Rosalie.
E eu acho que isto devia muito ao fato de eu não estar mais lá, acho que isto de alguma maneira deixava Rosalie mais calma. Um dia eu queria entender porque Rosalie me odiava tanto.
Claro que tinha a ver com Tanya, mas Tânia não estava namorando agora?
Era tudo muito estranho, mas eu tentava não pensar mais nisto.
Muito menos em Tanya. Embora eu as vezes perguntasse  a Edward sobre ela, assim, como quem não quer nada e ele nunca tinha muito o que falar.
-Ela não fica muito por aqui.
-Achei que ia morar aí agora que eu não estou mais.
Edward riu.
-Acho que o namorado dela não gosta de mim.
-Está brincando?!
-Pois é. Mas isto não me interessa. Até gosto que eles cuidem da própria vida, assim não tenho que aturar as chatices de Rosalie, que vive saindo com ela.
-Tenho pena do Alister por ter que aguentar as duas. - eu ri.
Estava sentindo até uma certa simpatia por Alister. Eu podia entender seu ciúme.

Mas claro que as coisas nunca poderiam ser fáceis demais, no dia em que Edward iria viajar para Forks, caiu uma forte nevasca e ele não pode vir.
-Eu sinto muito Bella, eu irei no próximo fim de semana.
-Tudo bem, irei esperar – respondi desanimada.
Nós conversamos mais um pouco e eu desliguei o telefone. Esme me encarou.
Ela vinha conversar comigo todos os dias.
-Edward não virá mais. Está caindo uma forte nevasca por lá.
-Que pena. Eu vi no jornal. E você quer ir ficar comigo e Carlisle?
-Não, ficarei por aqui mesmo. Vou ler um livro, acho.
-Tudo bem. Nos ligue se precisar de algo.
Ela foi embora e eu fiquei sozinha. Mais uma semana sem Edward. E eu me perguntava se não tinha sido muito boba em querer voltar para Forks por causa de uma intuição sem sentido.

Na semana seguinte, eu resolvi ir comprar as coisas para o quarto do bebê.
Esme foi comigo e me ajudou a escolher tudo.
-Assim que chegar você me chama, hein? Não quero que faça nenhum esforço sozinha – disse quando me deixou em casa.
Eu sorri concordando.
-Pode deixar.
-Edward me mataria se não cuidasse direito de você.
-Obrigada Esme.
-Não precisa agradecer querida. Você é como uma filha pra mim agora.

No dia seguinte, eu acordei com a campainha tocando e era as coisas do quarto do bebê.
Eles colocaram tudo para dentro e eu liguei para Esme, ansiosa para começar a arrumar tudo, mas o telefone só tocou.
E eu juro que tentei, mas estava me sentindo tão ociosa que acabei não resistindo a tentação e resolvi pintar o quarto.
Que mal podia haver?

E eu estava começando a pintar quando a campainha tocou novamente.
Quem seria?
Eu desci da cadeira e fui abrir a porta, me surpreendendo ao ver Rachel e Jacob.
-Oi, o que fazem aqui? - indaguei surpresa.
-Eu vim te trazer meu convite de casamento. - Rachel respondeu animada – Pedi ao Jacob que viesse comigo, não sabia onde morava.
-Ah, claro. Entrem.
-Na verdade, eu preciso ir, ainda tenho outros convites para entregar.
Jacob fez uma careta atrás dela, com certeza ela não estava gostando nada de ter que acompanhá-la.
-Certo, tudo bem então. Eu estou ocupada mesmo.
Os dois me mediram e viram as manchas de tinta na minha blusa.
-O que está fazendo? - Jacob perguntou.
-Pintando o quarto do bebê.
-Está louca?
Eu revirei os olhos.
-Não é nada demais.
-Bella, acho que o Jacob tem razão, não pode ficar fazendo esforço.
-Vocês estão exagerando...
-Não estamos não. Acho que se quer tanto pintar o quarto, deixa que eu faço isto pra você.
-Achei que ia me ajudar – Rachel reclamou.
-Já estou de saco cheio desta tarefa, Rachel! Aposto que o Paul também, por isto não quis vir com você hoje.
-Tudo bem. Mas eu só te libero porque é pra ajudar a Bella.
-Mas não precisa – eu respondi.
-Deixe ele fazer, Bella. Não é legal mesmo ficar colocando seu bebê em perigo.
E com estas palavras eles me convenceram. Rachel foi embora e eu subi com Jacob
-Ainda acho que posso perfeitamente fazer isto. Não é tanto esforço assim.
Ele riu, pegando o pincel das minhas mãos.
-Olha o tamanho da sua barriga, Bella. Pelo amor de Deus. Além do mais eu farei muito mais rápido.
-Isto eu tenho que concordar.
-E aposto que você não sabe pintar uma casa.
Eu ri.
-Tenho que concordar também...
-E posso imaginar você caindo desta cadeira do jeito que é desastrada.
Desta vez nós dois rimos.
-O que está acontecendo aqui?
Eu me virei assustada ao ouvir a voz de Edward na porta do quarto. E ele estava furioso.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário