13 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 15

Aiaiai! Hoje, mais cedo, postei o capítulo 14 da nossa FIC, e ainda a pouco o capítulo 13 que se perdeu devido a problemas no Blogger. Agora vamos ver no que deu a tal festa de formatura?

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Avisos: Sexo 


Capítulo 15



Enquanto entrava na casa dos Cullens eu me perguntava se um dia pararia de me surpreender com aquelas festas.




E agora em menos de um mês eles seriam minha família. Só de imaginar tendo que participar daquilo regularmente já me dava dor de cabeça.


-Sua família não se cansa de dar festas? - indaguei e Edward riu.


-Não tem muita coisa pra fazer aqui em Forks. Alice gosta de organizar tudo. E é uma boa desculpa para Rosalie se exibir.


-Imagino...


-Quer beber alguma coisa?


Eu sacudi a cabeça afirmativamente e ele se afastou.


-Você veio! - Ângela se aproximou, muito arrumada e maquiada e me abraçou.


-Cadê a Jéssica?


Ângela rolou os olhos.


-Adivinha... – e apontou.


Jéssica estava num canto conversando com Mike, e os dois acenaram.


Mike parecia ligeiramente sem graça, mas não fez nenhuma menção de deixar Jéssica lá e vim conversar comigo. Isto queria dizer que ele tinha entendido o recado. Era um alívio.


-Acha que agora vai? - indaguei e Ângela deu de ombros.


-Pela Jéssica sim e talvez o Mike tenha desistido de correr atrás de certa pessoa que vai casar.


Eu fiquei vermelha até a raiz dos cabelos.


-Oh, me desculpa, Bella. Mas, bem, todo mundo sabe desta paixonite do Mike. Mas acho que agora ele se tocou.


-Espero que sim.


-Eu vou procurar o Ben. Estou tão de saco cheio de esperar que ele tome uma iniciativa.


-Tome você. – a encorajei e ela sorriu.


-Acho que tem razão. Me dê boa sorte.


-Boa sorte.


Ela se afastou e eu olhei em volta procurando Edward, mas não foi ele que se aproximou e sim Tânia.


Como sempre, perfeita, num vestido verde-água justo e várias pulseiras nos braços e nas mãos algo parecido com um Martini.


-Oi Bella.


-Oi.


Ela me mediu e eu me senti meio arrependida de estar de jeans básico .


-Já abandonada?


-Edward foi buscar alguma coisa para eu beber. – e eu não sei por que estava dando explicação para ela.


Óbvio que estava ali para torrar minha paciência.


-Olha só quem esta aqui – Rosalie se aproximou, tomando a mesma coisa que Tânia e nem sei como estava cabendo em um vestido preto. - Bom, acho que Alice fez bem gastando o tempo dela comprando coisas para você - comentou me medindo e eu tentei não ficar vermelha.


-Eu sempre faço bem - Alice se aproximou - você precisa ver tudo Bella! Está fabuloso.


-Não precisava comprar nada para mim, Alice!


-Claro que precisava. É seu enxoval! E tenho certeza que vai amar tudo. E o vestido de casamento? Está ficando lindo! Mal posso esperar para que você veja. E claro, nossos vestidos também estão maravilhosos, Rosalie vai usar vermelho e eu...


-Chega Alice - Edward apareceu e eu quase respirei aliviada.


-Mas eu só estou contando para a Bella...


-Você conta depois. - ele colocou algo em minhas mãos e eu quase tomei de um gole só.


Uma pena não ter álcool.


-Mas estava tão divertido a Alice contando em como vai transformar a Bella numa legítima Cullen. - Tânia comentou mordaz.


-Ela será uma Cullen quando se casar comigo e não pelas roupas que vai usar. - Edward respondeu secamente e Tânia fechou a cara e os olhos piscaram, como se ela fosse chorar. E a tensão se tornou tão grande que poderia ser cortada com uma faca.


-Não precisa ser tão grosso Edward. - Rosalie falou, arrastando Tânia dali.


Alice deu uma desculpa e se afastou também.


-Não precisava ter falado daquele jeito. - eu disse. E nem sei por que me sentia inclinada a defender Tânia.


Mas algo em seu sofrimento me fazia mal. Fazia eu me sentir culpada.


-Esquece a Tânia. Ela mereceu ouvir porque estava aqui te provocando.


-Eu não ligo. – menti.


Ele passou a mão pelos cabelos, parecendo frustrado e então me encarou.


-Vamos sair daqui.


E antes que eu pudesse responder, ele segurou minha mão e foi me levando por entre os convidados, até que subíssemos as escadas e entrássemos em seu quarto.


Entrei e Edward fechou a porta atrás de nós. Caminhei até o outro lado, vendo os jardins e o lago mais além, através das paredes de vidro. Dali ainda dava para ouvir os sons da festa, mas era como se estivéssemos isolados do mundo.


Algo dentro de mim dizia que não era para eu estar ali, sozinha no quarto com Edward. Mas também havia uma outra parte, aquela bem escondida, que dizia que era certo.


Certo porque eu queria estar ali.As palavras dele quando saímos do carro voltaram a minha mente “-Então vamos seguir o conselho de Alice e continuar depois o que começamos? “


Eu senti um frio no estômago ao me lembrar que eu concordara. Fora para isto que ele me trouxera ali?


Eu me virei, Edward ainda estava no mesmo lugar.


O que ele estava esperando?


Senti um arrepio de antecipação e medo.


-Porque estamos aqui? - indaguei por fim.


-Eu queria conversar com você.


“Conversar?" Sacudi a cabeça afirmativamente. Minha mente estava com dificuldade de acompanhar qualquer raciocínio lógico, mas eu podia tentar.


-Certo, conversar - murmurei para mim mesma, caminhando pelo quarto e sentei na cama à sua frente.


Ok, não foi um movimento muito inteligente para distrair minha mente.


-O que quer conversar? - perguntei, porque ele ainda continuava em silêncio e eu o vi tirar a mão do bolso e passar pelos cabelos, como se pensasse no que dizer.


E eu esperei.


-Este é o problema. Eu queria mesmo conversar com você, mas basta tê-la aqui, sentada na minha cama que eu só tenho um pensamento e não tem nada a ver com conversar.


Obviamente eu não esperava por aquilo. Mas suas palavras fizeram minha respiração sair mais rápida da garganta e algo quente percorrer minhas veias, queimando tudo por onde passava, meu corpo inteiro despertando enquanto meu cérebro se entorpecia de vez.


E eu nem sei o que me guiava enquanto sem tirar os olhos do dele, eu me levantei e toquei a maçaneta da porta e a tranquei, me sentando na cama novamente e ainda sem romper o contato, eu retirei minha blusa pela cabeça.


Foi como esperar uma eternidade, os segundos em que Edward me encarava no mesmo lugar, como se petrificado, os olhos deixando os meus e percorrendo minha pele. E eu achei que meu coração fosse sair pela boca, quando num só movimento, ele se inclinou por cima de mim, a boca devorando a minha num beijo ávido. Suspirei, o beijando de volta, enquanto nos enroscávamos sobre a cama, minhas mãos percorrendo seus músculos sutis por cima da camisa e sabendo que não era suficiente. Com um suspiro impaciente, eu o livrei da blusa, adorando sentir sua pele de mármore sob meus dedos e ouvir seu gemido contra meus lábios, que se apartaram dos meus para percorrer meu rosto, meu pescoço, e descendo, a língua molhando meu sutiã, para deslizar por meu mamilo e eu arquejei, enterrando meus dedos em seus cabelos cor de areia e me apertando mais contra ele, nossos quadris se buscando, se roçando.


Eu tinha certeza que ia entrar em combustão instantânea tamanho era o calor que eu sentia e o puxei para me beijar de novo, seu gosto era infinitamente melhor do que qualquer coisa que já havia provado. Era intoxicante. Era viciante e eu só queria mais um pouco daquilo que ele me dava. Suas mãos me livraram do sutiã e me arrepiei ainda mais ao sentir nossas peles em contato direto, sua língua na minha, sua mão em meus quadris, me puxando para mais perto eu gemi, excitada. A música alta da festa chegava até mim como de muito longe, estávamos totalmente perdidos em uma bolha particular, esquecidos do resto do mundo.


E eu estava além de qualquer razão ou limite e nem me importei quando minha calça desapareceu, e talvez eu tenha ajudado a tirar a dele, ansiosa por senti-lo inteiro.


Minha mente se enchendo de imagens da primeira vez que estávamos exatamente assim e me deixando mais louca ainda e eu gemi, beijando seu rosto, seu queixo, seu pescoço, me apertando contra ele, minha perna por seu quadril, o querendo mais perto.


-Bella, espere. – ele pediu, ofegante, e eu percebi bem vagamente suas mãos me afastando um pouco.


-O que? - murmurei, meus dedos ainda torcendo seus cabelos, mas ele segurou meu pulso acima da cabeça, me obrigando a parar.


-Eu disse espere. – falou e eu o encarei confusa, tentando respirar.


-Por que paramos? - indaguei meu cérebro voltando a realidade e de repente meu rosto se inundou de vergonha. Eu estava praticamente o atacando e ele me mandava parar? Será que eu tinha me enganado? - Oh... você não quer? Eu achei...


E então ele riu.


-Você é absurda.


-Isto não tem graça, Edward. – sussurrei, mortificada, tentando me afastar, e ele deixou.


Eu respirei uma longa golfada de ar, quando ele deitou ao meu lado.


Eu poderia sentir mais vergonha na vida? Definitivamente não.


-Por acaso você se lembrou finalmente qual era o assunto da conversa que queria ter comigo? - indaguei sarcástica.


-Não é isto.


-Então você poderia me explicar porque é difícil pra mim entender. – falei irritada e ele se inclinou sobre mim novamente.


Eu me lembrei que estava quase nua e cobri os seios com as mãos.


-Não faça isto. – ele pediu gentilmente.


-Será que eu posso colocar minha roupa?


-Não.


-Edward... já não foi suficientemente humilhante o que aconteceu?


E para minha raiva aumentar, ele riu de lado.


-Eu só queria que você parasse um minuto, porque estava difícil de me controlar.


Eu abri a boca várias vezes para falar, mas as palavras não saíram?


-Como é que é?


-Você tem uma mania enervante de tirar conclusões precipitadas. Isto é realmente irritante, Bella. – ele reclamou, mas parecia mais divertido do que bravo.


E agora eu me sentia mais idiota ainda.


Este era meu problema. Eu era inocente demais.


-Oh... - murmurei, sem saber o que dizer, ficando mais vermelha ainda e seus dedos percorreram meu rosto.


-Eu realmente gosto do seu rubor. – seus lábios substituíram os dedos.


-Que bom que eu te divirto.


-Você não tem ideia de como me diverte – sussurrou e eu derreti novamente, mas tentei permanecer séria.


- Porque precisava se controlar, achei que íamos...


-Eu não queria... que fosse rápido demais.


-Não estava rápido demais.


-Iria terminar rápido demais se não parasse.


-Oh - eu fiquei vermelha ao entender.


Ele me fitou e tinha os olhos franzidos.


-Da primeira... foi rápido demais?


Eu demorei um pouco para entender a pergunta e acho que meu rosto agora estava em chamas.


-Eu... não, não foi. Eu estava um tanto bêbada, mas... tenho certeza que não tenho que responder isto para você. Você deve saber como foi para mim.


-Eu não leio seus pensamentos.


-Ora, Edward. Você não sabe se uma garota gostou de transar com você?


-Você foi a primeira garota com quem transei, então...


Eu me afastei o encarando.


-Está dizendo a verdade?


Ele riu.


-Se não está acreditando então acho que me saí bem.


Eu o empurrei um pouco.


-Quer que eu acredite que nunca dormiu com a Tânia?


Ele ficou sério ao mencionar Tânia.


-Eu conheço a Tânia há anos, mas namoramos por muito pouco tempo.


Eu ainda continuei o encarando, estupefata.


Mas havia uma satisfação secreta dentro de mim, por saber que ele nunca tinha transado com a Tânia.


E me fazia sentir menos idiota.


Era como se compartilhássemos algo só nosso.


E compartilhamos mesmo.


-E então?


-Então o que?


-Devo entender que você gostou? - Ele sorriu, mas havia uma certa insegurança em seu olhar.


-Está esperando um rodada de palmas? - Indaguei irônica.


-Isto é um sim? – seu sorriso se alargou e era bem difícil ficar séria ou manter alguma compostura quando ele sorria deste jeito.


-Na verdade – eu disse – eu não me lembro direito, então talvez tenhamos que fazer uma nova experiência... - e antes que eu terminasse ele estava me beijando.


E eu tratei de passar meus braços em volta do seu pescoço, ele me beijou devagar desta vez e eu tentei mesmo não pular em cima dele. Era bem difícil.


Ele gemeu roucamente contra meus lábios quando nossos corpos se roçaram.


-Isto é demais? - indaguei e ele me fitou, retirando os cabelos do meu rosto afogueado.


-Não.


-Eu achei que precisava se controlar. – sussurrei e seus dedos percorreram minha barriga, até a minha calcinha.


De repente ouvi uma risada do lado de fora e fiquei tensa. Eu tinha me esquecido completamente de onde estávamos.


-Edward, pare.


-O que foi?


-Acho que não quero...


Ele ficou me encarando, primeiro incrédulo e depois irritado e me soltou. Eu respirei fundo.


-Acho que não estou afim de transar com você com seus irmãos ou sabe Deus quem passando pela porta. – expliquei.


Ele ficou em silêncio por um instante e então assentiu.


-Acho que tem razão. Não é a hora nem lugar, me desculpe. - murmurou se levantando e colocando as roupas.


Eu fiz o mesmo, me sentindo irritada comigo mesma.


-Vamos voltar para a festa. – ele disse.


-Acho que prefiro ir embora. – respondi.


-Tudo bem. Eu vou te levar.


Nós estávamos saindo do quarto quando de repente ele pegou minha mão.


-O que é isto? - ele apontava para a pulseira que fora presente de Jacob.


Eu corei. E tinha certeza que no meu rosto estava espalhado a culpa.


E aquela pulseira era inconfundivelmente indígena.


-Uma pulseira. – respondi, puxando o braço.


-Você não a tinha antes.


-Edward...


-Foi Jacob quem te deu.


Não era uma pergunta.


Eu podia mentir. Mas do que ia adiantar?


-Foi.


-Quando? - sua voz era fria como o gelo.


-Hoje. – murmurei.


Edward soltou minha mão.


-Vamos. – ele disse, sem me encarar.


Eu o segui até o carro e entramos, e ele permaneceu em silêncio. E eu sentia uma necessidade urgente de me explicar, mesmo sabendo que não tinha culpa de nada.


-Ele foi apenas... me dar os parabéns pela formatura.


-Eu não quero saber, Bella – Edward me cortou – porque esta escrito no seu rosto que não foi só isto.


-Não é como está pensando.


-Você não sabe o que estou pensando.


Eu senti um nó apertar minha garganta. Como é que eu ia explicar o que Jacob havia e dito sem piorar ainda mais a situação?


Edward parou o carro em frente a minha casa e eu esperei por alguma palavra ou gesto. Mas ele permanecia impassível.


Eu abri a porta e então, antes de saltar eu me voltei.


-A minha janela... vai ficar aberta – murmurei e sai do carro, quase correndo para dentro.


Meu pai dormia em frente a TV. Eu a desliguei e o ajudei a ir para a cama.


Ele desabou quase imediatamente, dormindo e eu fui para meu quarto.


E abri a janela.


O Volvo ainda estava ali. E eu esperei.






Continua...



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