13 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 12

É pervinhas, pelo jeito nosso casal preferido vai visitar Tia Renée! Vamos ver no que isso vai dar? Ótima leitura!


Capítulo 12



- E aí como foi? - Charlie indagou da sala.


Eu dei de ombros.


-Ficamos apenas um pouco. Sabe que não curto estas coisas.


-Que roupa é esta?


-É da Alice.


-Edward te trouxe em casa?


-Claro que sim... Pai, eu vou dormir. Estou cansada.


-Bella, espera. Preciso falar algo com você.


-Sim?


-Amanhã Billy Black virá aqui.


Eu mordi os lábios com força.


-Então ainda são amigos, mesmo depois do que aconteceu?


Eu estava tão envolvida no meu próprio drama que nem tinha parado para pensar como minhas atitudes poderiam afetar a amizade antiga de Charlie e o pai de Jacob.


Charlie coçou o cabelo.


-Eu conversei com ele e Jacob ontem. Claro que Jacob ainda está arrasado.


Eu senti meu coração apertado ao pensar em Jacob sofrendo. E a culpa era toda minha.


-As coisas estão meio estranhas, mas eu o chamei mesmo assim para vir assistir o jogo aqui. Espero que não se importe.


-Ele é seu amigo, pai. E na verdade eu que tenho que sentir muito pelo o que fiz com Jacob. Ainda bem que Billy ainda quer vir aqui.


-Você errou Bella, mas não tem como voltar atrás. Eu sempre ia preferir o Jacob para você. Mas agora isto é impossível.


-Eu sei.


-Então tudo bem, quanto amanhã?


-É, pai... eu ia me esquecendo de dizer. Eu vou viajar.


-Para onde?


-Para Phoenix. Vou visitar a mamãe. E contar a ela.


-Quer que eu vá com você?


-Edward vai comigo. Na verdade foi ideia dele. Contar tudo pessoalmente.


-Bem... Reneé não vai ficar nada contente com isto. Mas é melhor falar pessoalmente mesmo. E seria bom que fosse com Edward.


-Talvez... - murmurei – eu vou subir. Ainda preciso fazer as malas. Boa noite.


-Boa noite, Bells.






Eu acordei levemente enjoada. O dia estava frio e chuvoso.


Mas eu podia me animar por estar indo para Phoenix.


Mesmo assim, imaginar o que eu ia fazer lá, já me enchia de angústia e tirava qualquer animação. Eu me arrumei e desci. Ouvi vozes na cozinha e Edward e Alice estavam lá com Charlie.


-Bom dia Bella – Alice me cumprimentou animada – pronta para ir?


-Alice vai nos levar ao aeroporto. - Edward explicou.


-Certo... Estou pronta sim.


-Não vai comer, Bells? - meu pai indagou.


-Não, estou um pouco enjoada.


Edward me encarou.


-Tem certeza que está bem para viajar, nós podemos adiar...


-Não, eu vou melhorar.


-Certo, então todos para o carro. – Alice saltitou.


Era incrível como alguém podia ser tão animada assim, a esta hora da manhã. Ainda mais com o dia nublado daquele jeito.


Assim que entramos no carro o telefone celular de Alice tocou e ela atendeu, sem se preocupar que estava dirigindo.


-Oi Rose... Eu não vou demorar... Não é possível que não tenha nada para ela aí em casa! É a casa de um médico, pelo amor de Deus!...Está bem, eu compro. - ela desligou – Ninguém mandou a Tânia beber demais – resmungou – e agora eu tenho que comprar alguma coisa para ela tomar porque a Rose não quer pedir para o Carlisle. Ou a Tânia não quer, sei lá. Duas folgadas!


Eu olhei o movimento pela janela, me abstendo de fazer qualquer comentário.


Não queria saber nada de Tânia. Edward também nada comentou.


Alice nos deixou no aeroporto e me abraçou antes de ir.


-Divirtam-se em Phoenix! E não façam nada do que eu não faria. – piscou, colocando os óculos escuros e se afastando.


Eu mordi os lábios com força, me dando conta que estava sozinha com Edward.


-Você precisa comer alguma coisa. – ele disse.


-Não quero comer. E nem tente me obrigar, talvez eu vomite em cima de você.


Ele riu.


-Tudo bem, você come no avião.


Eu não disse nada.


Meu estômago dava voltas de ansiedade.


Em poucas horas eu veria Renée. Ontem a noite eu apenas passei uma mensagem de celular contanto que iria visitá-la no fim de semana. Mas não falara nada de Edward.






Claro que viajar com um Cullen não seria menos do que viajar de primeiro classe. E Edward insistiu de novo que eu comesse. Eu não estava com a menor fome, mas me obriguei a comer.


E enquanto a viagem prosseguia e íamos chegando cada vez mais perto de Phoenix, mais nervosa eu me sentia. Nós descemos no calor abafado da cidade e pegamos um táxi. Queria estar feliz por estar de volta, por sentir o sol no meu rosto.


Mas era impossível. Eu estava prestes a desapontar minha mãe. E isto era difícil.


Renne abriu a porta com um sorriso de orelha a orelha e me abraçou.


-Bella que saudade!


-Oi mãe.


E então ela olhou por sobre meu ombro e o viu.


-E quem é este? - indagou com um olhar curioso.


-Edward Cullen. – falei.


-Oh...Certo, Edward Cullen, muito prazer. – Renée o cumprimentou e me encarou com um olhar indagador.


-Mãe, acho que temos que conversar, podemos entrar?


-Claro que sim.


Nós nos sentamos na mesa da cozinha da minha mãe e ela serviu chá gelado e sentou a nossa frente.


Eu suava frio.


-E como está Jacob? - Foi sua primeira pergunta.


Claro que provavelmente ela já tinha sacado que algo estava errado.


-Nós terminamos. – respondi.


-Jura? Quando foi isto? Acho que já deve fazer um tempo, não é, já que... - ela olhou para Edward significativamente tirando suas próprias conclusões.


-Alguns dias. – falei.


Ela arregalou os olhos.


-Foi rápido.


-Mãe, escuta. Tem algo sério que preciso te contar.


-Algo sério? Está me assustando Bella. – ela deu uma risada nervosa.


Eu olhei para Edward tentando achar as palavras certas e então ele falou na minha frente.


-Renée, eu e a Bella vamos casar.


Renée abriu a boca várias vezes, estupefata.


-Casar? Como assim casar? - ela me encarou – que história é esta Bella? Você está com este rapaz há alguns dias!


-É...mais ou menos....


-Não estou entendendo.


-Mãe, eu estou grávida. – murmurei por fim.


Renée ficou sem fala por um momento.


-Grávida?


-Sim. Sinto muito.


-Grávida deste cara? Mas eu entendi que estavam juntos há poucos dias.


-Eu devo estar grávida de quase dois meses.


-Mas o Jacob....Oh... Acho que estou entendendo.


Ela encarou Edward.


-Será que pode nos dar licença? Acho que preciso ter uma conversa privada com a Bella.


Edward se levantou, saindo da cozinha. Minha mãe começou a esbravejar.


-Você traiu o Jacob?


-Mais ou menos.


-Como mais ou menos! Não existe mais ou menos se está grávida! E como é que sabe que o bebê é deste rapaz? E pelo amor de Deus, eu não te ensinei como usar um preservativo?


-Eu sei porque nunca transei com o Jacob e não me passou pela cabeça usar preservativo porque eu estava muito bêbada quando aconteceu.


-Bêbada? Você nunca bebe Bella.


-Bebi esta vez.


Renée respirou fundo.


-Certo, eu não vou enlouquecer com isto. Eu só preciso entender esta história direito e então comece a contar do começo. Onde conhecer este Edward Cullen e como é que as coisas chegaram neste ponto.


Foi a minha vez de respirar fundo e contar tudo a ela.






Algumas horas depois eu estava chorando.


-Então é isto. Me desculpa, mãe. Eu sei que te decepcionei.


-O problema não é me decepcionar, Bella. É a sua vida.


-Você me avisou tantas vezes... Eu nunca achei que ia acontecer comigo.


-Todo mundo comete erros. Agora eu preciso saber. Se você está mesmo certa sobre este casamento, você mal conhece este rapaz. Sabe que não precisa fazer isto. E se for coisa do Charlie te obrigando eu não vou deixar. Você pode voltar para cá.


-Você nem mora mais aqui direito, mãe, está sempre viajando com Phillip.


-Nós daremos um jeito. Não precisa fazer nada que não queira.


Eu cogitei aquela possibilidade. Minha mãe estava sendo mais legal do que eu previra. E talvez ela tivesse razão. Eu não precisava casar com Edward Cullen.


Charlie ficaria louco e me colocaria porta a fora. E provavelmente nunca mais falaria comigo.


E eu estaria sozinha. Com um bebê.


Meu estômago revirou. Pra Renée as coisas eram muito fáceis e simples. Mas ela não vivia mais a minha vida agora. Ela vivia a vida de Phillip.


E como é que eu ia me virar sozinha?


Mas eu queria me casar com Edward?


Talvez não fosse mais uma questão de querer, mas uma questão de fazer o que era certo.


-Eu quero me casar com ele, mãe. – eu disse tentando parecer convincente.


Porque só assim Renée ficaria tranquila.


-Certo. Se é isto que quer. É a sua vida.


-Sim é isto que eu quero.


-Bem, vamos preparar um almoço então, e você me conta tudo sobre Forks e os Cullens.


Eu tentei rir.


Renée era assim. Já tinha passado para a próxima etapa. Onde tudo estava resolvido.


Eu procurei Edward e o encontrei no jardim da minha mãe conversando com Phillip.


Que me cumprimentou e foi ajudar Renée.


-E aí?


-Acho que no fim ela aceitou numa boa. – eu resumi.


-Eu falei que não precisava se preocupar.


-Você não conhece Renée...


-Acho que você que precisa aceitar Bella, e não Renée.


Eu o fitei.


O sol batia em seus cabelos os deixando mais claros e seus olhos verdes continham aquele perturbador brilho dourado.


-Eu estou aceitando. – falei como se para mim mesma.


-Meninos, o almoço está pronto. – Phillip apareceu nos interrompendo e nós entramos.


Renée tagarelou sobre outras coisas, evitando o “assunto” o que ajudou muito.


Á tarde nós fomos dar uma volta na cidade e a noite jantamos por insistência do Edward em um restaurante. Ele foi tão educado e gentil, que com certeza ganhou vários pontos com minha mãe e Phillip. E quando voltamos, eu estava me sentindo bem cansada.


-Mãe, onde o Edward vai dormir? - indaguei a Renée.


-No seu quarto, oras. Acho que é tarde para algumas convenções, não é?


“Como é que é?” Eu quis pedir para ela não fazer isto. Mas como é que eu ia explicar? Se não conseguia explicar nem a mim mesma? Ela tinha razão em dizer que era tarde para qualquer tipo de convenção.


Afinal, estávamos noivos e era óbvio que já tínhamos transado se eu estava grávida.


Mas não éramos um casal como outro qualquer. Eu nem conseguia imaginar direito nós dois como um casal. Quanto mais dormir na mesma cama que ele na casa da minha mãe.


-Tudo bem. – concordei.


E quando me virei lutei para não ficar vermelha ao ver Edward atrás de mim.


-Boa noite, mãe. –falei e ele me seguiu até meu quarto.


Eu fechei a porta e o encarei.


-Eu vou... usar o banheiro. - murmurei constrangida e pegando algumas coisas na minha mala me tranquei no banheiro.


Meu rosto era uma máscara vermelha.


-Controle-se Bella. - murmurei para mim mesma.


Entrei no chuveiro e tomei um banho tentando não pensar em Edward do outro lado da porta.


Vesti meu pijama e sai do banheiro.


-Pode usar agora - falei sem encará-lo e ele entrou fechando a porta atrás de si.


Eu me deitei e apaguei a luz, lutando com minha respiração, enquanto ouvia o barulho do chuveiro.


Edward saiu algum tempo depois e eu fechei os olhos.


Será que ele perceberia que eu estava fingindo que dormia?


-Eu sei que está acordada, Bella. - ele disse num tom entre exasperado e divertido, enquanto eu sentia o colchão se mover ao meu lado. Eu quase rolei para fora da cama, na ânsia de me afastar mais.


Mas não adiantava eu me afastar, eu ainda sentia aquele cheiro dele e podia imaginar que sua pele limpa estaria morna do banho.


-Bella, estou falando com você. - agora a voz dele só tinha exasperação.


Eu abri os olhos e o fitei. Ele estava sem camisa e eu quase tive vontade de olhar debaixo das cobertas para me certificar que ele estava usando a calça do pijama.


-Eu não estou nu Bella. - ele disse divertido.


-Não estou pensando nisto.


-Está agindo como se estivesse dormindo com um estranho.


-Mas você é.


-Nós já dormimos juntos.


-Sinto muito se estou constrangida com isto. Nós mal nos conhecemos.


-Podemos nos conhecer melhor.


-Eu não vou transar com você. Se é disto que esta falando sobre "nos conhecer melhor!"


-Porque você complica tudo Bella? Se vamos casar isto não é o óbvio?


-Há uma semana eu namorava outro cara, acha que é simples assim?


Eu me arrependi no mesmo momento de ter falado sobre Jacob. Mas era tarde.


Edward fechou a cara.


-O Jacob já dormiu aqui com você?


-Não, ele nunca veio aqui.


-Mas dormia no seu quarto na casa do Charlie.


-Apenas uma vez.


-Porque não transava com ele, Bella?


-Não é da sua conta.


-Acho que é.


-Não é! Não me obrigue a ficar falando do Jacob. Ou quer saber todos os detalhes? Quer que passemos a noite conversando sobre isto?


-Eu preferia passar a noite fazendo coisas que você nunca fez com o Jacob.


Meu rosto queimou. Droga, todo meu corpo queimou.


-Eu já disse que não vou transar com você.


-Quem falou em transar?


E então seu rosto se aproximou do meu e eu senti o hálito quente em meus lábios, minha língua, antes dele me beijar.


Eu queria muito, muito mesmo, ter forças para empurrá-lo, mas eu não tinha.


Eu apenas gemi contra seus lábios, num misto de protesto e prazer, enquanto meu corpo derretia lentamente.


E quando eu já nem sabia do que estávamos falando antes, ele parou de me beijar e me encarou.


Eu lutei desesperadamente para me lembrar qual era o ponto da conversa, enquanto meu corpo queimava em lugares estratégicos e minha mente girava.


-Não está falando de transar? – indaguei.


E ele sorriu.


Deus, porque ele ainda tinha que sorrir. Eu nem precisava de mais nada quando ele sorria.


-Você tem razão. Mal nos conhecemos. Há poucos dias não éramos nada. Talvez eu também fique um pouco constrangido com a situação.


-Você? Constrangido?


E eu podia jurar que ele estava um pouco vermelho. E isto causou um rebuliço tremendo dentro de mim e eu não estava falando fisicamente.


-Você não me conhece, Bella. E eu também não te conheço.


-Acho que é este o ponto desta conversa. - falei, tentando pensar racionalmente, o que era bem difícil, enquanto ele ainda estava tão perto, com seus braços, ainda a minha volta.


-Sim, é este o ponto. - ele disse, mas não me soltou.


Ao contrário, sua mão desceu por minha coxa e passou minha perna por seu quadril.


Eu arfei, quando senti seus lábios deslizando por meu rosto, tocando a pele atrás da minha orelha.


-Nós não vamos transar Bella. - murmurou dentro do meu ouvido e eu praticamente desfaleci, meus dedos puxaram seus cabelos e então, sua boca estava sobre a minha de novo.


E enquanto ele me beijava eu me perguntava se eu pareceria uma louca bipolar se falasse pra esquecer aquele papo de "não transar".


Mas Edward parou de me beijar e rolou para o lado. Eu lutei para não puxá-lo de volta desta vez.


-Me desculpe - ele disse - não quero obrigá-la a nada Bella.


Eu tentei controlar minha respiração e as batidas do meu coração. E a vontade de dizer que não estava me obrigando.


Mas eu sabia que não era o certo. Eu ainda não conseguia lidar com tudo o que Edward Cullen implicava.


-Tudo bem. – murmurei.


Eu me virei para a parede, fechando os olhos.


-Boa noite Bella.


-Boa noite Edward.


Eu só não sabia como é que eu ia conseguir dormir.


Mas em algum momento da noite eu consegui, pois acordei com o sol adentrando pelas cortinas e a respiração compassada de Edward do meu lado.


Abri os olhos e fiquei olhando para ele.


Ele era bem branquinho. Como mármore. Os cabelos cor de areia bagunçados, me dava vontade de passar meus dedos sobre eles, para ajeitá-los.


-Eu passei na inspeção? - sua voz preguiçosa chegou até mim num tom sonolento e divertido e eu fiquei vermelha.


Ele abriu os olhos, sorrindo de um jeito preguiçoso.


-Gosto quando você fica vermelha.


E já ia responder quando meu estômago revirou perigosamente e eu gemi, me levantando de um pulo e indo para o banheiro, quase não chegando a tempo de me debruçar sobre o vaso e vomitar.


Edward estava atrás de mim no mesmo segundo, segurando meus cabelos, como da outra vez, até que todos os espasmos passassem.


-Está melhor? - indagou num tom preocupado.


-Eu odeio isto. – murmurei.


-Sinto muito.


Ele parecia mesmo sentir. Eu ri, jogando água no rosto.


-Acho que é normal, não é?


-Acho que sim.


Minha mãe apareceu na porta com o rosto preocupado.


-Está passando mal?


-Apenas enjoo matutino. - Edward respondeu.


-Isto é horrível mesmo, mas passa depois de três meses. Venham tomar café. Sei que vão querer partir ainda de manhã para chegar hoje em Forks.


-Sim, nós vamos. - Edward respondeu.


Nós tomamos café com Renee e Phill e eles nos levaram ao Aeroporto. Minha mãe me abraçou.


-Tem certeza do que está fazendo?


-Tenho sim. - respondi tentando soar uma confiança que estava longe de sentir.


-Se precisar de mim, sabe onde me encontrar.


-Obrigada, mãe. Eu te amo.


-Também te amo, querida.






Eu dormi boa parte do vôo e fui acordada por Edward quando chegamos no aeroporto.


Desta vez Alice e Jasper nos esperavam.


-Fizeram boa viagem? - Alice indagou animada e me encarou com um olhar crítico - Você está bem?


-Estou apenas cansada.


-Certo, acho que é esta sua roupa que não ajuda. Precisamos fazer compras uma hora desta e...


Eu já não ouvia, entrei no carro e fechei os olhos.


Acordei de novo, quando já anoitecia e Jasper estacionava em frente a minha casa.


Edward pegou minha mala e saltou comigo.


-Bella?


-Sim?


-Eu sei que esta situação toda é estranha para nós dois, você tem razão quando diz que mal nos conhecemos. Mas acho que devemos tentar...


Antes que ele acabasse de falar a porta da minha casa se abriu e Charlie saiu.


E atrás dele estava Billy Black em sua cadeira de rodas. E levando a cadeira de Billy, Jacob.


Por um momento nenhum de nós falou nada.


Jacob olhou de mim para Edward com um semblante frio, mas eu podia ver a dor em seus olhos. E isto doeu em mim. A velha culpa me consumindo.


-O que ele está fazendo aqui? - Edward murmurou tenso.


-O pai dele é amigo do meu pai - respondi - ele deve ter vindo buscá-lo.


Jacob acabou de descer e colocou Billy no carro, que apenas me cumprimentou com um aceno de cabeça.


Jacob me encarou antes de entrar no carro.


-Oi Bella.


-Oi Jake. - murmurei com vontade de chorar.


Jacob não falou mais nada. Entrou no carro e partiu. Eu encarei Edward e ele me olhava com raiva.


-Edward, eu... - eu não sabia bem o que dizer.


-Eu já vou indo - ele disse rapidamente e entrou no carro de Jasper.


-Como foi com a sua mãe? - Charlie indagou pegando minha mochila do chão e me guiando para dentro.


-Foi tudo bem. Ela ficou chocada mais depois aceitou.


Eu não ia falar para ele que Renée me derá outra alternativa em vez de casar.


Isto só faria os dois discutirem.


-Não sabia que iam chegar tão cedo. Foi uma situação esquisita Jacob e Edward aqui.


-Eu sei. Pai vou subir, estou cansada da viagem.


-Ah, espere um minuto - ele foi ate a escrivaninha e pegou um papel - Jacob deixou este bilhete para você.


Eu o peguei. Imaginando o que é que Jacob poderia ainda querer me dizer.


Eu subi e sentei na minha cama abrindo o bilhete.






"Bella






Eu sei que depois de tudo o que aconteceu, talvez não queira mais me ver


Mas quero muito conversar com você.


Será que pode vir a La Push amanhã?


Eu vou te esperar.






Jacob"






Continua...




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