Em Na Estrada, Kristen Stewart se transforma em uma criança selvagem. Sim, tem nudez, drogas e muito comportamento irresponsável, mas o mais importante, Stewart, interpretando MaryLou, que é baseado em Luanne Henderson na vida real, tem que trazer uma ferocidade primordial para sua personagem.
“A parte mais difícil de si transformar no personagem foi apenas ser capaz de lhe fazer justiça no modo de como ela motivou pessoas – ser aquela presença infecciosa e inegável na sala”, diz Stewart por telefone, de Nova York.
Stewart, 22, diz que ela mesma é mais uma observadora do que uma instigadora.
“Eu quero encontrar pessoas assim. Quero vê-las. Eu definitivamente não sou uma das pessoas que buscam alguém sexualmente – eu faço um pouco mais além disso”, diz a estrela ex-Crepúsculo.
Você não seria capaz de dizer isso a partir da cena em que MaryLou dança e fuma, deslumbrando a todos com seu calor natural. Essa foi a cena que Stewart sabia que ela teria que agarrar – mesmo ela não sendo uma dançarina e envolvendo nenhum diálogo.
“Eu estava muito intimidada com aquela cena, porque é a única oportunidade que eu tinha para mostrar que ela representou ISSO, que é ISSO que pessoas falam quando se referem a ‘On The Road’”, diz Stewart. “Foi importante para a cena ilustrar completamente a exuberância.”
Na Estrada de Jack Kerouac, foi um livro mal disfarçado das memórias de seus tempos turbulentos nos anos 50, cruzando o país com um grupo de desajustados e poetas, e que testam os limites da sociedade.
O personagem de Kerouac é Sal (Sam Riley), que está preso no feitiço de Dean Moriarty (Garrett Hedlund), com base no lendário aventureiro Neal Cassady. MaryLou é a jovem noiva fugitiva de Moriarity, que foge aparentemente por nada.
O livro se tornou a Bíblia da Geração Beat e inspirou inúmeros fãs – incluindo Stewart – ao longo dos anos.
Ela pensou que era importante ter uma boa imagem da verdadeira Luanne, antes de abordar a personagem. Entrevistas gravadas com Luanne lhe deu alguma perspectiva.
“Ela faleceu um pouco antes de nós termos essa coisa juntas, mas eu sentei com sua filha por alguns dias, e essas fitas que tinham horas e horas, serviram para colocar um rosto nela”, diz Stewart.
“No livro, ela pula para fora da página, ela é o tipo de pessoa que está em uma festa com você, e você não consegue deixar de olhar para ela”, diz Stewart. “Mas você não está nessa trajetória com ela, e então você não está exatamente onde sua cabeça está, onde seu coração está, e essas fitas ofereceram isso.”
Quando se trata de atuar, Stewart sabe onde seu coração está.
“Eu não posso me imaginar dando as costas a algo que me estimule desse jeito”, diz ela.
Isso vem como um alívio para Hollywood. Stewart primeiramente ganhou notoriedade interpretando a filha diabética de Jodie Foster em 2002 em O Quarto do Pânico. Ela rapidamente se tornou uma atriz cobiçada, trabalhando com Sean Penn em 2007 em Na Natureza Selvagem, e estrelando ao lado de Meg Ryan, no mesmo ano, em Eu e as Mulheres.
Mas tudo mudou quando ela assumiu o papel de Bella na série Crepúsculo, que ganhou mais de 3,5 bilhões de dólares no mundo todo desde 2008. Somente em 2012, os filmes de Stewart Branca de Neve e o Caçador e a parte final de Crepúsculo, Amanhecer – Parte 2 arrecadaram mais de 1,2 bilhões de dólares no mundo todo.
Isso é o suficiente para fazer uma pessoa desejar manter seu dia de trabalho. Mas isso não é sobre dinheiro.
“Eu trabalhei muito duro na escola para manter as opções em aberto e ir para a escola se eu quisesse. E quando essa hora chegou, eu já me sentia tão desafiada”, diz ela. “Eu me sinto da mesma forma agora. Eu não posso me imaginar saindo disso.”
“É definitivamente uma disposição estranha de se ter”, diz Stewart. “Eu meio que quero contar histórias. Se eu puder apenas ficar seguindo esse sentimento, eu estarei muito feliz com isso.”
Post: Mel
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