O longa Diários de Motocicleta (2004) foi uma das importantes co-produções envolvendo o Brasil. Dirigida pelo brasileiro Walter Salles (Linha de Passe), com roteiro de Jose Rivera, trilha sonora original de Gustavo Santaolalla (21 gramas), fotografia de Eric Gautier (Na Natureza Selvagem) e estrelando o mexicano Gael Garcia Bernal (Cartas Para Julieta).
Este road movie adaptação do livro “Diário de Bordo – de moto pela América do Sul”, narra as aventuras do jovem Ernesto Guevara em uma viagem que mudou a sua vida.
Não apenas a dele, mas dos envolvidos na produção também. O uruguaio Jorge Drexler, por exemplo, ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. Por que citar este filme? A razão é simples: depois de assistí-lo, o realizador Francis Ford Coppola (Tetro) teve a certeza de que Salles era o diretor certo para rodar a adaptação do livro On The Road, de Jack Kerouac – clássico da geração beat. Coppola obteve os direitos para produção da obra no final da década de 70 e durante esses (mais ou menos) 40 anos teve muitos nomes envolvidos. Mas nenhuma das possibilidades saiu do papel, tendo os atores Brad Pitt, Johnny Depp, Marlon Brando e Ethan Hawk como possíveis protagonistas.
Para a produção, Salles recrutou novamente a equipe de Diários de Motocicleta. E para os protagonistas Sal Paradise e Dean Moriarty, Sam Rilley (Maleficent) e Garrett Hedlund (Tron – O Legado). E ainda com Kirsten Dunst (Melancolia), Amy Adams (Os Muppets), Viggo Mortensen (Um Método Perigoso), Steve Buscemi (Gente Grande), Terrence Howard (Homem de Ferro) e a jovem Kristen Stewert (Branca de Neve e O Caçador).
Este último nome surpreende tanto em sua escalação como em sua atuação. A jovem foi escolhida pra viver a jovem Marylou por sua atuação em “Na Natureza Selvagem” (de Sean Penn). A Bella de Crepúsculo se desfaz da palidez e apatia da personagem e se entrega nesta aventura beatínica.
Uma personagem diferente das quais ela ficou famosa e um tanto desafiadora. Qualquer deslize na construção e na atuação da atriz poderia comprometer toda a narrativa, mas Kristen não decepciona. A dupla Rilley e Hedllund idem. Todas as demais participações são de extrema importância para toda a compreensão daquelas figuras emblemáticas. O cineasta acertou nas escalações.
Post: Sheyla
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