O site de notícias G1 publicou uma matéria muito
interessante falando sobre Na Estrada – On the Road, que entrará em cartaz no próximo dia 13. No
artigo comentam sobre a produção e a difícil adaptação do filme, o elenco que
contém nomes de peso, e sobretudo de Kristen, que em sua participação como Marylou se torna marcante por ser sensual, e
que de longe lembra Bella Swan.
Baseado no romance de Jack Kerouac, “Na
estrada” estreia nos cinemas brasileiros no dia 13 de julho e, assim como sua
própria história, é uma montanha-russa de altos e baixos. Mas, vale deixar bem
claro, logo de cara, que o longa do brasileiro Walter Salles tem muito mais
altos do que baixos. Tem, também – e talvez pela primeira vez na grande tela –,
uma Kristen Stewart solta,
sensual e ousada, bem diferente daquela vista na saga “Crepúsculo”.
Escrito na primeira
metade de 1951 e lançado em setembro de 1957, “On the road” (título original) é
um ícone do movimento e da literatura beat e conta a história de amigos
nômades, sem dinheiro e despreocupados com a vida adulta, que tomam a estrada
como lar em um mundo onde o sexo livre, as drogas e uma natural
irresponsabilidade parecem servir como guia.
Tal
simplicidade e espontaneidade diante das coisas da vida estão escancaradas,
desde o início, nos personagens de “Na estrada”, o filme. A trama acompanha Sal
Paradise (Sam Riley), um escritor principiante de Nova York que, logo após a
morte de seu pai, decide seguir em uma jornada de indas e vindas pelas estradas
dos Estados Unidos (e até do México) com seu amigo Dean Moriarty (Garrett
Hedlund).
Surpreendente no papel
de Marylou, Kristen Stewart vive uma espécie de namorada/amante de Moriarty que
está sempre de olhos abertos para outros homens. Embora ela não chegue a roubar
a cena do longa, é essencial para a beleza do todo, parecendo finalmente se entregar
a um papel que teoricamente não lhe cairia bem. Marylou tem uma sensualidade
natural e convincente, algo visto em cenas de dança, nudez ou até em momentos
mais sutis. Em uma das cenas mais ousadas, especialmente para um filme de
Hollywood, Moriarty, Paradise e Marylou decidem ficar completamente nus no
carro. A garota, então, masturba os dois homens, enquanto um deles dirige de
forma imprudente por uma estrada tipicamente americana.
O
bom e numeroso elenco impressiona. Além do trio principal de atores, “Na
estrada” conta ainda com Amy Adams, Kirsten Dunst,
Viggo Mortensen, Terrence Howard, Steve Buscemi e a brasileira Alice
Braga. Talvez pela quantidade de personagens, há momentos em que
fica fácil se perder em meio a tantos acontecimentos, mas nada que atrapalhe o
andamento de “Na estrada”.
Com uma excelente
caracterização da época – os acontecimentos se passam entre a segunda metade
dos anos 40 e o começo dos 50 –, o filme apresenta uma trama moderna até para
os dias de hoje. A história do livro “Na estrada”, frenética em acontecimentos
e rica em sentimentos e sensações, é difícil de ser contada em poucas horas.
Por conta disso, algumas passagens parecem acontecer de forma muito rápida e
pouco explicada, principalmente na segunda metade do filme.
De
qualquer maneira, a direção de Walter Salles é natural e competente. Mesmo com o
contexto que tem como núcleo a geração beat americana, o cineasta brasileiro
consegue passar bem o frescor de uma juventude que não se preocupa com muita
coisa além de sua própria liberdade. “Na estrada” é o trabalho de um diretor
maduro internacionalmente e uma boa representação daquele que é um dos livros mais
importantes da literatura americana.
Post: Mel
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