Kristen concedeu
recentemente uma entrevista ao Irish Times, e você pode conferí-la abaixo completa e traduzida:
Só não diga nada de ruim
sobre Kristen Stewart. Sério. A primeira vez
que a encontrei, a Sra. Stewart tinha 17 anos de idade. Ela tinha acabado de
filmar Twilight e estava intimidada, mesmo antes do lançamento do filme, pela
crescente popularidade da saga de vampiros de Stephenie Meyer.
“Eu sou, tipo, a ‘Pequena Miss Indie‘
“, ela me disse. “Eu
realmente queria trabalhar com Catherine Hardwicke, a diretora. E presumi que
Twilight seria apenas mais um fora das atenções, um filme legal, mas para uma
muito dedicada e muito exclusiva base de fãs.”
A base de fãs
Twi-hard logo definiram seu tamanho, mas ela estava levando isso muito bem: “As meninas, especialmente em uma certa
idade, podem ser agressivas. Mas eu entendo o porquê. Eu entendo a cobiça
delas. Edward é um ícone. Tudo o que posso dizer é ‘desculpa’ para quem acha
que eu não sou Bella Swan. Realmente. Sinto muito por ter roubado Edward de
vocês. Mas eu amo o livro, tanto quantos elas e compartilho também essa
‘proteção’ para com ele.”
Naquela época,
ela ainda não era uma estrela, mas ela já era uma atriz talentosa. Ela
impressionou os críticos com o que deveria ter sido um mero fiapo com sua
participação no filme de Sean Penn, Into the Wild e roubou a cens bem debaixo
do nariz de Jodie Foster em Panic Rood, de David Fincher.
Vestindo jeans
e um casaco de capuz, estava ela encolhida numa pequena bola ao lado de mim,
enfiada em seus tênis Converse. Ela era atrevida e inteligente, singular e
tremendamente e carinhosamente desajeitada. Eu desenvolvi um instinto maternal
estranho pela adolescente à minha direita e então lá estávamos nós.
É um alívio
sentar com ela em Londres, tantos anos depois, e descobrir que ela não mudou
nada. Ela mantém toda a instabilidade de um potro recém-nascido. Ela tropeça em
seus próprios sapatos e palavras.
“Hum, hum. . .
blá. Okay. Vamos começar de novo “,
ela gagueja, com um tímido aperto de mão. “Olá.
Ok. Estou pronta”
É uma
reivindicação: por um bom tempo eu me divertia discutindo com as pessoas que
falavam besteiras sobre esta atriz de 22 anos de idade e sua franquia Twilight,
especialmente quando esses mesmos árbitros continuavam louvando a bem mais
conservadora sequência ‘Harry Potter’.
“Oh espere…” Ela entra em pânico
momentaneamente. “Quer
dizer, eu não quero que espere, quer dizer, desculpa. Eu não quero parar de
falar, mas você sabe que não tem nenhum filme naquela câmera ali não é?”
Tudo bem: isso não é para TV. “Oh.
Ok. Legal. Eu só pensei que tivesse perdido seu tempo. Ok. Podemos falar agora.
Desculpa.”
Você poderia
pensar que K-Stew estaria um pouco mais grandiosa neste momento em sua
carreira. Você pensaria que ela estaria acostumada com o brilho dos holofotes.
Como metade da irreversível celebridade de duas cabeças “Robsten”, ela e seu
parceiro romântico, Robert Pattinson, estão entre as entidades mais fotografadas
e perseguidas na terra. Em vez disso ela se senta, os pés completamente
inquietos, com os ombros rígidos sobre os ouvidos. É somente quando começamos a
falar ruídos de cão-lobo – ela mora com dois animais desses, e eu tenho um –
que ela perde sua forma angular e seus tiques nervosos.
É a tentativa
deles de falar, eu pergunto: será que eles estão tentando fazer sons humanos? “Sim. Ah, sim. O tempo todo!“,
Ela chora, mais aleatória, com gestos descoordenados com as mãos. “Eles definitivamente falam. ‘Arr Arr
Arr’ Eles acham que podem me imitar perfeitamente.”
Um assistente
brevemente coloca sua cabeça através da porta, como se Kristen tivesse imitado
um lobo mesmo. Ela não se parece remotamente surpresa. “Eu não tenho modos,” ri
Stewart. “É isso. Nenhum. ”
Ela realmente
não é muito Hollywood. Você pode ver porque recentemente ela adorava fotografar
em Montreal, em um lugar onde ninguém se importava se ela falava em ‘cão-lobês’
e ninguém ligava para o que estava em suas lentes.
“Eu geralmente sou muito auto-consciente
sobre sair pela cidade com a minha cara à mostra“, diz ela. “Eu vivi mais em quatro semanas lá do
que eu faria em minha vida normal.” É um grande ano para Kristen
Stewart em sua “vida normal”. A adaptação de Walter Salles de ‘On The Road’
traz a mais tímida estrela de Hollywood se divertindo na tela, em um
relacionamento com Sam Riley e Garrett Hedlund. Em novembro, a série Twilight
tem seu laço final com Breaking Dawn Part II.
Esta semana, Snow White and the Huntsman vai colocar a influência de Stewart em um teste de bilheteria. É
um filme de fantasia épica que mostra Snow White (Kristen) enfrentando a
madrasta má (Charlize Theron) no campo de batalha. Até ela mesma está um pouco
surpresa ao encontrar-se em uma segunda franquia de fantasia com grande
orçamento.
“Eu sei o que as pessoas devem estar
pensando“, diz ela. ‘Ooh.
Será que ela está tentando provar a si mesma fora da franquia Twilight? Ela
pode segurar outra franquia? ‘Não foi por isso que eu o fiz. Porque não é assim
que eu escolho as coisas.”
Então, por que
a ‘Pequena Miss Indie’ entrou para a ‘Crônicas de Nárnia’ deste ano? Uma
divertida releitura do clássico dos Irmãos Grimm, que cai em algum lugar entre
o Senhor dos Anéis e Mononoke Princess, a estréia impressionante de Rupert
Sanders traz Stewart canalizando as qualidades de uma criança selvagem, e nunca
assobiando enquanto trabalha.
“Parecia algo novo para mim“,
ela me diz. “Eu
definitivamente tinha visto o desenho da Disney. Mas mesmo isso é uma ligação
tênue. Eu acho que eu o assisti uma vez ou duas vezes. Não era um dos meus
favoritos. Portanto, isto não foi sobre redescobrir algo que eu já era
conectada antes, quando menina. Isso me comoveu agora. Foi completamente novo.
Ela é a mais intensa personagem que eu já interpretei. Seus nervos estão muito
próximos da superfície de sua pele. ”
Uma atriz
natural em uma estrada que atores são atacantes naturais, Stewart demontra ser
como a exceção amigável, que é muito bem complementada pelo fantasioso universo
de Sanders. ‘Isso!‘
diz ela, dizendo porque estava feliz em participar deste conto de fadas.
“Quero dizer, é uma história de
princesa“, ela ri. “Supostamente
seria ‘la-la-la’. Mas nenhum de nós se sentimos bobos. Nós nunca tivemos que
ser uma coisa falsa. Fomos desafiados pelo nosso meio ambiente. Rupert jogou
elementos muito perigosos para nós o tempo todo. Foi lamacento. Estava frio.
Era Inglaterra. Você pode ler alguma coisa. Você pode entrar no personagem. Mas
para começar, nada dói mais que a dor real. Eu amo isso. Eu adoro assistir as
pessoas em desconforto na tela. E você sempre pode contar depois.”
Stewart nunca
varia sua metodologia, esteja ela interpretando Bella em Twilight ou Marylou em
On the Road. Ela diz que o livro de Kerouac mudou a sua vida quando
adolescente. Mas isso não significa que ela considere a adaptação Salles como
mais significativa do que seus outros papéis.
“Eu não gosto quando as pessoas julgam
Twilight como ‘amorzinho’ ou Snow White como um conto de fadas“,
diz ela. “Por que deveria
representar algo menos valioso da condição humana, só porque é sobre uma garota
de 17 anos? Por que deveria ser algo menos credível como uma história, só
porque é sobre uma princesa? Eu não acho que nenhuma delas sejam menores que as
outras.”
É difícil saber
o que fãs de Stewart farão a respeito de On the Road. O filme de Walter Salles,
embora longe de ser um sucesso absoluto, não vai fundo no machismo do texto
original de Kerouac. Os heróis do livro Beat, em particular, Dean Moriarty, são
expostos (e quase denunciados) como namorados, maridos e pais ruins.
Por isso, na
semana passada, na estréia em Cannes, o público se surpreendeu ao perceber que
Stewart – interpretando a atrevida noiva de Dean de 16 anos de idade – está nua
e se divertindo em bom negócio que é o filme de 137 minutos.
“Nunca pensei nisso dessa forma“,
diz ela. “Eu me senti segura
com Walter. Eu me senti segura com os caras. Não era sobre eu estar nua. Adorei
o desafio disso. Eu olho para o filme e agora isso é insano. Mas eu não me
sinto conectada com o que está na tela. Quero dizer, eu me sinto mas. . . sou
eu, mas não sou eu. E eu amo Marylou. Ela sai da tela e lhe bate na cara. Com
sua língua. Nunca se vendeu. Essa foi a única coisa sobre ela que a fez
diferente de todos. Ela não estava se rebelando contra nada. Ela estava apenas
sendo ela mesma. ”
Duas semanas
depois de eu conhecer Kristen Stewart, em Londres, ela passa em frente a sala
de imprensa em Cannes. Sua co-star em On The Road, Kirsten Dunst, ao seu lado
para ajudar nos passos, de saltos, ela simplesmente não pode controlar, quase
tropeça nos próprios pés.
É realmente um
alívio saber que ela não mudou nem um pouco.
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