Kristen Stewart foi entrevistada, em
Cannes, e falou sobre seus filmes, livros favoritos e o seu hábito de escrever.
Seu novo projeto Na Estrada – On The Road foi
dirigido pelo brasileiro Walter Salles. Confira:
Se algum
filme em Cannes neste ano encarou a expectativa mais fervorosa, foi 'Na Estrada' de Walter Salles. Não
somente porque o projeto tem estado por trinta anos em produção, e foi baseado
em um romance amado e inovador, mas também porque ele traz um jovem elenco
empolgante liderado pela estrela de "Crepúsculo",
Kristen Stewart, o protagonista de "Tron:
O Legado", Garret Hedlund e Sam Riley de "Control", com um forte apoio de uma lista que inclui Kirsten
Dunst, Amy Adams, Viggo Mortensen, Terrence Howard, e muito mais. E em sua
maioria, as críticas, que incluem a nossa própria, sugerem que o elenco se
isentou bem no que deveriam ter sido personagens complicados propriamente
ditos. Deve ter sido especialmente satisfatório para os pacientes atores que,
com o desenrolar das coisas, foram escalados na gestação deste projeto ainda
três anos antes das filmagens começarem, em 2010. Não muito depois, nossa
conversa com o diretor Walter Salles, o colaborador da Playlist, Aaron Hillis,
se sentou com Stewart e Hedlund para uma mesa-redonda de entrevistas para
falarem sobre "Na Estrada".
Kristen
Stewart é uma fã de longa data do livro, e ele a inspirou a escrever. Embora
ela seja quase 40 anos mais nova que o livro de Jack Kerouac (que foi escrito
em 1951, mas publicado somente 6 anos depois), Kristen Stewart é uma fã de
longa data. O romance também a ajudou a introduzi-la a uma grande gama de
escritores. "Eu o li quando tinha 14 anos," disse a atriz.
"Eu tinha lido algo de Burroughs, eu havia tentado ler 'Naked
Lunch,' e não entrou em mim tanto quanto "On the Road" entrou. Eu li coisas do Ginsberg.
Me abriu muitas portas para diferentes escritores. Como, Henry Miller que não é
parte da geração beat, mas ele é um dos meus escritores favoritos e eu somente
soube sobre ele através destas pessoas." De fato, ela ler Kerouac e
companhia a inspirou a escrever sozinha um pouco, algo que ela espera retornar
a fazer um dia. “Eu escrevia quando era mais nova. Mas eu tenho uma saída
agora, não é uma compulsão e eu não quero forçar isso. Eu não sou uma contadora
de histórias, isso era sobre palavras e o que elas podem fazer. Eu voltarei para
isso, tenho certeza.”
Stewart
se tornou particularmente ligada ao Hudson de 49, no qual muito do filme foi
ambientado. Cada estrada precisa de um bom carro, e com sorte havia um já
especificado no livro – o Hudson de 49 que era propriedade de Neal Cassady (a
inspiração para a personagem de Hedlund, Dean Moriarty). E dado que a maioria
das suas cenas têm lugar ao redor do carro, não é surpreendente que a atriz
sentiu que ele era parte do elenco quando o filme acabou. “É tão confortável
dentro dele. Viagens pela Estrada não são mais a mesma coisa agora porque
nossos carros não são os mesmos. É como uma sala. No final do filme, minha
última cena era no Hudson, e eu não posso sequer descrever para você como foi
sair dele e saber que eu não iria voltar a entrar. Foi horrível,” ela
disse. “Minha última cena foi uma rápida tomada no espelho retrovisor, logo
antes de nós sermos despejados em San Francisco. Foi perfeito que isso tenha
sido minha última cena também, porque você sabe o que está vindo. E tem essa
incrível foto que eu irei estimar pelo resto da minha vida, de mim, Walter e
Sam em pé no meio da estrada, logo depois deles dizerem que acabou e eu
definitivamente apenas limpei meu rosto cheio de lágrimas. Isso captura o
momento porque agora eu estou na minha própria estrada."
Post: Mel
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