Os leitores agora poderão ter uma "ajudinha" para acompanhar a viagem de Dean e Sal no clássico romance de Jack Kerouac On the road (que ganhou o subtítulo Pé na estrada na Brasil), graças ao lançamento de uma versão "ampliada" do livro, que acaba de ser publicada para iPad. As informações são do jornal britânico The Guardian.
O lançamento de On the road vem seguindo o sucesso da adaptação da editora britânica Faber & Faber para iPad de outro clássico, o conto A Terra Desolada, de T.S. Eliot, que na semana passada tirou o aplicativo dos quadrinhos da Marvel do topo da lista dos mais vendidos na livraria virtual da Apple.
O aplicativo de On the road, lançado pela editora Penguin, inclui, além da íntegra do texto original de 1957, um mapa interativo da rota descrita no livro, com fotografias históricas e notas contextualizando a época.
O app também contém fotografias que pertenceram a Jack Kerouac, registros raros em áudio do próprio autor lendo um rascunho de On the road e páginas do diário do escritor com anotações sobre a trama e a estrutura do livro. Uma reprodução do primeiro rascunho do livro pode ser comparado lado a lado com a versão que foi publicada, destacando os elementos retirados a pedido de advogados — incluindo as descrições mais explícitas sobre sexo e uso de drogas. Cartas entre Kerouac e seus editores sobre as primeiras reações ao livro, tributos ao livro e ao autor escritos por nomes que vão de John Updike a Bob Dylan, e imagens documentais de companheiros da Geração Beat falando sobre o escritor também fazem parte do aplicativo.
"Um dos principais objetivos era reimaginar como poderíamos trazer clássicos da literatura de volta à vida de forma mais vigorosa e prazerosa para os leitores. O desafio em desenvolver esse aplicativo foi encontrar o equilíbrio certo. Tivemos que ter certeza de que a tecnologia aprimorasse o conteúdo enquanto mantínhamos a excelência dos padrões editoriais e de design", disse ao Guardian o editor-chefe da editora Penguin Books US, Stephen Morrison.
Além do aplicativo, o livro-marco da literatura beat também granha este ano uma versão para os cinemas, pelas mãos do diretor brasileiro Walter Salles
Agora só me falta um IPad!!!
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