Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama
Aviso: Sexo
Capítulo 07
Eu nunca mais falei com Edward Cullen. E eu ficaria feliz de não vê-lo nunca mais também. Mas isto era impossível. Enquanto morávamos na mesma cidade chuvosa, fria e pequena demais. E enquanto estudávamos na mesma escola.
E embora ele tenha feito o favor de mudar de turma de Biologia e depois eu descobri, também mudara de literatura, eu ainda era obrigada a vê-lo em todos os lugares quando tudo o que eu queria era que ele e seu sorriso torto desaparecessem da face da terra.
Não que eu o visse sorrir.
Sempre que, inevitavelmente, nossos olhares se encontravam, ele estava muito sério, com um olhar frio e impassível.
Como se eu fosse algo a ser combatido, irradiado. Expurgado.
Como se eu fosse a culpada de algo!
Ás vezes eu tinha vontade vencer a distância que nos separava e confrontá-lo.
De dizer exatamente todas as palavras que estavam presas na minha garganta desde aquele dia fatídico.
Mas eu apenas virava o rosto, e engolia qualquer sentimento que houvesse dentro de mim.
Eu não queria sentir nada por Edward Cullen. Nem raiva. Nem nojo. Nada.
Eu queria que ele nunca tivesse existido.
E assim o tempo passou. Os dias se transformaram em semanas.
As provas finais chegaram e não se falava em outra coisa a não ser na formatura.
-Os Cullens darão uma festa de arromba - Jéssica comentou no refeitório – será que seremos convidadas?
-Eu duvido, nenhum de nós aqui tem alguma amizade com eles.
-A Bella tem. – Jessica cravou os olhos em mim.
Eu mordi os lábios e desviei o olhar.
-Ou tinha. – Ângela murmurou.
Embora eu nunca tivesse dito nada sobre qualquer coisa que acontecera a nenhuma das duas, Ângela tinha uma percepção apurada e ela com certeza desconfiava que alguma coisa rolara para eu não poder mais nem ouvir o nome dos Cullens.
-Se Mike não tivesse terminado comigo! - Jéssica bufou. Ela não parava de reclamar há mais de um mês do fora que levara de Mike, embora eu duvidasse que ela se importasse realmente.
E eu não sei como ela não percebera que Mike estava me cercando mais do que o habitual. Claro que eu não o encorajava em nada.
Mas ele sempre estava por perto, todo sorrisos.
E não ajudava em nada eu ter começado a trabalhar há duas semanas na loja do seu pai.
Eu queria juntar dinheiro no verão para a faculdade.
Ouvi um riso cristalino e perfeito como sinos e meu estômago se contraiu.
Alice Cullen passava por nossa mesa, com os braços em volta de Jasper.
Sem querer eu levantei o olhar e ele sorriu para mim.
Eu desviei o olhar rápido, sem retribuir.
Eles sentaram na mesa dos Cullens.
Eu fiz um esforço sobre humano para não olhar para lá.
-Esta Alice até parece bem legal... Será que se eu puxar papo com ela... - Jéssica continuou sua tagarelice habitual
Ângela me encarou.
-Você está bem?
-Eu? Claro.
-Está pálida.
-Eu sou pálida. – eu tentei sorrir.
Ela sorriu de volta.
-Sabe, se você quiser... conversar...
Eu desviei o olhar, incomodada.
E infelizmente desviei para o lado errado.
Para a maldita mesa dos Cullens.
E lá estava ele.
Os olhos verdes de Edward Cullen. Que mesmo àquela distância tinha aquele brilho dourado.
Ele me encarava e desviou o olhar quando eu olhei. Meu rosto queimou. Parecia que o ar se tornara rarefeito naquela questão de segundos.
Nosso sinal bateu e eu respirei aliviada. Caminhei até a sala de biologia.
Mike Newton e seu sorriso estava me esperando.
Depois que Edward saíra da turma, Mike se mudara de vez para o meu lado.
Eu sorri sem jeito e sentei ao seu lado.
-E aí, Bella, tudo bem?
-Tudo Mike. - respondi sem o menor ânimo.
-Vai trabalhar hoje?
-Claro que sim.
-Que bom.
Eu bati com o lápis no caderno, querendo que o Senhor Banner começasse logo a aula, assim não teria que fingir que estava interessada na conversa de Mike Newton.
Olhei para fora, através da janela, meus pensamentos voando para longe, enquanto via a chuva fina caindo.
O Senhor Banner entrou e começou a distribuir uma caixa e dar explicações.
-Irei picar os dedos de vocês como estou fazendo com o de Mike Newton.
Eu voltei à realidade e vi o sangue vermelho vivo nos dedos de Mike.
Minha cabeça rodou.
-Senhorita Swan, está bem? - ouvi sua voz através do zumbido nos meus ouvidos.
-Não... – murmurei, sentindo que ia desmaiar.
-Mike, pode levá-la até a enfermaria?
Sem pestanejar, Mike me ajudou a levantar.
-Pode andar?
-Sim... - sussurrei, sentindo meu estômago revirar.
Estávamos no corredor quando eu lutava para não vomitar quando ouvi uma voz a nossas costas.
-Ela está bem?
Oh Deus não. Era o que faltava. Eu abri meus olhos e me deparei com Edward Cullen. E a última coisa que eu consegui pensar, antes de perder os sentidos foi que hoje não era meu dia.
Eu acordei na enfermaria da escola. Ainda sentindo uma tontura horrível.
Aturdida eu olhei em volta e vi Edward Cullen me encarando fixamente.
Deus, o que ele estava fazendo ali?
-Isabella Swan? - a voz maternal da enfermeira chegou até mim e eu me fixei nela - Pode me ouvir?
Eu sacudi a cabeça afirmativamente.
-Está se sentindo melhor?
-Sim... - tentei levantar, mas de novo senti tontura - não...
A enfermeira sorriu.
-Isto sempre acontece quando o Senhor Banner dar esta aula. É sensível a sangue?
-Sim. - murmurei, sentindo meu estômago se comprimir.
Que eu não vomitasse na frente de Edward Cullen. Era só o que eu pedia.
-Então apenas fique deitada um pouco aqui, até melhorar.
-Cadê o Mike? - indaguei
-Mike Newton? Não, foi Edward Cullen quem te trouxe aqui.
Eu gemi involuntariamente de horror. Porque Edward tinha me trazido? Porque não Mike?
A sala da enfermaria se abriu e outro aluno entrou sendo carregado por um colega.
A enfermeira riu e foi ajudá-lo.
-Melhor o senhor Banner desistir desta aula...
Eu fechei os olhos, tentando me concentrar no som da minha respiração.
-Bella?
Abri os olhos ao ouvir sua voz e ele estava do lado da maca.
-Está se sentindo bem?
- Cadê o Mike? - indaguei a primeira coisa que veio a minha mente, tomando o cuidado de não encará-lo.
Edward ficou mais sério ainda.
-Não faço idéia.
-Ele estava comigo no corredor.
-Ele pareceu apavorado quando desmaiou e eu a trouxe. Talvez ele também esteja desmaiado no corredor agora.
-Por que ainda está aqui?
-Queria apenas me certificar que estava realmente bem. Acho que fiquei assustado quando a vi desmaiada. - eu o fitei e ele parecia que estava dizendo aquilo para si mesmo, como se tivesse surpreso de ter ficado assustado com meu desmaio.
-Eu não morri, então pode voltar para sua aula. - murmurei desviando o olhar.
Era incrível que eu ainda me sentisse perdida quando olhava para ele.
Eu fechei os olhos. E ele ficou ali, me olhando, por um tempo que pareceu interminável.
-Sim, eu vou voltar. - murmurou por fim e se afastou.
E só então eu abri os olhos e voltei a respirar normalmente.
Consegui ser liberada da enfermaria quando as aulas já tinham acabado.
Ângela tinha pego meu material e me devolveu na saída.
-Obrigada.
-E você melhorou? – perguntou.
-Sim, estou melhor. Odeio sangue. Foi só isto.
-Quer ir lá em casa hoje a tarde? Tenho vários convites pra fazer.
-Não posso. Tenho que trabalhar hoje.
-Tudo bem. A gente se vê amanhã.
Eu me virei para ir para o carro e quase tropecei em alguém. Levantei o olhar e me deparei com Edward Cullen.
-Bella, podemos conversar?
Eu abri a boca várias vezes sem saber o que dizer.
Conversar? Como assim conversar? Depois de mais de um mês nos ignorado mutuamente ele agora queria conversar?
-Não temos nada para conversar. - murmurei, olhando para os lados.
E eu podia sentir o olhar de cada estudante em nós. Que diabos!
-Eu acho que temos sim.
E eu caí na besteira de encará-lo. E perdi o ar. Ele estava pensando naquela noite. Naquela maldita noite.
E era disto que ele queria falar. Mas eu não queria. Eu queria esquecer. Eu vinha lutando para esquecer em todos os miseráveis dias desde então.
Embora quando fechasse os olhos, era só isto que via em meus sonhos.
Ou pesadelos. Sempre Edward Cullen.
-Não acho que precisamos falar sobre... Isto - eu podia sentir meu rosto se tingindo de vermelho.
E tentei fugir, mas ele era rápido e seus dedos seguraram meu braço.
-Bella, por favor! - suas palavras eram cheias de uma fria insistência.
-Tire as mãos dela.
Nós dois nos viramos ao ouvir a voz de Jacob.
Eu respirei aliviada. Edward soltou meu braço e eu podia antever que ficariam marcas roxas ali.
-Qual o seu problema? - Jacob falou com uma fúria mal contida indo para cima de Edward.
Que também deu um passo em direção a Jacob com a mesma fúria. Em um segundo a sensação de briga iminente tomou conta de todos.
Eu me coloquei entre eles.
-Hei parem com isto agora! – gritei.
E pude ver pela visão periférica Emmett e Jasper se aproximando e se colocando ao lado de Edward.
-Ele estava te segurando a força. - Jacob sibilou entre os dentes.
-Não era nada disto. - menti e nem sei porque. Devia mesmo deixar Jacob quebrar a cara de Edward.
Jacob encarou Edward.
-Se colocar a mão nela de novo...
-Se você quer bater em mim pode tentar agora. - Edward falou baixo.
-Ninguém vai tentar nada! - falei o encarando e puxando Jacob – Jacob vamos embora!
Jacob me seguiu a contra gosto.
Entramos na minha Pick up e Jacob foi dirigindo.
-O que foi aquilo Bella?
-Nada!
-Como nada?
Eu respirei fundo.
-Eu passei mal hoje.
-E o que isto tem a ver com o Cullen?
-Ele que me ajudou, eu desmaiei.
-Desmaiou? - sua voz agora era cheia de preocupação.
-Sim, não deve ter sido nada, apenas a visão do sangue na aula de biologia.
-E porque ele estava segurando seu braço agora?
-Ele queria ter certeza que eu estava bem, acho. – menti.
Jacob não parecia muito convencido.
-Esquece isto, Jacob. – murmurei.
De repente vi que estávamos passando da minha casa.
-Minha casa passou!
-Eu sei, vou levar você ao médico.
-Jacob,não!
-Sim, você vai. Não seja teimosa.
Eu bufei.
-Foi apenas pelo sangue! Eu não estou doente.
-Melhor nos certificarmos disto.
-Se os Newton me demitirem a culpa será sua. - murmurei enquanto esperávamos na sala de espera do hospital da cidade.
Jacob apenas riu e beijou meu rosto.
-Ninguém vai te demitir. Está doente.
-Não estou doente! - sussurrei entre dentes - E odeio hospital.
-Isabella Swan? - uma enfermeira chamou meu nome - Pode entrar na sala de exame.
Eu fui acompanhada de Jacob.
-Este lugar me assusta. - murmurei, me sentindo tonta.
Hospitais me deixavam assim.
-Isabella?
Eu me virei um médico loiro me encarou com um sorriso. Ele parecia mais um artista de cinema do que um médico.
-Olá, eu sou o doutor Carlisle Cullen.
Claro. Só podia ser. Pensei irônica.
Hoje não era mesmo o meu dia.
-E então, o que aconteceu?
-Ela desmaiou. - Jacob falou por mim.
-Jake!
O doutor Cullen sorriu complacente.
- Sente-se aqui Bella e me conte o que aconteceu.
Eu sentei sobre a maca enquanto ele me examinava e fazia perguntas.
-Certo. Eu vou pedir alguns exames. Será que aguenta um exame de sangue?
Eu fiz uma careta.
-Será rápido. E depois que o exame ficar pronto, volte até minha sala.
-Eu preciso ir trabalhar...
-Está se sentindo bem agora?
-Estou sim.
-Então pode voltar a amanhã para pegar os resultados.
-Certo, obrigada.
Eu fiz o terrível exame de sangue e Jacob me amparou para fora.
-Eu realmente odeio isto. - murmurei e ele riu.
-Não devia ir trabalhar.
-Devo ir sim. Agora me dê às chaves do meu carro.
Ele me deu.
-Amanhã eu te pego na escola e vamos voltar ao hospital.
-Não precisa.
-Bella...
-É sério Jake.
Ele se inclinou e me beijou.
-Tudo bem. Eu te ligo a noite.
-Tchau.
Eu fui para a loja dos Newton e Mike já tinha feito um relatório completo da minha humilhação para seus pais.
-E ela de repente desmaiou... e aquele Cullen - eu estremeci ao ouvir o nome - ele simplesmente voou para cima de mim e num minuto carregava Bella para a enfermaria, como se ela tivesse levado um tiro ou algo assim.
Eu ri, sem graça. E então a porta da loja se abriu, trazendo um vento gelado. E Edward Cullen.
Não. Não . Não.
Eu rapidamente olhei em volta, tentando ver se poderia fugir para algum lugar, enquanto ouvia os passos de Edward Cullen se aproximando.
Os pais de Mike se afastaram para suas ocupações, mas Mike permaneceu ao meu lado.
-Olha só quem apareceu aqui... - falou com aquele seu sorriso idiota.
Mas pelo menos ter Mike ali me poupava de ter que encarar Edward sozinha.
-Oi Bella. - ele falou quando chegou ao balcão.
Eu pensei em ignorá-lo.
Mas estava no meu local de trabalho e os Newton ainda me observavam.
-Oi. Em que posso ajudá-lo? - indaguei tentando soar profissional.
-Oi Cullen, o que te trás aqui? - Mike indagou jovial.
Edward lançou-lhe um olhar frio. Mike se encolheu.
-É... vou ali ajudar meu pai...
E se afastou. E lá se foi o traidor.
-Bella, eu preciso falar com você.
Eu respirei fundo. Não era legal isto. Porque o cheiro dele invadiu meus sentidos. Cheio de lembranças inconvenientes.
-Estou trabalhando. – respondi.
E olhei para os Newtons. Edward seguiu meu olhar.
-Certo... - e então ele foi até os Newton, e trocou algumas palavras com eles.
A senhora Newton se aproximou sorrindo.
-Bella, tire uma folga, pode ir conversar com o Edward Cullen.
Eu abri a boca, incrédula. Eram todos traidores ali.
Tentando conter minha irritação eu peguei meu casaco e sai da loja. Na calçada eu encarei Edward.
-O que quer?
-Conversar com você.
-Já falei que não temos nada pra falar.
-Sim, aqui no meio da rua não temos mesmo. Venha comigo.
-Não.
-Quer mesmo ter esta conversa aqui Bella?
Eu olhei em volta, mas as pessoas já reparavam em nós.
-Certo. Eu vou.
Eu entrei no carro dele e reparei que não era mais o Jipe
E sim o Volvo.
Edward dirigiu em silêncio.
O carro tocava Claire de Lune.
-Tira esta música. – pedi.
Ele trocou sem falar nada, por outra também clássica.
Eu fechei os olhos.
Era uma música tocada ao piano. Muito bonita.
Eu teria apreciado se não estivesse odiando estar ali no carro de Edward Cullen.
Ele parou num restaurante.
-Peça algo para comer.
-Não vou comer.
Ele chamou a garçonete e pediu.
-Espero que seja para você.
-Você comeu hoje Bella? - ele falava como se eu tivesse 5 anos de idade.
-Não, não comi.
-Imaginei. Deve ser por isto que desmaiou.
-Eu desmaiei porque odeio sangue.
-Está muito pálida.
Eu respirei fundo.
-Porque estamos aqui, Edward?
Ele me fitou seriamente, como se estivesse pensando no que falar.
-Nós nunca falamos sobre o que aconteceu.
Eu mordi os lábios.
-O que não deveria ter acontecido, seria a afirmação correta.
-Talvez tenha razão. Mas aconteceu.
-Olha Edward. Não posso mudar o que aconteceu, mas eu posso fingir que não aconteceu e...
-Sim, imagino o quanto queria fingir que nada aconteceu. O que foi que disse para seu namorado depois?
-Não é da sua conta.
-Acho que é sim. Eu fui falar com você no domingo à noite e a vi com ele.
-E daí? Como disse, ele é meu namorado.
-E porque você não tinha transado com ele até aquela noite? Porque transou comigo?
-Porque eu estava bêbada! Isto responde sua pergunta?
Ele me encarava com uma fúria contida. E era a mesma fúria que estava em mim.
-Contou ao Jacob que ele pegou o resto que eu deixei?
Eu senti como um bofetada na minha cara.
-E contou a sua namoradinha do Alasca que a traiu?
Foi a vez de ele empalidecer.
-O que sabe sobre isto?
-O suficiente. Ou é mentira?
Eu esperei a resposta.
Como se de alguma maneira ele dissesse realmente isto. Que não existia namorada nenhuma.
-Sim, eu tenho uma namorada - ele respondeu por fim - mas acho que não devo me sentir culpado não é? Já que você também tem um.
-Mas você sempre soube disto e eu não. Você mentiu.
-Não lembro de você ter perguntado naquela noite.
Certo, outro murro no estômago.
-Sim, eu estava bastante bêbada. Só isto para me fazer transar com você. E você, porque transou comigo, Edward?
-Talvez eu tenha apenas pegado aquilo que estava sendo oferecido.
Eu senti minha garganta queimando.
-Ou você queria ganhar uma aposta com seu irmão, Emmett. - falei por fim.
Ele me encarou surpreso por alguns instantes.
-Quem te contou isto?
-É mentira?
-Quem te contou?
-É mentira? - eu quase gritei, nem estava mais me importando onde estávamos. - Diz que você não ficou me rodeando o tempo inteiro apenas porque fez uma aposta nojenta com seu irmão por um maldito Jipe.
-Não, não é mentira.
Eu engoli o nó na minha garganta. Eu não ia chorar. Não na frente dele.
Lutando para respirar, eu o encarei.
-Tudo bem, Edward. Que bom que esclarecemos este ponto. Pra minha sorte, eu não me apaixonei por você. Aliás, como poderia? Eu amo o Jacob. E espero que o Jacob nunca descubra o que você fez comigo, porque ele te mataria. Acho que terminamos esta conversa.
Eu me levantei e sai sem olhar para trás.
Nem voltei para a loja naquele dia, inventei que tinha passado mal de novo e fui para casa.
Eu não chorei. Porque eu ia chorar?
Edward Cullen não valia nem isto.
No dia seguinte eu fui para a escola. Edward e seus irmãos estavam lá. E eu os ignorei. Hoje era o último dia de aula. O dia da tal festa dos Cullens.
E eu não seria mais obrigada a encará-los. E depois eu iria para a universidade. E nunca mais colocaria meus olhos em Edward Cullen de novo.
Ao fim da aula, Jéssica e Ângela estavam desoladas porque não iam a festa. Eu não me importei.
A chuva tinha dado uma trégua mas o tempo continuava ruim.
Estava indo para casa almoçar quando lembrei do exame.
-Droga - murmurei, mas dirigi até o hospital.
E para minha surpresa, Jacob estava lá.
-Eu falei que não precisava!
Ele sorriu.
-E eu disse que viria.
Eu revirei os olhos.
Alguns minutos depois eu fui chamada a sala do Dr. Cullen. E sentamos em frente a sua mesa.
Ele verificou meu prontuário e me encarou.
-Isabella, tenho algumas notícias para você. - falou gravemente.
-Ela está doente? - Jacob indagou preocupado.
-Não.
E então o Dr. Cullen focalizou seus olhos de ator de cinema em mim. E antes mesmo dele falar eu senti algo me gelando por dentro.
-Isabella, você está grávida.
Continua...
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