24 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 22

Pervinhasss... Apesar da desagradável surpresa de ter Tânia ainda em casa, não é que nosso casal estar aproveitando, e bem, a vidinha de casados? Vamos ver o que nossa FIC nos traz hoje... Só uma dica: Lembram do encontro? Ele sairá hoje! Ótima leitura! 


Classificação: Maiores de 18 anos 
Autora: Juliana 
Avisos: Sexo
Capítulo 22
Quando eu acordei, estava sozinha e já era dia.
Me espreguicei e me perguntei onde estaria Edward. Havia um relógio do lado da cama e eu vi que passava das 10h. Que ótimo, estava me tornando uma preguiçosa.


 Ao me levantar, senti uma leve tontura, mas não enjôo. O que me deixou aliviada.
Entrei no closet e realmente era assustador.
Todas as malas já tinham sido desfeitas
Claro que tudo ali era de marca que eu nem sonhava em usar antes. Mas consegui achar algo mais normal, como jeans e uma blusa.
Me arrumei e saí do quarto, me lembrando que não conhecera a casa ontem a noite.
Eu ri sozinha ao me lembrar o motivo.
Mas a casa nem era muito grande. Na verdade era mesmo um chalé. Havia mais um cômodo no segundo andar e estava vazio.
Embaixo havia uma sala com lareira e uma cozinha
Abri a geladeira vi um bilhete grudado na porta

“Não quis te acordar
Saí com meus irmãos,
Volto a tarde.
Se precisar de alguma coisa, me liga o celular

Edward”


Eu amassei o bilhete. Aquilo era tão... doméstico.Bilhetes na porta da geladeira. Me deixou um pouco perturbada.
A geladeira também estava cheia e tomei café.
E o que eu ia fazer, sozinha naquela casa?
Podia ir pra casa dos Cullens, mas não estava afim de aguentá-los ainda.
Mesmo sem Tânia e Rosalie estando lá.
Eu podia ir visitar meu pai. Hoje era sábado e ele nem sabia que eu tinha voltado. Sai de casa e me perguntei se o carro que Edward me dera estaria ali.
Havia uma pequena garagem atrás do chalé e como eu previra o carro estava ali. E o Jipe de Emmett. Senti um embrulho no estomago, ao me corrigir. Jipe de Edward. Que ele ganhara na aposta.

Era engraçado como eu quase me esquecera desta maldita aposta.
Mas existia. Fora assim que tudo começara, não fora?
Edward apostara com Emmett que me levaria pra cama e conseguira. E eu fiquei grávida.
E nós nos casamos.
Mas porque eu não esquecia?
Toda história começava de alguma maneira, não era?
Não dava para voltar atrás agora e refazer toda aquela história.
E eu ainda estava grávida e isto também não tinha volta.
Então porque eu ia ficar remoendo aquilo?
Era passado. Eu tinha que esquecer. Respirei fundo e entrei no meu carro.

Charlie tomou um susto ao me ver.
-Oi pai – ele se virou, estava limpando suas varas de pescar.
-Bella, o que faz aqui?
Eu dei de ombros.
-Mudança de planos.
Ele se levantou, vindo até mim.
-Está tudo bem? Não me diga que o Edward aprontou alguma.
Eu ri.
-Claro que não, pai.
-Mas não estavam numa ilha no Brasil?
-Estávamos. Eu não me senti muito bem, aí voltamos.
-Não se sentiu bem? Como assim? Está doente? Alguma coisa com o  bebê?
-Está tudo bem. Já fiz vários exames ontem e está correndo tudo bem com a gravidez.
-E porque voltaram então?
-Eu fiquei preocupada de estar num lugar tão isolado e senti algumas dores.
-Tem certeza que está bem, Bella? Não mente para mim.
-Estou sim!
Ele me encarou meio desconfiado.
-E entre você e Edward?
-Está tudo bem, pai. É sério. Não fique preocupado.
-Se você diz.
-Sabia que os Cullens nos deram um chalé? - mudei de assunto.
-Sério?
-Sim, fica na propriedade deles e a Esme o reformou. Está convidado para ir lá conhecer, claro.
-Muito generoso da parte deles.
-E como está se virando sozinho? Está comendo direito? – eu peguei a lata de cerveja em cima da mesa de centro e fui pra cozinha.
-Sabe como é, comendo estou, mas não tão bem como quando estava aqui.
Eu ri.
-Não sei como viveu sem mim todos estes anos!
-Pois é, e terei que me acostumar de novo.
-Vou ser boazinha e farei o almoço hoje, ok?
-E o Edward, não está te esperando?
-Ele saiu com os irmãos, só volta a tarde.
-Tudo bem então.
Eu preparei o almoço e quando estava tudo pronto, eu ouvi o barulho de um carro estacionando e vozes.
E quando entrei na sala, vi Jacob à porta.
Ele pareceu tão surpreso quanto eu.
-Jacob! – exclamei.
-Oi Bella... O que faz aqui, achei que estava viajando.
Eu dei de ombros.
-Eu estava, mas voltei.
-Está tudo bem?
Eu podia ver as engrenagens em sua cabeça tentando entender o que eu estava fazendo ali dias depois de casar, quando deveria estar numa ilha tropical em lua-de-mel.
-Eu tive que fazer uns exames, por isto voltei. E vim visitar Charlie – respondi rápido, antes que Jacob tirasse conclusões erradas.
-Ah.. E está tudo bem com você?
-Está sim.
-Bem, eu já vou, vim apenas deixar um recado do meu pai para o Charlie.
-Porque não fica para almoçar? - Charlie indagou.
Jacob me encarou.
-Acho que não seria...
-Por que não Jacob? - me vi perguntando.
Que mal havia num almoço?
Jacob debateu consigo mesmo por um momento e acabou aceitando.
Nós almoçamos e a conversa girou em torno de alguns assuntos de La Push, carros, que Jacob adorava e jogo de futebol, que meu pai gostava.
Era quase como antigamente. E isto me deixou com saudades dos velhos tempos.
De quando tudo era mais fácil. Antes de tudo mudar irreversivelmente.
Isto me deixava um pouco triste. Mas estar com o Jacob ali ao mesmo tempo me deixava esperançosa, de que ele pudesse me perdoar.
De que ainda pudéssemos ser amigos.
-Bem, eu preciso ir. – disse depois de assistir um jogo com eles.
-Eu também. – Jacob me acompanhou.
Nós nos despedimos de Charlie .
Eu estava abrindo a porta do meu carro quando Jacob me chamou.
-Bella?
-Sim? - eu o encarei.
-Acho que me enganei, ainda é a mesma Bella. – disse com um sorriso e entrou no carro.
Eu sorri também e entrei no meu carro.
Acho que tudo ia ficar bem.
Quando cheguei, o carro de Edward estava parado em frente à casa dos Cullens.
Eu parei e desci, desconfiando que ele estivesse ali também e não no Chalé.
Eu entrei e Rosalie estava num sofá, lendo uma revista. E Edward estava em outro.
-Oi.
Ele sorriu ao me ver, estendendo a mão e eu a peguei, para minha vergonha, ele me puxou para seu colo e me beijou.
E eu esqueci onde estávamos, concentrada nas sensações deliciosas que o beijo dele sempre despertava em mim.
Mas Edward parou ao ouvir um pigarro irritado de Rosalie.
-Não tem uma casa só para vocês não? - falou revirando os olhos
Edward a ignorou, me mantendo em seu colo.
-Onde estava?
-Fui almoçar com meu pai.
“E acabei almoçando com Jacob” Acrescentei mentalmente mas era melhor deixar aquela informação de fora.
-E você, onde foi com seus irmãos?
-Fomos caçar.
-Caçar? Isto não é ilegal?
Ele riu.
-Seu pai não pesca? É quase a mesma coisa.
-Vocês, Cullens são muito esquisitos.
-Oi Bella. – Alice entrou na sala com seu jeito saltitante e eu a vi percorrendo minhas roupas com olhar crítico.
-Bem, até que não está tão ruim. E aí, o que achou do seu closet?
-Exagerado.
Ela revirou os olhos. Rosalie deu um risinho.
-Falei que estava perdendo seu tempo.
-Não perdi não. Ela vai apreciar isto com o tempo.
-Se você diz...
-Você é tão chata, Rose! - Alice reclamou – porque não viajou com Tânia? Ia ser ótimo ficar fora uns dias.
-Nossa, querem se livrar de mim também além de Tânia?
Eu fiquei tensa ao ouvir o nome da ex de Edward. E acho que ele percebeu.
-Vamos embora? – indagou.
-Vamos – respondi, aliviada.
Emmett entrou na sala naquele momento.
-Oi Bella. Ainda estão aqui? Aliás estranhei o Edward estar disponível para caçar hoje de manhã, achei que iam ficar uma semana presos naquele chalé. – disse piscando maliciosamente e eu corei.
-Nós já vamos. – Edward comunicou.
-Claro que sim – Emmett riu mais ainda – eu e Rose merecíamos mais um chalé deste...
Ignorando suas piadinhas, nós saímos e caminhamos para o chalé. A noite caía, mas não estava chovendo.
-Sabe o que eu lembrei? - Edward indagou quando entramos - Que você me deve um encontro.
Eu o encarei, tirando o casaco
-Está falando sério?
-Seríssimo. É sábado à noite, podíamos sair.
Eu ri.
-Ok, mas será do meu jeito. – falei.
-Do seu jeito? O que isto quer dizer?
-Que iremos onde eu quiser.
-Não sei se gosto disto.
-Você é muito mimado, Edward. Fazer a vontade dos outros de vez em quando vai ser bom pra você.
-Fazer a sua vontade quer dizer.
Eu dei de ombros.
-É, pode ser.

*

-É isto que chama de encontro?
Edward perguntou horas depois enquanto percorríamos o corredor de uma livraria em Port Angeles.
Eu ri, pegando mais um livro e folheando.
-Pra mim é perfeito.
-Tinha pensado num jantar a luz de velas.
Eu ri.
-Podemos jantar depois, mas nada de restaurante chique, prefiro um hambúrguer.
-Eu já te vi num restaurante chique, achei que gostasse.
-Aquele dia Jake me levou ali porque era uma comemoração.
Eu me arrependi no mesmo instante de falar o nome do Jacob, porque o sorriso sumiu do rosto de Edward.
Mas o que ele queria? Jacob fizera parte da minha vida.
"Ainda fazia" Uma vozinha falou dentro de mim, e eu ignorei.
-Enfim, não curto muito estes tipo de ambiente. Mas aposto que você e seus irmãos sim. - mudei de assunto, tentando amenizar o estrago.
-Sim, principalmente Rosalie. Mas eu me importo com a companhia e não o lugar. – completou.
-Então estamos combinados. Hambúrguer.
Ele sorriu e eu quase respirei aliviada. Acho que a tensão por causa de Jacob fora esquecida.
-Longe de mim contrariar a vontade de uma grávida.
Eu rolei os olhos e fui para o caixa.
Edward pegou a carteira e eu o impedi.
-Não, eu posso pagar, Edward.
-Bella, não seja absurda.
-Os livros são meus, eu pago.
Ele não insistiu, talvez para não começar uma discussão. Eu paguei e saímos da livraria.
E como eu queria, fomos comer hambúrguer.
-E então, você disse que queria um encontro para nos conhecermos melhor. - eu disse.
Ele riu.
-Parece meio fora de propósito agora que já casamos.
-Isto não diz nada. Continua não me conhecendo.
-Claro que eu te conheço. É filha do Chefe Swan, seus pais se casaram jovens e sua mãe pulou fora, indo embora com você para Phoenix quando ainda era bebê. Desde então vinha uma vez por ano, passar o verão em Forks, embora odeie chuva e frio. Gosta de Jane Austen, não é boa em biologia e sua idéia de um encontro perfeito é numa livraria.
Eu ri.
-Isto diz tudo sobre mim, claro. – ironizei.
-Você pode me contar mais.
Eu mordi os lábios, subitamente tímida ao pensar de falar de mim.
-Não, prefiro saber de você. Acho que já sabe bastante sobre mim mesmo.
-O que quer saber?
-Como foi viver com os Cullens?
-Eu tinha 12 anos e meus pais morreram. Ficaram doentes. Eu morava em Chicago. Carlisle foi quem cuidou deles. E resolveu me adotar. Ele casou com Esme algum tempo depois. E resolveram adotar mais crianças.
-Chicago. Então é de lá que você é. E como foram parar no Alasca?
-Alasca foi só uma parada. Carlisle gosta de mudar bastante.
-E de onde vem tanto dinheiro da sua família?
-Herança e investimentos. Carlisle herdou bastante coisa. E nós gostamos de investir.
-Nós?
-É, eu e meus irmãos. Eu sei que de longe parecemos um bando de garotos mimados desocupados, mas Carlisle nos ensinou a cuidar do dinheiro e nós aprendemos a multiplicar.
-Porque eu fico achando que quando diz nós, está falando de você?
Ele riu.
-Porque sou eu que cuido disto mesmo.
-E vocês gostam de acampar.
-Sim, gostamos muito.
-O que vocês fazem nestes acampamentos?
-Caminhadas, escalada, caça.. estas coisas.
-Caça?
Ele riu.
-Selvagem demais para você.
-Fiquei curiosa.
-Levarei você.
-Eu?
-Claro. Disse que estava curiosa. Quando formos acampar você vai junto.
-Pode se arrepender disto. Você já me viu caminhando.
Ele riu.
-Sim, mas estará comigo.
E eu gostei de como ele disse isto. Como se tudo realmente fosse perfeito. Porque ele estava comigo e nada poderia dar errado.
E acho que fiquei olhando pra ele mais tempo do que deveria, esquecendo de respirar, até voltar a realidade com a garçonete do lado da mesa fazendo alguma pergunta.
-Mais alguma coisa, Bella? - Edward perguntou.
-Não.
-Então a conta – ele pediu.
Ele pagou e nós entramos no carro.
-Vamos para casa? – perguntei.
Sua mão segurou a minha, levando a boca e eu estremeci ao sentir seus lábios no meu pulso acelerado.
-Sim, vamos terminar nosso encontro.
Eu mordi os lábios, ansiosa.
-Não ligo se você correr.
Ele riu e acelerou. Eu mal via a hora de chegarmos em casa.

Continua...

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