17 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 17

Pervinhas...Bella sofreu um acidente, e agora? Será que foi grave? Vamos descobrir! Ótima leitura!

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Avisos: Sexo

Capítulo 17

Minha cabeça doía como se pesasse uma tonelada foi a primeira coisa que percebi ao despertar.

E quando abri os olhos, as luzes quase me cegaram e eu gemi, levando a mão aos olhos e meu braço também doía um pouco e uma faixa cobria minha mão.



-Bella?


Passos se aproximaram e eu abri os olhos novamente ao ouvir a voz de Edward. Ele estava do lado da cama, me encarando com os olhos preocupados e uma expressão tensa.


-Está se sentindo bem?


-Onde estou? - indaguei e percebi que minha garganta estava seca.


-No hospital.


-Hospital? - sussurrei começando a me lembrar.


Estava no carro com Jacob e chovia.


E saímos da estrada, batendo numa árvore.


-Minha caminhonete...


-Totalmente destruída, mas o importante é que você está bem.


-Bem? Está tudo doendo. – reclamei, ao tentar me mexer.


-Podia ter sido pior. Está com algumas escoriações e um corte na mão e na testa. – respondeu, mas ele não parecia tranquilo.


Tinha algo errado?


-Jacob...? - perguntei preocupada e Edward ficou mais tenso ainda.


-Ele está bem. Quebrou o braço, mas nem está mais no hospital.


Então algo terrível me ocorreu e eu levei a mão a minha barriga.


-Edward... o bebê?


-Está tudo bem com o bebê.


-Tem certeza?


-Sim, Carlisle mesmo fez os exames.


Eu fechei os olhos sentindo vontade de chorar de alívio.


-Eu sinto muito – murmurei – estava chovendo tanto, devia ter prestado atenção à estrada...


-Não pense mais nisto. Tente descansar. - Edward pediu


Eu o encarei. Ele tinha olheiras escuras embaixo dos olhos e parecia bem cansado.


-Há quanto tempo estou aqui?


-Algumas horas.


-Quando poderei ir embora?


-Amanhã. Ficará esta noite em observação.


-Que horas são?


-É madrugada.


-Não precisava ficar aqui, parece cansado.


-Eu preferi que seu pai fosse descansar. Disse que ligaria para ele quando acordasse. Ele não queria sair daqui, mas Carlisle garantiu que estava bem.


-Coitado do Charlie.


-Durma agora, Bella. Eu ligarei para ele.


Eu comecei mesmo a me sentir sonolenta.


-Vai ficar aqui? - indaguei quase adormecendo.


E não tenho certeza se sentia sua mão em meus cabelos.


-Eu não vou a lugar algum.






Quando acordei novamente, era Charlie quem estava ali.


-Bella, que susto você me deu.


-Oi pai.


-Não deveria ter deixado você sair com aquela tempestade se formando...


-Está tudo bem agora pai.


-Sim, ainda bem. Jacob também só quebrou o braço, mas aquele lá é bem forte, já está bem. Ele ficou bastante preocupado com você, mas tivemos uma pequena discussão aqui e ele preferiu ir embora. Acho fez bem afinal de contas.


-Discussão?


-Edward não gostou muito quando Jake veio ver como você estava.


-Droga. – eu murmurei fechando os olhos.


Claro que Edward devia estar furioso por eu estar no carro com Jacob.


-Não fique nervosa com isto – meu pai tentou me acalmar. - Jacob foi embora e tudo se resolveu.


Eu queria ter o mesmo otimismo de Charlie. Nada tinha se resolvido, muito pelo contrário.


-Cadê o Edward? – perguntei.


-Ele foi até a casa dele, porque eu insisti. Ele passou a noite aqui com você.


-Quando eu posso ir embora?


-Carlisle já virá dizer se terá alta.


Carlisle apareceu minutos depois.


-Como se sente Bella?


-Dolorida?


Ele sorriu, complacente.


-Sim, você se sentirá assim por alguns dias.


-Eu poderei ir embora?


-Poderá se prometer fazer repouso por alguns dias até parar de sentir dor no corpo.


-Ela fará. – Charlie respondeu por mim.


-E o bebê? - perguntei apreensiva.


-Está tudo bem. Nada aconteceu com sua gravidez. Fique tranquila.


Eu assenti. Era estranho que eu realmente estava preocupada agora.


Como se eu finalmente me desse conta que estava irrevogavelmente grávida.


Era assustador.


-E fique tranquila que nada vai afetar os planos de casamento. Alice já deu um pequeno show quanto a isto ontem. Mas você estará nova em folha para a festa.


Eu sorri sem graça. Edward apareceu e com ele estava Esme e Alice.


-Está se sentindo bem Bella? - Esme perguntou.


-Como pode fazer isto, Bella? - Alice reclamou – 10 dias para o casamento! E se quebrasse uma perna? Um braço? Eu não quero nem pensar nisto.


-Alice, cala a boca. – Edward praticamente rosnou para ela.


Ótimo. O humor dele não tinha melhorado.


-Bem, Bella pode ir para casa já. - Carlisle respondeu e saiu do quarto. Edward e Charlie foram juntos.


Alice e Esme me ajudaram a trocar de roupa e Edward voltou me pegando no colo.


-Não precisa... – murmurei.


-Precisa sim. – ele insistiu.


Ele me levou até o Volvo e Alice e Esme se despediram, enquanto Charlie disse que precisava voltar para a delegacia, já que Edward iria me levar embora.


Alice prometeu ir me ver mais tarde.


-Tenho algumas coisas para acertar para o casamento e não pense que só porque está convalescente que se livrou de mim - disse, enquanto Esme a arrastava para o carro.


Edward entrou e deu partida.


-Alice às vezes perde a noção. - falou irritado.


-Sim, eu sei. Ela me tira do sério também, com tudo isto de casamento...


Edward não falou nada. Eu mordi os lábios com força.


-Talvez seja toda uma perda de tempo, não é?


-Perda de tempo?


Eu dei de ombros.


-Todo este trabalho, todos estes preparativos...


-Ela gosta de fazer isto e achei que você tinha concordado que ela faria.


-Sim. Eu só acho que seria um desperdício de tempo para nada. - murmurei, olhando pela janela.


Edward não falou mais nada até parar o carro em frente a minha casa.


-O que quer dizer, Bella? - sua voz era cheia de tensão - Que não vamos mais nos casar?


Eu o encarei.


-Me diga você.


-Não fui eu que comecei com este assunto.


-Eu dei minha palavra que íamos nos casar.


Droga, eu me sentia uma imbecil por estar praticamente choramingando, mas não conseguia evitar.


Edward ficou me encarando em silêncio.


-Eu também dei – respondeu e então saiu do carro, dando a volta e abrindo a porta do passageiro e me tirando de lá, me levou para meu quarto.


-Está com fome?


Eu sacudi a cabeça negativamente.


-Estou cansada. - e realmente estava sonolenta.


-Então durma.


-Vai embora? - indaguei fechando os olhos.


-Não. Eu cuidarei de você.


Eu acordei com uma leve dor de cabeça. O quarto estava na penumbra.


Eu me levantei e fui até o banheiro. Olhei minha imagem no espelho e tomei um susto.


Parecia que eu tinha sofrido um acidente de carro, pensei, irônica.


Estava toda roxa e um corte na minha testa, perto do cabelo, tinha uns pontos.


Eu tirei a roupa e dei uma olhada em mim mesma. Estava toda cheia de escoriações também. Mesmo dolorida, entrei embaixo do chuveiro e tomei um banho.


Sai de lá me sentindo um pouco melhor e desci as escadas. Edward estava na minha cozinha. Ele disse que ficaria não é? E ficou.


-Nao deveria estar aqui. – disse seriamente.


-Não vou ficar na cama o dia inteiro, me sinto um pouco melhor.


-Carlisle disse que tinha que fazer repouso.


Eu rolei os olhos.


-Estou em casa não estou? Eu apenas preciso comer.


-Eu poderia levar até a cama.


-Não estou inválida.


-Esqueci que você é teimosa. – murmurou colocando um prato na minha frente.


Eu comi.


-Você que fez?


-Não sou um total inútil, Bella.


-Não disse isto.


-Está se sentindo melhor?


-Um pouco. Meu corpo ainda dói e minha cabeça. E estou parecendo que levei vários socos, estou horrorosa.


-Não está. Carlisle disse que se sentiria assim por alguns dias e você sente alguma coisa na barriga, alguma dor? Carlisle disse que era pra levar você imediatamente ao médico se sentisse.


-Ele disse que estava tudo bem. – falei preocupada.


-Sim está. É apenas precaução.


Eu assenti, mordendo meus lábios.


-Eu fiquei... realmente aliviada quando ele disse que estava tudo bem. – murmurei.


-Eu também.


Nós nos encaramos por um momento e eu me senti bem por compartilharmos pelo menos aquilo.


-Toc, toc.


Alice apareceu sorridente na porta.


-Olá, como está se sentindo?


-Estava bem até você aparecer. – falei, rindo.


-Alice, Bella ainda está se recuperando.


-Eu sei. Não sou uma insensível! Vim ver como ela está apenas. Não se preocupe. E aí, como se sente?


-Como se tivesse passado por um acidente de carro.


-Oh, está sendo irônica, então está bem.


Eu ri.






-E eu trouxe meu kit de maquiagem, caso queira disfarçar este monte de marca roxa no seu rosto.


-Não precisa.


-Ah, deixa eu te maquiar, vai se sentir melhor!


O telefone de Edward tocou, enquanto eu tentava me livrar de Alice, mas ela era bem insistente e eu não tinha forças o suficiente para fugir correndo de seus pincéis


Edward falava baixo ao telefone e depois desligou. Eu o encarei tentando não parecer curiosa.


-Preciso ir. Você fica com ela Alice?


-Claro que sim. Nos divertiremos.


Eu gemi, desalentada.


-Me liguem se precisar.


E sem mais uma palavra ele se afastou. Eu mordi os lábios com força.


-Não faz isto - Alice reclamou - acabei de passar o batom.


Eu revirei os olhos.


-Alguém já te disse que você é muito chata, Alice?


Ela sorriu.


-Edward diz o tempo inteiro, não se preocupe. Acho que nos sairemos bem como irmãs! E agora feche os olhos para passar esta sombra.


Eu obedeci, na ilusão que me deixaria em paz depois. Mas depois ela insistiu em fazer minhas unhas, dizendo que estava testando vários esmaltes para o dia do casamento. E meu cabelo também começou a sofrer.


-Eu devia saber que era tudo uma desculpa, não é? - resmunguei, enquanto ela prendia bobs nos meus cabelos.


-Não podemos perder tempo, falta poucos dias para o casamento.


E não tinha muito que eu podia fazer contra Alice.


Já anoitecia quando meu pai chegou e finalmente ela foi embora, isto porque Esme ligou dizendo que tinham entregado alguma coisa errada. Para o casamento, claro.


-Eu voltarei amanhã, para te fazer companhia. - disse antes de sair.


Meu pai parecia satisfeito com isto.


-Que bom que tem a Alice para ajudar você.


Eu rolei os olhos.


-Sim, que bom.


-E o Edward foi embora?


-Foi sim... Pai eu vou subir e deitar.


-Claro, precisa fazer repouso.


Mas antes que subisse o telefone tocou e meu pai atendeu me passando o aparelho.


-É o Jacob.


Eu peguei o aparelho, com as mãos trêmulas.


-Oi Jake. – murmurei.


-Oi Bells, como está?


-Dolorida, mas viva.


Ele riu.


E foi bom ouvir a risada dele. Me fazia lembrar épocas boas. Quando éramos amigos e nada nos separava.


-E você? Me disseram que quebrou o braço.


-Sim, mas foi só isto. Fiquei preocupado com você.


-Vou ficar bem. Daqui alguns dias todos os roxos desaparecerão.


-Eu quis te visitar lá no hospital.


-Eu sei que houve uma pequena confusão.


-O Cullen não me deixou chegar perto. Acho que ele me culpa pelo o que aconteceu.


-Você não tem culpa nenhuma. Eu dirigia e fui imprudente.


-Ele não pensa sim.


-Esquece isto, Jacob. O importante é que não foi nada grave e ficaremos bem.


-Sim, com certeza. E... o casamento?


Ele parecia ansioso.


-Ainda vai acontecer.


-Meu pai recebeu o convite - havia dor em sua voz.


Eu soltei um palavrão.


Mas claro que Billy Black melhor amigo do meu pai receberia, não é?


-Sinto muito por isto, Jacob.


-Ninguém sente mais do que eu.


Nos ficamos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos.


-Jacob, preciso desligar. Estou indo descansar.


-Claro, claro. Boa noite, Bells.


-Boa noite, Jake.






Eu subi as escadas e entrei no quarto.


Olhei pela janela. Não estava tão frio naquela noite


Me lembrei da noite em que Edward voltara. E ficara.


Parecia há anos luz de distância. Agora ele estava bravo comigo por causa do acidente com Jacob.


E sinceramente eu ainda não engolia que ele viajara com Tânia Denalli


Deitei e encarei teto. Ele passara uma semana com Tânia,


Tânia com sua beleza loira arruivada e perfeita,


Tânia e seu interesse mal disfarçado por Edward.


Será que o motivo dele estar frio comigo tinha mais a ver com isto do que com o acidente e Jake?


O que ele tinha dito mesmo? Algo sobre não se tratar de escolhas e sim de necessidades? O que quisera dizer?


Que precisava casar comigo porque eu estava grávida, mas que não era uma escolha dele?


Eu suspirei e fechei os olhos.


Só precisava dormir e esquecer de tudo. Pelo menos por esta noite. Acordei com o barulho de um carro estacionando. Me levantei e olhei pela janela. Não era apenas um carro e sim dois.


Um era o Volvo de Edward. E outro um carro desconhecido, mas igualmente caro e dele saltou Alice.


Eu me troquei e desci.


Eles ainda estavam lá fora com meu pai, que se despediu assim que me viu e foi trabalhar.


-O que fazem aqui tão cedo? - indaguei - Trocou de carro Alice?


-Não é meu, sou apenas a motorista.


Eu encarei Edward desconfiada.


-Sim, é seu carro novo.


-Você comprou um carro novo para mim? - indaguei devagar.


-Eu vou esperar lá dentro! - Alice disse com uma risadinha e desapareceu.


-Comprei sim - Edward respondeu - seu carro foi destruído. Ia precisar de um.


-Eu não quero presentes seus, Edward, achei que tinha deixado isto claro.


-Você precisa de um carro, não seja absurda.


-Não estou sendo absurda! É ridículo você me dar um carro!


-Claro, presentes do Jacob Black você pode aceitar. - falou com ironia.


-Jacob não tem nada a ver com isto, mas já que entrou no assunto, não devia ter discutido com ele no hospital, apenas porque ele queria saber como eu estava.


-Ele não tinha nada que estar ali.


-Ele estava comigo no carro, era natural ficar preocupado. Mas disse que provavelmente você acha que a culpa é dele.


-Ele esteve aqui? - a voz de Edward era um sibilar frio agora e isto me irritou.


-Não, ele me ligou. Mas não vou colocá-lo para fora só porque você não gosta dele! Jacob sempre foi meu amigo.


-Ele era seu namorado.


-Mas não é mais!


-Ele vai ficar atrás de você se contentando com migalhas?


-Isto é problema seu? Acho que não. Mas não sei porque está bravo se a sua amiguinha Tânia se instalou na sua casa pra viver de migalhas também!


Ele respirou fundo, sem responder, como se estivesse se contendo para não responder. Eu tentei me acalmar também. Já estávamos passando do limite.


E tudo por causa de uma porcaria de um carro.


-Acho que terei que me conformar que o Jacob vai estar sempre na sua vida não é?


-Do mesmo jeito que eu terei que me conformar com a Tânia e você?


-Tânia mora no Alasca.


-Me pareceu que estava morando na sua casa. - falei ironicamente.


-Isto é provisório.


Alice saiu da casa desligando o celular neste momento, interrompendo a discussão.


-Edward pode me dar uma carona até em casa? Preciso resolver uma questão urgente!


-Tudo bem - ele concordou e se voltou para mim - ficará bem sozinha?


-Bem melhor. - respondi de mau humor.


Eu nem sei se fiquei aliviada por ele estar indo ou não.


Mas do jeito que as coisas estavam, era melhor nos afastarmos mesmo.


Eles entraram no carro e voltei para casa.






Mas minha paz não durou muito. Alice apareceu à tarde, mas eu fingi que estava sentindo muita dor e fui para a cama, ler.


O que talvez tenha sido um erro, pois meia hora depois Carlisle bateu a minha porta.


-Alice disse que estava mal.


Eu revirei os olhos.


-Não estou tão mal assim, apenas com algumas dores.


-Ela ligou para Edward dizendo que você estava com muita dor e ele pediu que eu viesse vê-la.


Eu fiquei vermelha.


-Eu exagerei pra ela me deixar em paz.


Carlisle riu.


-Eu posso entendê-la. Alice é realmente difícil às vezes. Então está mesmo tudo bem com você?


-Sim, estou me recuperando.


-Muito bem. Vou ligar para acalmar o Edward então, ele queria vir para cá, mas está com Esme em Port Angeles.


-Entendi. - murmurei.


-Eu levaria Alice embora, mas prefiro que tenha companhia caso precise. No entanto ela não vai mais te irritar, eu falarei com ela.


-Obrigada.


Ele saiu do quarto e realmente Alice ficou bem mais calma.


Apenas entrou no quarto com uma bandeja de sopa e até pediu desculpas.


Eu tive que rir. Alice não fazia por mal. Era apenas o jeito dela.


Eu acabei dormindo depois de comer e quando acordei, já era noite.


E não estava sozinha. Edward estava sentado ao meu lado na cama, lendo um dos meus livros.


-O que está fazendo aqui? - murmurei surpresa.


Ele fechou o livro e colocou de lado.


-Vim ver como você estava. Mas não quis te acordar.


-Que horas são?


-Já passa das 22hs.


-É tarde.


-Eu sei.


-Meu pai sabe que você está aqui?


Ele sorriu.


-Sabe sim. Acho que o fato de nos casarmos em pouco mais de uma semana me qualifica para estar aqui.


-Entendi. Mas Carlisle te contou que estou bem, não é?


-Sim, ele me disse que estava de saco cheio da Alice.


-Não foi isto que eu disse.


-Mas foi o que quis dizer. Não tem problema. Pelo menos está acabando.


-Sim - murmurei - esta acabando.


-Durma.


-Com você aqui?


-Finja que não estou aqui.


-Impossível.


De repente o ar parecia mais quente, quase elétrico. Uma corrente de Deja vu passou por mim.


Eu acordando e sentindo seus lábios e mãos em mim, em todas as partes. E o encarei, me perguntando se ele se lembrava disto.


Se queria isto.


Por um momento eu senti que sim. Ele estava pensando o mesmo que eu.


Mas de repente, virou o rosto e saiu da cama.


-Tem razão, está tarde, melhor eu ir embora e deixar você descansar. Boa noite, Bella.


-Boa noite, Edward. - respondi, mas ele já tinha saído do quarto.


Eu suspirei. Acho que tinha me enganado. Definitivamente.


Assim passaram os dias. Alice aparecia sempre. Mas estava mais calma, porém a calmaria durou pouco, conforme ia chegando o dia do casamento, ela ia ficando maluca de novo. Ficava muito no celular, gritando com quem quer que fosse e para meu alívio, às vezes desaparecia.


O vestido de noiva apareceu para eu experimentar duas vezes. Era bonito, devo dizer, e eu elogiei.


-Eu disse que podia confiar em mim que eu tinha bom gosto! - ela riu, satisfeita.


Edward também me visitava todos os dias.


Não tínhamos brigado mais, ou falado de Tânia ou Jacob.


Era como se estivéssemos numa trégua. Eu só não sabia até quando duraria. Porém se não discutíamos também não fazíamos outra coisa. Ele sequer tentava me beijar, ou algo assim.


Era como se eu fosse uma de suas irmãs. Ele me tratava bem, era educado e gentil.


Mas só.


E eu me perguntava se isto queria dizer que ele tinha perdido qualquer interesse em mim?


Não que eu tivesse alguma idéia ridícula quanto a isto. Óbvio que Edward não era apaixonado por mim.


Nós só estávamos juntos porque eu estava grávida. E ele só quisera ficar comigo porque apostara com seu irmão que ia me levar pra cama.


Mas ele parecia ter algum interesse em mim antes, pelo menos queria transar comigo, pensei irônica.


Agora era como se eu fosse transparente.


Mas não devia me preocupar com isto. Eu tentava não pensar nisto.


E nem nos sonhos que eu ainda tinha com ele.


E realmente, os dias passaram e quando menos esperava Alice chegou em minha casa, toda agitada.


-É amanhã! Nem acredito! E espero que tudo fique pronto a tempo.


Eu senti meu estômago revirando.


-Sim, amanhã. – murmurei.


-Sua mãe chegará amanhã cedo e eu já falei com Charlie que irá dormir em casa esta noite.


-Não acho que...


-Não acha nada. Vai dormir lá assim podemos arrumar tudo bem mais fácil. Vamos, vou ajudá-la a preparar suas malas. E diga adeus ao seu quarto. Amanhã será uma Cullen.






Eu senti meu estômago revirar ainda mais de medo e ansiedade. Amanhã seria meu casamento com Edward Cullen.






Continua...

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