22 abril 2011

ONE-SHOT - COME BACK TO THE BED

Olá pervinhas, como estão? Gostaram da nossa One-shot? Prontos para apreciarem o capítulo extra dessa FIC ultra curtinha? Entãooo, sem mais delongas! Ótima leitura!

Outtake - Come Back the to Bed


Ele estava deitado de costas pra mim e sua respiração ressonava tranquilamente um sono profundo. Os primeiros raios da manhã começavam a entrar pelas frestas da cortina fina e banhavam o quarto com uma luz tímida. Suspirei alto e estiquei o corpo no meu lado da cama, fitando o teto um pouco envolto pela penumbra do quase amanhecer.

Ouvi um riso fraco e saltei para o lado, apoiando o queixo no braço esquerdo dele, que imediatamente me lançou um olhar alegre e muito brilhante. A cor esverdeada era exatamente a mesma do par de bolinhas de gude que me fitava com curiosidade.
“Ops, acho que acordamos a mamãe.” Edward sibilou enquanto acariciava a mão gorducha do bebê acomodado de maneira protetora junto ao seu peito. O sorriso que exibia apenas uma gengiva muito vermelha e uma grande quantidade de saliva fez meu coração acelerar de maneira considerável.

Ainda não conseguia acreditar que aquela criaturinha de pele muito clara e bochechas coradas era minha. O produto perfeito de minha união com o homem mais gentil e apaixonado que existia.
Dificil era entender como alguém como eu havia ganhado tantos presentes na vida sem realmente achar que merecia. Edward foi o primeiro deles e através dele obtive a joia mais preciosa que possuía. Abby fazia parte de nossas vidas – efetivamente falando – há quase seis meses e desde então eu era a personificação da felicidade suprema. Modéstia parte minha filha era o bebê mais lindo do mundo.
“O que você está aprontando, gordinha?” sibilei pulando sobre Edward para plantar um beijo na barriga fofa da criança. Abby gargalhou daquele jeito gostoso que só bebês são capazes de fazer e contagiou a mim e ao pai. Risos incontroláveis já haviam virado rotina em nossa casa.
“Ela está acordada há mais de duas horas e de uma hora pra outra achou que brincar com a minha boca seria um passatempo legal.” ele explicou enquanto eu sentava ao seu lado de modo que Abby ficasse no centro da cama, entre nós dois.
“Observe” aproximou o rosto da mãozinha do bebê e eu vi quando o dedinho indicador rumou em direção à sua boca.
Abby tentava tocar nos dentes de Edward, mas toda vez que fazia isso, ele fechava os lábios e os apertava suavemente sobre a pele delicada. Era nessa hora que ela guinchava uma risada que durava tempo suficiente para me deixar encantada. Eu a amava tanto que sentia meu corpo inteiro preenchido por aquele sentimento tão forte e poderoso.

Os olhos muito verdes derramavam lágrimas de alegria que se perdiam sob os cachos meio aruivados de seus cabelos; as bochechas redondas e macias ganhavam um tom vermelho adorável e a boquinha de botão rasgava um delicioso sorriso careca.
“Por que você precisa ser tão linda desse jeito, hein?” baixei meu rosto para beijar a testa quente de meu bebê e arrastei a ponta do nariz no seu; ela riu e enroscou a mão pequena em meus cabelos, tentando colocá-los na boca. Afastei-me o suficiente para não deixá-la fazer aquilo e me voltei para Edward, que tinha um sorriso bobo nos lábios. “Você terá muita dor de cabeça no futuro.”
“É o preço que se paga por casar com uma mulher deslumbrante como você.” ele deu de ombros e eu gargalhei; voltei meu rosto em direção ao seu e lhe dei um selinho carinhoso.
“Bom dia.”
“Muito bom.” ele respondeu subindo os lábios até minha testa e deixando um beijo no local.
Abby murmurava alguns sons engraçados e eu a encarei curiosa; seus dedinhos incansáveis tateavam o anel de ouro em minha mão esquerda, exatamente igual aquele que Edward usava há quase um ano e meio. Nos casamos pouco depois de nossa formatura, já que eu descobri que estava grávida durante os preparativos da festa de encerramento do curso.
Edward tentou tirar uma mecha de cabelo do rostinho de Abby e isso pareceu chamar sua atenção, já que ela agarrou o dedo do pai para inspecionar a aliança dele também. Rimos alto e nenhum dos dois foi capaz de mover as mãos para longe do bebê gracioso.
Não sei precisar por quanto tempo ficamos ali observando-a em sua curiosidade infantil, mas eu poderia afirmar que tanto Edward quanto eu desejaríamos ficar naquela cama cheirando a perfume de bebê e risinhos agudos para sempre.

[…]

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