27 abril 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 3

Pervinhassssssssssss!! O que será que acontecerá hoje depois de uma carona tãooo produtiva? Vamos descobrir? Ótima leitura!!
Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana

Gênero: Drama
Aviso: Sexo

Capítulo 3
 
Mas meu alívio durou pouco. Três dias depois assim que estacionei minha velha Pick up em frente à escola eu os vi.


Desta vez estavam todos saindo do Volvo prata dirigido por Edward Cullen. Eu desviei o olhar. Mas mesmo assim, eu ainda o vi de relance.

Os cabelos cor de areia bagunçados. Usando um roupa casual, mas que gritava “sou muito cara”. Assim como todos os seus irmãos.

E ele ria. Ria de algo que a irmã morena falava, a tal Alice. E algo dentro de mim se remexeu com aquele som.

-Que idiota. – murmurei para mim mesma, saindo do carro assim que todos eles já tinham desaparecido.

Não que adiantasse alguma coisa, afinal. Hoje era dia da maldita aula de biologia. E entrei na sala e Edward ainda não estava lá. Talvez eu tivesse sorte e ele escolhera aquele dia para cabular aula.

-Oi Bella.

Eu olhei pra cima quando me sentei e vi o rosto sorridente de Mike. Mike era o amigo bonitinho de Jéssica. Na verdade se dependesse dela, seria mais que amigo, mas, sabe Deus porque, ele passara os últimos dias tentando chamar a minha atenção.

-Oi Mike

-E ai, está gostando de morar em Forks?

-Podia chover menos.

-É uma garota do sol. – ele sorriu.

-Mais ou menos.

-Embora não pareça que saísse muito ao som em Phoenix, não é nem um pouco bronzeada. - e seus dedos passaram de leve por meu rosto.

-Saia do meu lugar, Mike Newton.

Tanto eu como Mike nos assustamos com a voz fria de ninguém menos que Edward Cullen.

Mike se levantou de um pulo e nós encaramos Edward. Seu rosto era tão frio como seu tom de voz.

-Me desculpe, Cullen.

Foi realmente estranho ver Mike se afastar quase correndo. E isto me irritou.

-Você foi grosso com ele. – não me contive em reclamar.

Edward sentou ao meu lado. Era incrível como o ambiente parece subitamente menor agora. Como se somente ele tomasse quase todo o espaço.

-Estava salvando a vida dele.

-O que?

-Eu já vi o seu namorado. E com certeza ele quebraria o pescoço de Mike Newton por ter posto as mãos em você. - eu abri a boca, várias vezes sem conseguir dizer uma palavra e ele continuou – eu quebraria, se você fosse minha.

-Ah... as mãos dele não estavam em mim! - consegui dizer por fim ainda meio gaguejando - Que exagero!

Edward sorriu daquele jeito de lado. Irritante. Lindo. E então ergueu a mão e tocou meu rosto.

-Então, eu também posso por minhas mãos em você?

Desta vez não só as palavras fugiram da minha boca. Todos os pensamentos fugiram do meu cérebro. E eu só sentia o toque dos dedos de Edward Cullen na minha pele ainda gelada do frio de Forks.

E os dedos dele também estavam gelados de frio e acariciaram meu rosto num toque sutil, tão leve como uma pluma.

Mas foi como se o toque ultrapassasse a barreira da epiderme e adentrasse em meus ossos. Esquentando. Se espalhando pela minha corrente sanguínea, até meu coração. Que disparou feito louco no meu peito.

E alguma coisa sobrou para meu estômago também, que revirou como se borboletas dançassem dentro dele e descessem por meu baixo ventre e...

-Espero não estar atrapalhando nada, Senhorita Swan.

A voz do professor interrompeu seja lá o que fosse que estava rolando dentro de mim e eu me afastei de Edward com um safanão. Respirando por arquejos, como se tivesse corrido uma marota eu encarei o professor.

-Não, não atrapalha.. eu apenas.... - eu tentei buscar uma resposta, mas não consegui.

Meu cérebro aparecia ter virado gelatina

-Tudo bem senhorita Swan. Acho melhor prestar atenção na aula, senão levará bomba. Temos provas na semana que vem. Aliás, pelo seu programa, parece estar atrasada em relação a nossa turma.

-Eu estudarei, não se preocupe.

-Sugiro achar alguém da turma para ajudá-la.

-Farei isto.

-Poderia ser o senhor Cullen.

“O que? O que?”

-Ele veio adiantado do outro colégio e conhece bastante a matéria.

-Não... - consegui murmurar, aturdida.

-Pode deixar, senhor Banner. Eu serei o professor da Bella. A ensinarei tudo o que ela precisar.

-Certo, muito bem, classe, abram o livro na página...

Espera. O que é que tinha acabado de acontecer ali? Eu tinha mesmo ouvido Edward Cullen dizer que me daria aulas particulares de biologia?

-Edward, esquece esta história de...

-Shiii, Bella. Presta atenção na aula – ele disse – não quero levar bronca por sua causa.

E voltou a atenção ao livro. Mas eu podia ainda ver um resquício de sorriso em seus lábios. Não era possível. Simplesmente aquilo não estava acontecendo.

Eu abri o livro, ao ver o olhar do senhor Banner em mim, fingindo que lia. Mas de maneira alguma eu ia concordar com aquela história de professor. Preferia passar o resto da minha vida bombando em biologia.

Por fim, a aula acabou e eu fui para a aula de Educação Física. E sem Edward Cullen atrapalhando.

E claro, levei várias boladas, porque estava mais distraída do que o normal.

Maldito Cullen e seu sorriso irritante. E dedos atrevidos. Atrevidos?

Deus, em que século eu vivia? Ele apenas tocara meu rosto! Mas que diabos fora aquilo?

Eu me sentia como se tivesse feito parte de alguma experiência bizarra.

O que tinha naquele Edward Cullen que me deixava daquele jeito?

Eu continuei me fazendo aquela pergunta enquanto ia para a casa naquela tarde, amaldiçoando o tempo que estava ficando ruim de novo ou que ficou ruim de novo.

Quando cheguei em casa, peguei a correspondência e entrei. Coloquei uma roupa mais confortável e fui comer algo. De repente a campainha tocou. Será que era Jacob?

Hoje já era sexta e eu tinha prometido que o fim de semana seria com ele.

Mas depois daquele papo do senhor Banner, provavelmente o mais sensato seria ficar estudando biologia em vez de sair com meu namorado.

Me levantei, já pensando em como falar isto para Jacob e abri a porta. Mas não era Jacob que estava ali. Era Edward Cullen.

-Oi Bella.

-O que faz aqui? - indaguei surpresa.

Ignorando as batidas rápidas do meu coração.

-Aula de biologia.

-Não lembro de ter concordado com isto.

-Eu lembro.

-Não lembra não! Porque eu não concordei.

-Bella, não seja absurda. Porque não aceita minha ajuda? É apenas uma aula. - Ele falava meu nome agora como se falasse com uma criança birrenta

E, ok. Talvez eu tivesse agindo realmente como uma. Eu respirei fundo.

Sim, era apenas uma aula. E eu realmente precisava. E daí que era Edward Cullen? Este cara não era nada. NADA.

-Está bem, Edward Cullen. Tem uma hora. – falei dando sinal para ele passar e fechando a porta.

-Posso ficar a tarde inteira.

-Uma hora. Vou buscar meu livro.

Eu subi e na volta me olhei no espelho. Meu cabelo estava uma bagunça. Passei os dedos rapidamente e olhei minha roupa velha. Mas porque estava preocupada com a minha aparência?

Um pouco irritada comigo mesma, desci e encarei Edward. Ele tinha nas mãos um porta retrato

-Esta é você?

Ah Deus. Eu desci os últimos degraus quase correndo e arranquei minha foto de bebê de suas mãos.

-É! - falei entredentes colocando a foto no lugar - Veio aqui para me ensinar biologia ou ficar bisbilhotando?

-Você era bonitinha. – Falou com um arremedo de sorriso nos lábios perfeitos, enquanto me seguia para a sala.

Eu nem me dei ao trabalho de responder. Nos sentamos em volta da mesa de centro e ele começou a me explicar de forma surpreendentemente clara a matéria. Mas que porcaria, ele era mesmo bom em Biologia!

Como se não fosse suficiente ser lindo e rico. Ele era inteligente.

Eu queria muito, muito mesmo, achar um grande defeito em Edward Cullen.

-Está distraída. - ele comentou.

-Oh, desculpe, continue.

-Está entendendo o que estou dizendo? Posso ir mais devagar.

-Não sou tão burra assim.

-Não te chamei de burra, Bella.

-Certo.

-Porque gosta de ser irônica comigo?

-Não faço isto.

-Faz sim.

-É impressão sua. Vamos, sua hora está acabando, continue.

Ele continuou falando e me fazendo perguntas. Tudo bem. Às vezes eu me distraia apenas com o som da sua voz e não captava as palavras. Ou meus olhos ficavam presos no seu rosto perfeito, no simples mexer dos seus lábios.

Ele tinha um hálito gostoso, como menta, que chegava até mim por estarmos tão perto. Ou então me distraia com suas mãos. Ele tinha dedos bonitos, longos, elegantes...

Me lembrei do seu toque na sala de aula e uma parte ainda entorpecida do meu cérebro se indagava o que eu sentiria se ele tocasse em outras partes de mim.

-Bella? Bella?

-Oh... O que? Hum?

-Deus, como você é distraída!

-Me desculpe. Acho que estou ficando cansada. – inventei.

Olhei o relógio e me surpreendi por ver que já estávamos ali há quase 3 horas

-Nossa, o tempo passou. Não devia prender você aqui, deve ter outros compromissos.

-Meu compromisso hoje é você.

-Certo... - porque ele sempre me desconcertava com suas palavras? Eu me levantei, precisando colocar algo no meu campo de visão que não fosse Edward Cullen.

- Nossa que educação a minha. Nem te ofereci nada para... posso fazer um chá?

-Eu aceito.

Ele me acompanhou até a cozinha. Parecia estranho Edward Cullen ali na minha cozinha simples. Tinha uma foto minha e da minha mãe em cima do aparador. Desta vez ele não pegou e nem fez nenhuma piadinha.

-É sua mãe? - indagou

-É.

-Faz tempo que seus pais não estão mais juntos?

-Desde que eu era um bebê. Forks era pequena demais para ela.

-E para você?

Eu dei de ombros.

-Estou aqui de passagem.

-Não parece gostar muito de Forks. Então porque voltou?

-Minha mãe se casou e vive viajando. E Charlie sempre teve este desejo de me ter aqui.

-Por dois meses antes de ir para Faculdade de Dartmouth?

Eu levantei o olhar e vi o envelope em sua mão.

-Tem costume de mexer nas correspondências particulares das pessoas?

-Estava aqui em cima.

Eu tomei da sua mão.

-Não vai abrir?

-Não é da sua conta.

-Não está ansiosa pra saber se foi aceita?

-Provavelmente não fui, então...

-Porque se deprecia, Bella?

-Não faço isto.

Ele ficou me encarando. Como se eu fosse um grande mistério e ele tentasse decifrar.

Ou eu já estava começando a ver coisas que não existiam. Suspirei e olhei o envelope na minha mão. Só mandara a inscrição para àquela universidade porque minha mãe insistira.

E acho que estava com medo de abrir e ver o Não, em frente ao perfeito Edward Cullen. Provavelmente ele fora aceito em todas as grandes universidades do país.

-Ok, eu vou abrir e mostrar pra você. – eu disse por fim.

E eu abri. Eu fui aceita.

-Eu fui aceita... – murmurei sem acreditar.

Eu comecei a pular e não sei como no segundo seguinte, eu estava abraçando Edward Cullen.

E por um momento, em meio a minha euforia eu me dei conta que estava realmente abraçando Edward Cullen!

Meu braços estavam em volta do seu pescoço. Cada centímetro do meu corpo estava grudada nele. E ele estava me abraçando de volta!

Toda esta percepção deve ter durado segundos, assim como por alguns segundos eu não consegui me mover dali,embora meu cérebro começasse a se dar conta do absurdo da situação.

E chegou ao meu cérebro também o cheiro delicioso que vinha dele. E a textura macia de seus cabelos da nuca que meus dedos tocavam. Eu aspirei devagar e...

-Bella, está em casa?

Eu dei um pulo para trás ao ouvir a voz do meu pai vindo da sala.

-Oh... me desculpe. – murmurei aturdida.

Mas Edward não parecia aturdido. Ele parecia ainda diabolicamente lindo.

E sorria. Sorria!

-Parabéns, Bella.

-Bella? - Meu pai chamou de novo, desta vez os passos mais próximos.

-Aqui na cozinha.

-Bella, porque não respondeu.. - então ele parou ao ver Edward.

-Pai, este é Edward Cullen. Ela é meu colega de escola. Veio me ensinar Biologia.

Eu esperava não estar vermelha, mas duvidada. Edward estendeu a mão para meu pai.

-Chefe Swan.

Talvez qualquer outro estaria intimidado com meu pai e seu olhar. E sua arma.

Mas não Edward. Claro. Meu pai o cumprimentou.

-Então é um dos garotos Cullens. Conheci seu pai no hospital.

-Pai, o Edward já estar de saída – comentei, louca para tirar Edward dali. Porque tinha certeza que meu pai viria com perguntas inconvenientes.

-Sim, estou – Edward me encarou – Se precisar de mais aulas...

-Eu já aprendi tudo. Obrigada, mais uma vez.

E abri a porta da cozinha. Edward foi até a porta e se virou.

-Parabéns por Dartmouth - murmurou antes de sair e eu fechei a porta atrás dele.

-Dartmouth? O que ele quis dizer? - Charlie indagou

Eu peguei o envelope e lhe mostrei. Charlie parecia que ia enfartar.

-Bella, você foi aceita?

-Sim.

Ele me abraçou emocionado.

-Provavelmente deve ser um engano, pai.

-Não seja boba!

O telefone tocou. E eu me desprendi de Charlie pra atender.

Era Jacob.

-Oi Bella.

-Oi Jake.

-Diz pra ele que foi aceita em Dartmouth - meu pai dizia eufórico do meu lado e eu revirei os olhos.

-Tenho boas notícias. Fui aceita em Dartmouth.

-Dartmouth - Jake assoviou - isto é grande hein?

-Deve ser um engano deles e provavelmente levarei bomba.

-Então temos que comemorar. Vou passar ai agora...

-Jacob, hoje não, estou cansada, passei a tarde estudando -"com Edward Cullen", quase completei mas era melhor ficar quieta.

-Está certo. Melhor mesmo fazermos algo especial amanhã.

-Especial é? - repeti

-Deixa eu falar com ele - meu pai me pediu o telefone.

-Jacob? Amanhã leve a Bella pra jantar em Port Angeles. Por minha conta....

Eu bufei. Charlie e seus exageros. Me passou o telefone de novo e eu me despedi de Jacob.

-Até amanhã então.

-Até amanhã.

Continua...

3 comentários:

  1. pq mudou a cor dos cabelos do edward?

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  2. Olá meninas! Apesar da história ser baseada em Twilight cada autora tem sua liberdade de criação/expressão, ok? Então muitas mudam as cores dos olhos da Bella, ás vezes a tonalidade do cabelo e/ou cor... Cada uma tem a liberdade para criar/recriar a história.
    Beijos e até mais.

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