03 maio 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 35

Boa noite pervinhas! Finalmenteee o resgate! Já estava aflita! Ótima leitura!!

Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 35 - De mãe pra mãe.
Edward: o local do estupro? – a mão dele se fechou em punho encima da mesa. Sempre que falávamos desse assunto, ele ficava assim. – tem certeza? 

Bella: tenho! – gritei – apartamento... Sangue. Era lá! – me pus de pé, e comecei a andar de um lado pro outro na sala apertada – não vai me ser nada surpreendente se um pouco do sangue for meu. Mais eu tenho certeza que é ela. 
Edward: ah ok... Agora só falta esses malditos pegarem logo essa viatura! – ele ficou de pé, com o rosto transbordando raiva. No mesmo instante, dois homens chegaram nos chamando para que eu pudesse levá-los até o lugar. 
Acomodei-me na viatura ao lado de Edward. As ruas escuras começavam ao longe, e o meu coração disparava a cada quilometro percorrido pela viatura. Eu queria pular pra fora dali, arrumar um jeito de virar as costas e correr pra longe. 
Mais pela minha filha, eu tinha que continuar. E por ela, eu faria qualquer coisa. 
A cada esquina, eu via mais que estava correta. Eu tentava esquecer aquele lugar... E quando eu quase conseguira, em um simples relato, me via novamente ali... Naquele pesadelo! Apertei-me contra o ombro de Edward, sentindo um medo estranho. Um medo que eu não deveria ter... 
Bella: vira à esquerda... Isso... Agora sobe a rua. Vai até o final... É uma extensa avenida... É o único apartamento entre as casas. – estava próximo, muito próximo! 
Eu tremia. 
Não sabia se de medo, excitação por estar meio que perto da minha filha... Ou pela fome que de repente eu senti me abrasar. 
Droga, eu deveria ter comido. Coloquei a mão sobre a barriga... Estava mais firme. 
Edward: você está bem? – murmurou em meu ouvido. 
Bella: não. – respondi de imediato – eu... – minha voz começou a tremer... 
Edward: não precisa ter medo. – sua voz era segura. Ele me puxou em direção ao seu abraço, e me escondeu em seu peito – eu não vou deixar nada te acontecer de novo. Você sabe que não. Ninguém vai te tocar Bella... Acho que essa é a única promessa que eu ainda cumpro totalmente. 
Bella: eu sei... – o carro finalmente parou. Eu me detive quando Edward puxou minha mão para sairmos do veículo. – eu não quero! – eu já estava chorando. – é um inferno isso... Eu não quero entrar lá. Eu... 
Edward: não precisa. – sua mão me largou. - Só espere aqui... Nós faremos tudo pra você. – se ergueu na minha direção, e beijou minha testa. – já volto. 
Olhei em volta quando Edward saiu. Era uma comunidade. Ou favela como se é popularmente conhecida. Eu nunca havia entrando em um. Exceto quando fui obrigada a estar ali. 
Eu ia mesmo deixar o Edward enfrentar Kelly sozinho? Eu ia mesmo deixá-lo entrar naquele apartamento horripilante sem estar ao seu lado? 
Que tipo de esposa e mãe eu era? Uma covarde? 
Fiquei de pé, e caminhei em direção a porta. Lutei contra a trava, e pulei pra fora do veiculo. Eu ia ficar com Edward. 
Sai correndo, quando notei um movimento no apartamento. Achei rapidamente a entrada, e subi correndo pelos degraus imundos e escuros. Abandonados. 
Era como voltar a um pesadelo. Como reviver a sua pior lembrança... O seu maior medo
O que eu não me lembrava era exatamente qual dos apartamentos era o dela. Observei... Esperando poder encontrar Edward. Observei movimento no andar de cima, e ouvi a voz de um dos policiais. 
Corri pelas escadas, e finalmente, vi Edward ali. Seus olhos se arregalaram, e corri em direção a sua mão. O agarrei, e ele me abraçou. 
Bella: desculpa, fui uma idiota... Eu... – ele apenas assentiu. 
Edward: Bella fique quietinha. Você não precisava ter feito isso, amor. Não precisava. – sua voz era embaraçada. 
Os policiais haviam arrombado a porta a nossa frente. Caiu aos meus pés, e novamente, pus os olhos dentro daquele quarto. Senti um longo frio na espinha... 
Começaram com a invasão, e Edward me puxou somente até a porta. Não havia ninguém. 
Olhando para aquele lugar... Flashbacks rodaram em minha mente. 
“... John: é melhor você calar essa sua boca linda... – a voz dele era repulsiva, horrível. – fica quietinha e vê se aproveita, porque se não quem vai sofrer com isso vai ser a sua Tabattazinha... – ele procurava meu rosto, e eu desviava dele tentando livrar minhas mãos amarradas fortemente. 

Escondi-me no ombro de Edward. Eu queria gritar! 
“... imobilizou-me com apenas um braço, e começou a deslizar a boca pelo meu corpo. Eu queria vomitar, queria matá-lo. Era como se ele me poluísse e me marcasse de uma forma que eu jamais poderia me limpar ou me curar. 
Eu me mexia, se contorcia... Tentando me livrar dele.
Ele me machucava... Machucava muito.” 
Policial: não tem ninguém aqui. – se virou em direção a Edward, me arrancando da fantasia. – mais... – o homem andou até um canto da sala. – olhe isto... – apontou para um vestidinho rosa com florzinhas jogado em um canto da sala, sobre o sofá – é da sua filha? 
Larguei-me de Edward, e ultrapassei a sala. Peguei o vestido em minha mão, e o reconheci. 
Bella: sim, é dela... – as lágrimas vinham até mim. 
Policial: certo. Temos que sair. Vamos tentar colher alguns indícios. – nos retiramos dali, e sai meio que correndo. 
Edward: volte pro carro. – murmurou em meu ouvido. – por favor, tá doendo em mim te ver assim. 
Bella: está doendo muito. – comentei, de cabeça baixa. Era como abrir a minha ferida antiga. Sangrava... Edward beijou minha boca, e depois meu pescoço. 
Pra mim, tinha chegado ao ponto de ser insuportável! O larguei quando me mandou descer novamente. Assenti, e virei às costas... Desci os dois primeiros degraus, e quando estava para virar, senti alguém me puxando pela cintura. 
Ouvi apenas o som de algo batendo alto e consistente. A porta. Espatifei-me no chão, sentindo meus joelhos e cotovelos latejando pelo contanto com a madeira. 
Edward: BELLA!  - Edward estava do lado de fora da porta. Eu podia ouvir sua voz abafada do lado de fora. 
Olhei em volta... O que estava acontecendo? Porque eu estava ali? 
Kelly: você mandou esses malditos atrás de mim, não foi, sua desgraçada? Então é assim?Você pode invadir a minha casa e roubar a minha filha, mais eu não posso fazer isso com a sua? – engasguei-me ao som daquela voz. Era a voz do demônio! Ergui-me do chão, tirando forças de não sei aonde. – há, mais saiba que seu eu vou morrer hoje, você também vai, senhora Cullen. 
Já de pé, e com o instinto gritando: “CORRE, FOGE!” a encarei. Como ela podia estar ali? O apartamento dela era encima, eu tinha certeza! Claro... Ele deveria ter previsto... E antes de fugir, deveria ter pensado num plano B como mudar pelo menos, de apartamento! 
Bella: Kelly... – murmurei... Ela estava com uma arma apontada para o meu rosto, a cinqüenta centímetros de mim. Os barulhos da porta tentando ser explodida, arrombada, eram ouvidos dentro do quarto. Parecia ser de algum tipo de ferro, lotada de trancas. Uma porta de foragidos. 
Kelly: não vamos perder muito tempo... – seus olhos verdes estavam na porta que balançava mais frágil a cada segundo atrás de mim. – nossa conversa de mãe para mãe será curta. Você ainda está bem? O estupro que causei não foi o suficiente pra você? Mas tenho certeza que te machucou bastante ser manchada por outro homem que não seja seu querido maridinho... Pobrezinha! Mais finalmente, vou me vingar de Edward como ele merece! Matando a mulherzinha que ele tanto ama e que está grávida novamente, e a filha dele ao mesmo tempo. Não me importa se eu mesma morrer... Ele vai sofrer mais vivo! - Os olhos dela se estreitaram. E os dedos brincaram no gatilho. – vou começar com a menina... Para que você já morra, sofrendo. 
O percurso da arma mudou. Deu a volta na sala, e parou na direção de um carrinho de bebê que até então, eu não notara. 
Meu coração começou a disparar. Madu! Ela estava ao lado do carrinho, sentadinha no chão. Seus olhos estavam em mim, apertados... Talvez se perguntando se era mesmo eu. 
Bella: não, não... – eu comecei a gritar – pelo amor de Deus, não! 
Sem pensar duas vezes, corri em direção a ela de olhos apertados. Eu preferia morrer por minha filha tentando, a ficar parada e apenas esperar a bala nos atravessar e a morte nos chegar. Ela pareceu se surpreender com o meu movimento, e quando se virou para apontar a arma para minha cara, e a joguei no chão. A arma voou. 
Senti-me em meio a uma cena muito clichê. Enquanto eu e ela nos estapeávamos no chão, rolando de um lado pro outro, uma arrancando o cabelo da outra, ouvimos o barulho do gatilho da arma sendo acionado. 
Olhamos para a porta, que no mesmo instante foi jogada ao chão. 
Mais não era dali que vinha o barulho do gatilho. 
Na porta, Edward e os policiais encaravam a cena tão chocados quanto Kelly e eu. Madu estava com a arma em suas pequenas mãos. Observando com muita curiosidade. Seus dedos presos no gatilho, apontada exatamente na direção de seu rosto. 
Onde estava o meu ar? 
De repente a tensão era palpável. Edward não respirava, os policiais se alarmaram de uma forma impactante. 
Policial: não se mecham! – murmurou. Kelly e eu nos imobilizamos. – diga alguma coisa para ela, Bella... – sua voz era muito baixa. 
Bella: Maria... – eu não sabia como a voz saia. – oi amor... Olha pra mamãe! – seus olhos castanhos se desviaram para mim. Ela abriu um lindo sorriso, e a arma rolou em seus dedos. Agora, estava acionada e apontada na direção de Kelly. 
Madu: mamãe! – falou sorrindo. A arma fez um barulho em suas mãos. 
Policial: está acionada! – murmurou para Edward. - ela vai ter que disparar. 
Edward: temos que fazê-la disparar! – sua voz era de horror. – vou pegá-la. 
Policial: não meche na menina... – falou entre dentes, muito baixo, enquanto Madu olhava para mim e sorria - ela pode disparar na tua direção, idiota! 
Bella: Madu... – murmurei. Que diabos eu podia dizer? Ela não podia largar! Estava acionada! Assim que seus dedinhos soltassem o gatilho, ela dispararia. Ela podia se ferir! – olha para mamãe... 
Kelly: ela tem dois anos, sua burra! – gritou, na intenção de assustá-la – ela não entende! 
Madu mirou no mesmo instante Kelly. Seu rosto agora era de tristeza. Ela iria chorar! 
Policial: não tem jeito! Alguém tem que pegá-la! 
Eu iria fazer isso... Arranquei a coragem do fundo do peito, e dei um passo à frente... Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e sua boca já formava um biquinho de choro. 
Bella: Hey! – chamei sua atenção – olha pra mamãe... Não chora, bebê... 
Quando arrisquei mais um passo, fui puxada pela cintura e ‘jogada’ para trás. Era Edward. Ele tinha me ultrapassado, e olhava fixamente para Madu... 
Kelly: genial... – murmurou ao meu lado. 
Bella: Edward, não... Edward! – minha voz era muito baixa. Ele andava na direção em que a arma estava apontada... Madu não tinha a mínima noção do que aquilo significava! A qualquer momento aquela arma estranha poderia disparar e acertar em cheio alguém naquela sala... Edward... Madu... Os policiais... Eu... Até mesmo a megera. 
Bem calmamente, Edward se baixou a frente de nossa filha calmo... Olhou nos olhos dela, e murmurou... 
Edward: Calminha, Madu... Vamos brincar de estátua, tá bom? – a voz dele era doce, e ela mantinha nos olhos nele – não vale se mexer, se não você perde... 
Se não você perde o seu pai! 
Madu: tá bom! – falou com a voz mais contente. Manteve-se estática... Paradinha. 
Edward estendeu a mão até a arma, e substituiu seus dedos pelos de Madu. Agora que segurava a arma era ele... Todos suspiramos mais aliviados. 
Mais algo aconteceu entre esse meio tempo... Enquanto Edward pegava a arma de Madu e a atenção estava toda encima dos dois, Kelly aproveitou para se movimentar... Era o momento perfeito para fugir e ela que não era burra nem nada percebeu de imediato. Ninguém estava olhando para ela... Exceto eu. 
Ela não poderia fugir. Não podia continuar fazendo da vida de todos nos um inferno! Ela jamais iria encostar-se aos meus filhos, jamais! 
No momento em que ia saindo do quarto eu a puxei. Ela bateu-se contra mim, e me puxou para fora. Pela força exercida pelos nossos corpos, acabamos na beira de escada do corredor. 
Bella: você não vai escapar, sua idiota! – agarrei suas mãos, porém ela foi mais rápida. Libertou uma delas e me acertou um soco na barriga. Eu senti algo estranho... Meus olhos começaram a lacrimejar... Eu sentia sangue descendo pelas minhas pernas... Ou era impressão? 
Mas a dor foi esquecida quando houve um tiro vindo de trás de mim. De repente, meus braços estavam cobertos de sangue... 
Kelly tinha sido baleada no ombro a minha frente, e quando perdeu as forças para cair da escada, suas mãos me agarraram e eu... Fui junto. 
Não me lembrei de nada, apenas dos degraus e do meu corpo caindo junto com o de Kelly até o ultimo deles, chegando ao andar de baixo, o chão. 
Tudo ia se apagando... Eu estava caindo num abismo profundo... Mais uma vez, o choro de Madu era ouvido ao longe. Eu podia morrer agora, porque de uma coisa eu tinha certeza: Kelly não iria mais incomodá-los!

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