11 abril 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 19

Boa noite! Infelizmente nem tudo acabou... Ótima leitura.
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 19 - Suspeitas

As mãos de Edward eram gentis em minha pele. 

Eu estava sentada na beira da cama, enquanto ele ajoelhado no chão espalhava uma pomada analgésica depois de me dar dois antiinflamatórios e um remédio pra dor, como o médico por telefone mandara até que fosse possível minha ida ao consultório.
 Eu senti a pele da minha barriga onde ele passava a pomada formigar... Ela era tão delicado o toque de suas mãos.  
Eu poderia viver cem anos que jamais iria esquecer a expressão dele quando viu o estrago causado em meu corpo. De horror, de pavor.  
Senti suas mãos em minha perna, e desta vez, ele passou um pouco menos de pomada e apenas aplicou um curativo rápido. Ardeu, mais antes de tapá-lo, ele beijou de leve. Fez o mesmo com o outro... Me fez vestir uma calcinha e um vestido. Abaixou as alças do mesmo e meio hesitante, aplicou a pomada nos meus seios...  
Eu apenas olhava o movimento delicado de seus dedos por ali, doía, mais eu podia esquecer daquilo quando via a veneração que ele tinha nos olhos... A raiva que ele tentava conter.  
Assim que terminou, deixou a pomada de lado e se aproximou mais de mim. Tocou meu pescoço com um beijo leve, e depois me olhou nos olhos docemente.  
Edward: está pronta? – questionou fracamente.  
Bella: estou com medo. – murmurei. – eu nunca fiz isso antes...
 Edward: vai ficar tudo bem... Vou estar com você. – ele iria me levar a uma delegacia com o papel comprovando pros policiais que fui violentada. Eu não era mais virgem, mais ainda assim, estava muito machucada e teria como provar... O DNA do imbecil ainda estava em mim. – você só tem que me dizer tudo o que houve.  
Relatei os fatos certos a Edward logo depois de avisarmos a empregada pra tomar conta de Tabatta, e entrarmos no carro dele. Não podíamos perder tempo.  
Fui pro hospital, passei a madrugada sendo medicada, além de levar cinco pontos em cada corte na perna. Quando eu já não me sentia mais inchada, o sol aparecia no céu. Fiz exame de DST, AIDS e tudo que se tem direito. O resultado completo sairia dali a umas horas. Quando amanheceu e eu já podia me manter em pé sozinha, fomos em fim a uma delegacia.  
Chegamos à delegacia mais próxima dali, e logo vi o advogado da empresa no mesmo lugar.  
Sozinha em uma sala, relatei tudo o que me aconteceu para uma policial feminina em prantos. Ela logo me encaminhou pra uma sala onde eu deveria fazer exames com uma médica da policia, pra comprovar. Eu disse que já havia ido ao médico, mais mesmo assim, fazia parte do procedimento pra abrirem acusações.
 Fiz os exames necessários, e a cara dela não me parecia boa depois de me examinar. Sai dali invocada, e fui me sentar segurando em minha veia onde ela havia colhido um pouco do meu sangue.  
Eu não via Edward. Ele estava conversando com o advogado e o policial que registrava a ocorrência... Se eu o conhecia, não iria demorar uma hora pra esse individuo estar atrás das grades.  
Comi alguma coisa e definitivamente, tirando o trauma, eu já estava bem melhor.  
Até que a policial e a médica que me atenderam se aproximaram, e me chamaram pra uma conversar.
 Policial: Senhora Cullen, temos que falar sobre umas coisas... – disse num tom cauteloso. As olhei surpresa.  
Bella: conversar? – questionei olhando de uma pra outra – Sobre o que?
 Elas se olharam, e eu senti que coisa boa não era. A doutora pigarreou, e abriu uma pasta que constava meu nome.  
Doutora: antes, eu queria te fazer uma pergunta... – ela olhava de mim pra pasta. Acenei, dizendo que ela podia prosseguir – bem, você teve relações com o seu marido antes de acontecer à violação?
 Bella: sim, acho que na noite anterior. – respondi sem hesitar. Eu estava mesmo preocupada.  
Doutora: Bem, eu não sei como te dizer isso, mais... Ainda não tocamos no assunto de que a senhora pode vir a... Engravidar.  
Eu quase caio da cadeira.  
Bella: Desculpa, acho que não ouvi direito... – aproximei-me mais dela.  
Doutora: Aqui diz que você, senhora Cullen, não utiliza métodos contraceptivos... Então... A senhora pode engravidar! – pronunciou alto.  
Ela começou a falar, mais eu não quis mais ouvir.  
Bella: não, não, não... – comecei a repetir freneticamente. Eu não podia ficar grávida.  
EDWARD POV

Edward:
 Bella, Amor. – ela me olhou, porém virou o rosto, desconcertada – o que foi?  
Bella: N-nada Edward... – ela tremia em voz... Eu preferia deixá-la à vontade pra dizer o que fosse melhor. Naqueles momentos eu não podia entendê-la.  
Sim, ela parecia estranha. Com uma espécie de nó na garganta.  
Edward: amor, vamos pro hospital pegar o exame, está bem? – beijei sua testa e ela me olhou apavorada.
 Bella: Ok. – respondeu com os olhos enormes. – Hei! – quando fiquei de pé, ela me puxou – eu só queria te dizer que... Que eu te amo.  
Edward: Ah amor... – me voltei pra ela – eu também te amo! – beijei sua boca docemente. Eu coloquei na cabeça o que o policial tinha me dito... Passei por uma avaliação psicológica e ele me alertou que eu deveria esperar ela querer aprofundar qualquer ato que demonstre amor ou tenha algo a ver com sexo. – agora se apresse se quisermos almoçar com Tabatta! – ela assentiu, e eu a puxei pela mão.
 Na viagem até o hospital ela parecia confabular algo, e quando lá chegamos...
 Bella: eu quero ir sozinha! – falou quando comecei a acompanhá-la a sala do ginecologista.
 Edward: mais Bella... – comecei – ele não vai te examinar, apenas abrir o exame. – eu já tinha ido com ela várias vezes ao ginecologista nos tratamentos pra gravidez e tudo, mais ela insistia. – está bem, fico aqui fora. – ela assentiu e foi até a sala do médico.
 Estava mesmo estranha.  
BELLA POV 
Eu sentia meu coração voar. Eu tinha, pelo amor de Deus, que ter um resultado diferente;  
Noah: bem senhora Cullen, você não contraiu DST nem AIDS... Mais a senhora simpode estar grávida. – ele bateu com a papelada na mesa. Instantaneamente comecei a chorar. – Hei! – o simpático senhor estava ao meu lado agora. – não fique assim, senhora Cullen... Já pensou na possibilidade de se, por ventura, estiver grávida, o bebê pode não ser vitima da fatalidade e sim fruto do seu amor com o seu marido?  
Bella: COMO DOUTOR? – esbravejei – TENTAMOS HÁ NOVE MESES E NUNCA
CONSEGUIMOS E AGORA VEM UM DESSE E ACABA COM A MINHA VIDA?  
Noah: você teve relações com o seu marido nos últimos dias?  
Bella: SIM, QUASE TRÊS VEZES POR SEMANA, SENDO A ULTIMA HORAS ANTES DO ACONTECIMENTO. – sequei minhas lágrimas o olhando – tem certeza que não dá pra ver ai se estou grávida?
 Noah: É precipitado, os testes nessa fase inicial são quase inúteis. Recomendo fazer um teste novamente daqui uns meses pra ver se é mesmo preciso.
 Bella: Está bem, volto assim que puder... – apanhei minha bolsa e dei as costas a ele ainda chorando. O exame estava em minhas mãos, e sim, eu estava grávida.  
Eu podia sentir o meu corpo diferente. Mesmo que pudesse ser mentira, eu sabia que estava, eu SENTIA! 
Eu não poderia contar nada!  
Sai no corredor, e vi Edward sentando olhando pro teto. Quando me viu, se colocou de pé e foi até mim. Eu ainda secava as lágrimas, então, ele deduziu que algo mal pudesse ter sido o resultado. E foi. 
Edward: e como foi? – questionou baixinho.  
Bella: bem... – respondi depois de me certificar que o papel do exame não estava a sua vista. – não houve nada. Não contrai doença alguma...  
Edward: ótimo. – ele realmente pareceu aliviado – o que quer fazer agora? – perguntou abrindo a porta do carro pra mim.  
Bella: quero ir pra casa ficar com Tabatta, pode ser? – ele se acomodou no banco do lado, e assentiu prontamente.  
Ele não me perguntou mais nada, porém, naquele momento minha mente viajava longe de traumas. Era como se o estupro tivesse sido esquecido. Eu só pensava no bebê que eu provavelmente teria. Meu desejo era que rapidamente o tempo voasse, e que eu pudesse ter certeza se o meu destino com Edward seria ou não seria garantido.  
Eu teria que me sacrificar.

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