02 março 2013

IRONIA DO DESTINO - CAPÍTULO 19

Boa noite pervinhas.. E meus bons modos retornam. Ahhh, porém os de Carlisle não.. Nem um pouco! Sem mais.. Ótima leitua!!

Autora: Ana Paula 
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo 

Capítulo 19 - DESCONFIANÇA 


POV EDWARD

Assim que terminamos de nos vestir, Bella saiu de minha sala depois de dar-me um inocente beijo nos lábios, seus lábios lindos formando as duas mais belas palavras do mundo enquanto seus olhos me fitavam com ternura. 

- Te amo. – ela sussurrou e um sorriso triste desenhou-se em seus lábios. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela virou-se e saiu, deixando-me parado no meio de minha sala com o coração aos pulos. 

Deus, como eu daria minha vida, minha alma, para um dia poder compensá-la por tudo o que eu a fizera passar. Ela sabia de apenas parte de minhas traições, se acaso ela soubesse de minhas intenções ao desposá-la, ela não estaria mais ali ao meu lado, presenteando-me com seu amor. 

O interfone tocava insistentemente. Apenas uma pessoa no mundo tinha acesso direto a meu telefone particular. Bufei impaciente e dirigi-me a minha cadeira para atender a merda do telefone. 

- Fala, pai. – eu disse com a voz mais entediada que eu possuía. 

- Edward, até que enfim! – a voz irritada de meu pai soou em meu ouvido. – Não trabalha mais não? 

- O que quer, pai? Estava tentando trabalhar quando me interrompeu. – eu menti descaradamente. Não estava bem trabalhando quando o interfone tocou pela primeira vez. Estava fazendo algo mais... interessante. 

- Sei, sei. – ele disse incrédulo. – No mínimo estava traçando aquela sua antiga secretaria vadia. 

Meu sangue ferveu. Não precisava de ninguém para me lembrar dos erros de meu passado. 

- Não sou mais esse tipo de homem, pai. Agora, ou você diz o que quer ou eu desligo. – eu disse sem paciência. 

- Malcriado como sempre. – ele reclamou em um resmungo. - Quero que você venha aqui na minha sala. Emmett está agora aqui em minha frente tremendo feito vara verde por que eu prometi cortar sua minhoquinha fora se ele não corrigir a burrada que ele fez. 

Um soco em meu estômago. Ele estava planejando mais coisas afim de enganar Bella. Mas... tudo agora era diferente. 

A empresa, de repente, não me parecia tão importante. Não me interessava lucros e reconhecimento no mercado se aqueles olhos castanhos não mais brilhassem pra mim, se aqueles lábios rosados não se desenhassem ao me dizer “eu te amo”, se aquelas mãos não estivessem em minha pele, me tocando, me tirando toda o estivessem em minha pele, me tocando, me tirando toda a preocupaçs castanhos nsua minhoquinha fora se ele ncoraç 

Preocupação, todos os meus medos. Não suportaria perder minha melhor amiga... meu grande amor. 

- Edward? – Carlisle chamou do outro lado da linha. 

- Me espere, logo estarei aí. – disse com voz grave e desliguei o aparelho antes que ele respondesse. 

Respirei profundamente e saí da sala. Bella estava de costas pra mim digitando em seu computador enquanto analisava vários papéis ao mesmo tempo. Um sorriso triste veio ao meu rosto e tive que reprimir em meu peito a intensa vontade de chorar que me envolveu, vontade de me jogar em seus braços e contar-lhe todas as minhas burrices, todos os meus erros e implorar pelo seu perdão. Mas eu era mesmo um covarde pois meu maior medo era ter que viver sem sua presença a me iluminar. 

- Bella. – sussurrei e ela virou-se assustada. 

- Edward. Assustou-me, nem vi você sair. – ela disse se se levantando e andando até mim. Sem conseguir me conter, abracei-a com firmeza e puxei seu corpo pra junto do meu, meu rosto afundado em seus sedosos cabelos castanhos, seu cheiro doce e suave de morangos me envolveu, me dando paz. – O que houve? – ela sussurrou agarrando minhas costas e acariciando-as, tentando me confortar. 

- Bella, queria apenas te dizer o quanto eu te amo. – eu disse me afastando de seus cabelos e olhando em seus lindos olhos castanhos que me fitavam com doçura e curiosidade. – Queria apenas lembrá-la que... sem você, não sei mais viver. 

- Por que está dizendo isso agora? – ela sussurrou subindo sua mão até meu rosto e acariciando minha bochecha com a ponta dos dedos. 

- Por que quero ter a certeza de que durante todos os dias de minha vida, quando eu abrir essa porta, é você quem irei encontrar sentada naquela mesa. – fechei meus olhos com força. – Me dói a simples idéia de um dia não te ver mais, de te perder, de ser obrigado a seguir sem te ter por perto. 

Senti seus lábios macios acariciarem os meus, suas mãos puxando minha nuca para que eu ficasse mais perto dela. Aprofundei o beijo sentindo toda a sua doçura, sua língua macia acariciando a minha com carinho, seus lábios pareciam com o morango maduro, macios e doces enquanto deslizavam pelos meus. 

- Não se preocupe com isso, Edward. – ela disse interrompendo o beijo e encostando a testa na minha. – Eu sempre vou estar aqui. Por que... simplesmente não consigo partir. Pois não se pode viver sem respirar, e meu ar... é você. 

Apertei-a em meus braços e prendi minha respiração. Consertaria toda a burrada que cometera, mandaria tudo a merda... apenas por aquela mulher. Por que ela era tudo pra mim, nem que me dessem o mundo em troca de segundos de sua ausência eu não aceitaria. Por que sua ausência me abria um buraco na alma, quando ela partia parecia que havia levado um pedaço de mim. O pedaço mais importante. Meu coração. 

- Esteja aqui quando eu voltar, madame. – eu disse tentando sorrir, meus lábios distribuindo selinhos no rosto adorado. – Já volto, meu amor. 

- Estarei sempre esperando você. – ela sussurrou apertando-me por um momento e depois me soltando, voltando pra sua mesa enquanto eu seguia pelo corredor em direção a sala de Carlisle. 

Era hora de encarar a fera. 

xxx 

Carlisle estava como sempre confortavelmente sentado em sua mesa com Emmett roendo as unhas a sua frente. 

- Pensei que jamais chegaria aqui. – ele resmungou me indicando uma cadeira ao lado de Emmett. 

- E aí? – eu disse tentando encurtar ao máximo aquele momento. 

- Fiquei sabendo recentemente da burrice desse advogado que se diz competente. E devo dizer que fiquei realmente furioso. – ele disse lançando um olhar mortal pra Emmett que se encolheu. 

- E? – apressei. De repente, meu pai tornara-se o símbolo de minha traição, olhar para seu rosto frio e interesseiro me fazia recordar de minha própria frieza, de minha insensibilidade. Mas isso antes de Bella aparecer em meu céu, lançando seu calor, sua luz em minha vida sombria e sem amor. 

- E decidi que podemos resolver essa situação. – ele disse parecendo muito satisfeito consigo mesmo. “Deve mesmo estar satisfeito, não é, papai? Enquanto fica aí, com esse rabo nessa cadeira, as pessoas trabalham por você, fazendo a parte suja do negócio. E as honras são só pra você.”, pensei indignado. – Se Bella assinou os papéis uma vez, certamente os assinara novamente sem problemas. 

- Peraí que eu não acompanhei o raciocínio. – eu disse pensando seriamente que eu não ouvira direito. – Coméquié a coisa? 

- Faremos outro documento, dessa vez da maneira correta e aí ela assina. Negócio resolvido. – ele disse exultante encostando-se em sua cadeira. Fiquei sem palavras. 

Era naquilo ali que eu me transformaria se Bella não tivesse me salvado? Naquele ser desprovido de compaixão se sentimentos, a quem o dinheiro e o poder eram as únicas coisas que realmente importavam? 

Eu ia mandá-lo pro inferno quando Emmett rompeu o silencio que se instalou na sala. 

- Eu não farei isso. – ele disse se levantando e encarando Carlisle que o olhava boquiaberto. – Não participarei de maneira alguma de tal coisa. 

- O que pensa que está fazendo? – Carlisle disse revoltado. – Sou seu patrão, me deve respeito. Deve obedecer minhas ordens! 

- Se quiser, demita-me. Mas me recuso a enganar alguém tão puro e doce como Bella. Se quer alguém pra fazer uma crueldade dessas, procure outro advogado. – ele disse virando-se pra sair. 

- Beleza. Tenho certeza que conseguirei alguém mais competente que você pra fazer o serviço da maneira correta dessa vez. – Carlisle disse entre dentes. 

Levei minha mão até o pulso de Emmett e segurei-o impedindo-o de sair. Meus olhos estavam fixos em meu pai que me olhava furioso e confuso. Minha expressão estava impassível. 

- Não vai demitir Emmett. – eu disse com firmeza e ele arregalou os olhos pra mim. 

- Como disse? – ele sussurrou incrédulo. 

- Emmett não será demitido. E nenhum documento será redigido pra esse fim, nem por ele, nem por ninguém. Por que Bella não assinara mais nada. E continuara sendo a sócia majoritária dessa empresa, quer você queira, quer não. – eu disse lentamente sem me alterar em nenhum momento embora a raiva borbulhasse dentro de mim. 

Não era raiva de meu pai. Era raiva de mim mesmo. Raiva por um dia eu ter sido cego assim como ele era, frio e insensível. Por não ter visto antes a beleza que Bella trazia dentro de si, por não ter entendido antes que o que mais importa na vida é aquilo que nossos dedos não podem tocar. 

- O que... pensa que está fazendo? – ele sussurrou novamente, seus olhos me fitando como seu eu tivesse de repente enlouquecido. 

- Protegendo a mulher que amo. E meu melhor amigo, é claro. – eu disse apertando o braço de Emmett enquanto eu me levantava. 

- Não pode tirar minha autoridade assim. – Carlisle disse se exaltando. 

- Aproveite sua autoridade enquanto ainda a tem. – eu disse com desdém fitando o homem materialista a quem eu chamava de pai. – Está no controle de uma coisa que não lhe pertence. E que um dia irá para as mãos da verdadeira dona. 

E saí de sua sala arrastando Emmett comigo. Estávamos no corredor quando ele gargalhou. 

Olhei pra ele curioso, ele apoiou uma de suas mãos em meu ombro enquanto a outra dava tapinhas em minhas costas. 

- Então ela te conquistou, não é, meu velho? – ele disse ainda sorrindo. 

- É, eu acho que sim. – eu disse sorrindo bobamente. Eu estava realmente apaixonado. 

- Bella é mágica, cara. Ela tem o coração mais puro que já conheci apesar de ter uma mente um tanto quanto má. – ele disse com um riso sapeca. 

- Está sabendo de alguma coisa que eu não saiba. – perguntei desconfiado. 

- Não. Coisas dela com Alice, Rosie e Ângela. – ele disse e depois me olhou fingindo seriedade. – As mulheres, quando se unem, tornam-se os seres mais perigosos do planeta. 

Rimos feito duas hienas. Depois dessa enquanto atravessávamos o corredor, os funcionários nos observando curiosos. 

Fazer o que se eu me sentia o mais feliz dos homens? 


POV BELLA 

Mais um dia que acabava. Mas esse dia era realmente diferente de qualquer outro, pois pela primeira vez eu e Edward saiamos de mãos dadas pelos corredores, voltando pra casa como verdadeiro casal, que se amava, que se completava. 

Pelo que eu pressentia, Edward estava arrependido de toda a sua burrice apesar de ainda não me ter confessado nada, suas atitudes, suas palavras, tudo demonstrava que ele estava tentando fazer com que tudo desse certo. 

- Um doce pelos seus pensamentos. – ele disse dando-me um beijo na testa quando entramos no elevador que nos levaria a garagem. 

- Estava pensando que não deve existir pessoa mais feliz do que eu nesse universo. – eu disse me aconchegando a seu peito forte. 

- Existe sim. – ele sussurrou me apertando em seus braços. – Eu. 

Seus lábios encontraram os meus mais uma vez naquele dia. Mas com Edward todo beijo era como se fosse o primeiro, meu corpo estremecia a cada toque seu, meus lábios sugavam e acariciavam cada detalhe de sua deliciosa boca enquanto eu me deliciava com suas caricias. 

O elevador abriu suas portas e saímos, rindo, feito dois bobos. Foi aí que vi Ang encostada a seu carro me esperando, me fazendo lembrar de minha promessa. 

É claro, eu deveria contá-las. 

- Ai, amor. Reunião de mulheres hoje. – eu disse fazendo uma careta pra Edward enquanto caminhávamos até Ângela que nos observava com um sorriso de malicia nos lábios. 

- Não dá pra adiar? – ele perguntou com um biquinho irresistível. Quase disse que sim e saí correndo arrastando-o até em casa. 

- Não dá. Tenho umas novidades pra contar. – eu disse maliciosamente e ele riu, me dando vários selinhos. 

- Então não demora. Se quiser, me liga quando acabar que eu te busco. – ele disse quando chegamos perto de Ang me agarrando pela cintura para uma rápida despedida que não seria tão perfeita assim pela platéia pervertida que nos observava atentamente. 

- Não precisa, anjo. Pego um táxi, não se preocupe. Apenas me espere. – eu disse olhando em seus incríveis olhos verdes. 

- Sempre. – ele sussurrou enquanto seus lábios desciam mais uma vez sobre os meus enquanto suas mãos me apertavam de encontro a ele. Um pigarro nos fez recordar que não estávamos sozinhos ali. – Então... não demore. A previsão é de chuva pra essa noite. – ele disse dando-me um ultimo selinho. 

- Claro que ela não vai demorar, Edward. – Ângela disse atrevidamente. – Ainda mais sabendo do que espera por ela quando ela chegar em casa. 

- Safada. – eu disse dando um tapa em seu braço enquanto Edward se afastava rindo. 

- Não sou a única aqui, pelo menos. – ela disse rindo maliciosamente entrando no carro. Eu ri e a segui. – Então temos novidades? 

- Só quando chegarmos a sua casa, Ângela. – eu ri de sua curiosidade. Ela bufou indignada. 

- Meu coração é fraco, sabia? E se eu morrer antes de chegar em casa? – ela tentou, fazendo cara de piedade. 

- Aí Deus te conta tudo o que você quiser saber. – olhei atentamente para o seu rosto enquanto ela dirigia. – Mas a julgar pelo quanto te conheço, deve ser o capeta que vai te contar tudo. 

- Haha, engraçadinha. – ela disse revirando os olhos. Rimos juntas, completamente felizes. 

Bom, pelo menos eu estava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário