Autora: Ana Paula
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 13 - DISCUSSÕES
POV BELLA
Escondi o rosto entre os dedos e suspirei, os olhos apertados firmemente como se com isso eu pudesse fugir da realidade angustiante que me cercava.
Ele estava mesmo levando o plano adiante, tentando me enganar, me roubar e depois... me abandonar. Mas ele teria uma grande surpresa. Eu o enganaria, humilharia... e o deixaria? Será mesmo que eu seria capaz de deixá-lo, de magoá-lo, de humilhá-lo?
Alice acabara de ligar e eu passara a ligação a Edward como o combinado, agora ele deveria estar sabendo do contrato, que deveria ficar casado comigo por um ano. As vezes eu acreditava que ele realmente sentisse algo por mim, que não fosse apenas tesão, que aquela nossa amizade, nosso companheirismo de nosso curto período de namoro não tivesse sido tudo uma grande mentira. Mas a cada vez que eu percebia que ele levava o plano adiante eu via que nada daquilo fora real, que tudo fazia parte do cruel plano dele para me tomar as ações e ser o maior acionista da empresa.
Mas o que essa empresa tinha de tão importante? Por que diabos ele não falava comigo e juntos nós tiraríamos o pai dele da cadeira de presidente e o colocaríamos lá, para que ele enfim pudesse tomar as rédeas dos negócios. Mas não. Ele preferia me enganar. Eu valia tão pouco assim?
- Uma bala pelos seus pensamentos! – uma voz máscula e recém conhecida soou e tirei as mãos do rosto deparando-me com Jacob, um sorriso lindo nos lábios.
- Jake. – eu suspirei, estranhamente aliviada. Era difícil de entender, difícil até mesmo de explicar mas entre eu e Jake rolava uma coisa meio que mágica, afinidade a primeira vista. E ele era tão... não sei, ele me passava uma tranqüilidade, uma sensação tão boa de calor e aconchego, como se nos conhecêssemos a tanto tempo.
- Bellinha. Ta tristinha, meu bem? – ele disse se aproximando e me levantei pra dar um beijo em seu rosto, mas ele me agarrou e abraçou bem apertado, me levantando do chão. Que sensação deliciosa. Nunca tive irmãos, mas se os tivesse, o mais velho teria que ser como Jacob.
- As coisas de sempre, Jake. – eu disse com um aperto na garganta, segurando o choro.
- Bells, ele não merece suas lágrimas. – ele disse acariciando meu rosto e dando um leve beijo em minha testa. – Procure não pensar em quem não te faz bem.
- Se fosse tão fácil... – suspirei e ele me olhou profundamente nos olhos, seus braços ainda envolvendo minha cintura.
- Você o ama, não ama? – ele sussurrou e eu não consegui mentir pra ele. Assenti lentamente com a cabeça. – Sinto muito.
- Não sinta. – balancei negativamente a cabeça e tentei colocar um sorriso nos lábios. – E aí, grandão, o que faz por esses lados?
- Sou moto boy, guria. – ele riu. – Vim fazer uma entrega no 20º andar e resolvi vir aqui te dar um oi.
- Fez bem, eu estava mesmo precisando de um abraço. – ele riu e me apertou mais uma vez contra seu peito largo.
- Precisando, é só chamar. – ele beijou meus cabelos e acariciou minhas costas. – Sabe, Bells, eu nunca tive irmãos, mas se eu os tivesse, a mais nova seria exatamente como você.
- Estava pensando a mesma coisa há poucos minutos. – eu confessei me deliciando com seu calor reconfortante. Sentia-me tão a vontade. Ele gargalhou.
- Queria que eu fosse sua irmã mais nova? – ele disse debochado.
- Não, seu tonto, queria que você fosse meu cachorrinho de estimação. – brinquei dando-lhe um tapa no braço grosso como um toco.
- De que raça? – ele entrou na brincadeira.
- Chiuaua. – eu disse e ele gargalhou.
- Você é do mal. – encostou seu queixo em minha cabeça e ficamos por um tempo assim, abraçados, até que a porta do escritório de Edward se abriu e o próprio saiu, parando de sopetão e nos olhando boquiaberto, surpreso demais para esboçar qualquer tipo de reação.
- Mas que porra é essa aqui? – ele consegui dizer, vermelho de raiva. Tentei me desvencilhar dos braços de Jacob mas esse me impediu, segurando-me ainda mais perto.
- Edward! – eu disse olhando do rosto irado de Edward para o rosto tranqüilo de Jacob.
- Olá, Sr. Cullen. – ele disse na maior cara de pau.
- O que diabos você está fazendo na minha empresa agarrando minha mulher? – ele perguntou entredentes.
- Só estava de passagem. – ele respondeu com um sorriso muito traquilo, puxando meu rosto para que eu encarasse seu lindo rosto moreno, os olhos fixos nos meus. – Bells, te pego na sua casa às oito horas então, meu anjo. – e para minha grande surpresa, me deu um beijo nos lábios, seus lábios macios e carnudos acariciando os meus por alguns segundos. Afastou-se e me sorriu, só então me soltando. – Até mais ver, Sr. Cullen. – e acenou para Edward que estava as minhas costas e que eu não podia ver a reação por aquilo que acabara de presenciar. – As oito, hein, Bells? – ele ainda disse e lançou um beijo, saindo pelo corredor.
Silencio. Foi a primeira coisa que preencheu o ambiente. Depois a voz rouca e tremula de Edward.
- Venha até minha sala, Bella. – engoli em seco e me virei para encará-lo. Seus olhos pareciam lançar faíscas em minha direção, suas mãos fechadas em punhos, sua respiração pesada e arfante.
- Não recebo ordens de você. – eu disse secamente e me dirigi de volta a minha mesa. Mas nem cheguei a tocá-la.
Senti mãos fortes agarrarem meus braços e fui arrastada porta adentro.
- Me larga! Você está me machucando! – gritei tentando a qualquer custo me soltar do seu aperto de ferro, mas ele me empurrou pra dentro da sala e ficou parado a porta enquanto eu recuperava meu equilíbrio e o encarava, agora também arfante, tremendo dos pés a cabeça pela excitação do momento.
Calmamente ele girou a chave na fechadura e veio a passos lentos até mim, seu andar se assemelhando ao de um felino que cerca sua caça, preparando seu bote. “Deus, como isso é excitante! Essa cara de mau dele é tããããão... Je-sus!”, pensei recuando dois passos até que minhas nádegas chocaram-se com a borda da mesa e eu engoli em seco, sentindo o calor de seu corpo mesmo ele estando a passos longe de mim. Minha calcinha estava vergonhosamente molhada. “Você não tem vergonha, sua tarada?”, minha consciência me questionou, irritada. “Quando ele me olha assim, eu não tenho mais nada. A não ser muito amor pra dar!”, eu me desculpei em pensamento, gemendo ante sua aproximação.
- Abra essa porta, Edward! – exigi com voz tremula e ele bufou, revirando os olhos.
- O que vocês vão fazer saindo juntinhos como a merda de um casalzinho de namorados? – ele perguntou suavemente e meu coração deu uma batida mais forte e seguiu um ritmo ainda mais acelerado do que antes. Meus pelos do corpo todo se arrepiaram com a energia quase selvagem que emanava daquele homem. “Me pega, me joga na parede e me chama de lagartixa!”, pensei, já delirando. Minha consciência bufou. “Vadia!”.
Vadia, sim! Queria ser tudo o que ele quisesse que eu fosse, até mesmo o papa, mas precisava daquele homem, de seus braços fortes me cercando, de sua boca macia e quente me beijando, de suas mãos me acariciando... ai, meu Deus!
Mas não! Eu tinha que resistir!
- Não te interessa. Minha vida pessoal não te diz respeito. – eu disse secamente e ele se aproximou ainda mais colocando ambas as mãos na mesa, uma de cada lado do meu corpo, seu corpo quase colado ao meu, seu rosto perigosamente perto. “Perigo, perigo!”, minha mente piscava, “Risco alto de combustão instantânea!”
- Está me traindo, Bella? – ele sussurrou olhando profundamente em meus olhos.
- Isso não faz nenhuma diferença, mas já te respondi isso hoje de manhã. – eu suspirei tentando a qualquer custo não olhar para seus lábios tão tentadores. – Eu não estou te traindo.
- E aquele beijo? – ele insistiu, seu hálito cheiroso batendo em meu rosto.
- O que é que tem? – eu engoli em seco. Jacob era louco, igual a Ângela. E mais louca era eu por confiar naqueles dois.
- Você gosta daquele cara? – ele sussurrou cada vez mais próximo, nossos narizes quase se tocando, nossos lábios a centímetros de distancia.
- Ele é especial. – fui sincera.
- E você gosta de mim, Bella? – ele sussurrou roçando seus lábios nos meus me fazendo arfar. Estava quase perdendo o controle, era tentação demais.
- Isso... me deixe ir! – eu gaguejei espalmando minhas mãos em seu peito para tentar afastá-lo mas me arrependendo no ato já que meus trêmulos dedos sentiram seus músculos por baixo da seda da camisa. Estremeci e ele, pra piorar, desceu os lábios pelo meu pescoço beijando e roçando os lábios e a ponta da língua em minha pele, que se arrepiou completamente por suas caricias. Fechei os olhos e gemi, estava quase me rendendo.
- Diga que não me quer, que não gosta de mim que eu vou embora. – ele sussurrou em meu ouvido e mordeu o lóbulo de minha orelha.
- Eu... eu... eu n-não... oh, droga! – arfei agarrando sua camisa entre meus dedos e buscando avidamente por seus lábios que ataquei em um intenso beijo, pegando-o completamente de surpresa.
Passada a surpresa por minha ousadia, suas mãos agarraram minha cintura e me ergueram até que me sentasse em sua mesa, seus lábios esmagando os meus, sua língua se enroscando a minha, seu gosto me invadindo, me fazendo delirar. Suas mãos desceram até minhas pernas que ele segurou com força chegando a doer e separou-as se encaixando entre elas me fazendo gemer ao sentir sua enorme ereção contra meu sexo que pulsava de desejo por ele, minhas mãos arrancando seu paletó e abrindo os botões de sua camisa que se abriu revelando um tórax de tirar o fôlego.
Beijei e mordisquei seus mamilos e ele gemeu alto rebolando sua ereção contra minha intimidade que se encharcou ainda mais e deu fisgadas de dor de tanto tesão.
- Quero você, Bells. – ele disse puxando meus cabelos e trazendo meu rosto para cima atacando minha boca novamente com beijos vorazes, suas mãos descendo até meu decote e acariciando meu seio por cima de minha fina blusa. – Quero transar contigo, meu amor! – ele suspirou.
E eu recobrei a razão. Estava eu ali prestes a perder minha virgindade numa mesa de escritório? E com ele? Ah, não, isso não!
- Não, não, não! – eu disse empurrando-o e me desvencilhando de seus braços, descendo da mesa e ajeitando meus cabelos, meu olhar encontrando um Edward ofegante e surpreso.
- O que foi? – ele perguntou tentando se aproximar.
- Não se aproxime, senão eu grito! – ameacei e ele parou me olhando como se eu estivesse louca. – Quem você acha que eu sou para perder a minha virgindade numa sala de escritório? Uma de suas vadias?
- Vai começar com isso de novo? – ele bufou passando os dedos pelos cabelos e olhando para o teto.
- Não quero começar nada, só quero que me deixe em paz. Estou no meu local de trabalho, não me assedie novamente, senão eu grito! – disse apontando meu dedo trêmulo para Edward que me encarava como se eu tivesse dito que vi um elefante cor de rosa no elevador.
- Eu que sou seu marido não posso te beijar, mas aquele filho da puta que nem trabalha aqui pode vir aqui, te agarrar e te beijar que você nem liga, não é? – ele disse exasperado, realmente furioso.
- Vai pro inferno, Edward Cullen! – eu disse irritada me dirigindo para a porta.
- Está proibida de sair com aquele cara, proibida! – ele gritou e me virei para olhá-lo com frieza.
- Já disse que não me dá ordens, Edward. Se acostume a ter alguém que não faça as suas vontades. Agora me deixe trabalhar ou eu vou embora nesse momento. – me virei e abri a porta saindo da sala e voltando para a minha mesa e me sentando.
Coloquei mais uma vez o rosto entre as mãos. Suspirei. As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas. Seria mais sensato se eu parasse a farsa por ali, pedisse o divórcio e contasse a ele que eu sabia tudo, mas... não conseguia fazer tal coisa.
Eu me enganava ao dizer que estava enganando Edward. Eu estava me enganando. Eu só queria estar com ele, não importava como, mas só queria estar ao lado daquele homem.
Mas era por pouco tempo. E o mais sensato a fazer pelo menos era não ceder as investidas dele. Será que eu conseguiria?
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