Autora: Ana Paula
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Emmett Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 12 - CONTRATO ASSINADO: PRESO A ELA POR UM ANO
POV EDWARD
Fui até meu quarto e tomei um rápido banho pensando na possibilidade de Bella estar mentindo pra mim. Será que ela havia... perdido a virgindade com aquele troglodita?
Não! Ah, não! Isso não!
Ele era um fodão metido a conquistador e só queria comer a Bella, ela não podia ter caído na lábia dele e... Comecei a gargalhar e bati na testa enquanto me secava.
E eu? Eu era o que? Um maldito infeliz que tinha se casado com minha melhor amiga para roubar suas ações e tinha se apaixonado por ela, determinado agora em levá-la para a cama mesmo sabendo que hora menos hora ela descobriria meu golpe, me mandaria à merda e eu teria meu lugar marcado na lembrança da moça como o primeiro cafajeste que dormiu com ela e a roubou logo depois.
Por que eu não implorava perdão pela minha traição com Jéssica e pedia, implorava para Bella dormir comigo (não que eu já não fizesse isso, né?!) e levava esse meu casamento com estabilidade? Por que a desgraça aqui não consegue confiar em ninguém.
Eu tinha que ter as malditas ações em minhas mãos, no meu nome, eu tinha que ter o poder para fazer a empresa crescer. Senão, não tava valendo.
Eh, dilema! A mulher ou a empresa? Prefiro nem pensar e deixar as coisas correrem.
Desci para a sala de jantar onde Bella tomava seu café da manhã.
- Bom dia, Bella! – saudei dando-lhe um beijo na testa e me sentando ao seu lado como se nada tivesse acontecido.
- Bom dia! – ela me olhou como se eu tivesse caído de uma nave. Hoje eu tinha que agradá-la já que precisaria de sua assinatura.
- Espero que tenha descansado essa noite já que temos muito trabalho pela frente.- disse enquanto me servia de uma xícara de café preto.
- Oh, não se preocupe. Dormi muito bem, a Ang não ronca. – ela disse sarcástica mordendo uma fatia de bolo.
- Bom pro Ben. – eu disse também sarcástico. Pra minha surpresa, ela riu.
- Você é tão tonto, às vezes. – ela disse enquanto mastigava.
- Muito obrigada pelo elogio. – disse sarcástico encantado com seu riso. Há muito que não via aquele lindo sorriso sincero em seu rosto. – Sabe, Bella. Sinto sua falta. Sabe... você se tornou minha melhor amiga.
- Pena que você não prezou nossa amizade, não é, Cullen? – ela disse ferina se levantando. O ar fugiu de meus pulmões e eu quase me engasguei com o café ao ver como ela estava vestida.
- Que... onde você pensa que vai desse jeito? – eu disse entre um acesso de tosse.
- Trabalhar, ora! Pra casa da sua mãe é que não é! – ela disse bufando enquanto se curvava para pegar a bolsa. Aquela bunda, meu Deus, iria enlouquecer o departamento masculino da empresa!
- Não! – rugi me levantando e ela me olhou entre curiosa e divertida. – Você... essa roupa é muito indecente!
- Indecente? – ela riu e deu uma voltinha rebolando, o que me fez afrouxar um pouco a gola de minha camisa. Como tava calor ali, meu Deus! – E quem disse isso?
- As normas da empresa. – eu engoli em seco observando suas pernas roliças mal cobertas pela micro-saia.
- A empresa também é minha, então eu faço as regras! – ela disse e piscou andando provocante em direção a porta. – Vai me dar uma carona ou eu vou ter que ir de táxi?
- Não, me espera que eu já vou. – disse nervoso, pegando minha pasta e a seguindo. Droga de mulher teimosa!
Descemos até a porta da frente onde o motorista havia deixado meu carro estacionado. Ela adiantou-se e se sentou no banco do carona, usando o espelho retrovisor para dar uma olhada na maquiagem, coisas de mulher. Dei uma rápida olhada para suas pernas amostra e seu decote que revelavam demais seus seios pro meu gosto e bufei saindo com o carro.
- Melhore essa cara, Sr. Cullen, senão os seus funcionários vão pensar que nossa Lua de Mel foi um fracasso. – ela provocou sorrindo cinicamente para mim.
- E não foi? – eu disse mal-humorado.
- Queria que fosse diferente? – ela perguntou fingindo seriedade. Mas gostava de cutucar onça com vara curta! Vontade de mostrar o que era uma vara comprida!
- Tem noção de quanto tempo faz que eu estou sem sexo? – perguntei entredentes esmurrando o volante. – Estou sendo fiel, porra! Está me torturando pela merda de um deslize enquanto nós somente namorávamos?
Ela me encarou seriamente por um momento e depois sacudiu a cabeça se recostando no banco.
- Hipócrita! – ela disse e voltou seus olhos para a rua que passava velozmente pela janela do carro. Procurei me acalmar e respirei fundo.
- Desculpe pelo meu acesso de fúria, é só que... eu te quero tanto! – olhei para ela enquanto o sinal estava fechado mas seus olhos ainda estavam presos na rua fora do carro. Olhava para qualquer lugar menos para mim. – Sei que errei e faria tudo para voltar atrás e não ter feito toda a burrada que fiz. Começamos da maneira errada, Bella. Vamos ser um casal de verdade, esquecer o passado e tentar construir um futuro só nosso. – segurei uma de suas mãos e a apertei conseguindo com isso sua atenção, seu olhar que me sondava, buscando minhas intenções. – Por favor? – pedi com um olhar de cachorro que caiu da mudança e ela riu gostosamente.
- Quem sabe... – ela deu de ombros me provocando.
- Garota! – eu disse puxando seu corpo de encontro ao meu e beijando seu pescoço, esfregando minha barba que começava a despontar em sua pele macia. – Pára de me provocar! – disse e mordi o lóbulo de sua orelha arrancando um gemido seu.
- Que isso! – ela retrucou passando levemente uma de suas mãos por cima de minha calça na altura de minha virilha. – Eu só estou começando! – ela sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar. Essa mulher era o cão!
- Vamô logo, desgraça! – a voz irritante de algum infeliz atrapalhou nosso momento seguido de um buzinar insistente.
- Vai pro inferno, mundiça! – esbravejei pela janela do Volvo e arranquei em sentido a empresa.
xxx
Chegando ao estacionamento da Propag, descemos do carro e caminhamos na direção do elevador executivo. Minha surpresa foi grande quando Bella segurou em minha mão. Olhei-a indagativo e ela deu de ombros.
- Manter as aparências. – ela disse simplesmente e entrou no elevador me encarando maliciosa enquanto eu a fitava incrédulo. Onde estava aquela Bella bobinha que eu conhecera a dois meses atrás? Será que algum dia ela existiu? – Vai demorar? Por que se for, eu espero sem problemas. – ela disse sarcástica e eu entrei no elevador apertando o botão do nosso andar.
- Sabe, o Emmett vai trazer uns papéis pra gente assinar hoje quando acabarmos de chegar no meu escritório. – informei como quem não quer nada.
- Ah, tudo bem. – ela disse simplesmente e começou a cantarolar uma música qualquer enquanto o elevador subia.
- Você é perigosa. – eu constatei enquanto observava a mulher deslumbrante ao meu lado que me sorriu com malicia.
- Você não sabe o quanto! – ela disse assim que as portas se abriram e ela novamente pegou em minha mão e saímos pelo corredor seguindo para minha sala.
Todos os funcionários nos olhavam deslumbrados como da primeira vez que atravessamos juntos outro corredor daquele mesmo andar. Mas agora a linda mulher ao meu lado me roubava toda a atenção, até mesmo as mulheres a olhavam com inveja sem nem reparar na cor da minha camisa.
- Falei pra você trocar de roupa! Olha só o que você ta fazendo! – eu resmunguei entredentes ao que ela sorriu, me piscando um olho.
- É essa a intenção. – depois dessa eu ia dizer mais o que?
Chegamos a minha sala e entrei enquanto Bella ficava em sua mesa habitual, já se apoderando de alguns papéis e começando seu expediente. Bella sempre foi boa no que fez, isso me fazia imaginar se...
Nem bem eu me acomodara em minha mesa ouvi leves batidas na porta.
- Pode entrar. – disse em voz alta e o rosto de Bella encarnada em minha secretária apareceu na porta.
- O Sr. Emmett McCarty já chegou, Sr. Cullen. – ela disse numa voz muito formal.
- Deixa de frescura e entra logo com ele, Bella, que o assunto é com nós dois. – eu disse e ela riu dando espaço para o enorme Emmett passar.
- O chefe ta nervoso hoje. – ela fingiu cochichar com ele. – Puxa bastante o saco senão ele te manda de volta pra pré-escola.
- Credo, não sou de ficar puxando saco de homem não. – ele resmungou e eles riram se sentando em frente a minha mesa. Engraçadinhos!
- E aí, cara, já fez os tais papéis que você me falou? – lancei como quem não queria nada.
- Sim, estão todos aqui. Se você quiser ler... – ele disse me estendendo uma pasta com alguns papeis e eu o interrompi como quem não tem tempo a perder.
- Não, Emmett, eu confio em você. – eu disse assinando os papéis nos lugares indicados, tentando a todo custo esconder meu nervosismo. Ela não podia pedir pra ler, não podia!
- Sua vez, doutora! – Emmett estendeu a caneta para Bella que olhou-o por um tempo que para mim pareceu uma verdadeira eternidade e sorriu marota, pegando a caneta e começando a assinar também. – O que vocês têm contra ler antes de assinar? – Emmett perguntou sarcástico e eu fuzilei-o com o olhar.
- Se meu Edward não vê necessidade em ler, não tem por que eu contestar, não é, amor? – ela disse com voz melosa levantando os olhos dos papéis e me dando uma piscadela maliciosa. Perdi alguma coisa?
- Bom, se é assim, meu trabalho está concluído por aqui! – Emmett se levantou e apertou minha mão e de Bella como se realmente fosse uma pessoa séria. Ah, vah! – Vou protocolar o documento e fazer o que precisa ser feito.
- É sobre a empresa esses documento que assinamos, Edward? – ela perguntou, uma ruga de preocupação entre seus olhos.
- Sim, sim, nada de mais, só burocracia sem sentido mesmo. – eu disse nervosamente, sorrindo amarelo.
- Ah, sim. – ela riu concordando.
- Então é isso. Já vou indo. – e Emmett saiu da sala acompanhado por Bella.
Fiquei um longo tempo sentado pensando no grande passo que acabara de tomar. Bella me dera plenos poderes sobre suas ações, agora eu poderia passá-las para meu nome e então não precisaria mais desse casamento de mentira. Mas por que eu não estava aliviado com isso? Só tinha certeza de uma coisa: sentiria falta de Bella.
O interfone de minha mesa tocou me acordando. Caralho, eu tinha dormido!
- Sim. – disse tentando disfarçar minha voz rouca pelo cochilo.
- Sua irmã na linha dois, Edward. – a voz macia de Bella disse pelo interfone. – Devo completar a chamada?
- Sim, por favor. – disse pigarreando. Quando ela soubesse...
- Edward? – a voz de Alice disparou antes mesmo de dizer um oi. – Você vai querer matar o Emmett!
- Por quê? Do que está falando? – que cogumelo Alice tinha fumado? Como ela me liga do nada me dizendo que eu terei desejos suicidas pelo meu melhor amigo?
- Ele acabou de me ligar e está muito... nervoso. Ele cometeu um erro em um documento que você pediu pra que ele redigisse e protocolasse. – ela começou e eu ia interrompê-la quando ela emendou. – Eu já to sabendo de tudo, Jasper me contou.
- Maldito língua preta! – resmunguei. – E o que o Emmett lhe disse?
- O erro foi o seguinte: você não tem plenos poderes sobre a herança de Bella. – ela disse pausadamente e eu pulei na cadeira.
- O que? – quase gritei.
- Isso mesmo que você ouviu. Parece que para conseguir isso, você tem que permanecer casado com ela durante um ano. – recostei-me na cadeira e gemi, fechando os olhos. Um ano???? Oh, meu paizinho!
- Como ele foi fazer uma burrada dessas? – sussurrei incrédulo.
- Bem, é o Emmett, né? Mas o caso agora é que ele ta apavorado com o que você vai fazer com ele, mas eu o tranqüilizei dizendo que não deixaria que você fizesse um nada com ele. Veja pelo lado bom: é só um ano!
Só um ano? Só um ano????? Não, era um ano inteiro ao lado da perdição em forma de gente, uma tentação que estava empenhada a me levar a loucura.
A questão era: conseguiria levar esse casamento fracassado por um ano inteiro?
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