Kristen Stewart e Garrett Hedlund dão entrevista para Vulture falando sobre On The Road e no que os seus personagem os influenciaram! Confira:
Kristen
Stewart e Garrett Hedlund estão
no meio de um jogo de Q & A. Eles estão sentados em um pátio em
Beverly Hills Four Seasons em uma manhã quente de novembro, olhando um para o
outro sobre uma mesa pequena, esperando o outro quebrar o silêncio primeiro e
responder a minha pergunta. O único movimento vem da fumaça do seu cigarro
e forma lentamente um meio sorriso em cada um de seus rostos.
Tudo
que fiz para provocar essa batalha de vontades foi perguntar “Qual de vocês é
mais parecido com o seu personagem em On the Road?” Na nova adaptação do filme clássico de Jack Kerouac
-penned (que vai
estrear hoje numa versão limitada), Hedlund faz
o papel do carismático e boêmio Dean Moriarty, eStewart está escalada como o espírito carnal
livre da namorada de Dean, Marylou. Nenhum ator quer se gabar que ele ou ela se
parece muito com um personagem literário icônico, então se torna óbvio para
ambos que uma roda de elogios mútuos é o único jeito de sair dessa pergunta.
Mas quem é corajoso suficiente para engolir isso tudo e ir primeiro? “Ele tem um monte de Dean nele”, Stewart finalmente diz.
“Ele tem
um monte de dente dele?”,
Hedlund responde, numa confusão simulada.
“Dean”,
ela insiste, já que ambos começam a rir. Não é difícil arrancar um sorriso de
Stewart e Hedlund, os personagens deles na tela sugiram o contrário. Ambos são
conhecidos por sua reta de trabalho, em papeis de franquias de
grandes - ela em Twilight, ele em Tron Legacy – e você pode ver o que os
atraiu para On the Road, um filme povoado não por programas de computador, mas
de carne e osso, pessoas, onde os personagens não são mortos-vivos, mas em vez
disso, estão realmente vivendo.
Na
verdade, Hedlund e Stewart são mais próximos de seus papéis do que eles
admitem. Como Neal Cassady, figura batida de quem Dean é baseado, Hedlund
cresceu no seu lugar de coração, passou a sua infância em uma fazenda tão
remota que você tem que voar para Fargo e dirigir durante três horas de
distância para encontrá-lo. Para ganhar o papel em On the Road, Hedlund
canalizou a vibe da novela e escreveu várias páginas profundas sobre sua própria
vida, oferecendo-lhes ao diretor Walter Salles depois de sua primeira audição,
pedindo, sinceramente, “Posso ler algo que eu escrevi? ” E funcionou.
Quanto
Stewart, “Você não seria atraído para um projeto se você teve que fingir”,
diz ela. Embora Marylou seja mais impetuosa e sexualmente assertiva do que os
outros papéis que ela já interpretou, Stewart afirma: “Eu não
sinto que eu estou saindo fora de mim mesma quando estou interpretando partes.
Mesmo se é realmente diferente de quem eu sou. Eu estou sempre em algum
lugar, lá no fundo..”
Não
é chocante ir de um trabalho com efeitos especiais e de sucesso de público como
“Snow White and the Huntsman” para algo mais íntimo e suado? Mais uma vez,
Stewart solta um meio sorriso; ela passou a maior parte de sua carreira
alternando filmes entre Twilight fazendo outros filmes indies como The Runaways
and Welcome to the Rileys. ”Eu não me importo em
fazer filmes grandes, porque você dá uma de cadela e reclama com os outros
atores sobre o que está impedindo você de ser capaz de realmente sentir isso”,
ela diz com uma risada auto-depreciativa. “Mas então, no final do dia, você pode estar em um quarto branco; A
coisa toda sobre ser ator é que você tem que ter uma imaginação.”
Uma
falta de inibição também ajuda. Em On the Road, Hedlund interpreta um
personagem completo de Beat Bravado, mas ele ainda pediu para fazer coisas que
poderiam fazer outros atores vacilarem, como mudar suas roupas, dançar com um
abandono selvagem em ininterrupta demora, ou simular sexo selvagem com Steve
Buscemi. Perguntei a ele sobre como é descobrir a liberdade para ir àqueles
lugares, e me surpreendi por Hedlund ter se atrevido a citar não um veterano
ícone literário como Kerouac, mas Ethan Hawake, cujo livro Ash Wednesday, diz
ele, causou um grande impacto na sua adolescência.
“A única
coisa na vida pela qual vale a pena aprender é a humildade”, cita Hedlund, que lembra vagamente
Hawke com seu cavanhaque marrom e com uma curva literária e séria. “Quebre o
ego, e então dance com a perfeita contradição da vida e da morte.” Sua explicação: “Ela
incentiva você a não andar com a cabeça para baixo e as mãos nos bolsos e ser
fechado para a vida, mas para ser aberto e imparcial e acessível a experimentar
um monte de viagens maravilhosas dentro desta nossa curta vida.”
Fez
aquelas proibições desaparecerem permanentemente depois das forçadas
cenas de sexo em On The Road? Stewart diz que sim e reconhece que, em
geral, ela é vista como uma pessoa fechada, mas que ela está trabalhando nisso. “É
engraçado: Ao colocar paredes em volta, você acha que está protegendo a si
mesmo, mas você começa a viver menos”, diz Stewart. “Se você
está se escondendo atrás de uma parede, então você não pode ver sobre ela. Você
se priva muito se você fica tentando ser consciente do que está colocando do
lado de fora, sabe?”
Ela
acrescenta: “Se você sente que alguém está derrubando essas paredes para baixo,
deixe-as. Essas são as pessoas que você precisa encontrar na vida, ao invés de
pessoas que te deixe confortável.”
Com
isso em mente, não é de admirar que Hedlund e Stewart querem acabar nossa
conversa, discutindo Just Kids, livro de Patti Smith sobre sua amizade
artisticamente enriquecedora e sua cultura de definição com o artista Robert
Mapplethorpe. “Isso teve um efeito muito semelhante em mim como a leitura de On the
Road fez quando eu tinha 15 anos”, diz Stewart, que atualmente está lendo
o romance pela uma segunda vez. “Eu tinha uma vontade séria de criar merda depois que eu li isso, de
sair e encontrar pessoas, e viajar.”
Quando
eu apresentei o boato recente que Smith é um fã de Stewart – propondo que
talvez um dia, ela pudesse se ver estreando em outra adaptação de um livro
boêmio – Stewart objeta e olha para Hedlund de novo. “Eu nunca
serei o tipo de pessoa como Patti Smith que tem essa compulsão de
estar constantemente criando,” ela ri, confessando, “Você se
sente diminuída de alguma forma [depois de ler]! Você fica tipo ‘Meu
Deus! Eu preciso me reconstituir! Eu preciso, na verdade, usar cada segundo!
Por que eu ainda estou sentada afinal?”
Post: Mel
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