Boa Noite Pervinhas! Que tal uma boa dose de música romântica nesta noite de domingo?
Hoje teremos Claude Debussy que esta na Trilha Sonora do Filme Crepúsculo com sua linda e maravilhosa música instrumental 'Claire de Lune' que toca na cena em que Bella conhece o quarto de Edward ~ todas suspiram ~ e eles fazem uma pequena dancinha romântica.
Com vocês o romantismo do gênio Claude Debussy!
Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918) foi um músico e compositor francês.
A música
inovadora de Debussy agiu como um fenômeno catalisador de diversos movimentos
musicais em outros países. Na França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na
juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de
Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prelúdio à Tarde de um Fauno, com que,
para Pierre Boulez,
começou a Música
moderna, até Jogos, toda a arte de
Debussy foi uma lição de inconformismo.
Por causa de
sua importância foi dado o nome de Debussy a uma cratera do planeta Mercúrio,
com mais de 80 km de diâmetro. A cratera foi formada possivelmente pela
colisão de um meteoro e é caracterizada por sulcos que, a partir dela, se
estendem por vários quilômetros, o que seria uma metáfora da influência do
músico.
Origem:
A
vocação musical do jovem foi descoberta por M.me Fauté de Fleurville, que o
preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873. Em 1884 recebe o grande prêmio de Roma de composição. Viaja para Moscou, com
M.me von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então
desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma
estada na Villa Médici,
em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contato com a vanguarda
artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé. No mesmo ano conhece
Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que
lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do
Oriente.
Que tal a cena do casamento Beward com Claire de Lune?
Vida:
A vida de Debussy corre sem grandes
acontecimentos, excetuando-se o escândalo doméstico do seu divórcio (deixa
Rosalie Texier para casar-se com Emma Bardac) e a estreia tumultuosa de Pelléas et
Mélisande, em 1902. Com raros aparecimentos públicos, seus
anos finais foram minados pela doença (cancro) e pelo desgosto das derrotas
francesas na I Guerra Mundial. Debussy morreu em Paris a 25 de março de 1918.
Obras:
À exceção de algumas peças mais
conhecidas, Debussy deixou obra pouco acessível, pelo caráter inovador. Para o
grande público seu nome está ligado aos sketches sinfônicos de La Mer (1905), ao terceiro movimento da Suite
bergamasque (1809-1905), Luar, aos noturnos para orquestra e algumas
peças dos Prelúdios para piano. É o Debussy impressionista, autor de uma música
vaga 'que se ouve com a cabeça reclinada nas mãos', segundo Cocteau.
Características
de sua composição:
Tais conceitos foram, depois,
reformulados. Mas, por algum tempo, Debussy foi vítima do equívoco de ser
considerado autor de uma música 'literária' e 'pictórica', por causa de suas
ligações com a poesia simbolista e com o Impressionismo nas artes plásticas.
Sua inovação foi, entretanto, de ordem musical, e é em termos musicais que a
sua obra passou depois a ser compreendida.
Impressionismo:
O impressionismo de Debussy residiria no caráter fluido e
vago, de seus sutis joguinhos harmônicos, em que a melodia parecia
dissolver-se. Mas essa fluidez era a aparência, como depois se viu. A melodia
não se dissolveu propriamente, mas libertou-se dos cânones tradicionais, das
repetições e das cadências rítmicas. Debussy não seguiu também as regras da
harmonia clássica: deu uma importância excepcional aos acordes isolados, aos
timbres, às pausas, ao contraste entre os registros. Trouxe uma nova concepção
de construção musical, que se acentuou na sua última fase. Por isso foi incompreendido.
O que não lhe desagradaria, pois ele mesmo propôs, certa vez, a criação de uma
'sociedade de esoterismo musical'.
Aqui nós temos a cena em que Bella conhece os Cullens completa com Claire de Lune na marca de 4:47 em HD:
Gêneros:
A obra de Debussy é bastante
diversificada, do ponto de vista dos gêneros e das formas que utilizou. Não se
pode dizer que tenha sido compositor essencialmente vocal ou instrumental,
sinfônico ou de câmara, pois todas as suas obras, em que pese a diversidade de
meios que utilizou, parecem transmitir a mesma mensagem. A abertura de um universo
sonoro inteiramente novo, em que a sugestão ocupou o lugar da construção
temática e definida. De modo geral, sua obra pode ser dividida em música para
orquestra, música de câmara e para instrumentos solos, música para piano,
canções e música coral, obras cênicas e música incidental.
Música
orquestral:
A música orquestral de Debussy é a que
corresponde melhor à sua imagem de impressionista. Em 1894, o "Prelúdio à
tarde de um fauno", baseado no poema de Mallarmé, causou estranheza pela
'ausência de melodia': Debussy lançou na verdade, a sugestão de um tema
melódico, sem desenvolvimento. Os Noturnos (1893-1899), O mar e Imagens para
orquestra (1909) pareciam confirmar a imagem do músico vago, cujas melodias não
tinham contornos definidos e cuja construção harmônica parecia desarticulada: o
tom poético dos títulos confirmaria a imagem de uma música 'literária'. Mas a
poesia estava na música, na liberdade melódica, na pesquisa dos timbres, numa
nova construção harmônica. O efeito disso era uma nova e estranha sonoridade.
Música
de camara:
A música de câmara e para instrumentos
solistas é uma seção reduzida na obra de Debussy. Em 1893 compõe o Quarteto
para cordas em sol menor, obra singular cuja construção difere essencialmente
do quarteto clássico beethoveniano. Também as três sonatas do seu período final
foram construídas segundo princípios inteiramente diversos da sonata clássica
vienense, mas por outros motivos. Foram compostas no período da guerra, e
Debussy, nacionalista intransigente, rejeitou os princípios da sonata clássica
vienense para recuperar a forma cíclica da sonata francesa. As três sonatas
(1915-1917), parte de um ciclo que ficou incompleto, para instrumentos
diversos, das quais a mais importante é a Sonata para
piano e violino, são obras
avançadas, com asperezas inéditas em sua música anterior. Entre as composições
para instrumento solo destaca-se, em estilo semelhante, Syrinx, para flauta
desacompanhada.
Música
para piano:
A música pianística é uma seção importante na obra de Debussy. São
conhecidas sobretudo as coleções Suite Bergamascque, Estampas
(1903), Imagens (1905-1907), Canto das crianças (1906-1908) e os Estudos (12) I
e II (1915). Da Suite Bergamascque aos Estudos a evolução é marcante: os
títulos poéticos desaparecem. Os títulos técnicos dos estudos (notas repetidas,
sonoridades opostas, escalas cromáticas, etc.) apenas revelam a consciência
técnica inovadora que se ocultava atrás de títulos poéticos como Jardins sob a
chuva, Sinos por entre as folhagens, A catedral submersa, YA., em outros
conjuntos (Estampas, Imagens, etc.).
No último período, não só a música pianística se torna mais abstrata
como também mais áspera na pesquisa de novos timbres. Finalmente, em Seis
Epígrafes Antigas e Em Branco e Negro, ambos de 1915,
Debussy retorna às fontes clássicas francesas, Couperin e Rameau.
Música
vocal:
Debussy começou a sua carreira compondo
música vocal, persistindo no gênero até os últimos anos de criatividade. O
acervo é grande, incluindo a musicalização de muitos poetas. Entre as coleções
mais célebres estão os Cinco poemas de Baudelaire (1887-1889), Arietas
esquecidas (1888), de Verlaine, as Canções de Bilitis (1897), de Pierre Louys,
e as Três baladas de François Villon (1913). A técnica melódica de Debussy
fundamenta-se na melodia dos próprios versos, mas, nas baladas de Villon,
nota-se a evolução para um severo despojamento.
Ópera
e bale:
Em 1902, a estreia da ópera Pelléas e
Mélisande, sobre texto de Maeterlinck, causou estranheza: era quase uma
antiópera, que se pretendia anti-Wagner na sua extrema contenção de texto
declamado. Nela Debussy voltou-se contra toda a tradição dramática, de Berlioz
a Wagner. Anos depois, em 1911, O martírio de São Sebastião é uma obra cênica
ainda mais insólita. Da mesma época é a música para balé Jogos (1912), obra de
surpreendentes inovações e de grande complexidade harmônica.
Post: Mel
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