04 julho 2012

BELLA PROBLEMA X EDWARD SOLUÇÃO - CAPÍTULO 22

Boa noite pervinhas!!! Como vão?!! Nossa meiga e doce (sintam a ironia) Bella foi sequestrada... E acho que esse resgate não terá nada de convencional.. Ótima leitura!!!
Autora: Lunah 
Classificação: Maiores de 16 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 22 - 2ª Fase: Capítulo 9 - Grupo de Resgate
Edward’s POV
Corri para dentro da casa no intuito de relatar a família o acontecimento e meu amigo me seguiu, igualmente tenso.

Quando encarei Carlisle, as palavras quase não saíram da minha boca. Todos ficaram chocados com as informações que eu lhes passava. Compreendia a histeria que tomou conta do recinto.
– Temos que ligar para a polícia agora. Isso tudo só pode ser um mal entendido! – Meu futuro sogro... espera, quis dizer padrasto, agarrou o telefone já discando os primeiros números.
– NÃO! – Jake tomou-lhe o aparelho, alterado.
Eu bem sabia que Jake tinha problemas com a polícia, mas não me pareceu esse o motivo de sua intervenção.
– Você está louco? Alguém precisa contatar as autoridades. – Jasper gesticulou.
– Confiem em mim, peço para me darem apenas algumas horas para resolver essa situação, pois eu sei que a culpa é minha. – Black estava falando sério.
– Como isso pode ser culpa sua? – Perguntou Rosalie.
– Eu acho que nesse momento só existe uma pessoa com interesse em prejudicar Bella e condições financeiras pra isso. – Ele me encarou e eu entendi na hora o que ele estava falando.
– SUSAN! – Murmuramos ao mesmo tempo.
– A garota que estava aos tapas com minha filha? – Questionou Carlisle e eu apenas confirmei com a cabeça. – Não interessa, vou chamar a polícia agora mesmo!
– Jake tem razão, não devemos chamar ninguém agora. Nesse tipo de rapto, eles sempre ameaçam a vida do refém, caso a família avise as autoridades. Não queremos correr esse risco, certo? Eu tenho quase certeza que foi mesmo a ruivona. Nós vamos atrás dela, se em 3 horas não conseguirmos nada, aí sim, ligamos pra polícia, consulado, o que você quiser. – Aquilo me pareceu a melhor solução.
– Edward, você tem certeza disso? Não sei o que fazer! – O meu sogro... ESPERA! DROGA!... o pai da Swan me encarou, cheio de dúvidas.
– Nós vamos trazê-la de volta, não se preocupe. – Falei, pondo uma mão em seu ombro.
– O que estamos esperando? Vamos atrás da gostosona! – Emmett empolgou-se.
– Liga para Susan agora Jake, fala pra ela acabar com essa loucura! – Pedi cheio de raiva.
Ele saiu para um canto da sala, já com o celular no ouvido.
Eu nem queria ouvi-lo discutir com a ruivona, só queria meu frango de volta. Carlisle também pegou o telefone e foi para o escritório, tristonho, provavelmente, estava planejando informar o lastimável acontecimento a amigos e parentes.
Os demais tagarelavam à minha volta, inventando mil e uma teorias para o seqüestro de Bella. Sentei-me no sofá, ignorando as vozes. Era perturbador saber que, provavelmente, Susan tinha raptado Swan, pois eu não sabia o que uma ex-namorada enfurecida era capaz de fazer. Estava surpreso com meus próprios sentimentos e atitudes. Imaginar que a pirralha estivesse sofrendo, era uma tortura. Alguns tempos atrás, eu mesmo seria o primeiro a pular de felicidade por terem levado-a, mas agora era diferente, eu temia por ela, a queria segura ao meu lado.
Fiquei, por minutos largado naquele sofá, sentindo-me impotente e perdido.
– É o seguinte, o celular de Susan está desligado e o telefone do apartamento não existe mais. Então me comuniquei com a recepção do prédio em que ela morava, disseram que se mudou hoje cedo. Pedi para Sam conseguir o endereço da casa dos pais dela. Liguei para várias pessoas e ninguém sabe da garota. – Meu amigo sentou-se ao meu lado, frustrado.
– Só isso? – Alice bateu o pé no chão. – Não podemos fazer nada? Vamos ficar aqui todos parados esperando que Sam retorne a ligação?
Bufei. A anãzinha tinha razão.
Foi aí que ouvimos a porta da frente ser aberta com violência, produzindo um barulho que me fez sobressaltar.
Arregalei os olhos, não crendo na criatura que acabara de adentrar a sala, esbaforido e agitado.
– NÃO CHAMEM O EXÉRCITO, EU CHEGUEI!
– QUEM CHAMOU O MARIUS? – Esbravejei, levantando-me irritado.
– Er... fui eu... achei que quanto mais gente procurando Bella, melhor. – Carlisle respondeu, tímido, saindo do escritório.
Passei a mão na cabeça, tentando manter a calma. Aquele momento não era o melhor para ter uma bichona nos enlouquecendo.
– Precisamos organizar um grupo de resgate! – Marius aproximou-se vagarosamente da minha orelha e berrou... – AGORAAAA! – Juro que quase lhe dei um soco.
– Fica fora disso! – Ordenei, irado.
Ele ignorou.
– Onde está meu bonequinho? – Perguntou a bichona.
Olhei para os lados e nem sinal do meu irmão. Poxa, ele estava próximo a mim. Onde será que aquela besta se meteu? Foi aí que ouvi o guinchar do porco e decidi seguir o barulho. Não demorei para encontrar Emmett abaixado, escondido atrás do sofá.
– Cara, o que você está fazendo aí com esse filhote? – Shhhh! – Ele pôs o dedo à frente da boca. – Me escondendo do Marius. – Sussurrou.
– ACHEI VOCÊ BONEQUINHO! – O viado jogou-se em cima do meu irmão, abraçando-o com vontade. – HU!... HOHOHOHOHOH! Que saudade!
– Sai de mim! Eca! – Resmungou meu mano, desvencilhando-se do lunático.
– Ele me ama... – Suspirou a bichona, dando um giro na ponta dos pés.
Aquela cena estranha foi interrompida pelo toque do celular de Jake.
Voltamos nossa atenção, apreensivos. Ele escutou mais do que falou ao telefone e eu quase morri de ansiedade. Após alguns segundos, finalmente se pronunciou.
– Sam conseguiu o endereço da casa dos pais de Susan, eu sei onde fica esse local. Vamos lá. Pode ser que ela esteja escondida na mansão. – O cara já caminhava em direção à porta.
– Espera! Vamos todos? – Perguntou minha mãe.
Olhei em volta e logo esquematizei um plano.
– Carlisle e Jasper vão ao prédio onde a ruivona morava. Alguém lá deve saber do paradeiro dela, um funcionário, vizinho... tentem. É necessário um plano B, caso não tenhamos nenhum sucesso indo à casa dos pais da louca.
– Vamos tentar subornar alguém por lá, em troca de qualquer informação. – Disse MEU FUTURO PADRASTO, determinado. (Agora eu acertei!)
– É uma boa idéia! – Confirmou Jasper.
– Eu e Jake vamos atrás da ex-namorada dele, o restante de vocês, fiquem aqui, caso Bella retorne. Quem sabe não acontece um milagre? – Afirmei tenso.
– Espera! Eu não vou ficar aqui, vou com vocês! – Emmett acariciou o Toicinho.
– Eu também vou. Nem morta que vou ficar aqui parada! – Alice pareceu-me decidida.
Revirei os olhos.
– Não! Vamos apenas eu e Jake! Eu ligo se tiver alguma novidade. – Tomei as chaves do carro que estavam em sua mão e marchei para fora da casa em direção ao Aston Martin.
Quando sentei-me no banco do motorista, percebi Black acomodar-se, ranzinza, no banco do passageiro. Provavelmente chateado por eu estar prestes a dirigir seu veículo. Não me importei, mas quando vi três criaturas sem nenhum juízo saltar para o banco de trás do conversível, quase berrei todos os palavrões que eu conhecia.
– Aonde vocês pensam que vão? – Perguntei bravo.
– Vamos todos cabeçudo, a gente vai ajudar! – Emmett sorriu.
– É isso aí, você está olhando para o grupo de resgate F.O.D.A! – Marius fez biquinho.
– Foda? – Meu amigo estava tão confuso quanto eu.
– É gente... eu explico... Força Operacional Destruidora em Ação. Pensaram bobagens hein, safadinhos? HU!... HOHOHOHOHOH. – O boiola gargalhou.
– Eu gostei. – Alice bateu palmas.
Eu só podia estar tendo um pesadelo daqueles. Quando achei que não podia piorar, vi que meu irmão bisonhento encobria algo com a jaqueta.
– O que você tem aí?
– Nada! – Ele ficou olhando pra cima, tentando disfarçar.
Nesse momento, o porco grunhiu.
– PELO AMOR DE DEUS, NÃO VAI LEVAR O SEU TOICINHO TAMBÉM! – Explodi, vendo que o filhote usava uma mini-boina do exército e uma camisetinha com estampa camuflada. Me perguntei onde o doido estava arranjando aquelas fantasias grotescas.
– Eu preciso cara, ele vai farejar a Bella, ele tem um faro incrível. Olha só, fareja o Edward, Toicinho! – O idiota colocou o animal perto do meu rosto e me segurei para não jogar aquela bola de gordura fedorenta para fora do carro.
– Gente, a Bella está em perigo! Vamos logo! – Alice tinha toda razão. – ACELERA, EDWARD! VAMOS AO RESGATE, GRUPO F.O.D.A!
FALA SÉRIO!
Dei a partida no carro e pisei no acelerador. Em alguns minutos chegamos ao endereço indicado por Sam.
Decidimos manter uma certa distância do local e deixar Jacob ir até a mansão sozinho, em uma tentativa de resolver o problema amigavelmente.
Ficamos em uma esquina escura, esperando impacientes.
Eu estava surpreso com a residência de Susan, a garota aparentava ter mesmo muito dinheiro, isso devia ter sido um dos motivos que levaram meu amigo estúpido a manter um relacionamento com a moça. Mesmo ao longe, eu podia avistar Jake ao pé de um enorme portão de ferro, discutindo no interfone com alguém. Seria a sua ex- namorada? Ele permaneceu lá por um tempo. Então, quando dois seguranças apareceram no portão, gesticulando para que ele se retirasse, o idiota voltou a nós, irritado.
– O que aconteceu? – Perguntou Alice, aflita.
Bufou, então respondeu:
– Quando cheguei lá, perguntei através do interfone a uma das empregadas se Susan estava. Ela disse que sim, falei que precisava entrar e conversar com ela. A empregada pediu para que eu esperasse que ia me anunciar, depois voltou com uma desculpa esfarrapada afirmando que tinha se enganado, que Susan não está em casa, que viajou. Tentei lhe explicar a situação, convencê-la de que sou o namorado da sua patroa. E não deu em nada, devido a minha insistência, enviaram dois seguranças, que agora estão de plantão naquele maldito portão.
– Alguém além de mim acha que a catiroba está lá dentro escondida? – Marius pôs as mãos na cintura.
– Vamos ter que dá um jeito de entrar lá! – Falei determinado.
– Eu tenho um plano! – Alice sorriu, maquiavélica.
Minutos depois...
Alice’s POV
Eu dirigia nervosa o carro de Jake até a entrada da mansão.
Estacionei o veículo e me preparei pra minha maravilhosa atuação. Saí do carro já com uma cara de enterro. Pela minha visão periférica percebi que minha presença havia chamado a atenção dos dois seguranças que conversavam dentro do jardim. Abri o capô do carro e comecei a chorar.
– QUE DROGA, QUE DROGA! E AGORA MEU DEUS? – Chutei o pára-choque. Meus gritos trouxeram os seguranças confusos até mim. Por sorte, os otários deixaram o portão entreaberto.
– Está tudo bem? – Perguntou o moreno barrigudo.
– Não, acho que a rebimboca da parafuseta pifou! – Eles trocaram olhares desconfiados. Avistei o F.O.D.A aproximar-se da casa sorrateiramente, enquanto os seguranças engomadinhos estavam de frente pra mim e de costas pra eles. Infelizmente, um deles percebeu que minha atenção estava voltada para outro lugar e tentou virar-se para checar. Quase enfartei.
– AAAAAAHHHHHHH, MINHA NOSSA! – Gritei e eles estagnaram, me achando muito estranha. Os rapazes do grupo de resgate jogaram-se no chão, atrás de uns arbustos ali próximo.
– O que a senhora tem? Não podemos ficar aqui fora, é melhor ir embora. – O loiro fez uma carranca.
– Moço, eu estou perdida, meu namorado me abandonou. Como eu sofro! Agora eu nem sei mais onde estou! Me ajuda, pelo amor de Deus, estou tão carente! – Me joguei nos braços do barrigudo com a minha melhor cara de pobre coitada.
Enquanto abraçava o homem, sinalizava com uma das mãos para que os malucos entrassem logo. Eles entenderam o recado e voltaram a andar em direção à mansão. O gordo percebeu meus movimentos de braço e tentou virar o rosto quase flagrando os rapazes. Impedi, pondo minhas duas mãos em seu rosto e beijando-lhe violentamente, mas cheia de nojo, mantendo um dos olhos abertos. O loiro caiu na gargalhada. Foi aí que o F.O.D.A aproveitou o meu sacrifício e correu para dentro do jardim.
– FANTÁSTICO! – Falei feliz, vendo que meu plano tinha dado certo.
– Obrigado! – Respondeu o gordinho, arrumando a gravata vaidoso, e eu ruborizei.
Edward’s POV
Fiquei contente por termos conseguido atravessar os portões. Agora tentávamos passar pelo jardim o mais discretamente possível. Fomos rastejando pelo gramado como soldados em uma guerra, com exceção do Pavão, que insistia em progredir de “quatro”! Como eu era o último da fila, podia visualizar a ordem dos integrantes: Jake era o primeiro, depois Marius, Emmet e eu. Meu irmão, já fulo da vida, fazia cara de assassino de filme de terror quando olhava para a frente, pois dava de cara com a bunda magra da bichona. Furioso, ele murmurou, com medo de ser ouvido:
– Marius, Marius! Seu boiolão, quer baixar essa droga de rabo?
– Desculpe, bonequinho, é a força do hábito. – Respondeu a bicha, risonha.
– Ei vocês! Façam silêncio aí atrás! – Jake teve que se esforçar pra que esse sermão fosse transmitido em cochichos.
Pulamos uma das janelas da mansão que estava aberta e, já dentro da casa, gesticulei para que fizessem silêncio. Meu amigo apontou para o andar superior e todos subimos as escadas. Chegamos a um longo corredor com várias portas.
Suspirei derrotado, já me perguntando se estávamos mesmo fazendo a coisa certa. De repente a ruivona saiu de um dos quartos e, ao nos avistar, assustou-se, trancando-se no cômodo. Corremos até lá e Black começou a bater na porta.
– Abre Susan, nós já sabemos de tudo. – Disse ele chateado.
– Vão embora, não quero falar com ninguém! – Respondeu.
– ANDA, SUA MALUCA! NÓS JÁ SABEMOS QUE FOI VOCÊ QUE RAPTOU BELLA! – Impaciente, bati violentamente na madeira.
– Não sei do que está falando. – A cretina fingiu-se de indiferente.
– E agora? – Perguntou Marius.
– Segura o Super Porco, eu vou arrombar esse muquifo! – O bisonhento empurrou o toicinho para as mãos do viadão e tomou distância, preparando-se para usar toda sua força.
– É o meu Macho Man! – A bichona empolgou-se.
– Susan, abre a porta ou vamos invadir! – Alertou Jacob.
– Madeiraaaaa! – Avisou Emmett, partindo com tudo em direção à porta.
Eu me afastei porque ia ser estrago, na certa.
– AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! – Gritou meu pobre irmão, quando atravessou a porta que a ruivona acabara de abrir. Corremos para dentro do cômodo e, assustados, vimos que o maluco não conseguiu parar a tempo e atravessou uma janela.
Meu coração quase parou. Logo pensei o pior, vendo apenas os estilhaços de vidro no chão.
Todos fomos até a janela na expectativa de ver um Emmett machucado no chão do jardim.
– Me salvem, me salvem! – Pediu o bisonheto, pendurado em um galho de árvore, próximo a janela. Sorri no mais puro alívio.
– Tirem ele dali. – Susan falou.
Jake e eu esticamos os braços o máximo e conseguimos puxar meu mano de volta para o quarto.
– Se você me der um susto desses novamente, eu juro que termino com você, bonequinho. – A bichona deu um tapa no rosto de Emmett, que só não o matou porque eu impedi.
A vaca ruiva, como diz Bella, começou a rir e só aí lembramos o motivo de estarmos ali.
– MÃOS PRO ALTO! – Gritou Marius, sacando uma pistola.
Arregalei os olhos. O que aquele lunático achava que estava fazendo?
A garota obedeceu, nervosa.
– Onde está Bella? – Perguntei.
– Eu não sei. – Respondeu ela, ainda com as mãos para cima.
– É lógico que sabe, você a seqüestrou. – Disse o bisonhento, pegando o Toicinho, que fuçava o chão.
– Chega Susan, chega, isso é loucura! Me diga onde está minha namorada. Não complique mais as coisas. – Black pegou-a pelos ombros.
– Sua namorada sou eu e não aquela horrorosa, não se esqueça disso. – Provocou, já não demonstrando medo.
– Aceite, droga! Não estamos mais juntos e raptar Bella não vai fazer com que eu volte pra você. – Ele rangeu os dentes, enquanto sua ex-namorada dava de ombros.
– Vocês podem discutir isso depois, eu quero saber onde esta a Swan! – Pedi irritado.
– Nem se eu soubesse, diria. – Ela me olhou cheia de rancor.
– Dá licença, dá licença... – Marius cortou caminho entre nós. Colocou a arma na cabeça da garota e eu temi que ele apertasse o gatilho, afinal, ele é um lunático. – Onde está a chapeuzinho masoquista? FALA, DESGRAÇADA!
– Vai se ferrar, sua bicha feia!
O Pavão colocou a mão no peito, horrorizado, já pondo a arma no cós da calça.
– É AGORA! EU VOU DESCER DO SALTO!
Para minha surpresa, o boiola deu um tapa tão grande na garota que a fez girar.
– Essa menina já apanha, hein? – Emmett sussurrou e eu ignorei.
– Chega né, seu doido? – Pedi, percebendo que estávamos novamente perdendo o foco.
– Não mesmo! Agora que eu comecei com a catiroba azeda. IIIÁÁÁ! – Ele fez uma posição de kung fu qualquer. – Vamos torturá-la até que diga o paradeiro da Bella.
Susan preparou-se para gritar, mas, antes, Jake tapou-lhe a boca. Rapidamente, ele, junto com Marius, seguraram os dois braços da garota, impedindo que ela fugisse.
A encarei furioso e ordenei a Emmett:
– Me passa o porco.
– Cuidado com o bichinho, hoje ele está sensível. – A anta me entregou o leitão.
– Vai falar onde Bella está ou vai querer beijar o suíno? – O peguei, aproximando-o do rosto da vaca ruiva. Ela arregalou os olhos.
– Já vai se dá bem, hein Toicinho? – O bisonhento sorriu para o animal.
– Eu não sei onde ela está, eu não sei onde ela está! – Respondeu, à beira da histeria.
Então, passei lentamente o focinho do bicho em seu pescoço. A ruiva começou logo a chorar, pedindo para que eu parasse, enojada.
– FALA AGORA, DESGRAÇA DOS INFERNOS! – Esbravejou Marius.
– Eu juro que não sei! – Soluçou.
Nesse momento, todos começamos a falar em coro:
– BEIJA O PORCO, BEIJA O PORCO, BEIJA O PORCO! – O Toicinho até roncou, feliz.
Fui aproximando lentamente a boca do animal da boca da torturada e todos continuavam a falar:
BEIJA O PORCO, BEIJA O PORCO, BEIJA O PORCO...
– TÁ BOM, EU CONFESSO! – Gritou a mulher, cedendo.
– Aahh Toicinho, não foi dessa vez. Mas saiba que você tem o maior jeitão com as mulheres. – Emmett consolou seu mascote.
– Fala logo. – Disse Jake.
– Eu não a seqüestrei, só contratei dois homens pra darem uma boa surra nela.
Eu, particularmente, fiquei apavorado. O menor pensamento que Bella poderia estar machucada era agonizante.
– Onde eles estão agora? – Perguntei.
– O endereço está no criado-mudo.
Meu irmão foi correndo pegar o tal endereço.
– Vamos logo, não podemos perder mais tempo! – Emmett já estava ao pé da porta.
– Eu volto depois para ter uma séria conversa com você. – Jake lançou um olhar furioso para a ex-namorada.
Já estávamos atravessando a porta, quando Marius sacou a pistola novamente e a apontou para o rosto da ruiva, zangado.
– Morra, catiroba. Morra! HU!... HOHOHOHOHO!
– NÃÃÃOOO! – Gritamos todos ao mesmo tempo, vendo-o puxar o gatilho.
Não acreditei quando vi que apenas um jato de água saiu da pistola.
CARA, QUE SUSTO!
– O que? É só brincadeirinha. Morre você também, gostoso. – O desgraçado descarregou a pistola de água na minha cara.
Nesse momento, Susan começou a gritar descontroladamente chamando os empregados. Imediatamente saímos correndo. Quando chegamos à sala, os empregados, ao nos verem, começaram a gritar também.
Nos sentimos acuados quando os dois seguranças apareceram na porta da frente, por onde pretendíamos escapar.
– Parados! – Ordenou um deles, apontando uma arma de fogo para nós.
Fechei os olhos e ergui as mãos. Pelos murmúrios, notei que meus companheiros faziam o mesmo.
– Chamem a polícia. – Algum funcionário pediu, assustado.
Não podíamos ser presos por invasão, não nesse momento.
Eu precisava desesperadamente encontrar meu frango.
Olhei à minha volta e notei que meu mano havia largado seu mascote no chão. Agora, o leitão estava próximo a mim. Em um súbito, peguei-o e o apontei em direção aos seguranças.
– SOLTEM AS ARMAS OU TODO MUNDO VAI PEGAR GRIPE SUÍNA! – Eu sei, um absurdo, mas eu precisava tentar.
Ergui o Toicinho no ar, ele me pareceu muito tranqüilo, até chacoalhou as patinhas. Já os seguranças ficaram amedrontados.
– Nós já estamos infectados! – Marius espirrou alto, apoiando meu argumento.
Os covardes largaram as armas. Então, meu irmão burro gritou:
– CORRE, PESSOAL!
E nós corremos. Após alguns metros, a bichona começou a berrar.
– PAREM! PAREM!
– O que é agora? – Perguntei tenso.
– Corremos mesmo o risco de pegar gripe suína? – Isso era hora da mulherzinha perguntar aquilo?
– O Toicinho é bem saudável, tá ligado? – Emmett pareceu ofendido.
Não acreditei quando ouvi o som de latidos. Me virei para verificar e, lá vinham os pastores alemães espumando pela boca. Os outros perceberam finalmente o risco que estávamos correndo.
– VAMOS MORRER! – Marius entrou em pânico. – SOCORROOO!
Eu acho que nunca corri tanto na minha vida. Os caras saíram desembestados em direção ao grande portão de ferro. Eu fui um dos primeiros a escalá-lo na tentativa de escapar da morte certa, porque aqueles cães pareciam ter saído do inferno. Jake e meu irmão me seguiram. Com muito esforço, conseguimos sair da mansão. Por último, ficou o pavão dentro do jardim. Ele conseguiu passar para o nosso lado, mas antes, quase foi mordido. Um dos cães chegou a rasgar um pedaço da sua calça de couro roxa em um local nada apropriado: na bunda.
Ele caiu aos meus pés, arfando e pálido. Os cães ainda latiam como loucos, mas já não nos podiam fazer mal algum.
– Rápido gente, vamos embora! – Alice estava agitada.
Revirei os olhos, não acreditando que estava pegando o boiolão no colo e enfiando-o dentro do Aston Martin. Com todos a salvo dentro do veículo, a anãzinha pisou no acelerador e, praticamente, voamos pelas ruas de Verona.
Cerca de 20 minutos depois, chegamos no endereço indicado pela ex-namorada psicopata do meu amigo. Saímos do carro e eu analisei o ambiente. Era o bairro mais barra pesada em que eu já tinha colocado os pés.
– Jake, tem certeza que é aqui mesmo? – Perguntei, constatando que estava havendo uma festa na residência.
Pessoas entravam e saíam e a música estava altíssima.
– É o que tem escrito aqui! – Respondeu seguro.
– E agora? – Emmett perguntou preocupado.
– Eu acho que é uma boa hora para chamar a polícia. – Alice realmente parecia amedrontada.
Talvez ela estivesse certa, nós não sabíamos que tipo de pessoas encontraríamos ali, mas eu simplesmente não conseguia esperar. Bella poderia está até morta naquele momento. Um calafrio percorreu minha espinha.
– Vamos entrar e checar a área, nos misturar com as pessoas. Por favor, tentem passar despercebidos. Afinal, a maldita Susan pode ter nos dado o endereço errado, então, não adianta chamar a polícia agora. – Falei, me armando de coragem.
– Vamos lá, F.O.D.A! – Emmett tentou nos motivar.
Nos encaramos por alguns segundos e todos adentramos a residência. Haviam muitas pessoas, bebendo, fumando, rindo. Fui driblando os convidados, enquanto analisava a casa, até que, ao chegar à um canto da sala, um tumulto me chamou a atenção. O nervosismo me atingiu. Eu não conseguia ver o que estava se passando, por causa da quantidade de curiosos que rodeavam o local.
– NÃÃÃOOOOOO! – Reconheci aquela voz imediatamente, era Bella. Empurrei todos, desesperado, e quando consegui uma melhor posição em meio àquele pandemônio, meu queixo caiu. Eu podia vê-la.
– Droga! – A pirralha chutou a caixa amplificadora. E o som produzido pela microfonia quase deixou todos surdos. – Deu certo, é agora! 1,2,3,4! – Pois não é que a garota começou a solar em uma guitarra velha.
Eu estava atônito, mas consegui gritar...
– BELLA!
Ela parou imediatamente de tocar.
– EDWARD! – Gargalhou. – Vem cá, eu vou tocar com a banda, você precisa ver. – Ela apontou pro baterista e pro baixista, e meus olhos arregalaram-se. Eu devia estar vendo coisas.
– HERMANO! – Gritaram os narcotraficantes sorridentes.
– O QUE? – Perguntei embasbacado.
– É, foram eles que me seqüestraram. – Swan me puxou para junto de si e eu nada conseguia dizer, de tão surpreso que estava.
– COMPADRES! COMPADRES! – Emmett quase atropelou a multidão para jogar-se nos braços de seus estranhos amigos.
(Continua...)

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