Autora: Lunah
Classificação: Maiores de 16 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 20 -2ª Fase: Capítulo 7 - Última Aula
Bella’s POV
A força que foi usada para me tirar do veículo foi tão grande, que meu corpo foi ao chão, me fazendo bater a cabeça.
– Sua oferecida! Pensa que vai ser fácil assim roubar o que é meu? – Fiquei extremamente surpresa em ver Susan me encarando, furiosa.
Esfreguei a cabeça e tentei me levantar, mas a maldita me empurrou para o chão novamente.
– Susan, o que acha que está fazendo? – Perguntou Jake, vindo preocupado ao meu encontro.
– Estou tirando essa feiosa dos braços do MEU NAMORADO! – Ela enfatizou bem o “meu namorado”. Fiquei paralisada no chão, na dúvida se Jake tinha falado sério quando me disse que havia encerrado o relacionamento.
– Nós não somos mais namorados, Susan! – Ele se alterou.
Edward’s POV
Emmett e eu saímos para o jardim, estávamos doloridos por conta das bolsadas que levamos. Queria relaxar e tomar uma cerveja. Era bom saber que nada mais de ruim poderia me acontecer aquela noite.
– Edward... – Falou meu irmão, com uma expressão confusa.
– O que foi?
– Por que a Bella está ali sentada no chão, enquanto Jake e a namorada discutem?
Olhei para a direção que meu irmão apontava e vi exatamente a cena que ele acabara de descrever. Imediatamente corri para a rua afim de saber o que estava acontecendo. Emmett veio comigo, já todo animado.
– Por que fez isso comigo, Jake? Por que? Nós tínhamos algo especial e você me troca por isso... – Susan indicou uma Swan embasbacada no chão. Aquelas palavras foram o suficiente para eu entender o que estava se passando. – OLHA PRA MIM E OLHA PRA ELA! ECA, A FEIOSA É RIDÍCULA, NÃO É METADE DA MULHER QUE EU SOU! SE TIVESSE ME TROCADO POR UMA MULHER MAIS BONITA, EU ATÉ ENTENDERIA, MAS ISSO CHEGA A SER PIADA.
– Pára de falar besteira, vamos embora agora! – Black segurou-a pelo braço, puxando-a para o carro, mas ela estagnou.
– Eu não vou a lugar algum, não até acabar com essa pirralha.
– Ei! Só quem chama ela de pirralha sou eu. – Reclamei chateado.
– CALA A BOCA, SEU ESTÚPIDO! VOCÊ A AJUDOU A ROUBAR MEU NAMORADO NOS CONVIDANDO PRA AQUELE BAILE IDIOTA! – A ruiva gritou enfurecida.
– Se ele te deixou, aceite, não vem descontar em mim, sua maluca! – Respondi, bravo por ter sido chamado de estúpido.
A palavra “maluca” deve ter despertado uma espécie de fúria feminina bizarra na ruiva, pois ela me deu um tremendo tapa na cara. Aquilo realmente doeu, a maçã do meu rosto pareceu queimar. Me contive, não ia bater nela, mas vontade não faltou.
Bella me encarou com um misto de incredulidade e ira.
– Edward...
– Sim?
– Aquele acordo de não falar palavrão e não bater nas pessoas ainda está valendo? Posso ser eu mesma agora?
– Nesse caso, vamos abrir uma exceção. Está liberada! – Respondi, satisfeito.
Ela levantou-se lentamente do chão, estalando o punho. Emmett abriu um largo sorriso. Assim como eu, ele sabia que ela ia descer o cacete, bem do jeitinho que gosta.
– SUA PIRANHA DE MERDA, COMEÇA A REZAR QUE TU VAI SUBIR! – Berrou meu frango encapetado, indo com tudo para cima de Susan, que levou um soco no meio da cara.
UI! FOI UM SOCO DOS GRANDES.
A garota tombou imediatamente. Bella agarrou-a pelos cabelos e começou a arrastá-la pelo asfalto. A ex-namorada do meu amigo berrava de dor e desespero.
– Parem com isso! – Ralhou Jake, puxando a Swan pela cintura.
Rapidamente passei um braço em volta do pescoço dele, o mantendo junto de mim para que não interferisse na briga. Black revirou-se, tentando se desvencilhar, mas o imobilizei usando toda minha força.
– FICOU MALUCO, CARA? ME SOLTA, TEMOS QUE SEPARÁ-LAS. ELAS VÃO SE MACHUCAR!
– Só quem vai se machucar é a sua vaca ruiva, como diz a Bella. Quem mandou ela provocar? – Ri das minhas próprias palavras. Parecia estranho estar fazendo aquilo, mas não queria acabar com a alegria do meu frango, afinal, ela adora bater.
Emmett’s POV
Ainda bem que o cabeçudo não deixou Jake separar as garotas.
Era divertido ver a filha do Carlisle socar várias vezes a ruivona gostosa. Observar duas garotas rolando no meio da rua era mesmo excitante.
– CHEGA EDWARD, ME SOLTA! – Gritou o Lobichona, lógico: Jake.
Eu nunca gostei do Black. Ele se acha muita coisa, o bonzão, o melhor amigo do meu irmão, etc... etc...
O título de melhor amigo é meu e ninguém tasca.
Ok, ok! Confesso, eu tenho ciúmes!
– RELAXA, CARA. VAMOS SÓ ASSISTIR! – Edward provocou divertido.
– ELA É MINHA NAMORADA, NÃO VOU FICAR SÓ ASSISTINDO! – Foi aí que o Lobichona reagiu, pisou no pé do meu mano, e deu uma cotovelada no seu rosto.
O cabeçudo caiu pra trás, fazendo uma expressão engraçada de dor. Ficou vermelho de raiva, seu olho esquerdo tremeu e trincou os dentes. Eu soube na hora que Jake estava ferrado.
Edward jogou-se em cima do Black e os dois tombaram no asfalto.
Meu irmão meteu o punho com força na cara dele, pude até ouvir o estalo. Poucas vezes o vi tão zangado e me perguntei o que teria despertado o Jean Cloud Van Damme adormecido dentro dele. Dei de ombros,isso não importava, afinal, ERA BRIGA!
Agora eram duas brigas acontecendo à minha volta. Pulei contente.
Era bom demais pra ser verdade, melhor que assistir luta livre na TV.
Observei Susan jogar areia nos olhos da Bella, que caiu, esfregando o rosto. Então, ela aproveitou para bater nela.
Cara, que golpe baixo!
Felizmente, a Samara reagiu igualzinho em “O Chamado”, plantou o terror.
Jake deu uma chave de braço em Edward que, para minha surpresa, conseguiu sair dela e lhe socou o estômago.
Fiquei saltitando em volta deles, quase explodindo de alegria. O Lobichona estava apanhando. YAHOOOOOO! Eu queria era ter soltado fogos.
– DÁ NELE, EDWARD BALBOA! – Gritei pra incentivar. Então comecei a cantar a musiquinha do filme “Rocky”, só pra sacanear.
it's the thrill of the fight (É a emoção da luta que cresce)
Risin' up to the challenge of our rival (Junto com o desafio do nosso rival)
And the last known survivor stalks his pray in the night (E o último sobrevivente conhecido persegue sua presa na noite)
And he's watchin' us all in the eye of the Tiger (E sua sorte deve ser sempre o olho do tigre)
Eu precisava narrar aquela luta, podia ser minha única chance na vida.
– DO MEU LADO DIREITO, A LUTADORA BELLA-SAMARA... – Apontei para ela, que acabara de montar em cima do corpo da gostosona. Resolvi continuar. – Ela é da categoria peso extremamente leve, tem uns 10 quilos de ossos e muita cara de pau, campeã mundial da pentelhação. Sua adversária é SUSAN-RUIVONA. É da categoria peso médio, tem uns 60 kilos de puro chifre e muita gostosura, líder internacional das cornas. – Me acabei de rir sozinho. – AGORA DO MEU LADO, ESQUERDO... – Procurei por Edward e Jacob, nem sinal deles. Só quando ouvi o alarme do carro do Black soar foi que olhei para trás e percebi que o Zé Ruela acabara de jogar o Lobichona contra o próprio carro. – CONTINUANDO, DO MEU LADO ESQUERDO, O LUTADOR EDZINHU BALBOA... – Esse era um novo apelido que, com certeza, eu não iria esquecer. – Ele é da categoria peso pesado, tem uns 200 quilos só de cabeça. Campeão mundial de arremesso de ex-amigo. Seu adversário é JAKE-LOBICHONA. É da categoria peso pesado, tem uns 300 quilos de muita sorte, tem duas mulheres se matando por causa dele aqui. Campeão mundial de uivo e habilidoso adestrador de pulgas para circo.– Gargalhei alto, já fazendo minha dancinha da vitória. Coloquei as mãos nos joelhos e balancei o popozão.
Nesse momento vi toda a galera vir correndo ao nosso encontro. Provavelmente os gritos de “socorro” da ruivona e o som do alarme os fizeram perceber a zorra que estava acontecendo fora de casa.
ACABOU MINHA DIVERSÃO! DROGA! QUE POVO ESTRAGA PRAZER!
Logo Carlisle e Jasper separaram o Balboa e o Lobichona. Já Alice e Rose, impediram a Samara de enfiar a cabeça da gostosona no asfalto.
20 Minutos depois, Bella e Edward estavam sentados no sofá da sala, ouvindo o comedor de mães, Carlisle, passar o maior sermão.
Ri baixinho quando minha mãe colocou bife nos olhos deles, que estavam realmente ficando pretos.
Nem prestei atenção no que meu futuro padrasto falava, era um monte de baboseiras como “vocês não são crianças, brigar não leva a lugar algum”, toda aquela chatice. Eu acho que brigar sempre resolve, sentar pra conversar é coisa de bichona. Falando em bichona, lembrei do Marius, ECA! Eu ia ter pesadelos mais tarde, tinha certeza, depois de ver a velhinha zumbi ressuscitar. Nem fodendo que eu ia dormir sozinho! Mamãe e o comedor de mães vão tem que agüentar essa noite.
Bella’s POV
Uma tempestade de proporções bíblicas caía sobre a Itália.
Tentava, a todo custo, dormir e sonhar com o beijo que deveria ter acontecido entre mim e meu lobo, mas os trovões e relâmpagos tiravam a minha paz. A única coisa no mundo que me causava pavor, além, claro, de ver Carlisle casar com Esme, era trovões.
Sempre tive medo deles, desde pequena. Um medo inexplicável e incompreensível, não tinha terapia que desse jeito naquilo. O som ensurdecedor de um trovão me fez saltar da cama.
Minhas pernas tremiam, quando cheguei à cozinha escura para beber um pouco de água, na tentativa de me acalmar. Eu só conseguia pensar em uma coisa: filmes de terror! Já reparou que nos filmes sempre tem uma tempestade com trovões altíssimos e os flashs produzidos pelos relâmpagos sempre iluminam a aparição fantasmagórica ou a silhueta do assassino? Pois eu achava que iria ver algo do tipo a qualquer momento. Tentei acender a luz da cozinha, mas não achava o interruptor em meio a histeria em que me encontrava. Me aproximei da mesa para me apoiar nela, pois minhas pernas não estavam dando conta do meu peso. Olhei para uma faca que estava jogada lá em cima e me perguntei se aquilo era uma pegadinha. Tinha mesmo que ter uma faca próximo a mim em uma noite horripilante?
– Bella?
– AAAAAAAAAHHHHHHHHH! – Gritei histérica, segurando a faca. Um relâmpago iluminou parcialmente o rosto do Edward e eu constatei que estava mesmo em um filme de terror.
Ele acendeu a luz e pude respirar ao verificar que não tinha me molhado toda, ou pior.
– O que você está fazendo? – Perguntou ele, com a maior cara de tapado.
Olhei para a faca e em seguida, para ele.
– Ah, entendi. Estava planejando me assassinar essa noite? Desculpe estragar seus planos.
Bufei e soltei a faca na mesa.
– Eu só vim beber água. – Respondi, tentando não demonstrar minha covardia.
– Eu também. – Ele foi até a geladeira e encheu um copo com água.
De repente, um trovão rasgou o céu, fazendo com que eu me perguntasse se Deus estaria zangado.
Instintivamente, me joguei em baixo da mesa tremendo mais que uma britadeira.
Me deu raiva ouvir o imbecil do Edward rir com vontade.
– A valentona está com medo de trovões?
– Não! – Esbravejei.
Outro trovão explodiu nos céus, me fazendo sobressaltar e bater com a cabeça na mesa. Foi uma dor filha da mãe. Ainda assim não iria sair dali.
– Vai dormir, pirralha! – O Cullen apagou a luz, já saindo da cozinha.
– ACENDE A LUZ! – Berrei e a anta gargalhou.
QUE ÓDIO!
– Porque você não vai dormir? – Perguntou sarcástico.
– Porque eu não quero! – Não queria dar o braço a torcer.
– Vem! – Ele me puxou para fora do meu esconderijo. – Estou vendo que você está com medo de dormir sozinha. Você é mesmo uma criança.
COMO ELE SABIA? OK, FOI UMA PERGUNTA IDIOTA!
– Você dorme comigo essa noite! – Edward me arrastou até a sala.
– Por nada desse mundo! Sua cara é mais assustadora que os trovões!
– Mesmo? – Perguntou, erguendo uma sobrancelha.
Uma merda de trovão me assustou. Como uma louca, me agarrei ao otário. Quando percebi minha sandice, o larguei nervosa.
QUE DROGA! PORQUE EU TENHO TENDÊNCIA A FAZER ISSO?
O débil mental divertia-se.
– Anda Bella, vamos logo dormir, deixa de ser chata!
– Eu vou dormir com Alice. – Afirmei orgulhosa.
– Acho que ouvi Jazz me dizer que ela iria dormir com ele essa noite.
– Então vou para quarto do meu pai.
– Acredite, Emmett já está lá.
Fiz careta, não querendo imaginar a cena.
– Porque não tenta a Rosalie? – Perguntou ele, curioso.
– Ela bateria a porta na minha cara, ela já fez isso antes.
– E o gostosão do Edward? – O anormal fez piadinha e só ele achou graça. – Vamos logo para o quarto, medrosa.
Um trovão alto decidiu por mim. Subi as escadas correndo, enquanto o Cullen ria de mim.
Quando adentrei o cômodo, me arrependi instantaneamente de ter concordado com a idéia absurda dele. Era melhor dormir embaixo da mesa segurando a faca. Ele trancou a porta e eu não acreditei quando tirou a camisa, ficando apenas com uma calça de moletom preta.
– Isso é mesmo necessário? – Tentei não transparecer constrangimento.
– Está calor. – Afirmou sorrindo torto. E como eu odiava aquele sorriso!
– Como pode estar calor? Está chovendo canivete! – Retruquei, apontando para a janela, onde o vento forte a fazia chacoalhar, mesmo fechada.
– Acredite em mim. Está calor. – Risonho, jogou-se na cama.
Pus as mãos na cintura, o fitando ameaçadora.
– Bella... – Ele alisou o colchão. – Vem deitar! – Deu dois tapinhas na cama.
FALA SÉRIO! QUE PIADA SEM GRAÇA!
Puxei o edredom, peguei um travesseiro e os joguei no chão, ao lado da cama.
– Você vai dormir ali! – Apontei.
– Que é isso? Não sou cachorro! – Carrancudo, cruzou os braços.
– Edward, vai dormir no chão!
– Nem morto! – Ele deitou-se, agarrando um travesseiro. – Vai para o chão você!
Bufei com ódio.
– Você que teve a idéia, então vai ter que me ceder a cama. – O imbecil rinchou.
– Vamos dividi-la, não tem problema algum.
Revirei os olhos e me deitei no chão, disposta a dormir ali mesmo.
– Se é assim que você quer... – Ele apagou a luz do abajur e tudo ficou completamente e sinistramente escuro.
Engoli seco, ouvindo a tempestade rugir na noite. Foi aí que um trovão ecoou mais alto do que qualquer coisa que já ouvi na vida.
Em um súbito, me joguei na cama, agarrando Edward, enquanto tremia incontrolavelmente. Ele ligou o abajur só para me olhar, surpreso. Desconcertada me dei conta do que fiz. O larguei, querendo enfiar minha cabeça em um buraco. Amaldiçoei a mim mesma por estar sendo tão covarde. De mansinho, fui saindo da cama para voltar ao chão.
– Tem certeza que quer fazer isso? Vai ter mais trovões, não quer ficar logo?
Tentei pensar nas minhas alternativas, mas o medo ridículo que eu sentia limitava meus pensamentos. Calada, deitei-me no cantinho da cama, quase caindo.
Ele rosnou impaciente e me puxou para o meio da cama. Isso nos fez ficar quase colados. Quanto o vi erguer a mão para desligar o abajur, tive vontade de gritar.
– Deixa ligado. – Pedi em um fio de voz. O filho da mãe riu das minhas fraquezas.
– Tudo bem.
Outro trovão rompeu o silêncio da noite me fazendo sobressaltar. Puxei o edredom e me cobri inteira até a cabeça. Meu coração parecia que ia sair pela boca. O som horripilante ecoou por mais alguns segundos.
– Bella...
– O que é? – Perguntei, ainda escondida embaixo do cobertor.
– O que estava acontecendo dentro do carro para Susan ficar tão irritada? – A voz dele estava serena e ao mesmo tempo curiosa.
Só a pronúncia do nome da vaca ruiva já me enfurecia, jamais iria esquecer que ela atrapalhou o melhor momento da minha vida. Ao menos o que era para ter sido o melhor momento. O beijo com o Black. Tentei afastar os pensamentos frustrados da minha mente e me restringi respondendo a pergunta de Edward.
– Ele me pediu em namoro.
– É, isso eu percebi quando ele te chamou de namorada. Estou perguntando se vocês se beijaram.
O que eu deveria responder? Pensei por poucos segundos e resolvi responder o que pretendia considerar a versão oficial daquele acontecimento, só para não dar o gostinho a vaca ruiva de estragar a minha felicidade.
– Sim, nos beijamos! – Manteria aquela resposta para sempre, mesmo que não fosse verdade. Eu não deixaria aquele momento me ser roubado, depois eu e meu lobo tornaríamos a minha versão mais real.
Coloquei a cabeça para fora do cobertor verificando se o otário estava rindo da minha cara. Fiquei surpresa ao vê-lo sério, encarando o teto.
– Que foi? Eu não fui fácil! Fiz tudo direito, do jeito que você ensinou, não vai se gabar de ter cumprido sua parte do acordo? – Fiquei mesmo curiosa, o que será que estava passando pela cabeça daquele anormal?
– Pois é, você conseguiu! Nós conseguimos, afinal. – Falou ele, com um certo descaso.
– Sim, eu sou demais. – Sorri, olhando também para o teto. – Consegui fisgar Jacob Black.
Ficamos em silêncio por cerca de 10 segundos. Me dei o luxo de absorver a idéia de que tinha alcançado meu objetivo.
– Preparada para a última aula? – Perguntou ele, deitando-se de lado. Fiz o mesmo, confusa.
– Que última aula?
– Ela se resumiria em partes de mim dentro de você, mas não virei suicida ainda. Não quero que me cace com aquela faca. Então, vamos fazer algo mais simples. – Sorriu.
Precisei de um tempo para entender aquelas palavras. Quando entendi, meus olhos arregalaram-se e gaguejei. Infelizmente, isso despertou mais risadinhas sarcásticas no idiota.
– Antes que você comece com o escândalo, vou esclarecer uma coisa. Jake é um homem, não um moleque. Como namorado, ele vai querer algumas coisas que você, provavelmente, nem sabe o que é. Bem, é aí que eu entro... literalmente. – Ele riu da própria piada, e eu me preparei para descer o braço nele.
Edward prevendo minha reação. Abruptamente, se pôs em cima de mim, imobilizando meus braços.
– Meu namorado bateu demais na sua cabeça, é isso? Ficou maluco, EDZINHU? – Esbravejei incrédula.
– Calma pirralha, não vou fazer nada, até porque percebi agora que você é muito criança para isso. Susan tem razão, você não é metade da mulher que ela é, não adianta eu tentar ensiná-la, eu não faço milagres.
– O que? – Questionei, enquanto ele soltava-me e voltava a deitar ao meu lado. – Eu sou mais mulher que aquela nojenta, sou muito melhor! – Sentei-me, irritada. Quase explodi em ira quando vi o anormal virar-se, me dando as costas, totalmente indiferente.
– Tá certo Bella, me deixa dormir. – Balbuciou em meio a um bocejo.
Como ele podia achar que Susan era melhor que eu? Certo que eu não tinha nenhuma experiência sexual e que Jake devia ter dormido com muitas mulheres e quando ele fosse me comparar a elas, iria... meu raciocínio parou aí, eu havia até esquecido o que estava tentando formular antes.
Oh Meu Deus! Jake vai odiar ficar comigo!
Edward tinha razão, eu não sabia de nada. E agora? E se meu lobo começar a achar também que não sou metade da mulher que Susan é?
Fiquei simplesmente apavorada, atônita, perdida. Passei a mão na testa, enxugando um filete de suor que escorria, devido ao meu nervosismo. Eu precisava realmente da última aula, precisava ter a mínima noção do que fazer quando chegasse meu momento com meu namorado.
– Edward... – Murmurei em um fio de voz.
– Hum? – Perguntou, sem nem olhar para trás.
– Tudo bem, vamos ter a última aula.
– Eu não quero mais.
Meu queixo caiu. Como não queria? Mais essa agora, vou ter que insistir?
– Por quê? – Perguntei impaciente.
– Porque não quero tocar em você.
Revirei os olhos.
– Vamos lá Edward... eu realmente preciso. – Já estava sendo difícil admitir aquilo para mim mesma, em voz alta era quase uma tortura. – Anda, só um pouquinho, prometo que não vou te bater.
– Você perdeu sua chance pirralha, agora me deixa em paz. Já falei que não vou te tocar.
Esfreguei o rosto chateada. Por que ele estava tornado aquilo tão difícil? Era estranho querer tanto aquela aula pervertida, mas eu sabia que ele era a pessoa certa para me ensinar, pois nenhuma dica do Cullen tinha falhado até aquele momento.
– Me toca! – Pedi por fim, me segurando ao resto de paciência que ainda possuía.
– Não! – Murmurou, sem dar a mínima pra mim.
– Vai Edward, eu estou pedindo, droga! Me toca agora! – O cutuquei apreensiva.
– OK! – Ele sentou-se de frente para mim tão rápido, que me assustou. – Já que você está pedindo com tanto jeitinho, eu toco. – Ele sorriu tão descarado que me senti uma anta por ter implorado por aquilo. – O que você sabe sobre sexo?
– Ah... que uma cegonha bonitinha trás os bebês?
Ele arregalou os olhos.
– Calma, eu estou brincando! – Falei, antes que ele surtasse.
– Você realmente me assustou com essa história da cegonha. – Bagunçou os próprios cabelos.
– Eu sei o que todo mundo sabe, né? Só não sei como agir quando chegar o momento de... de... – Estava procurando uma palavra qualquer para definir aquilo.
– Ta certo, relaxa! – Ele levantou-se e foi em direção ao seu aparelho de som.
– O que está fazendo? – Perguntei curiosa.
– Eu disse para relaxar. Fica caladinha.
O Cullen colocou um CD com uma música agradável e voltou para a cama, sentando-se, de frente para mim.
– Quando te beijei aquele dia no pescoço, você reagiu meio engraçado. Eu percebi que você não conhece seu próprio corpo. Acho difícil você saber o significado da palavra prazer. – Me senti corar, engoli seco e fitá-lo se tornou extremamente difícil. Porém ele parecia muito calmo, nada constrangido, como se estivesse me explicando como se joga ping-pong. Quando o otário ajoelhou-se e me puxou para junto de si, eu achei que sairia correndo, mas ao invés disso estremeci ao toque de suas mãos. – Não se preocupe, eu vou apenas ajudá-la a fazer algumas descobertas. Se você quiser desistir em qualquer momento, é só falar, mas por favor, nada de agressão física. Entendido?
Balancei a cabeça sinalizando um “sim”, desviei o olhar, encarando a cama abaixo de nós. Quando senti a ponta dos dedos dele na minha cintura, me perguntei onde estaria o meu juízo.
Edward foi puxando lentamente a blusa do meu pijama para cima. O nervosismo me atingiu, me paralisando e isso o impediu de continuar, já que não levantei os braços para ajudá-lo a me despir. Ele aproximou-se ainda mais e pude sentir sua respiração quente e uniforme junto a minha orelha.
– Não tenha medo. – Sussurrou rouco.
Por alguma razão, aquela frase destravou algo dentro de mim, fazendo meu corpo reagir e o nervosismo chegar a um nível tolerável. Fechei os olhos quando ele começou a beijar minha orelha, lambendo-a e mordiscando-a de um jeito que me causava arrepios. Sua boca escorregou para o meu pescoço onde depositou beijos calmos e tranqüilizadores. Aquilo me encheu de uma estranha confiança no Cullen. Em resposta, meus braços ergueram-se, então ele pode puxar gentilmente minha blusa para cima, tirando-a.
Me abraçou carinhosamente, nossas peles tocaram-se. Foi agradável sentir as mãos dele acariciando minhas costas, aumentando meus arrepios. Fiquei na expectativa quando Edward alcançou e fecho do meu sutiã branco e, simples, com grande habilidade, logo o abriu. Minha respiração ficou suspensa no momento em que ele afastou-se, puxando as alças consigo. Elas deslizaram pelos meus braços e a peça caiu sobe a cama.
Edward suspirou ao ver meus seios, ficou parado por alguns segundos analisando-me. Imaginei que morreria de vergonha nessa hora, mas eu só conseguia encará-lo, mal estava prestando atenção em mim mesma. Foi incrivelmente fácil admitir para mim o quanto ele estava lindo, boca entreaberta, olhos semi-cerrados brilhando em um intensidade diferente, ofegante.
Foi aí que ele tocou um dos meus seios. Uma descarga elétrica passou por mim, me causando ondas de prazer. No início, sua caricia foi tímida, receosa, mas logo tornou-se intensa e ousada.
Seus dedos brincavam com meu mamilo, o deixando extremamente eriçado. Me contive severamente, aquela carícia era enlouquecedora.
Ele me deitou na cama, me olhando de um jeito que nunca ninguém me olhou antes. Ainda não sabia definir que tipo de olhar era aquele. Outra vez, beijou meu pescoço, agora mais ousado, mordendo-o levemente, lambendo, enquanto acariciava meus seios. Meu corpo estava reagindo de formas que nunca imaginei.
Me sentia queimar em um desejo quase que incontrolável. Os lábios e as mãos do Cullen estavam agravando meu estado como um doce vinho sendo jogado em labaredas vorazes. As sensações desconhecidas me embriagavam.
Edward’s POV
Eu estava louco para beijar Bella, queria sentir seus lábios macios, sua língua quente. Mas me contive, os lábios haviam sido de Jake, eu não os provaria naquela noite. Iria ocupar minha boca com outras partes do corpo da Swan, partes que eu teria a agradável honra de saborear antes dele. Beijei, deliciando-me, a jugular da pirralha, o doce cheiro que exalava de sua pele inebriava-me, fazendo com que eu ficasse ainda mais excitado, se é que isso era possível, pois sentir os seios perfeitos de mamilos rosados em minhas mãos me causava euforia e espasmos contínuos de prazer.
Já não me agüentando, puxei, suavemente, a calça do pijama dela. Não queria assustá-la, nem deixá-la insegura, almejava apenas sua confiança, sua entrega total em minhas mãos. Quando consegui jogar para longe a calça, me afastei para admirá-la.
NOSSA! Será que eu estive todo esse tempo cego? Como não percebia a beleza extraordinária daquela pirralha? Ela era um mulher estonteante, rosto de linhas delicadas, seios de tamanho perfeito e tentadores, coxas roliças, curvas que mais pareciam miragem aos meus olhos. Foi preciso usar todo o meu alto controle para não avançar em cima dela e saciar todos os meus desejos mais ferozes e impuros. Quanto mais eu tentava me controlar para não demonstrar o quanto meu corpo reagia ao dela, mais eu pulsava, mostrando justamente o contrário.
Não suportando, delirando de vontade, puxei a calcinha de Bella, mesmo sabendo que resistir a ela depois daquilo chegaria a me causar dor física. Assim como eu imaginei, me conter foi doloroso ao extremo. A garota completamente nua me deixou deslumbrado, precisava tirar os meus olhos dela antes que eu cometesse uma loucura ainda maior do que já estava cometendo.
Arriscando ser impedido por ela, decidi beijar-lhe os seios. Poderia ser minha única chance e eu não iria desperdiçá-la me perguntando se era certo ou errado. No início, os beijei com cautela e ela suspirou alto, isso me incentivou a, finalmente, saciar-me, fazendo perder-me no sabor de sua pele quente e sedosa. Nunca havia sentido tanto prazer na minha vida, e o mais absurdo era que ela nem precisou me tocar para isso. Eu devia estar perdendo a sanidade, já que estava mesmo louco, apertei a coxa dela, mostrando-lhe o quanto eu a queria. Pude senti-la estremecer e cortar a respiração, isso me encheu de vaidade. Confiante, derrapei a mão para a parte interior da sua coxa, revirei os olhos perdendo-me em luxuria, quando ela finalmente gemeu baixinho. Fiquei surpreso por, ela não perceber o barulho dos trovões que ecoavam constantemente pelo quarto. Bella estaria curada de sua fobia? O motivo era eu ou as novas sensações que eu estava lhe proporcionando? Não importava. Afinal, ela estava ali, embaixo do meu corpo, entregue a mim como jamais esteve entregue a ninguém, era o que importava para mim.
Parei de beijar seu busto para encará-la. Seus olhos estavam fechados apreciando minhas habilidosas caricias, ruborizada mordia os lábios. A desejei de forma indecente. Como eu queria fazer mil coisas com ela. Não liguei paro o fato de Jake tê-la como namorada, aquela noite de tempestade, ela era apenas minha e eu degustaria meu frango com prazer. Sorri mentalmente ao perceber que o meu ex-amigo estava sendo corno logo no seu primeiro dia de namoro.
Suspirei cheio de tesão por Bella, finalmente, toquei seu lugar de beleza extrema. Ela gemeu e eu também, ambos ao mesmo tempo. Percebi que nós dois queríamos muito aquilo. Estimulei-a como nunca fiz em nenhuma outra mulher, com carinho, dedicação, paciência. Em troca, fui recompensado com gemidos que quase me fizeram chegar ao ápice do prazer. Não demorou para que eu fizesse a minha pirralha ter o primeiro orgasmo de sua vida. Ela contorcia-se, arfava, gemia, e eu quase explodi de felicidade. Agora eu sabia, eu queria aquela garota problemática para mim. Eu ainda não sabia o tamanho do meu sentimento por ela, só sabia que a queria com todas as minhas forças. Ela mexera comigo, me deixava louco de raiva e ao mesmo tempo delirando de paixão. As confusões que partilhamos não eram nada diante das confusões dentro do meu peito. Minha vontade era tê-la todas as noites, trêmula, ofegante, dependente assim como eu estava naquele momento. Se ela era um problema, eu não me importaria em ser a solução.
Bella’s POV
Abri meus olhos sonolenta, estava cansada, queria dormir por horas, mas eu tinha muita coisa para fazer, tratar do jantar em que Jake seria apresentado formalmente. Rolei na cama e meu corpo chocou-se com outro, mas não era um corpo qualquer, era o corpo de Edward Cullen.
Rapidamente as lembranças da madrugada vieram à minha mente, cada mínimo detalhe desconcertante. Sentei-me rapidamente, enquanto ele continuava a dormir de bruços. Quis gritar, mas a última coisa que eu queria era acordá-lo e ter de encarar o único homem que já me viu nua, aliás, o único homem que me tocou. Eu não saberia o que fazer.
Calma Bella, talvez tenha sido só um sonho. Fica fria!
Olhei por debaixo do edredom, na esperança de estar vestida e isso provar que os acontecimentos da madrugada não passavam de um sono ou alucinação. Ao constatar que estava nua, todas as minhas esperanças foram por água abaixo.
Levantei lentamente da cama para não despertar o Cullen. Me envolvi em um lençol e, na ponta do pés, comecei a catar as peças de roupa no chão. Estava querendo dar uma surra em mim mesma.
Tudo bem que tinha sido uma noite fantástica, em que senti coisas que não imaginei ser possível, mas ter que encarar EDZINHU depois de tudo aquilo, era constrangedor e perturbador.
Meu sutiã estava debaixo do corpo do dele, pude avistar somente parte. Me aproximei de olhos fixados na peça, estava me perguntando se deveria puxar ou deixar ali mesmo. Foi aí que olhei para Edward e notei algo inacreditável em sua nuca.
Meu queixo caiu e meus olhos arregalaram-se em choque.
– O QUE MEU NOME ESTÁ FAZENDO NA SUA NUCA? – Berrei embasbacada.
– O QUE? – Despertou assustado. Ele me encarou. Atônita, deixei minhas mãos penderem para os lados. Isso fez o lençol cair junto com o que sobrou da minha dignidade.
– Wow! – EDZINHU, ergueu uma sobrancelha.
(Continua...)
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