Obs das Pervas.: Esta entrevista ao que parece foi levemente manipulada ao ser feita. Usem um senso crítico forte pois a forma com que a fala da Kristen foi escrita não está semelhante a forma que ela costuma utilizar, falando abertamente sobre assuntos, em especial Robert, do quais ela não tem o hábito de falar, ao menos não assim.
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A próxima edição da revista
italiana ELLE, (scans) conta
com uma entrevista com Kristen, que fala sobre como leva sua vida pessoal após
o enorme sucesso da Saga Crepúsculo, sua carreira, seu relacionamento com Robert
Pattinson, fazer cenas de sexo em Na Estrada – On the Road e
muito mais.
Kristen se destaca por seu estilo -
roupas lineares, moderada e gosto cosmopolita - ela tocou em alguns belos
pequenos filmes independentes que também foram apresentados no Sundance Film
Festival, que ela sempre participou mesmo que ela não estando na competição.
"Eu não sou uma estrela",
ela afirma. "Eu amo ser
parte de um grupo que compartilha os mesmos projetos". Assim,
não é surpresa quando ela diz "Eu
queria interpretar Marylou a qualquer custo. On The Road tem sido fundamental
para minha formação".
Ela é
introvertida, capaz de se recusar a responder as perguntas que acredita serem
inapropriadas ou triviais, mas também divertida, como quando ela aceita o
prêmio de melhor beijo com Robert e diz que “fazê-lo
novamente no palco, entre realidade e ficção, me envergonha. Eu tenho certeza
que sentiria o mesmo”.
Kristen
escolheu os melhores vestidos para Cannes, onde Rob, também, a aplaudiu em On The Road. Ela devolveu o
entusiasmo para a atuação de Pattinson em Cosmópolis de David Cronenberg. “Eu fui visita-lo no set em Toronto”,
diz ela, “e me encontrei fascinada
pelo cenário e por Juliette Binoche. Eu reli o livro na minha viagem de volta
no avião”.
“Nós dois trabalhamos muito duro nos
últimos meses”, diz ela. “Eu
estava frequentemente em Londres para filmar Branca de Neve e o Caçador. É uma
bela historia de sombras e medos. É emocionante sempre trocar de papéis e
gêneros. Durante um ano, apesar do fato de que ainda tínhamos que terminar
algumas coisas do último filme da saga Crepúsculo, eu estava profundamente
absorvida em On the Road”.
Deixe-a falar
sobre si mesma, porque se nós a enchermos com perguntas, ela se fecha como uma
ostra. Ela é honesta e vulnerável, tudo que você tem a fazer é não irritá-la
com a história habitual de adolescentes que querem o seu namorado. Ela tem
interesses diferentes e animados, de pintura ("eu fico maravilhada diante de pinturas impressionistas.
Museus turísticos são um verdadeiro feriado para mim"), a moda
(ela adora Marios Schwab, Alexander McQueen, Monique Lhuillier e Christian
Louboutin). Ela ri se você disser que pessoas em todo o mundo sabem seus
gostos, como sua preferência por geleia de blueberry.
Mas não
pergunte a ela o motivo por trás de algumas de suas expressões sombrias e sua
tendência a se isolar, porque Kristen tem uma personalidade recatada genuína.
Ela abre-se pouco a pouco, sua imensa fama lhe deu muito, mas é também uma arma
de dois gumes. Ela admite ter "uma
instintiva autodefesa contra intrusiva curiosidade da imprensa e alguns
programas de TV que querem despoja-la".
Ela diz que
quer seriamente ser atriz até ela ser muito velha. Ela tem 22 anos, ela vem
dando e quer dar mais. "Foi
ótimo estar em Cannes com o filme de Salles. Foi uma experiência que eu sempre
vou levar comigo. Retratando um mundo, uma cultura, a juventude de muitos
artistas que marcaram gerações inteiras, ir para a estrada com a equipe foi
inestimável”.
Elle: Algum problema durante aquelas cenas de sexo
explícito? (Na Estrada)
K: Não, porque o sexo não é a "chave" do filme - a alma e identidade
dos personagens sim; e eu guardarei Marylou no meu coração para sempre. Ela é
uma mulher que nunca mente no que diz respeito aos seu sentimentos, ela vive
totalmente, ela é generosa, sem falsos esquemas. OTR (Na Estrada) é também um
filme desesperadamente idealista e romântico sobre a juventude. É uma caminhada
para a maturidade, com as mágoas e mudanças que ela traz.
Elle: Teve algum outro filme que te marcou?
K: Me casar e ter um bebe em Amanhecer não foi fácil. Eu ainda me sinto tão
jovem... Além disso, eu vivi tudo isso no filme com o Rob meu parceiro real,
então tudo foi mais complexo.
Elle: Como você escolhe seus papéis?
K: Depende dos scripts, do diretor e da possibilidade que eles me oferecem de
não estar ligada a uma imagem. Como em Branca de Neve e o Caçador, a rainha de
Charlize Theron Ravenna representa a aspiração mais distorcida do mal para
imortalidade, enquanto Branca de Neve é a vida. A rainha levou suas ideias de
sua mãe e de uma sociedade errada que pede que você seja sempre jovem e bonita.
Este caminho leva ela a ser má e ao mesmo descontentamento e infelicidade de
muitas mulheres de hoje em dia.
Elle: É fácil dizer isso aos 22.
K: Não é uma questão de idade, mas de verdade você tem que procurar. Haverá
sempre mulheres que são mais jovens e mais bonitas que você. Você tem que estar
aberta ao mundo e disposto a aceitar criticas. Minha Branca de Neve representa
a solidão que muitas vezes se sente enquanto a buscam a real maturidade, a
dificuldade de encontrar relações honestas, e a consciência amarga de que a
aparência conta mais a cada dia.
Elle: Você é um modelo para muitas jovens. O que
mais importa na sua vida?
K: Viver pacificamente. Tentando superar meus medos. Crescendo como pessoa e
ajudando os outros a fazerem o mesmo.
Elle: Você consegue viver uma vida normal?
K: Claro, desde que evite lugares com 100 paparazzi que estão à espreita. Eu
saio sem ser notada com meus jeans, meu gorro, meu ritmo. As vezes me incomoda,
mas o cinema me deu muito. Depende de você abrir este círculo de notoriedade de
maneira positiva. Eu não sou a Bella, eu não tenho amor obsessivo e Robert não
é o Edward Cullen.
Elle: Como estudante, que matérias você gostava?
K: Historia, historia da arte, literatura, ciências naturais... Eu também
sempre gostei do mundo da moda, eu não estou falando do meio, mas da linguagem
- moda como uma expressão de um estilo autêntico e de criatividade. Eu estou
fascinada pelo grande trabalho de Stella McCartney, pelo estilo de Gucci, por
Prada, por marcas legendárias que têm história, como Balenciaga. Não é frívolo,
esses criativos estilistas criam beleza. A propósito, os livros são minha maior
paixão. Eles me fazem companhia quando viajo a trabalho. Sempre tenho um na
minha bolsa. Steinbeck e Carver são meus favoritos. Meus filmes geralmente tem
raízes, literalmente. Eu sou fascinada por vidas errantes e radicais como a de
Bukowski.
Elle: Você admitiu ser ambiciosa
K: Eu acredito que ser ambicioso é útil, isso significa que você acredita no
que faz. Eu fiz pelo menos 20 filmes independentes. Eu acreditava em cada um
deles, e cada um deles me deu alguma coisa. Eu aprendi como tocar guitarra para
The Runaways. O fato de muitas garotas se identificarem com é Bella é bom. Ela
gostaria de um mundo melhor e luta por isso. Eu gosto de ser capaz de dizer
muitas coisas para garotas da minha idade através dos personagens que
interpreto.
Elle: Você nunca desiste dos festivais, muitas
vezes você faz meet and greet’s com seus fãs e consegue superar sua timidez…
K: Eu adoro conversar com as pessoas e falar sobre meu trabalho. Você não pode
viver em uma torre de marfim. A fama é perigosa, mas o encontro verdadeiro com
o publico não.
Elle: É verdade que durante anos sua atriz
favorita era Gena Rowland, a mulher e musa de Cassavates?
K: Verdade. Eu sou uma cinéfila. Eu e meus amigos costumávamos ir ao cinema
para assistir os filmes de Godard e estudar o estilo das atrizes inglesas como
Julie Christie e as atrizes francesas: Anna Karina era especial. Todas elas
tinham estilo.
Elle: Por que você quis se tornar atriz?
K: Meus pais trabalham no ramo, parecia um mundo absolutamente criativo, feito
de muitas coisas, não somente ambições e grandes egos. Minha mãe me passou
totalmente a paixão por scripts. Eu lia os dela e me apaixonava pelo
personagem, eu estudava ele/ ela. É um processo incrível. Foi ai onde a
possibilidade de contato com o publico saltou.
Elle: A regra número um em sua vida?
K: Ser honesta. Comigo mesma, com os outros, com meu namorado, com meus
colegas. Eu não quero hipocrisias e falsidades. Eu só fico irritada quando as
pessoas não querem falar sobre coisas que realmente importam para mim e somente
me usar como objeto de fofoca. Robert e eu crescemos junto, e juntos passamos
por muitas experiências, mas sempre fomos honestos com nosso trabalho e
afrouxamos qualquer pressão. Eu adoro personagens difíceis e gosto de ser
honesta quando os retrato.
Elle: Sua agenda agora vai seperar você e o Rob
novamente. Isso assusta você?
K: Não. É a nossa vida e é assim que acontece. Eu tenho cada vez menos medos e
inseguranças. Eu acordo de manhã e sempre como pão e geleia de blueberry. Mas
eu gosto de roupas ousadas nos tapetes vermelhos, mesmo que eu me sinta menos
sexy e carismática que Charlotte Gainsbourg, eu amo a sua graça.
Elle: Quais são seus próximos projetos?
K: Vou trabalhar em um filme dirigido por Nick Cassavetes, filho do maravilhoso
John. E vou fazer longas caminhadas com Rob e seu adorável cão.
Post: Mel
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