15 junho 2012

BELLA PROBLEMA X EDWARD SOLUÇÃO - CAPÍTULO 9

Boa noite pervinhas!!! Hoje nossa FIC envolve um sequestro, um vídeo de solicitação de resgate e uma Bella  muitoo brava!!
Autora: Lunah 
Classificação: Maiores de 16 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Comédia, Lime, Romance, Universo Alternativo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 9 -  A Caixinha Rosa

Edward’s POV
Corri para a janela, coloquei a cabeça para fora e lá estava a escada no chão do jardim. Precisei contar de 1 até 10 para não jogar Emmett janela afora.

– Muito bem, seu bizonho! E agora, o que a gente vai fazer? – Quase gritei.
– Como eu ia saber que ainda íamos precisar dela? – Murmurou, cruzando os braços.
Arregalei os olhos na mais pura descrença. Como ele podia fazer uma pergunta daquelas?
– Você tem razão Emmett, não precisamos da escada. AFINAL, A GENTE VOA! – Aumentei a voz nas últimas palavras, chegando ao meu limite.
Meu irmão burro deu de ombros e jogou-se na cama de Bella, enquanto eu me forçava a pensar em um jeito de sairmos dali, já que a janela era muito alta para pular.
– Calminha Edward, ou você pode ter um derrame do coração.
Mesmo amando meu irmão, tinha horas que eu queria simplesmente matá-lo lentamente. Eu estava uma pilha. O dia tinha sido estressante e agora estávamos presos no quarto da pior garota do mundo. O que mais poderia acontecer de desastroso na minha noite?
Passaram-se 33 minutos contados no relógio, e eu não havia tido nenhuma idéia para nos tirar daquele quarto. Eu temia que Bella entrasse no quarto a qualquer momento, fizesse um escândalo e Carlisle pensasse ainda mais que éramos pervertidos, pois ficamos em maus lençóis com a história do apagão.
– Ah cara, estou ficando com fome, será que Bella não guarda nem um chocolatinho aqui? – Perguntou Emmett entediado abrindo a gaveta do criado mudo.
Mesmo estando distante, notei uma caixinha rosa dentro da gaveta. Aquilo me chamou a atenção, pois não havia nada no quarto de Bella que não fosse preto ou azul escuro.
Tomei a frente de Emmett, ignorando seus protestos e peguei a caixinha rosa. Era incomum, do tamanho de uma caixa de sapatos e o nome de Bella estava escrito na tampa com purpurina. Tive vontade de rir, aquilo não era nada a cara dela, era feminino demais para alguém como a Swan. Não resisti e abri, sentando-me na cama. Me surpreendi ao ver fotos antigas, um cordão de prata com pingente em formato de estrela, mas o fecho estava quebrado como se houvesse sido rompido. E, no fundo da caixa uma carta.
Ergui uma sobrancelha ao ver uma foto de Bella bem mais jovem, deveria ter uns 12 anos. Ao seu lado uma mulher muito bonita que logo deduzi ser sua falecida mãe. Esme havia me dito, semanas atrás, que a mãe de Bella morreu muito cedo, mas ela não me contou o motivo de sua morte. Bella tinha um sorriso estampado em seu rosto tão verdadeiro, diferente dos sorrisos sarcásticos que eu estava acostumado a ver. Sua aparência também era diferente, cabelos mais curtos, óculos de grau e, pasmem, usava um vestido. Ela até que parecia uma criança bem normal. Tentei imaginar quando foi que ela virou a encapetada que é atualmente. Larguei a foto dentro da caixa e peguei a carta, quase me queimando de curiosidade. Seria algo que eu poderia usar contra ela?
Logo nas primeiras palavras, notei que era uma carta de sua mãe:
Para minha querida Bells:
Eu prometi que estaria com você no seu 13º aniversário, mas os dias têm sido tirados de mim como grãos de areia levados pelo vento, por isso não poderei cumprir minha promessa. Eu sei que ainda é uma menina e tem muitas coisas para aprender, mas te peço que seja forte todos os dias de sua vida. Não permita que nada te abale, que nada te faça perder o rumo e principalmente, não derrame suas preciosas lágrimas. As coisas sempre irão melhorar de um jeito ou de outro. Gostaria de ter mais tempo para te dar vários conselhos, para lhe ajudar em todas as suas fases da vida, mas só posso me dar o luxo de lhe dizer que o mundo real, o mundo que não espera, é duro e difícil. Nem sempre a coisas acontecem como queremos e nem sempre o final é feliz. Por isso mesmo, precisa ser uma guerreira pronta para enfrentar um leão por dia, pronta para resistir a tudo, principalmente a esta fase que está prestes a iniciar em sua vida. A fase em que serão somente você,Carlisle e sua irmã Rose. Minha Bells, não se preocupe comigo, não se preocupe com os problemas. Apenas guarde em seu coração essa frase:
Para todo o problema existe uma solução.
Te amo profundamente.
Para sempre sua mãe...
Renné Swan.”
Fiquei alguns segundos apenas segurando a carta, tentando encaixar a vida de Bella naquelas frases escritas por alguém à beira da morte. Por mais que ela tivesse sofrido com a morte prematura de sua mãe, não justificava as atitudes imaturas e egoístas dela. Bella com certeza sentia falta de Renné, mas isso não era motivo para infernizar a vida das outras pessoas. Eu, Emmett e Jasper vivemos grande parte da nossa infância em um orfanato, rejeitados, como as outras crianças que lá estavam, e não usávamos isso como desculpa para sermos rebeldes. Por mais que eu tivesse ficado sensibilizado pela carta, sabia que não poderia ceder na minha guerra contra Swan, afinal ela nunca cederia, nunca pararia, nunca desistiria de tentar acabar com a felicidade de Esme. Eu tinha que continuar minha guerra, que só havia começado e aquela carta em nada mudou minha opinião sobre Bella, ou meus planos.
Bella’s POV
Alice preparava um sanduíche, e eu apenas observava, sentada à mesa da cozinha.
– ¨&*%¨%¨$%$)))##&&&%%%**E@#$@#$@#$@#$#$# – Alice murmurou algo que eu não entendi.
Eu até queria lhe dar atenção, mas não estava com saco. Essa noite era uma daquelas noites que eu me sentia absolutamente sozinha. Eu até poderia estar no meio de um estádio lotado, ainda assim me sentiria sozinha. Suspirei, lembrando-me de Renné, do seu sorriso, dos seus olhos, mas a lembrança do calor de seus abraços era algo que parecia ter se dissipado com o tempo.
Eu não sei porque me lembrei do meu 13º aniversário, o dia mais triste da minha droga de vida. Eu até poderia ver a cena, eu, Rosalie e Carlisle em volta de um pequeno bolo, à luz das poucas velas, iluminando a sala de nossa casa em Forks e o som de um telefone tocando.
Quando o telefone tocou, eu já sabia o que era, eu já sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. Observei em silêncio Carlisle agarrado ao telefone, enquanto suas lágrimas caíam por seu rosto perfeito.
A sensação de algo quebrando-se dentro de mim era quase audível, e tudo se apagou à minha volta, como se o mundo tivesse perdido seu brilho. Saí correndo da sala, corri sem direção. Apenas corri e corri, minhas pernas, após algum tempo, foram perdendo a força e eu me encontrava em uma rua deserta da pacata Forks. Finalmente parei sem fôlego, sem vida e caí sobre minhas pernas exaustas. Só aí as lágrimas finalmente vieram e não vieram sozinhas. Os gemidos cortavam-me o peito ao saírem. Chorei como nunca havia chorado antes, chorei a morte da minha mãe, chorei o fim da vida perfeita que tínhamos. Chorei até meus olhos arderem e minha boca ficar totalmente seca. Por um impulso, puxei do meu pescoço o cordão de prata que era de Renné, o cordão que eu tanto amava. Eu não poderia usá-lo por mais nem um segundo, pois só me fazia lembrar que ela não estava mais comigo. Eu não sei quanto tempo passei ali, pois não conseguia enxergar nada além da minha própria dor.
Senti braços frios em minha volta. Braços que eu conhecia, os braços do meu pai. Ele me segurou firme e me ergueu do chão. Coloquei meus braços em volta do seu pescoço e ele começou a caminhar. Eu não queria olhar em seus olhos, temendo que se o fizesse, o veria sofrer pela morte do amor de sua vida. A outra parte de mim não resistiria e também sucumbiria. Ainda assim, eu podia ouvir os soluços vindo dele, soluços que eu jamais esquecerei.
Aquela noite eu chorei. E no dia seguinte também, só parei quando li uma carta que minha mãe havia me escrito, uma carta de despedida, uma carta de força. Eu li aquela carta como se minha vida dependesse dela, e a força que ela me passou através daquelas linhas trêmulas, me fizeram resistir a dor daquele momento. Eu reli a carta várias e várias vezes seguidas, tentando gravar cada conselho no meu partido coração. Então desde aquele dia, eu nunca mais chorei, nunca mais mostrei fraqueza, nunca mais fui a mesma. Se minha mãe queria que eu fosse uma guerreira, eu seria. Se ela desejava que eu enfrentasse um leão por dia, eu enfrentaria. Do contrário, eu me perderia em tanta dor, morreria lentamente de tristeza. Eu estava pronta para me transformar em uma Bella forte, uma Bella que sobreviveria.
Engoli seco, ouvindo Alice murmurar meu nome, mas não dei importância. Saí da cozinha e fui, quase que correndo, até o quarto de Carlisle. Queria abraçá-lo, queria sentir que ele ainda era o mesmo Carlisle que me carregou naquela noite triste em Forks. Bati na porta do quarto e ele prontamente abriu. Não pensei, não falei, apenas o abracei. Ele me segurou forte em silêncio, eu podia sentir emoção em seu abraço. Eu podia sentir vestígios do meu Carlisle, mas a voz irritante de Esme me fez recuar. Ouvi ela me perguntar se eu estava bem, mas eu não queria perguntas, eu não queria Esme, eu apenas queria meu pai. Por isso eu a odiava tanto. Por isso eu a queria longe da minha vida, pois ela estava usurpando o lugar de Renné, não só na vida de Carlisle, mas no restante da minha família.
Saí correndo, enquanto Carlisle chamava-me e fui para a sala de música. Lá ninguém me encontraria, lá ficaria sozinha.
Edward’s POV
Peguei outra foto, e nessa Bella estava mesmo engraçada. Usava um vestido estampado, trancinhas no cabelo e um sorriso abobalhado. Eu gargalhei e isso chamou a atenção de Emmett, que ainda procurava alguma comida no quarto.
– Que foi? – Perguntou ele confuso.
– Olha só essa foto, cara! – Mostrei-lhe e ele caiu na gargalhada.
– Isso é a Bella? – Perguntou, pegando a foto de minhas mãos.
– Bem que podíamos fazer alguma coisa com essa foto aí. – Falei, enquanto colocava a caixa rosa de volta no seu lugar.
– Hu-Hu... sabe o que a gente podia fazer? Fundar um clube chamado Eu odeio Bella Swan.
– Cara, de onde você tirou essa idéia? – Perguntei erguendo as sobrancelhas.
– Por que?
– Porque é demais! Toca aqui! – Disse, enquanto sentia a mão pesada de Emmett bater contra a minha.
Nunca pensei que agiria como um pirralho, mas parecia que a situação exigia isso, pois eu estava travando uma guerra com a criatura mais infantil da face da Terra.
– Cara, eu vou dar um cochilo. Me acorda quando você tiver uma idéia, o que pode demorar meses. – Falou Emmett, deitando-se na cama e envolvendo-se com os cobertores.
Quando eu vi um dos lençóis, finalmente tive a idéia que nos tiraria dali.
Dez minutos depois a corda que fizemos com os lençóis de Bella já estava bem presa e eu já podia descer por ela. Verifiquei mais uma vez se todos os nós ao longo da corda estavam firmes e joguei o lençol pela janela. Posicionei-me, passando para fora da janela, agarrado à corda improvisada.
– Emmett, quando eu chegar lá em baixo, coloco a escada para você descer. – Falei enquanto deslizava lentamente pelo lençol. Meu irmão apenas me fitava entusiasmado.
Olhei para o chão, verificando a distância que ainda faltava para chegar ao solo. Foi aí que senti um tremor na corda e, quando percebi o que era, entrei em pânico.
– Não Emmett, a corda não aguenta nós dois! Vai... AAAAAAAAAAAHHHHHHHH!
Gritei, sentido meu corpo ir de encontro ao chão. A dor em minhas costas foi intensa, mas o que veio a seguir foi ainda pior! Arregalei os olhos vendo o corpo grande de Emmett vindo em minha direção. Fiquei cerca de 30 segundos sem conseguir respirar. O impacto foi grande demais e Emmett ainda estava deitado em cima de mim.
– Posso abrir os olhos? Estamos vivos? – Perguntou ele.
Reuni as forças que me sobraram e gritei em plenos pulmões:
– SAI DE CIMA DE MIM! – O Idiota riu enquanto levantava-se, coisa que eu não consegui fazer.
Sentia como se um trator tivesse passado por cima de mim. Emmett me ajudou a levantar, só então minha respiração voltou ao normal.
– Deixa de ser mulherzinha Edward, não foi uma queda tão grande assim, eu não senti quase nada.
O encarei sentindo minhas veias frontais latejarem.
– ÓBVIO! MEU CORPO AMORTECEU SUA QUEDA, SEU ANIMAL! – Todo meu corpo queria voar em cima de Emmett e socá-lo até não me restar forças.
– Poxa Edward, você tem razão. Valeuzão por isso, mano! – Disse o futuro defunto, dando um tapinha no meu ombro.
Olhei em minha volta e senti falta do objeto que tinha sido o motivo de tanto desastre.
– Emmett, cadê a guitarra? – Perguntei suando.
– Que guitarra?
Meu olho esquerdo tremeu em fúria.
– PUTA QUE PARIUUUUU!!! – Emmett tinha razão, eu ia ser o primeiro ser humano a ter um derrame do coração.
Bufei, colocando as mãos na cabeça, sabendo que quando as férias terminassem, eu precisaria de terapia. Peguei a escada no chão, coloquei ela de volta próximo a janela e subi alguns degraus.
– Emmett, se você subir novamente nessa escada, considere-se um homem morto! – Falei, lhe lançando um olhar negro, o bizonho apenas sorriu.
Dessa vez, sem Emmett para atrapalhar, peguei a guitarra rapidamente e desci com ela pela escada, ainda sentido dores no corpo.
Bella’s POV
Ouvi um barulho ao longe. Eu não queria abrir os olhos, era muito cedo para alguém levantar da cama. Tudo o que eu queria era dormir mais umas 4 ou 5 horas. Agora, além do barulho, ouvia também uma voz, uma voz bem conhecida e chatinha.
– ACORDA, BELLA, ABRE A PORTA! – Gritou Alice.
– EU QUERO DORMIR FOFOLETE, ME DEIXA EM PAZ! – Berrei de volta, colocando um travesseiro no rosto.
– TUDO BEM, ENTÃO VOCÊ NÃO VAI QUERER SABER QUE SUA MOTO CHEGOU!
Pulei da cama tão rápido que fiquei tonta, arfei tentando me equilibrar e abri a porta. Nem olhei para a cara de Alice, saí correndo pela casa só de pijama xadrez e cabelos bagunçadíssimos. Quando adentrei a garagem, avistei minha moto imediatamente, mas uma outra moto ao lado dela ofuscou totalmente a minha. Fiquei deslumbrada, era uma Suzuki Hayabusa 1300 prateada. Eu praticamente babei em cima dela. Alisei a lateral, perguntando-me se Carlisle havia comprado para mim numa tentativa de suborno, então...
– Não rela a mão na minha moto! – A voz atrás de mim era conhecida e irritante. Edward passou por mim e subiu na moto.
Tentei fingir indiferença, mas eu ainda estava hipnotizada pelo veículo
– Gostou? – Perguntou o retardado.
– Não! – Menti descaradamente.
– Ah pena, porque se tivesse gostado, eu até te deixaria dar uma voltinha! – Falou Edward sorrindo.
Estreitei os olhos, bufando. Ele havia percebido meu fascínio pela moto e agora zombava de mim.
– Eu não preciso. Tenho a minha! – Dei de ombros, indo em direção à minha amada moto.
O ronco do motor da Suzuki de Edward me fez sobressaltar. Até parecia música para os meus ouvidos. Eu estava louca para tocar naquela moto novamente, mas nunca iria admitir isso para o Cullen.
– Bem, vou lá para o quarto esperar você! – Disse Edward sarcástico.
– Como é?
– Você logo saberá. – Respondeu ele, saindo da garagem. Fiquei intrigada, mas tentei ignorar.
Vinte e cinco minutos depois eu já havia trocado de roupa, escovado os dentes e dado um jeito no meu cabelo. Iria descer para tomar café da manhã, mas antes queria tocar uma música na minha guitarra.
Olhei à minha volta e nem sinal da minha Fender, só a caixa amplificadora estava jogada no canto da parede. Vasculhei o quarto inteiro, até mesmo embaixo da cama, e nem sinal da minha preciosa Fender. Foi aí que vi um DVD no criado mudo escrito com letras vermelhas “BELLA”. Fiquei segurando o DVD mergulhada em um misto de dúvida e curiosidade. Finalmente coloquei o DVD dentro do meu laptop e logo, um vídeo começou a ser exibido.
A imagem estava fora de foco, mas podia ver que tinha alguém sentado em uma cadeira. O som que vinha do vídeo era nítido. Revirei os olhos quando percebi de quem eram as vozes.
– Emmett, tem certeza que isso está gravando agora? Estou de saco cheio, já fizemos isso 6 vezes! – Reclamou Edward, mas eu só podia ver parte do seu corpo.
– Agora vai dar certo. Não se mova que vou colocar a câmera no tripé. – Falou Emmett, enquanto a imagem chacoalhava um pouco, provavelmente ele estava largando a câmera no tripé.
Agora eu conseguia ver os dois retardados claramente. Edward sentado e Emmett atrás dele de braços cruzados e, por incrível que pareça, um gorro preto estava enfiado em sua cabeça com buracos mal feitos na boca e olhos. Nesse momento Edward virou-se para analisar o seu irmão bizonhento.
– Emmett, que merda é essa na sua cara?
– É para dar mais veracidade, toma, usa a sua. – Disse a anta do Emmett, entregando um gorro preto para Edward, que, imediatamente, o pegou.
– Seu animal, ela já sabe que somos nós! – Afirmou Edward, jogando o gorro na cara do irmão. – Por favor, não atrapalhe que eu não quero passar a madrugada toda fazendo isso! – Edward virou-se de frente para a câmera e pude ver ele revirando os olhos.
O que aqueles babacas estavam fazendo, afinal? Minha pergunta mental foi respondida quando Edward começou a falar:
– Isabella Swan, estamos com sua guitarra... – Arregalei os olhos incrédula.
– POSITIVO! – Disse Emmett com uma voz grossa.
Fiquei totalmente paralisada, eu não podia acreditar no que havia acabado de ver.
– Se você quiser ver sua guitarra novamente, é melhor vir até o meu quarto negociar...
– POSITIVO!
– Para de falar POSITIVO, Emmett! – Esbravejou Edward.
– POSITIVO!
– É melhor você não contar para ninguém que seqüestramos sua guitarra...
– POSITIVO!
–...ou nunca mais verá sua preciosa Fender!
– POSITIVO!
– Que foda Emmett, não dá pra fazer nem a droga de um vídeo sem você estragar tudo?!
– Esbravejou mais uma vez Edward.
– POSITIVO!
Não agüentei, fechei o laptop com força, respirei fundo, e então...
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH. – Meu corpo tremeu violentamente, o sangue corria em minhas veias como fogo, eu queria destruir a casa inteira.
Saí do quarto, ardendo na mais pura fúria, marchei até o quarto de Edward e chutei a porta. O barulho que ela fez ao bater contra a parede não pareceu assustar Edward, que sorria sentado tranquilamente na cama.
– Você! – Apontei para o infeliz. – Dê adeus à vida!
– Nada de ameaças, por favor, não vai adiantar. A sua guitarra já está em uma loja de instrumentos musicais usados, prontinha pra ser vendida. – Edward me lançou seu típico sorriso torto de débil mental e eu queria esfaqueá-lo, e jogar álcool por cima.
– Você não fez isso! – Falei duvidando, enquanto minhas pernas tremiam levemente.
– Fiz sim! Mas você pode tê-la novamente se aceitar um simples acordinho comigo.
– Que acordo? – Perguntei arfando pesadamente.
– Feche a porta e venha aqui, vamos negociar. – Eu bem sabia que o Cullen do cabelo ensebado era capaz de tal ato, e acatei, querendo acabar logo com aquele pesadelo.
Após fechar a porta, me posicionei à frente dele com as mãos na cintura, para não correr o risco de me jogar em cima dele, estrangulá-lo até a morte e nunca mais saber onde minha Fender foi parar.
– Cara, você está suando! – Debochou ele e eu simplesmente ignorei. – O lance é o seguinte, o vendedor da loja ficou muito interessado em sua guitarrazinha, ele já tem dois compradores para ela esperando um telefonema meu autorizando a venda. Tudo que você tem que...
– ESPERA AÍ! VENDER A MINHA FENDER? CULLEN, VOCÊ ESTÁ DROGADO? VOCÊ SABE QUANTO VALE AQUELA GUITARRA? ELA TEM UM AUTÓGRAFO DO SLASH, AQUELA GUITARRA É ÚNICA!
Ah cara, não ia dar certo! Meu coração ia sair pela boca a qualquer momento e eu morreria literalmente de raiva. Eu deveria estar ficando de todas as cores do arco-íris nesse momento.
– Me deixe terminar, sim? Eu estava dizendo que tudo que você precisa fazer é ser minha escrava por umas duas ou três semanas. Ainda não decidi. – Edward falou aquilo com tanta naturalidade, que eu me questionei se estava realmente acordada ou em um pesadelo daqueles de fazer você se borrar nas calças.
Calma, Bella. Inspira e expira, inspira e expira...
– Tudo bem, eu vou rir agora, digo que foi uma ótima piada e volto para o meu quarto com minha guitarra, ok? – Perguntei, já sorrindo.
– Não é piada não, Swan, eu estou falando sério, você vai ter que ser minha escrava.
Estaquei.
– Cadê as câmeras? Cadê a droga das câmeras? – Perguntei alterada, enquanto vasculhava o quarto. – Eu estou num daqueles programas de pegadinha, não estou? Cadê as malditas câmeras?
Edward gargalhou altíssimo.
– Eu já tenho minhas primeiras ordens, mas não quero que você enfarte agora e acabe com minha diversão. Então vou pegar leve e te pedir apenas que me dê uma massagem nos pés, porque, cara, eu estou um caco. – Edward disse já tirando os sapatos. Arregalei os olhos, com um misto de descrença e ódio fumegante.
– SEM CHANCE! Eu não vou tocar nesse seu pé nojento! – Fiz uma careta.
– Vai sim, e vai fazer a melhor massagem da sua vida. – Falou o escroto, deitando-se, colocando as mãos atrás da cabeça e balançando os malditos pés.
– Edward, vai se danar! – Xinguei, enquanto me direcionava à porta para dar o fora daquela situação insana.
– Tudo bem, vou ligar agora para o vendedor. Eu estou mesmo precisando de dinheiro para comprar uns pneus novos para minha moto. – Edward já pegava o celular, quando eu percebi que estava totalmente ferrada.
– Espera... – Disse o mais baixo possível, mas ele ouviu e sorriu torto. – Eu aceito o acordo, mas apenas uma semana, nem duas, nem três, apenas uma e não abuse da sua sorte Edward. – Eu queria morrer no momento em que proferi aquelas palavras. Tive uma enorme vontade de chorar de raiva, mas nunca cederia a esse tipo de fraqueza, ainda mais na frente do EDZINHU.
– Ótimo, uma semana então, mas vai ser uma semana do meu jeito. E você pode começar a me chamar de querido amo.
– NÃO MESMO! NÃO VOU CHAMAR VOCÊ ASSIM!
– Você acha que consigo grana suficiente para comprar um capacete novo também? – Perguntou ele, ajeitando o colarinho da camisa.
Esfreguei as mãos no rosto, transpirando. Eu realmente queria saber como foi que morri e fui parar no inferno, cujo o capeta era Edward Cullen.
– Anda Bella, eu estou esperando!
– Tudo bem, EDZINHU. – Falei me aproximando da cama.
– EDZINHU? Tem certeza que é isso que tem que falar?
FILHO DA P***
– Tudo bem... querido amo. – Falei entre os dentes, querendo socar a mim mesma.
Sentei-me na cama como quem vai para a forca. Fiz a maior cara de nojo quando minhas mãos tocaram os pés grandes de Edward, ele sorria como se tivesse ganhado na loteria.
Ah meu Pai do céu, o que eu estou fazendo aqui? Socorro!
– Bella, você não está massageando, está só tocando com a ponta dos dedos. Eu quero uma massagem de verdade. – Respirei fundo e apertei o pé de Edward com toda a minha força,cravando as unhas.
– Aíííííí sua bruta, não faça mais isso ou eu vou vender sua guitarra agora mesmo. – Reclamou, erguendo parte do corpo e me encarando com olhos raivosos, mas logo sua expressão voltou a ser divertida. – Eu tenho certeza que você sabe fazer massagem direitinho, então capriche Swan.
Eu mordi o lábio com força, queria gritar, queria sair correndo, mas fiquei lá massageando o pé do meu inimigo.
– Hum... é isso aí pirralha, eu sabia que você conseguiria, nada mal. – Edward falou em um tom de mais pura zombaria, enquanto eu continuava a lhe massagear os pés, enojada.
Emmett’s POV
Saí do quarto animado, estava louco para curtir o dia. Meu Jipe havia chegado junto com os automóveis dos Swan e não via a hora de sair por aí e pegar umas totosas italianas. Quando passei em frente ao quarto de Edward, um gemido vindo de lá me chamou a atenção.
Que porcaria é essa? O Edward já está batendo umazinha uma hora dessas?
Me aproximei da porta sorrindo, com certeza eu iria zoar ele, mas me surpreendi quando ouvi vozes.
– Posso parar agora, Edward? Eu não quero mais fazer isso, é estranho!
Meus olhos quase soltaram para fora quando percebi que a voz era de Bella. Então colei o ouvido na porta. O que aqueles dois estavam fazendo?
– Nem pense em parar, agora que está ficando gostoso, continue Bella... hum...
Coloquei as duas mãos na boca o mais rápido que pude, ou todos poderiam ouvir minha risada.
CARACA, VÉI! O EDWARD TÁ PEGANDO A BELLA!
Vi Jasper entrar no corredor e logo fiz sinal para ele com os braços. O maluco veio correndo.
– Edward está gemendo! – Sussurrei, apontando para a porta ao meu lado.
Jasper revirou os olhos.
– Emmett, tem gente que gosta de privacidade nessas horas. – Respondeu ele, fazendo pouco caso.
– Não é isso, ele está de promiscuidade com a Bella! – Falei, sacudindo Jasper pelos ombros. Vi o choque passar pelo rosto do meu irmão.
– Mentira!
– Não, é sério! Vem ouvir!
Nós dois colamos o ouvido na porta do quarto.
– Há... hum... Bella, eu poderia ficar aqui o dia inteiro, tava mesmo precisando disso. Mais pra baixo e com mais força.
Eu e Jasper nos encaramos prendendo a risada.
– Cara, se o Carlisle descobrir isso, vai nos expulsar daqui. – Sussurrou meu mano.
– O que estão fazendo?
Nos viramos assustados em direção à voz, só para nos deparar com a anã da Alice.
– Droga Alice, fala baixo! – Falei, tapando a boca da anã que me olhou assustada.
– Não exagera Emmett, solta a menina. – Ordenou Jasper, e eu soltei.
– Bella e Edward estão de esfrega, esfrega na maior promiscuidade. – Novamente sussurrei.
– Mentira! Deixa eu ouvir! – Sorriu a tarada da Alice, se metendo entre mim e Jasper.
Agora já éramos três, ouvindo a sacanagem.
– Edward chega, você ainda não está satisfeito? Já fiz tudo que você queria, poxa.
– Como é mesmo que você deve me chamar? Anda Bella, fala, ou você sabe o que eu faço.
– Meu querido amo, eu estou cansada, não quero ficar nessa tortura.
– Só mais um pouquinho Bella, estou quase satisfeito... hum... aí que bom... acho que vou querer isso todo dia. Mais rápido!
– Que coisa mais masoquista. – Disse Alice entre risadas abafadas. – Eu sabia que aquelas brigas todas eram tesão reprimido.
Bella’s POV
Se Edward me provocasse mais uma vez, eu iria chutá-lo entre as pernas. O imbecil estava se divertindo enquanto me humilhava. Mas aquilo não ia ficar assim, quando eu recuperasse minha guitarra ele iria se arrepender de ter nascido.
Minhas mãos já estavam cansadas de apertar aquele pé branquelo e estranho, eu nunca mais ia conseguir comer nada com a mão.
ECA!
Bufei pela quinquagésima vez eu acho, esperando o filho da p*** me liberar daquela tortura. Ouvi sussurros e risadas abafadas, Edward também percebeu e levantou-se sem falar nada. Foi em direção à porta e eu o segui curiosa. Ele abriu-a de uma vez e, para nossa surpresa, Emmett, Jasper e Alice desabaram sobre nós em meio a gritos, e todos fomos ao chão.
– O que vocês estavam fazendo atrás da porta? – Perguntou Edward altivo.
Eles gargalharam.
(Continua...)


Nenhum comentário:

Postar um comentário