07 fevereiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 7

Parece que essa Bella é um pouco agressiva não é mesmo? Quebrou o nariz de Jéssica! E hoje teremos palavras, nada agradáveis, sendo ditas.. No que será que tudo isso resultará? Ótima leitura!

Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo

CAPÍTULO 7 - A Boate


Alice me ligou umas três horas após o ocorrido no refeitório da escola, querendo saber como eu estava.
"Eu tô mega feliz, Alice, essa hora a Jess já deve está movendo céus e terra para achar um cirurgião que faça uma plástica naquele narizinho empinado dela."falei, rindo e Alice concordou comigo, nós duas caindo na gargalhada.
"Bella, você é terrível. Toda a escola tá comentando como foi bem feito para Jess. Você tá ganhando fama, amiga." comentou e eu revirei os olhos, cansada daquilo tudo.

"Ai, Alice, que grande fama a minha! A barraqueira da escola, quanta honra!" sibilei, soltando um suspiro.
"Ih, Bella, vejo que você tá de mau humor. Bom, eu vou ter que desligar agora, Edward e eu vamos levar a Rose e o Emm no aeroporto, depois nós vamos aquela boate que abriu em Port Angeles. Aquilo ali tá bombando!"
"Peraí, Alice, que boate é essa? E como assim, todo mundo vai?" – eu perguntei e ela deu uma risadinha do outro lado da linha.
"Pois é, a boate inaugurou essa semana, mas hoje vai ser a festa para comemorar a abertura. Você acredita que quando o Edward falou que iria na festa, a Jessica só faltou morrer? Ela deve tá no hospital agora, dando um jeito de ir, mesmo com o nariz quebrado. Não duvido muito que ela vá, do jeito que é caprichosa." comentou, soltando um suspiro de tédio. "Bom, e qual o seu interesse nisso tudo?" Alice perguntou, a curiosidade saltava da sua voz.
Eu sorri diante da idéia que tinha acabado de me ocorrer. Era o diabinho dando as caras novamente.
"Bom, era só curiosidade mesmo. Até mais, Alice." - e desliguei o telefone.
Precisava me apressar, afinal, Port Angeles não era logo ali. Abri a porta do meu guarda-roupas, procurando por alguma arma secreta. Tava precisando recompor meu arsenal bélico, não havia nada de muito sexy ou que pelo menos provocasse alguma reação em uma certa pessoa. Depois de meia hora cavando, eu consegui encontrar o ouro, bom, tava mais para bronze, mas já dava pro gasto.
Eu tinha comprado aquela blusa há sei lá quantos anos, mas para variar, nunca havia usado-a. Mas agora ela era perfeita para o que eu iria fazer.
Era hora de atacar novamente.
Estacionei minha picape na frente da boate, que estava lotada, era gente de tudo quanto é tipo, tipos que eu sequer imaginava que existissem. Desci da picape e ajeitei as minhas botas de cano alto, que combinavam perfeitamente com a minha blusa vermelha decotada e com a minissaia.
Tá, eu mais parecia uma garota de programa, mas era essa a intenção.
Meu ultimato: Jessica ia se enterrar ainda mais no buraco que ela mesma havia cavado.
Entrei na boate e fui recebida com vários olhares, que me avaliavam de cima abaixo. Pelas caras que eles fizeram, eu tinha sido aprovada. Me misturei à multidão,avistando um ou dois rostos conhecidos. Realmente todos os jovens de Forks estavam ali.
Não demorou muito para eu encontrá-los: Edward e a sua turminha de idiotas. Como ele aturava aquele tipo?
E bem ao lado dele, estava Jessica, com o nariz enfaixado com alguma coisa cor de rosa, e o seu bando de seguidoras babacas. Sorri, pegando uma bebida no bar, eu precisava de um pouco de álcool nas veias, era bom para criar coragem. Tomei um gole de uísque de uma vez só, porque sim, tinha que ser algo forte. Senti a bebida quente invadindo meu corpo, já me sentindo diferente.
Eu não era muito acostumada a beber, mas é claro que eu já tinha pego meu primeiro porre, na minha festa de 16 anos. Fiquei tão bêbada, que tive meus amigos inventaram que eu estava ardendo em febre, passando mal por conta de uma gripe que tinha me atingindo rapidamente.
É claro que nem o Papai Noel acreditou nessa. Muito menos Charlie. Desde esse dia bebida era assunto proibido pra mim.
Dei um longo suspiro e deixei o copo de uísque vazio no balcão do bar, respirando fundo.
'Seja uma vadia, Bella. É pro seu próprio bem'- pensei, um surto de coragem tomando conta de mim.
Me aproximei lentamente do bando dos populares de Forks e comecei a dançar sensualmente, rebolando, coisa que eu detestava fazer. Ninguém ainda tinha me notado, mas eu continuei ali, dançando calmamente, fingindo ser mais uma na multidão.
À medida que a batida da música ficava mais agitada, eu dançava mais e mais, já recebendo olhares de aprovação. O momento certo estava chegando. As pessoas começaram a se voltar para mim, alguns garotos se aproximando.
Fechei os olhos, deixando a música, a adrenalina e a dose de uísque tomarem conta de mim. Um dos garotos me puxou para mais perto, enquanto o outro veio ao meu encontro, agora nós dançávamos juntos, eu no meio dos dois. Foi aí que eu percebi um dos meninos me puxando, me colocando no meio de um dos pequenos palcos que ficavam espalhados pela boate.
Aquela era a hora certa. No exato momento que eu subi no palco, a galera começou a me incentivar, enquanto eu dançava ao lado dois garotos, que eram exímios dançarinos.
Foi aí que eu olhei para o bando de populares e quase tenho uma crise de histeria ao ver as suas caras. Todos os garotos estavam boquiabertos, percebendo quem era a garota que estava dando showzinho.
As garotas lançavam olhares de admiração e outras, ou melhor, a outra, me olhava com ódio.
Eu sorri e encontrei os olhos dele, sua boca era tensa, sua expressão era um misto de raiva e de admiração.
Hora do ataque.
"Não dê para trás agora, Bella" - eu falei, enquanto descia do palco, me aproximando lentamente de onde ele estava.
A multidão abria passagem para mim e de repente, eu fiquei frente a frente com ele.
Sem pensar, eu comecei a dançar na sua frente, rebolando sensualmente. Edward estava parado, parecia mais uma estátua, sua expressão era indecifrável.
Eu sorri para ele, enquanto continuava a minha dança. OMG, onde eu tinha deixado a minha vergonha? Agora era tarde para arrependimentos. Senti que mais uma música chegava ao fim e era hora do grand finale. Passei as mãos pelo peito forte de Edward e sem esperar por mais nada, eu o beijei, sua boca a principio não se movendo, mas após meio segundo, ele correspondeu, e eu me deixei ser envolvida por aqueles braços que eu tanto amava.
Ele invadiu a minha boca com a sua língua maravilhosa, me fazendo perder totalmente o juízo. As mãos dele agora passeavam pelas minhas costas, indo desde a minha nuca, até a curva do meu bumbum.
Eu aproveitei o momento, mas logo em seguida me afastei, deixando-o completamente tonto.
"Ainda duvida da minha sexualidade?" perguntei, séria.
Edward me olhou com aqueles olhos perfeitos, me deixando ofegante.
"Eu nunca duvidei." murmurou, no mesmo tom sério que eu tinha usado.
Eu sorri e depois me afastei dele, enquanto ele ficou parado, ainda tentando entender o que tinha acontecido.
Sorri para ele e depois mandei um tchauzinho para Jessica; a garota ficou mais vermelha que um pimentão, quase explodindo de tanta raiva.
'Missão cumprida, vadia!'- pensei, já me dirigindo à saída da boate.
Cheguei em casa pouco depois da meia noite, a adrenalina ainda estava no corpo, me deixando completamente agitada. Levei uma bronca de horas de Charlie, que resultou em três dias de castigo, teria que ir apenas para aula e para o trabalho; telefone também estava proibido para mim. Subi pro quarto, jogando a sacola com a prova da minha vingança embaixo da cama, me sentindo exausta. Eu tinha me trocado em um bar próximo à boate, não poderia aparecer vestida como uma prostituta em casa. Era capaz de Charlie ter um ataque cardíaco fulminante.
Só depois de tomar banho e vestir meu pijama, foi que eu dei vazão a toda agitação da noite. Chorei histericamente, soluçando, como há muito não fazia. Eu ria ao lembrar do rosto de Jessica ao me ver dançando e ao mesmo tempo caía no choro, por ter feito algo que não era da minha natureza. Mas não adiantava chorar pelo leite derramado, isso era um fato, mas que eu estava totalmente arrependida, disso eu tinha certeza.
Dormi lá pelas tantas da madrugada, soluçando até a exaustão. Acordei cansada, ainda bem que era sábado e eu não precisava ir à escola.
Charlie ainda estava zangado pelo meu comportamento tresloucado, e por conta disso estava completamente mudo comigo, mas era melhor assim, eu ainda não estava totalmente recuperada da minha atitude impensada.
Eu geralmente tinha essas crises de consciência, sempre que o maldito(ou bendito) diabinho atacava. Eu não sabia até quando a minha fase garota arrependida duraria. Geralmente durava até o diabinho atacar novamente, me espetando, me mandando fazer mais idiotices.
Charlie saiu para pescar com os amigos da delegacia e eu fiquei sozinha em casa, proibida de sair, de usar o telefone. Lá pelo meio da manhã o diabinho voltou a atacar, me fazendo chutar o pau da barraca. Era hora de desobedecer Charlie. Eu sabia que ia me meter numa bela de uma roubada, mas ficar trancada em casa em pleno sábado, era sufocante demais para mim.
Peguei as chaves do meu carro e saí de casa sem rumo, só precisava sair de casa. Dirigi pelas ruas de Forks tranquilamente, cantando o rock antigo que tocava na rádio. Rodei pela cidade por mais ou menos duas horas, sabendo que Charlie nem ficaria sabendo da minha fuga.
Voltei para casa me sentindo bem melhor, mais relaxada, a noite passada era só passado, nada mais que isso. Estacionei na garagem de casa e quando eu ia entrar, alguém me puxou pela cintura, me levando para os fundos da propriedade, que dava para um bosque.
Meu rosto foi tomado pela surpresa ao ver quem tinha me sequestrado. Ele me encarava friamente, seus olhos azuis estavam glaciais.
Senti meu rosto queimar ao relembrar algumas das minhas atitudes na noite passada, ainda não sabia como eu tinha agido daquela forma.
Eu o encarei, tentando não demonstrar o quanto o olhar dele me afetava.
"Aconteceu alguma coisa?"perguntei, minha voz tentando parecer segura; ele não precisava saber que mexia tanto comigo.
Edward me encarou por vários segundos, quase me fazendo enlouquecer. Eu odiava aquele silêncio constrangedor, era demais para mim.
"Eu ainda estou tentando entender o que aconteceu com você para agir daquela forma na boate ontem à noite." Edward sibilou, sua voz era sombria.
Todo o meu arrependimento foi drenado do corpo no momento que ele falou. O diabinho estava dando às caras novamente.
"E desde quando eu tenho que te dar satisfações sobre o que eu faço ou deixo de fazer, Edward? Eu perdi alguma coisa? Desde quando você virou meu dono?"
Isso era muito melhor do que ficar com aquele maldito peso na consciência, com a ira eu sabia lidar.
Eu tentei voltar para minha casa, mas ele me segurou com força, me obrigando a encará-lo.
"Por que você fez aquilo, Bella? Por que você se rebaixou daquela forma por conta de uma vingança besta?" cutucou, sua voz era carregada de decepção.
Foi aí que eu explodi.
"Vingança besta, Edward? Eu fui humilhada por aquela patricinha fútil na frente da escola inteira, a troco de quê? Me diz o que foi que eu fiz para ela querer me ferir daquela forma?" perguntei e, quando ele tentou falar, o interrompi. "Agora vai me dizer que você não gostou do que aconteceu ontem à noite, Edward? Você não é ninguém para falar do meu comportamento, já que você se rebaixa todos os dias, ao conviver com gente que não vale nem um grãozinho de areia, tudo por conta de status, de popularidade!"
Ele estava paralisado diante de mim, como se eu o tivesse esbofeteado. Desviei o olhar do seu rosto, me sentindo mal por encará-lo.
Por fim ele soltou um longo suspiro, rindo de escárnio.
"Eu não sei por que eu ainda perco meu tempo tentando entender você, Bella. Realmente você é um caso perdido e eu fui um idiota, porque pensei que você fosse diferente das outras. Mas vejo que me enganei direitinho." Edward falou, já se afastando de mim.
Peraí, qual foi a parte da conversa que eu não entendi?
Corri atrás dele, disposta a obrigá-lo a me dar explicações sobre o que ele estava querendo dizer. Eu o puxei com força, obrigando-o a me encarar. Edward me olhava com tristeza e eu fiquei com mais raiva ainda.
"Eu não consigo entender qual é a sua, Edward. De uma hora para outra você vem com um papinho furado de que quer ser meu amigo. Depois, aquele maldito boato apareceu e você se divertiu com aquilo tudo, riu da minha desgraça, não adianta negar. E quando eu me vingo da idiota que fez isso comigo, você sai em defesa dela, como se ela fosse a vitima de tudo. Francamente, quem é o caso perdido nessa história toda?" perguntei, encarando-o, minha expressão era decidida.
Edward deu um longo suspiro e passou as mãos por aqueles cabelos cor de bronze, desalinhando-os de maneira sensual. Era incrível como ele conseguia mexer comigo até com movimentos involuntários.
"Acho que você tem razão. Afinal, você foi a vitima de tudo, você sempre é a vitima de tudo, Bella. Foi sempre assim, desde que você era criança. Tudo bem que a sua mãe fugiu com um outro cara, te largando nas mãos do seu pai, mas e daí? Para de se fazer de vitima, garota! Para de tentar resolver tudo na base da porrada!Vê se cresce e tenta agir com um pouco de maturidade." aquele seu ataque me deixou completamente sem reação. Senti o sangue se esvair do meu corpo.
Sem pensar, eu lhe dei uma bofetada, deixando a marca dos meus cinco dedos naquele rosto perfeito.
Edward não ofereceu nenhuma reação e isso só me deixou ainda mais furiosa. Agora ele estava em encrenca.
"Quem é você para falar comigo desse jeito, seu babaca? Quem é você para falar de assuntos que não lhe dizem respeito? Você não sabe de nada, Edward, nunca sabe de nada! Não passa de um playboy alienado, que só pensa no próprio umbigo, não tem a mínima noção do que se passa fora desse seu mundinho egoísta e estúpido. Quem tem que crescer é você, Cullen imbecil!" rosnei, enquanto sentia o peito estava doendo, como se eu tivesse levado uma facada ou um tiro.
Ele não tinha direitos de falar aquelas coisa para mim.
O assunto mãe era delicado demais e eu odiava que tocassem nele.
Edward me olhou com raiva enquanto eu tentava parecer forte. A verdade é que eu nunca tinha me sentido tão fraca como agora.
O silêncio tomou conta de nós, aumentando o clima de tensão, então eu resolvi que era hora de acabar com aquilo, a dor no peito tinha elevado à níveis insuportáveis.
"Some daqui, Cullen! Você já disse o que tinha que dizer, já não temos mais nada para falar." murmurei, minha voz era um fio apenas.
Edward balançou a cabeça, concordando, seu rosto era uma máscara impenetrável. De repente, ele me segurou pelos ombros, me impedindo de qualquer movimento.
Por um breve momento, eu pensei que ele fosse me beijar, mas logo em seguida se afastou, mantendo uma distância exagerada entre nós.
"Eu realmente pensei que você era diferente." sibilou e depois me deu às costas, sumindo da minha frente.
Esperei que tudo ficasse em silêncio, para poder dar vazão ao choro que queria tomar conta de mim. Ele não podia ter falado aquilo para mim, não ele.
Edward tinha me magoado da maneira mais cruel possível, falando coisas que eu não queria ouvir, que eu não podia ouvir.
Definitivamente nós éramos um caso perdido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário