01 fevereiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 3


Boa noite pervinhas! Gostando da FIC??? Eu sou suspeita.. Tô amando!!! Hoje teremos uma surpresinha... Bella perceberá que as coisas mudam.. Que as coisas sempre mudam, e agora estão mudando com ela... Ótima leitura!

Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo
Capítulo 3 - A visita 


Cheguei em casa bufando de raiva. Que belo primeiro dia, hein?
Percebi que a secretária eletrônica estava com a luz acesa, um sinal de que havia mensagens. Apertei o botão e fui para a cozinha, sem muito saco para pensar em alguma coisa para jantar.
Abri a geladeira no exato momento que eu ouvi a voz de Charlie falando.


'Bella, outra vez, minha filha? Acabei de falar com o diretor Henderson e ele me contou o que aconteceu'. – ele soltou um suspiro na linha telefônica, e eu o imitei, cansada de sermões. – 'Quando chegar em casa teremos uma conversa séria, mocinha.' falou e eu corri para a sala, desligando a secretária.
Me joguei no sofá, com uma lata de refrigerante na mão, cansada demais para ouvir qualquer coisa referente ao meu comportamento.
Eu sabia muito bem quem era, sabia que tinha errado, mas nem por isso as pessoas tinham o direito de atirar pedras em mim. Suspirei e depois tomei um longo gole de refrigerante, tentando me acalmar.
O dia passado ao lado de Edward tinha me deixado com os nervos à flor da pele. Ele mexia comigo de todas as formas. Me deixava com ódio, me fazia querer acabar com a raça dele, mas era só me olhar com aquele seus lindos olhos azuis que eu me derretia toda, completamente besta.
É, era isso que eu era mesmo. Uma besta quadrada.
Estava deitada no sofá, meus pés balançavam despreocupadamente no ar, quando eu ouvi barulho de carro na frente da casa.
Fechei os olhos, me preparando mentalmente para a conversa com Charlie. Ele tinha chegado.
Me levantei e joguei a lata de refrigerante no lixo, no momento que a campainha tocou. Franzi o cenho ao perceber que não era Charlie. Corri para a porta e quase caio dura quando vi Alice parada na porta, sorrindo. Mas não foi por causa dela que eu fiquei tão abalada. Era por conta de quem estava com ela.
Edward Cullen. O meu perseguidor, o garoto que eu amava secretamente há tanto tempo, estava parado ao lado dela, sorrindo torto, me deixando sem ar.
"Bella, olha só, me desculpa tá? Antes que você bata a porta na nossa cara eu quero que saiba que eu não queria trazer o Edward aqui. Mas ele me chantageou, amiga, disse que se eu não o trouxesse ele iria arrancar todos os posters das minhas bandas de rock e queimá-los no jardim." Alice falou, dando um soco no ombro de Edward.
Ele me olhou e sorriu.
"E aí, Bella? Eu disse que não ia desistir, não disse?" sibilou, seus olhos grudados nos meus.
Em que tipo de dimensão eu tinha entrado? Desde quando, no planeta Terra, aquele garoto estaria na minha casa, me fazendo uma visita? Só podia estar sonhando mesmo.
"Oi Edward!" acenei, o nome dele dançando nos meus lábios, me fazendo corar.
"Vamos, Bella, não seja mal-educada. Mostre que por trás dessa sua fachada de menina má, há uma pessoa receptiva e sabe tratar bem as visitas." sibilou e eu trinquei os dentes.
Ele estava em terreno inimigo. Eu podia muito bem partir para cima dele e acabar com aquela prepotência toda. E depois ia me fazer de santa, dizendo que eu só tinha me defendido.
Sorri diante da idéia e depois abri a porta, deixando que Alice e Edward entrassem.
"Bella, me perdoa, vai. Eu juro que eu não sei o que esse cabeça oca do meu irmão tá aprontando." Alice disse, ao ver que Edward estava dando uma geral na casa, avaliando cada canto.
Ele era inspetor agora? Desde quando?
"Fica fria, Alice. Eu sei que você tá limpa nessa história toda." murmurei, não desgrudando os olhos de Edward.
Ele parou bem em frente à mesa de centro da sala, olhando as fotos que estavam lá. Sorriu e pegou uma foto, mostrando-a para Alice.
"Olha só, maninha. A Bella no jardim de infância. Você precisava vê-la nessa época, era um terror." comentou, apontando para a foto.
"É, é, Edward, eu já vi essas fotos." Alice sibilou, retirando o porta-retratos das mãos dele, colocando-o lugar. "Olha só, eu não sei o que você tá querendo aqui, agora, por favor, dá o fora antes que a Bella arranque os seus olhos."
Soltei uma risadinha, imaginando como seria ter o prazer de arrancar os olhos de Edward.
"Deixa Alice. Ele só tá querendo me provocar. Mas pode deixar, ele não vai conseguir me tirar do sério." falei, encostada em uma parede.
Edward sorriu e me olhou.
"Bella, eu não vim aqui para brigar ou discutir com você. Só tô querendo selar a paz no nosso relacionamento." sorriu, se aproximando de mim. "E aí, Swan? Pronta para passar uma borracha em tudo que a gente viveu na infância e começar do zero?" ele me olhava, sua mão estendida à minha frente.
Bom, se ele queria brincar, então nós iríamos brincar. Estendi a mão e apertei a sua, sentindo uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Wow, por isso eu não esperava. Me arrepiei toda e depois soltei a sua mão, como se ela tivesse me dado um choque ou tivesse me queimado.
Alice nos olhava, em silêncio, enquanto nós dois nos encarávamos, também em silêncio.
De repente, ela se manifestou:
"Tá, tá bom. Agora que não tem mais ameaça de uma terceira guerra mundial, vamos fazer alguma coisa?" se aproximou e nos abraçou. "Bella, por que você não mostra os seus cds pro Edward?" sugeriu e depois olhou para o irmão. "Edward, a Bella tem cada cd de rock antigo que você vai adorar."
Edward me olhou e eu baixei os olhos, evitando fitar por mais de dois segundos aquele azul tão intenso que tomava conta das suas iris.
"Eu adoraria ver os seus Cds, Bella." ele falou e eu soltei um suspiro, cansada.
"Tá, tudo bem, vamos lá." fiz um aceno vago com a mão, enquanto subia as escadas, sendo seguida por Alice e por Edward.
Entrei no quarto e dei graças aos céus por tê-lo arrumado no dia anterior. Geralmente meu quarto mais parecia uma selva, quando uma coisa sumia, era impossível encontrar.
Eu percebi que Edward olhava cada coisa do quarto, reparando desde o meu mural com fotos, passando pela minha estante com livros e cds.
"Gostei do seu quarto, Bella. É a sua cara." ele falou, sorrindo, parecendo sincero.
"Hum...obrigada." murmurei, sem graça.
Alice pegou um cd na minha estante e colocou no cd player. Eu fui me sentar na velha poltrona de couro, incomodada por ter Edward no meu quarto.
O rock tomou conta do ambiente e quando eu percebi estava cantando, por pura força do hábito. Olhei para o lado e vi que Edward e Alice também cantavam, sorrindo, olhando um para outro. Sorri, ao perceber que eu achava linda aquela relação dos dois. Dava até vontade de me intrometer naquela intimidade toda.
Nesse momento, Edward olhou para mim e nós dois paramos de cantar, nossos olhos grudados um no outro. A música terminou e Alice interrompeu a nossa batalha de olhares.
"Bella, você se importa se eu for lá embaixo preparar uma pipoca pra gente?" ela me perguntou e eu rolei os olhos, meio entediada.
"Ai, Alice, fala sério, né? Como se você precisasse pedir uma coisa dessas. É claro que você pode fazer a pipoca. Você já é de casa." sibilei e ela abriu um sorriso. Em seguida, olhou para Edward e seu sorriso murchou.
"E você se comporte, mocinho. Não quero voltar aqui e ver você se estapeando com a Bella." ao ouvir isso, Edward revirou os olhos.
"Vai lá, pulguinha. Vai fazer a pipoca logo". resmungou e Alice fez uma careta para ele, antes de sair do quarto.
Um silêncio sepulcral se instalou sobre mim e Edward. Ele ficou mexendo nos meus CDs, enquanto eu olhava a chuva fina que caia lá fora. Estanquei ao perceber que a música tinha mudado totalmente. Me virei lentamente e vi que Edward me encarava, surpreso.
"Não sabia que uma menina como você gostava de música clássica." comentou e eu rolei os olhos, exasperada.
A música que invadia o quarto era Claire de Lune, de Debussy. Suspirei ao lembrar que eu amava aquela música, porque meu pai disse uma vez que a minha mãe sempre colocava para tocar, enquanto me dava de mamar.
Eu olhei Edward, irritada. Quem ele pensava que era pra ficar mexendo nas minhas coisas, desenterrando um passado que eu não gostava de relembrar?
Me levantei, furiosa, tentando desligar o aparelho de som, mas ele não deixou, me pegando pela cintura, me virando de frente para ele.
"Dança comigo?" perguntou e eu senti minhas pernas fraquejarem.
Antes que pudesse pronunciar qualquer coisa, Edward já me segurava forte, suas mãos nas minhas costas. Ele me conduzia lentamente ao som da música, meu rosto colado em seu peito, inalando aquele seu perfume que me deixava louca.
Eu estava sonhando? Se eu estivesse sonhando, por favor, que ninguém me acordasse. Não percebi que a música já tinha acabado, mas Edward ainda continuava me abraçando, me conduzindo lentamente, ainda no ritmo na música.
Soltei um longo suspiro, apreciando aquilo tudo. Meu coração estava quase soltando pela boca eu rezei para que Deus congelasse esse momento, me deixando ali, nos braços daquele garoto insuportável que eu amava demais.
De repente, Alice irrompeu no quarto, pulando de alegria, com uma vasilha de pipoca na mão. Me afastei de Edward bruscamente, saltando para longe o mais rápido que eu pude.
Alice nos olhou, um sorriso fraco brotando em seus lábios rosados.
"Ai gente, que lindo ver vocês dançando. Sabia que vocês formam um lindo casal?" sibilou e eu quase me enterrei de tanta vergonha.
Edward gargalhou e pegou um pouco de pipoca da tigela. Eu o olhei e ele sorriu, me fazendo pirar com aquele sorriso. Não sabia o que ele estava aprontando, mas eu ia descobrir.
Edward Cullen era o típico lobo na pele de cordeiro. E não ia deixá-lo perturbar a minha calma com tanta facilidade. Se ele queria fazer joguinho, então nós íamos jogar. Os dados tinham sido lançados. Eu só esperava que ele não tentasse jogar sujo.
Ele que ousasse bancar o vigarista comigo ou pagaria muito caro. Eu costumava ser impiedosa quando tentavam me passar para trás.
Alice novamente quebrou o silêncio que se instalou sobre nós após a sua entrada.
"Bella, eu estava mexendo em alguns DVDs seus, enquanto esperava a pipoca ficar pronta, e aí eu vi que você tem aquele filme do Heath Ledger, 10 coisas que odeio em você. Ai , Bella, você não idéia de como eu amo esse filme. Será que a gente pode assistir agora hein? Por favor?" pediu, pulando de alegria.
Edward tinha razão em chamá-la de pulguinha, Alice não parava quieta. Soltei um suspiro e depois sorri.
"Claro Alice, por que não"
Ela olhou para Edward e eu apenas segui seu olhar.
"E aí, Edward? Já terminou a sua visitinha suspeita? É melhor você ir, eu sei que detesta comédias românticas." murmurou e ele começou a rir, me encarando.
"E perder você e a Bella aos prantos por causa do mocinho do filme? Nunca." ele falou, seus olhos grudados em mim. "Vou ficar, maninha. Vamos logo assistir esse filme."
Alice soltou um longo suspiro e depois saiu correndo do quarto, descendo as escadas como um furacão.
Edward me olhou e eu tratei de desviar o olhar, intimidada com o modo como ele me encarava.
" Vamos?" perguntei e ele continuou parado no mesmo lugar onde estava.
Ele me avaliava dos pés a cabeça, parado como uma estátua. Aquela avaliação já estava me deixando incomodada e irritada.
" O que foi?" perguntei, exasperada.
Edward sorriu, aquele sorriso torto que fazia meu coração pular cada vez que aparecia em seu rosto, e depois me fitou, seus olhos me prendendo, me incapacitando de pensar.
"Sabe Bella, sempre achei que você era uma garota estranha. Mas não imaginava que me surpreenderia tanto. Você é diferente das outras garotas, e isso é.. hum...interessante. – falou, passando as mãos pelos cabelos. Eu estava com os olhos arregalados, incapaz de me movimentar um milímetro sequer. "Gostaria muito que essa nova fase do nosso relacionamento pudesse dar certo. Queria mesmo ser seu amigo." ele sorriu, me olhando.
Ah, droga! O que ele queria fazer comigo, me enlouquecer? Aquele garoto sabia como levar uma menina no papo. Mas eu conhecia a laia dele, sabia quem ele era. 'Lobo na pele de cordeiro', eu lembrei, tentando respirar.
Alice gritou lá no andar de baixo, me fazendo dar um pulo de susto.
" Ei, vocês dois vão ficar de papinho por muito tempo? Eu quero ver o filme." ela resmungou e nós dois sorrimos. Alice era impaciente.
Nós descemos às escadas e encontramos Alice sentada na poltrona. Na minhapoltrona. Revirei os olhos, soltando um suspiro pesado.
Era bom demais para ser verdade. Eu ia ter que sentar ao lado de Edward no minúsculo sofá da sala. Que ironia era tudo aquilo!
Alice mal nos deixou sentar e já colocou o DVD, pedindo silêncio.
O filme começou e eu tentei me concentrar na história, mas não estava tendo muito sucesso. Edward ao meu lado estava me deixando louca, o cheiro que emanava dele penetrava nas minhas narinas, me deixando tonta. Eu o olhei de soslaio e percebi que ele estava prestando atenção no filme.
Soltei um suspiro e voltei meus olhos para a tela da TV.
A história já estava na metade e de vez em quando eu percebia os suspiros de Alice, que estava totalmente envolvida com o enredo. E eu estava cada vez mais sensível à presença de Edward, parecia que ele estava mais próximo de mim, o seu corpo quase tocando o meu, sua mão mais próxima da minha.
No momento mais critico do filme, aquele que toda e qualquer garota com alguma sensibilidade no corpo, caia no choro, eu ouvi Edward soltar uma risadinha, no exato momento que Alice soltou um longo soluço. Ela estava aos prantos.
Revirei os olhos, entediada. Tá, eu tenho que confessar que eu sempre chorava nessa parte, assim como todas as garotas da minha idade. Na hora que a personagem recita o tal poema das coisas que ela odeia no homem que ela ama.
Mas agora eu não tinha prestado atenção em nada, minha cabeça estava longe, quer dizer, ela estava perto, mas estava totalmente preenchida por um certo garoto insuportável.
De repente eu senti uma mão quente envolver a minha e fiquei paralisada. Olhei para o lado e encontrei o sorriso de Edward, seus olhos focados nos meus. Sua mão apertou a minha com delicadeza. Se eu estivesse em pé, ia cair durinha no chão. Senti uma vertigem pelo corpo e minha cabeça ficou um pouco perturbada.
Tentei tirar minha mão, sem fazer maiores alardes, mas a mão dele estava decidida a ficar sobre a minha. O que é que ele queria? Qual era a nova brincadeira dele? Enlouquecer Bella Swan?
Só podia ser aquilo, ele já tinha cansado de apanhar, agora queria partir para algo mais estratégico. E eu devo confessar que ele estava levando vantagem.
Olhei para ele e vi que seu rosto estava muito próximo do meu. Epa, peraí, por aquilo eu não estava esperando. O que ele ia fazer? Oh meu Deus, ele não poderia ousar fazer o que eu estava pensando que ia fazer. Foi aí que eu notei que a mão dele já não estava mais sobre a minha. Eu a procurei e arregalei os olhos ao perceber que agora ela acariciava meu rosto.
Só fui eu que percebi que tava rolando um clima entre mim e Edward? Onde estava Alice nessa história toda? O que estava acontecendo, eu estava sonhando novamente?
Alguém, por favor, mandava a minha mente ficar quieta e se concentrar no que estava por vir. Edward estava me olhando, confuso, tentando entender o que se passava comigo.
Eu o olhei nos olhos, mas depois desviei o olhar, soltando um suspiro, totalmente entregue. Tinha esperado aquilo por anos na minha vida, já tinha beijado outros garotos, mas nada se comparava à expectativa de ser beijada por Edward Cullen. O garoto dos meus sonhos, o meu inferno particular.
Os seus lábios se aproximaram dos meus e eu fechei os olhos, me entregando totalmente. Nesse momento, um barulho estridente do toque de um celular interrompeu o clima, me fazendo pular do sofá com uma força tão incrível, que eu tropecei e cai no chão.
Alice me olhou, confusa, mas depois sorriu.
"Nossa Bella, você se assustou, hein? Imagina se estivesse vendo um filme de terror." falou e eu voltei a me sentar no sofá, roxa de vergonha.
Edward já estava de pé, o celular no ouvido, falando com alguém que logo depois eu soube de quem se tratava.
" Não, Jessica, eu não estou na lanchonete." ele falava e eu soltei um longo suspiro, passando as mãos pelos cabelos, percebendo que estava suada, a despeito do frio que fazia lá fora. "Tudo bem, eu estou indo buscar você."murmurou e eu soube que ele iria embora.
O momento tinha passado e eu sabia que não aconteceria novamente. Um raio não cai no mesmo lugar uma segunda vez, cai?
Edward se voltou para Alice, chamando a irmã.
"Alice, eu tenho que ir. Vou encontrar com a Jess, você quer que eu te deixe em casa?"
" Edward, você não tá vendo que eu estou prestando atenção no filme? Pode ir atrás da sua namoradinha, depois eu dou um jeito de voltar para casa." Ela resmungou e ele concordou, agora se voltando para mim.
" Bella, eu realmente adorei a tarde de hoje." Sorriu torto e eu tentei não ficar mais vermelha do que eu já estava. "Acho que podemos repetir esse momento agradável uma outra hora, não podemos?" perguntou, seus olhos querendo penetrar na minha mente.
"É." fui tudo que eu consegui falar. Minha voz estava presa na garganta, eu não iria conseguir formar uma frase coerente nesse momento.
Ele soltou um risinho e depois falou:
"Bom, a gente se vê por aí."
"Aham." eu balbuciei.
"Até mais, Bella." sorriu, enquanto eu abria a porta para ele.
"Até." respondi, meio ofegante.
Ele me lançou um ultimo olhar e depois saiu para a chuva fina, correndo até seu carro.
Fechei a porta à minha frente e finalmente soltei um suspiro carregado, expirando todo o ar que havia nos pulmões.

O que tinha acontecido nessa tarde? Tinha ficado mais de duas horas ao lado de Edward sem que nós dois saíssemos no tapa ou trocássemos palavras que mais pareciam farpas. Pelo contrário, nessa tarde, nós tínhamos até dançado e quase nos beijamos, se não fosse pela idiota da Jessica Stanley ter interrompido aquele momento.
Mas a verdade é que eu sabia que aquilo não ia acontecer. Edward Cullen não era garoto para Isabella Swan. Isabella Swan era inimiga mortal de Edward Cullen. Não havia meio termo para essa situação.
Edward era meu inimigo e agora, sem mais nem menos, queria posar de amiguinho de infância. Alguma coisa não se encaixava nessa história toda. Ele estava aprontando.
O quê eu ainda não sabia, mas não seria muito difícil de descobrir. Se ele estava pensando que ia me atacar de surpresa, estava muito enganado.

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