29 fevereiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 23

Boa noite pervinhas! Já disse o quanto eu amo finais felizes???? Finalmente Bella e Edward convenceram seus pais que todo aquele amor não era fogo de palha! Ótima leitura!
Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo

CAPÍTULO 23 -  A cerimônia.
BPOV
Não sei em qual período da noite eu tinha adormecido e também não lembrava de ter ido para meu quarto. Acordei sentindo a cabeça completamente dominada por uma dor insuportável e acabei sendo obrigada a fazer um esforço tremendo para conseguir erguer o corpo para longe da cama.

Deus, eu estava péssima!
Tomei um banho rápido e vesti-me sem vontade nenhuma de ir para a escola. Nem a perspectiva de ver Edward me animava; a conversa com Charlie na noite anterior tinha me deixado triste demais.
Desci as escadas e percebi que estava sozinha em casa; foi impossível conter o suspiro de alívio que escapou dos meus lábios. Peguei minha mochila e saí de casa, totalmente sem apetite para tomar café.
Entrei na picape e saí em disparada rumo à escola.
Levei um susto ao ver Alice descer do carro de Jasper, que estava estacionado ao lado da vaga em que eu tinha estacionado o meu carro. Que diabos estava acontecendo?
"Cadê o Edward?" perguntei assim que ela se aproximou de mim.
"Você está com uma cara péssima." Alice comentou e eu revirei os olhos cansada demais para iniciar uma conversa.
"Não respondeu a minha pergunta" eu a repreendi.
"Ele não virá a aula hoje." ela murmurou e eu senti meu peito doer.
Que bela noticia! Era tudo que eu precisa ouvir para deixar meu dia ainda mais horrível.
"Como estão as coisas com Charlie, Bella?" Alice perguntou enquanto eu fechava a porta da minha picape com força.
"Péssimas."
"Quer conversar sobre isso?" ela ofereceu, mas eu fiz uma careta e neguei com a cabeça.
"Tudo que menos quero agora é conversar, Alice." sibilei soltando um longo e pesado suspiro.
"Podemos ir, Alice?" Jasper perguntou assim que se aproximou da namorada.
"Jazz, importa-se em deixar que eu converse um pouco com a Bella?" minha amiga pediu, mas eu fiz um sinal para Jasper parar no lugar onde estava.
"Já disse que não quero conversar, Alice."
"Mas Bella-"
"Mais nada. Me deixe em paz, por favor." rosnei ríspida e encerrei aquele diálogo tão desnecessário.
Segui para o prédio da escola de cabeça baixa, não querendo olhar para ninguém. Assim que entrei em minha sala um barulho infernal de cornetas ecoaram no ambiente. Levantei a cabeça e não acreditei no que vi.
Jessica e sua turminha imbecil estavam no fundo da sala, segurando chocalhos e pompons, além de todos estarem com uma chupeta na boca. Até Cath estava no meio.
"Uma salva de palmas para a mamãe do ano, pessoal!" Jessica gritou agitando os alunos da sala.
Mas que palhaçada era aquela?
Senti a raiva tomar conta de mim e bufei, tentando me acalmar. Aquilo tinha ido longe demais.
Cath se aproximou de mim com uma caixa enorme nas mãos e me encarou, sorrindo com falsa inocência.
"Bella, esse é um presentinho de todos nós para você e o seu bebê. Agora que seu plano de fugir com Edward não deu certo, vai ser muito difícil criar um filho sozinha. Ser mãe solteira não é nada fácil." meu queixo despencou diante tamanha imbecilididade exposta bem em frente aos meus olhos.
Isso tinha sido a gota d'água, eles não deveriam ter mexido comigo justamente naquele dia.
Arremessei longe o pacote que estava nas mãos de Cath e a empurrei no chão, minhas mãos puxando seus cabelos com força. Alguém iria pagar por aquela palhaçada e nada mais justo do que a bebedora de chá infernal ser a escolhida para isso.
"Inglesinha de merda, você realmente mexeu com a pessoa errada." rosnei cega de ódio.
No instante seguinte eu lhe dei um tapa, fazendo-a gritar.
"Tirem essa louca de cima de mim!"
Alguém tentou me puxar, mas me agarrei nos cabelos de Cath, o que a fez urrar de dor.
"Só largo você quando terminar de lhe dar uma lição, Catherine!" murmurei dando-lhe outro tapa na cara.
Ela chorava desesperadamente e tentava – em vão – me acertar, mas eu fui mais rápida e a imobilizei.
"Nunca mais se meta onde não é chamada, garota!" dei-lhe um terceiro tapa certeiro em uma das bochechas salientes, dessa vez tão forte que minhas unhas arranharam a pele muito branca, ferindo-a.
Levantei-me e percebi que todo mundo me olhava; cada rosto trazia uma expressão diferente: medo, espanto, choque...
"Fiquem sabendo que a minha vida só diz respeito a mim. Se eu estivesse mesmo grávida, isso seria problema meu e de meu namorado. E não preciso engravidar para ter Edward ao meu lado. Ele já é meu há muito tempo e não tenho porque me rebaixar a esse ponto para tê-lo. E quem se atrever a cruzar meu caminho agora vai receber o mesmo tratamento carinhoso que a querida inglesinha recebeu. Alguém vai querer?" bufei e peguei minha mochila, encarando meus colegas de sala.
Ninguém murmurou uma palavra sequer.
Caminhei lentamente para fora da sala e me virei para ver Jessica ajudando Cath, que estava com o rosto cheio de marcas dos meus dedos e unhas. Suas bochechas sangravam. Seu cabelo estava todo desgrenhado e ela tremia, muito nervosa.
"Isso é que dá andar com a turminha errada, Catherine! Você foi só um fantoche nas mãos da idiota da Jessica. Mas ainda não é menos culpada por ter levado essa surra." falei, encarando as duas. "Da próxima vez fica esperta, Jessica. Eu juro que não livro a sua cara novamente." virei-me de costas e saí da sala, indo falar com o diretor pessoalmente.
Eu estava ávida por uma suspensão de no mínimo uma semana.
[...]
EPOV
"Mas que droga!" resmunguei ao desligar o celular; já tinha perdido as contas de quantas vezes tentei ligar para Bella na última meia hora.
Eu odiava quando ela não atendia o celular, o que acontecia quase sempre.
Queria explicar-lhe o motivo de eu ter faltado aula, Charlie viria em casa conversar com Carlisle e meu tio achou que eu deveria estar presente naquela conversa. Estava ansioso demais com aquilo tudo, minha vida dependia da conversa assim como a vida de Bella.
"Edward, Carlisle e Charlie estão esperando você na biblioteca." a voz de Esme me pegou de surpresa e eu me virei para encará-la, soltando um longo suspiro.
"Estou cansado disso tudo, tia Esme." sibilei e coloquei o celular no bolso.
Esme se aproximou de mim e me tocou nos ombros gentilmente antes de me encarar com atenção.
"Não estou plenamente contente com essa sua ideia de casamento, Edward, mas não quero que você sofra. Se é isso mesmo que quer para sua vida, então vou apoiá-lo, meu querido." Esme ainda não aceitava o fato de que eu queria casar com Bella, mas não havia mais nada a se fazer visto que eu não iria voltar atrás em minha decisão.
"É melhor eu ir até a biblioteca." falei enquanto me afastava de Esme.
"Edward!" minha tia chamou e eu me voltei para encará-la.
"Sim?"
"Vai dar tudo certo. Carlisle está confiante de que Charlie irá ceder. Ele confia que Charlie irá pensar na felicidade de Bella." ela sibilou e eu esbocei um sorriso fraco.
"Realmente espero que você esteja certa, tia Esme." disse antes de seguir para a biblioteca.
Agora era hora do tudo ou nada.
[…]
BPOV
"Odeio a minha vida!" rosnei assim que entrei em casa. "Acabo de espancar uma colega de classe e tudo que eu pego é um dia inteiro de suspensão. Que absurdo!"
Jessica e Cath tinham passado dos limites naquele dia e eu tinha sido tranquila demais, relevando fatos que não deveria relevar. Deveria ter socado Jessica da mesma forma como tratei Cath.
Aquelas duas idiotas ainda não tinham se tocado de que o jogo já tinha acabado há muito tempo e que Edward nunca ficaria com elas. Eram babacas demais para perceber isso.
Joguei minha mochila no sofá e subi correndo para o quarto. Peguei o celular, que tinha esquecido em cima da cômoda, e levei um susto ao ver o número de chamadas não atendidas.
Santo Deus, quase 100 ligações perdidas e todas eram de Edward!
Bufei de raiva e me joguei na cama enquanto discava o número dele.
"Que ótimo, agora quem não atende é você, Edward!" suspirei exasperada e afastei a franja ensopada de suor para longe do rosto.
Mais algumas tentativas de contato – todas frustradas – e enfim desisti, ouvindo pela última vez a mensagem eletrônica da caixa postal. Joguei o celular em cima da cama e pulei para fora do colchão, muito agitada. Estava bastante estressada, tudo que eu mais queria naquele momento era sumir de Forks, sumir do mundo.
Abri a última gaveta da minha cômoda e retirei uma caixa onde guardava algumas fotos. A maioria das fotos que eu tinha agora era com Edward.
Fiquei um bom tempo revendo os momentos especiais registrados e sorri, enquanto mergulhava no passado não tão distante. Senti meus olhos arderem e afastei as lágrimas com força, com raiva por ser tão fraca.
Edward tinha me transformado em uma manteiga derretida, por tudo eu chorava. Onde estava a garota mandona e durona que eu era há um ano atrás? Ele tinha banido-a da minha vida. Quer dizer, em alguns aspectos ela tinha sido banida.
Fechei a caixa com as fotos e a guardei, irritada.
Peguei meu telefone novamente e liguei para Edward, só para ouvir mais uma vez a mensagem da caixa postal.
O que estava acontecendo? Onde ele estava? O que estava planejando?
Aquela espera estava me matando. Precisava mais do que nunca vê-lo, conversar com ele, olhar naqueles olhos azuis perfeitos para ter certeza de que tudo acabaria bem, que nós ficaríamos juntos e que iríamos para Harvard.
Me joguei na cama e soquei o travesseiro várias vezes, tentando aplacar minha raiva. Cansada daquilo tudo me entreguei às lágrimas, exausta demais para tentar resistir.
"Você é uma fraca, Isabella Swan. Consegue sair ilesa de uma briga, mas não é capaz de lutar pelo amor da sua vida!" solucei enquanto deixava o choro tomar conta de mim. "Você é uma burra, idiota e muito covarde!"
Estava com raiva de mim, raiva de Charlie, raiva do mundo, raiva da minha vida! Como eu queria desaparecer naquele momento!
No meio do choro acabei cochilando, exausta emocionalmente.
Acordei assustada algumas horas depois, percebendo que não estava sozinha no quarto. Charlie estava de costas para mim, observando a chuva fina que caía em Forks.
"Pai?" chamei e ele se virou para me encarar, muito sério.
"Será que podemos conversar, Bella?" ele perguntou e eu sentei na cama, ainda tonta por conta do cochilo. Quanto tempo eu tinha dormido? Não fazia a mínima idéia.
"Pode ser em uma outra hora? Eu realmente não estou muito disposta a conversar, pai." sibilei e levantei da cama em busca de um elástico para prender meus cabelos, que pareciam um ninho bagunçado.
"Acabei de voltar da casa dos Cullen, Bella." Charlie murmurou e eu congelei onde estava, me virando lentamente para encará-lo.
Charlie tinha ido até à casa de Edward para ter uma conversa com Carlisle. Edward tinha dito que aquela conversa seria fundamental para definir o nosso futuro.
"Realmente ainda acho essa ideia de casamento absurda, Bella." meu pai falou e eu respirei fundo, completamente exausta.
Pelo visto a conversa não tinha surtido nenhum efeito benéfico para mim e Edward.
"Disso eu já sei, pai, então se o senhor vai querer continuar o sermão de ontem, fique sabendo que eu não estou-"
"Será que você pode calar a boca e me escutar pelo menos uma vez na vida?" Charlie me interrompeu, ríspido, e eu sentei novamente na cama, agora emburrada.
"Você e Edward são jovens demais, Bella, ainda precisarão aprender muitas coisas sobre a vida lá fora, sobre responsabilidade. Carlisle também concorda comigo quanto a isso." ele discursou e eu revirei os olhos, entediada.
Pelo rumo que as palavras de meu pai estavam tomando, a conversa com os tios de Edward tinha sido pior do que eu imaginava.


"Mas Carlisle me mostrou um lado dessa história toda que eu estava relutando em ver. Você e Edward já não são mais crianças, são jovens adultos, capazes de tomar suas próprias decisões. Tanto que decidiram se casar. Além disso, ele me fez ver também que eu não vou poder passar a vida toda protegendo você, Bella. Um dia eu morrerei e você ficará sozinha no mundo, por isso precisa aprender a se defender. E isso só acontece se você viver sua vida à sua maneira." meu pai sibilou e eu levantei os olhos lentamente, tentando ignorar a súbita esperança que estava crescendo dentro de mim.

Será que aquilo seria possível? Será que Edward e eu finalmente tínhamos conseguido?
"Pai-"
"Bella, eu nunca quis o seu mal, em momento algum desejei que você fosse infeliz. Só agi daquela forma, com um único propósito: defender você. Mas Carlisle me fez ver que eu estava completamente errado. Não vou proteger você lhe privando sua liberdade de escolha, seu livre arbítrio. Isso seria uma ditadura. Por isso, mesmo ainda hesitando, eu trouxe uma surpresa para você." ele murmurou e de repente eu senti meu rosto empalidecer ao ver a imagem que surgiu à minha frente.
Edward.
Ele sorriu ternamente para mim e eu senti meu coração falhar por um segundo. Nós tínhamos conseguido.
"Trouxe Edward aqui para dizer a você que mesmo não me acostumando com a ideia, vou deixar você casar, afinal é a sua vida, você já é maior de idade, Bella, pode fazer o que bem entender. Mas saiba que se algo der errado, eu estarei aqui, para ajudar no que for possível e também estarei aqui para os momentos felizes, porque tudo que eu mais quero nesse mundo é ver você feliz, querida." Charlie suspirou e eu me voltei para encará-lo, já aos prantos.
"Eu amo você, pai. Obrigada!" solucei e me levantei da cama, correndo para abraçá-lo.
Finalmente o peso que havia sobre meu coração tinha sido extinto.
"Não dê ouvidos aquilo que seu velho pai falou para você na noite passada, querida. Você será muito feliz." ele sussurrou no meu ouvido enquanto me abraçava forte.
"Nunca acreditei naquelas palavras, pai." consegui murmurar entre soluços. "Não acredite no que eu disse sobre odiar você. Eu amo você demais."
Ele sorriu calidamente e me deu um beijo no rosto.
"Eu nunca acreditei, Bells." eu sorri e voltei meus olhos para Edward, que estava encostado na porta do meu quarto observando a cena. Charlie percebeu meu olhar para ele e sorriu. "Vou deixar você e seu namorado conversarem. Estarei lá embaixo."
Concordei com a cabeça e vi Charlie se afastar de mim e depois sair do quarto.
Assim que ficamos a sós, eu corri para os braços de Edward e o beijei da forma mais apaixonada possível, sentindo minhas pernas fraquejarem, meu peito arfar e o fôlego sumir de meus pulmões à medida que sentia seu gosto na ponta da língua. Como aquilo era bom.
"Não disse que ia dar tudo certo?" ele sussurrou e me tomou nos braços. Deixei minha testa colar na sua e apertei o laço de meus braços em seu pescoço.
"Eu não consigo acreditar. Como você conseguiu isso?"
"Pois acredite. Charlie estava relutante quando chegou em casa, mas Carlisle explicou que a vida era nossa, que ele não poderia mandar em você para sempre. Ele tinha que dar um voto de confiança para você e para mim também."
"Foi só isso?" perguntei enquanto escorregava meu corpo pelo seu, arrancando-lhe um dos seus inúmeros sorrisos tortos e a mais pura distração das batidas do meu coração.
"Não, é claro que não foi só isso. Tive que provar para ele o quanto eu amava você." ele murmurou e eu o encarei sorrindo. "Acho que o meu olhar já diz tudo, não é mesmo? Sou completamente alucinado por você, Isabella Swan." ele continuou e eu gargalhei, voltando a abraçá-lo com carinho.
"Aposto que essa foi a parte mais fácil, não é mesmo?" ele sorriu e me beijou a ponta do nariz; seu hálito fez cócegas na minha pele.
"Mas é claro que foi a parte mais fácil. Não tenho como esconder o quanto amo você, Bella."
"Também não consigo esconder o que eu sinto por você."
"É mesmo?"
"Claro que é!" sibilei com falsa indignação.
"Então mostre!" ele provocou e eu puxei seu rosto para junto do meu, beijando-o com uma intensidade absurda. Como eu amava beijá-lo, como adorava sentir sua boca movendo-se contra a minha em um ritmo que era só nosso, feito exclusivamente para nós dois.
Depois de alguns segundos, ele se afastou e me encarou, seus olhos percorrendo cada centímetro do meu rosto, se detendo apenas nos meus que aquela altura estavam límpidos de choro.
"Agora não há motivos para preocupações." Edward sibilou alguns minutos depois, enquanto eu o beijava no queixo, mordendo sua pele com delicadeza. "Em breve você será a nova Sra. Cullen, minha mulher." senti meu coração acelerar ao ouvir aquilo e gargalhei ao senti-lo me rodopiar pelo quarto ao mesmo tempo quem que distribuia beijos por meu pescoço, face e cabelos.
"Amo você demais, minha Bella. E não desistiria de você tão facilmente." Edward murmurou e me colocou em pé na cama; seus olhos estavam agora presos aos meus.
"Prometo a você que seremos muito felizes, enquanto nos for permitido eu juro que farei você a mulher mais feliz desse mundo."
Sorri e peguei sua mão direita, beijando-a com carinho; a aliança de noivado no dedo de Edward me deixava cada vez mais agitada. O sonho agora era real, nada mais iria nos separar.
"E eu prometo que farei você o homem mais feliz do mundo, enquanto nos for permitido." sibilei e percebi que seus olhos azuis estavam mais brilhantes do que nunca. Ah como eu amava a cor vívida dos olhos dele.
"Eu te amo." ele murmurou e entrelaçou as mãos nas minhas. "Minha mulher."
Sorri largamente e depois encostei minha boca na dele, nossas respirações ofegantes se misturando.
"Eu te amo." depositei um beijo cálido em seus lábios. "Meu homem."
"Para sempre." ele completou e rapidamente suas mãos pularam para minha cintura, envolvendo-me em um abraço forte.
"Sempre." repeti antes de entregar meus lábios ao poder devastador da boca de Edward.
Era assim que as coisas deveriam ser, ele e eu juntos. Para sempre.
[…]
EPOV
"Alice, tem certeza de que precisa de tudo isso?" perguntei emburrado enquanto minha irmã arrumava minha roupa com uma empolgação fora do comum.
"Mas é claro que precisa, Edward. Hoje é o grande dia!" ela respondeu com um sorriso largo no rosto pequeno.
"Até parece que você não vai passar por isso também." murmurei dando um tapa na mão de Alice quando ela tentou arrumar mais uma vez o nó da gravata, que diga-se de passagem estava quase me matando sufocado. "Já chega, Alice!"
Ela fez uma careta e mexeu na ponta de seu cabelo curto, me encarando com atenção e um brilho de desafio no olhar.
"Como será que a Bella está se virando a essa hora?" ela questionou e sentou na beirada da cama; lançou-me um olhar repreensivo quando eu, por pura mania, comecei a puxar meus cabelos para cima, como sempre fazia quando estava nervoso.
"Provavelmente mais calma do que eu, pelo menos ela não tem uma irmã chata para pegar no pé dela."
Alice mostrou a língua em resposta e eu revirei os olhos; meus pés recusavam-se a ficar parados e eu passei a andar de um lado ao outro do quarto, sempre dando uma olhada no relógio.
"Você está nervoso, hein?" ela comentou em meio a uma risadinha abafada.
"Jura que você percebeu isso sozinha?"
"E está mal humorado também." Alice me deu um tapinha nos ombros e eu mais uma vez girei os olhos ao redor das órbitas.
"Pulga irritante, por que você não vai ver se Esme e Carlisle estão prontos? Não tenho o dia todo para esperá-los e já está quase na hora da cerimônia."
Foi a vez de Alice revirar os olhos.
"Edward, você está impaciente demais. E isso porque hoje é apenas a sua formatura. Imagina daqui a duas semanas quando você se casar com a Bella."
Não pude deixar de sorrir ao vê-la comentar sobre meu casamento, que estava marcado para mais ou menos 15 dias. Tudo estava encaminhado, os preparativos estavam a todo vapor. Alice era uma empolgação só com a organização da festa, ela cuidava de tudo com um carinho especial.
De repente, Esme entrou no meu quarto com uma câmera digital na mão e eu logo notei que seus olhos estavam muito marejados. E lá vamos nós outra vez. Aconteceu exatamente isso na formatura de Emmett e Rosalie no ano passado: minha tia caiu no choro na hora que os dois receberam o diploma.
"Olha só para você, meu querido, está lindo de beca e capelo." ela murmurou e passou a disparar flashes na minha direção.
Bufei de irritação e tentei pegar a câmera das mãos de minha tia, que se afastou de mim sorrindo.
"Nem pense em fazer isso, Edward. Agora seja um bom menino e pose para sua tia." ela pediu e eu senti a mão miúda de Alice me puxando para um abraço.
"Vem maninho, vamos tirar umas fotos juntos." ela pediu e me abraçou pela cintura, sorrindo em direção à Esme, que não conseguia esconder tamanha empolgação.
Após cinco intermináveis minutos de flashes e poses paras fotos, eu me irritei e saí do quarto resmungando como um velho muito ranzinza.
"Será que vocês podem se apressar, por favor? A cerimônia começa em quinze minutos." desci as escadas sendo seguido por Esme e Alice que ficavam revezando a máquina fotográfica, as duas estavam muito curiosas para ver o resultado das fotos.
"Imagina quando chegar o dia do casamento, Edward." Carlisle murmurou assim que entrei na sala, rindo do meu jeito aborrecido.
"Nem me fale nisso, tio. Vou ter que sumir de casa para ter um pouco de privacidade." sibilei observando Alice e Esme entrarem na sala, me seguindo como dois guarda-costas.
"Não se preocupe, maninho, no dia do casamento a nossa atenção será totalmente voltada para Bella. Você será largado de mão." Alice sorriu e ficou na ponta dos pés para me dar um beijo no rosto.
"Coitada da Bella." Carlisle e eu murmuramos ao mesmo tempo e os rostos de Esme e Alice se contorceram em caretas de reprovação ao comentário unissono.
"Homens." rebateram elas.
Soltei uma gargalhada alta ao vê-las emburradas; peguei o capelo que estava em cima da mesa e suspirei alto, me sentindo ridículo naquela roupa formal demais.
"Onde estão Rose e Emm?" perguntei procurando por minha irmã e meu primo. Eles estavam na cidade por causa da minha formatura e do meu casamento.
Rosalie ainda estava profundamente aborrecida com a noticia da minha união com Bella, mas eu não ligava a mínima para esse fato.
"Já foram para a escola." Carlisle informou e eu estalei os lábios em sinal típico de irritação.
"Todo mundo vai chegar primeiro que eu na minha própria formatura." resmunguei e arranquei uma risada de Alice.
"Deixa de ser chato, Edward. Esse tipo de cerimônia nunca começa no horário."
"Não precisa ficar tão nervoso, meu querido. Vai dar tudo certo." Esme sibilou e me beijou carinhosamente no rosto.
Nem eu sabia o motivo de tamanho nervosismo. Mentira, era claro que eu sabia. Fazia cinco dias que eu não via Bella e estava louco para reencontrá-la.
Ela andava muito ocupada com os preparativos do casamento, a arrumação dos seus documentos para nossa mudança e seu trabalho no supermercado. Tudo isso estava nos mantendo afastados um do outro, nos falávamos apenas por telefone tamanha falta de tempo.
"Acho que já podemos ir, não é mesmo?" Carlisle sugeriu e eu ergui as mãos para cima em sinal de alívio; Alice mais uma vez soltou uma gargalhada por minha causa.
"Edward agradece." ela murmurou e foi a minha vez de fazer uma careta.
"Não se preocupe, Bella vai estar lá, maninho." Alice sibilou quando nós já estávamos dentro do carro. Era incrível como aquela pulga intrometida me conhecia tão bem.
"Sei disso, pulguinha. Eu sei disso." murmurei com um sorriso alegre nos lábios; dois segundos depois recebi uma mensagem de texto e – já prevendo de quem seria – alarguei o sorriso fincado em meu rosto.
"Acabei de chegar na escola. Onde você está? Preciso ver muito te ver. Te amo, B."
Sorri e fechei o celular, dando uma olhada na paisagem que passava através da janela do carro sem realmente prestar atenção em algo especifico. Minha mente estava voando longe, fixa especialmente no formato de coração do rosto da garota dos olhos de chocolate mais lindos que eu já vira na vida.
E ela era toda minha.
[...]
BPOV
"Mike, você viu o Edward por aí?" perguntei assim que vi meu amigo se aproximar.
Mike franziu o cenho e murmurou:
"Não, Bella, não vi o Cullen hoje." ele me avaliou pensativamente e depois continuou. "Tá acontecendo alguma coisa com vocês dois? Nunca mais os vi juntos."
Soltei um longo suspiro e retirei o capelo que estava começando a me incomodar. Estava odiando estar vestida de beca, aquilo era um saco.
"Não tá acontecendo nada, Mike, eu só não consigo achar o Edward."
"Por que você não pergunta pro primo grandalhão dele?" Mike sugeriu apontando para o local onde Emmett estava. Ao seu lado estava a loira psicótica, Rosalie.
Era melhor me manter o máximo de distância possivel da irmã mais velha de Edward. Ele tinha me contado que ela não havia gostado de saber que iriamos casar. Não que aquilo fosse da conta dela, mas era melhor não me misturar com aquela garota com cara de serial killer.
Se ela tentasse alguma coisa contra mim, não ia prestar. Era bem capaz de sair no tapa com Rosalie, não me importando se era o dia da minha formatura ou o fato dela ser irmã de Edward, meu noivo.
Eu não suportava Rosalie e a recíproca era mais do que verdadeira.
"Não, muito obrigada, mas eu vou continuar procurando-o. Se você o vir, por favor avise que eu estou atrás dele." pedi já me afastando de Mike.
Continuei andando pelo pátio da escola, onde havia sido montado um palco para a realização da formatura. Os alunos já estavam se dirigindo aos seus assentos, a cerimônia começaria em menos de cinco minutos. E onde será que Edward estava?
Olhei para o lado e vi Jessica junto ao seu grupinho de amigas idiotas e percebi que todas estavam usando o mesmo tom de sombra e batom nos lábios. Suspirei pesadamente ao passar por elas, já bastante cansada da futilidade impregnada naquele lugar.
Ainda bem que faltava pouco para acabar.
Jessica me lançou um olhar furioso quando passei ao seu lado, mas eu fiz questão de ignorá-la. Tinha assuntos muito mais importantes para me preocupar naquele momento, não poderia ficar perdendo meu tempo com a cara feia da vadia Stanley.
"Edward, onde você está?" perguntei a mim mesma enquanto espiava entre os alunos e seus pais animados, que agora tomavam conta do pátio da Forks High School.
Meu pai estava sentado bem no centro da plateia e conversava concentradamente com os pais de Mike, provavelmente ouvindo opiniões sobre meu casamento com Edward.
A cidade inteira recebeu a noticia como se aquilo fosse uma bomba atômica. Charlie tentava não se aborrecer com as fofocas, mas eu sabia que ele não estava gostando dos comentários que tinham surgido.
Até a semana passada eu ainda ouvia boatos sobre uma possível gravidez.
Soltei um longo suspiro de frustração quando ouvi o cerimonialista anunciar o inicio da formatura. Já ia me dirigir para a primeira fila da plateia – destinada aos formandos – quando uma mão forte me segurou e girou-me sobre os calcanhares de uma forma tão rápida que eu senti a cabeça zonza.
"Posso saber para onde minha noiva está indo?"a voz de Edward causou arrepios por cada célula do meu corpo.
Sem pensar bem no que estava fazendo, pulei em seu colo e o beijei com uma vontade quase desesperadora; nosso momento romântico foi embalado pelo hino nacional dos Estados Unidos, mas eu não conseguia escutar muita coisa quando os lábios dele massageavam os meus de um jeito delicioso.
Tudo que eu realmente ouvia era a respiração acelerada de Edward e o barulho das nossas bocas se chocando enquanto eu passava as mãos pelos seus cabelos e aprofundava ainda mais o beijo faminto. Como eu estava com saudades daquela boca.
Só fui perceber onde estávamos quando minhas costas se chocaram com uma parede; gemi desgostosamente com o contato inesperado.
Desgrudei nossos lábios bruscamente e o encarei, levando um susto ao ver que já não estávamos mais no pátio da escola.
"Essa é uma ótima maneira de matar a saudade, amor." ele murmurou e colocou-me de volta no chão; meus dedos tremiam sem controle enquanto eu tentava – sem sucesso – desamassar o tecido da beca.
Estávamos atrás do prédio principal do campus, lado oposto ao pátio onde estava acontecendo a cerimônia de formatura.
"C-como viemos parar aqui?" perguntei meio desonrientada.
Edward gargalhou e me beijou levemente os lábios, antes de me abraçar forte e suspirar sonoramente junto ao meu ouvido.
"Não mandei você me beijar daquele jeito; logo pensei que poderíamos ficar a sós. Você me faz ter pensamentos nada puros, Bella." ele sorriu e passou os dedos por meu pescoço, o que causou uma nova série de arrepios.
Engoli em seco e me afastei um pouco de Edward, temendo não conseguir controlar o fogo que estava torturando meu corpo. Era impressão minha ou a temperatura de Forks tinha elevado uns trinta graus?
"Acho que é melhor irmos para o pátio." sibilei eu, levemente ofegante.
Edward estava com um sorriso muito safado nos lábios e eu senti minha cabeça rodar. Deus, isso não ia parar nunca? Perguntei-me quando deixaria de ficar tão deslumbrada com cada ação do homem de cabelos cor de cobre e olhos ferinos e sensuais. Algo que me dizia que nunca era a resposta mais conveniente.
"Ainda não, amor." ele murmurou antes de me beijar novamente; mandei a razão para o quinto dos infernos e agarrei-o pelos cabelos, repuxando-os à medida que sentia a língua quente deslizando pela minha boca.
Foi inevitável não relembrar da última vez que havíamos feito amor. Há um mês atrás, no estacionamento daquela boate em Port Angeles. E pensar nisso me deixou um pouco mais aliviada; nosso desespero pelo outro tinha razão e fundamento.
Mas aquela não era hora para pensar no assunto, nem muito menos colocá-lo em prática.
Com uma relutância extrema eu o empurrei, respirando seguidas vezes e sentindo meus lábios muito inchados.
"É sério, Edward, é melhor irmos."
Ele revirou os olhos e depois passou a mão pelos cabelos, para em seguida me lançar um sorriso torto matador da sanidade alheia.
"Essa noite você não escapa, Isabella Swan. Na festa que vai acontecer na minha casa." ele avisou e eu senti minhas pernas trêmulas de expectativa. Como gostava de me provocar.
"Chamamos ao palco os alunos para receberem seus diplomas." a voz firme do diretor anunciou e eu me voltei para Edward, ansiosa.
"Precisamos correr, Edward!"
Se Charlie sonhasse que eu não estava na fila para receber o diploma, era bem capaz de engolir meu fígado.
"Vem comigo." Edward sibilou e antes que eu desse conta, pegou-me no colo e correu em direção ao pátio.
Chegamos próximo ao palco no momento em que os alunos estavam caminhando para receber os diplomas. Mike e Angela nos encararam com olhares desconfiados assim que furamos a fila.
"O que aconteceu com vocês dois? Estão suados!" Mike comentou me avaliando. Passei as mãos pela testa completamente corada e sem graça.
"Nervosismo, Mike." murmurei sem encará-lo.
"Bom, no meu caso eu estou assim porque estava dando uns amassos na minha futura esposa atrás do prédio da escola. Algum problema com isso?" Edward respondeu olhando para Mike, que tinha ficado muito vermelho.
Mas eu provavelmente estava ainda mais corada que meu colega de turma. Edward era irritante quando tentava deixar Mike constrangido. E ele quase sempre conseguia o que queria, o que no fim das contas acabava me deixando constrangida também.
"Wow, vocês dois, hein? Não é à toa que querem casar. Tem certeza de que você não está grávida, Bella? Do jeito que vocês estão indo, isso é bem possível." Mike rebateu olhando diretamente para Edward, que bufou de raiva. Os dois nunca se deram bem e não seria agora, em nosso último dia juntos como colegas da mesma escola, que as coisas mudariam.
"Olha aqui, seu-"
Vi o rosto de Edward ficar vermelho e o puxei para longe de Mike; meu amigo nerd estava pedindo para ouvir mais uma resposta nada agradável e era melhor colocar um ponto final na conversa antes que fosse tarde demais.
"Quer parar de ficar respondendo as insinuações de Mike?" repreendi Edward assim que fomos para o fim da fila dos formandos.
"Ele provoca, Bella. E depois não aguenta!" ele sibilou emburrado.
"E você ainda se dá ao trabalho de se importar com essas gracinhas, Edward? Francamente." dava para perceber a quilômetros de distância o quão entediada minha voz estava.
"Só estou cansado das pessoas ficarem falando coisas que não lhes dizem respeito. E daí se você estivesse mesmo grávida? Isso não é problema deles." Edward fez questão de murmurar mais alto que o normal e isso fez com que alguns alunos que estavam na fila se voltassem para nos encarar.
Corei de vergonha.
"Isso logo passa, amor. Assim que estivermos casados isso tudo vai deixar de importar." a palavra casados pesou em minha boca e eu estremeci. Ainda não tinha me acostumado com aquela história toda de casamento.
"Não vejo a hora de ir embora dessa cidade." Edward comentou meio aborrecido.
"Nem me fala." concordei eu, em meio a um suspiro.
"Já pensou mesmo se você estivesse grávida?" ele questionou, meio minuto depois.
Eu o encarei chocada e balancei a cabeça de forma incrédula. Aquilo era sério mesmo?
"Ficou maluco?" sibilei assustada ao ver os olhos azuis arregalados e pensativos.
"O que é que tem?" ele deu de ombros e se voltou para me encarar.
"O que é que tem?" repeti de forma nervosa e minha voz saiu um pouco mais fina que o normal. "Eu só tenho dezoito anos, Edward! Mal me acostumei com a ideia de que vou casar e você quer me fazer pensar em gravidez?"
"Ia ser legal."
"Sem chances." decretei e tentei encerrar a conversa ao me virar para prestar atenção nos primeiros alunos subindo para receberem seus diplomas.
"Já pensou se tivéssemos uma garotinha mandona e irritada como você? Ou um garotinho irresistivel com as garotas como eu?"
"Não quero mais conversar sobre isso, tá legal?" decidi ser um pouco mais enfática na hora de por um ponto final daquele papo nada agradável.
A gargalhada de Edward me pegou de surpresa e eu o encarei com o cenho totalmente franzido em confusão.
"Qual a piada?"
"Sua cara de medo quando eu falei sobre gravidez foi hilária, amor." ele respondeu ainda rindo e eu fechei a expressão em uma careta zangada. Afastei-me de maneira brusca quando ele tentou envolver meus ombros em um abraço e ele riu do meu jeito aborrecido, o que só serviu para piorar as coisas.
"Idiota." xinguei-o com entusiasmo, mas isso apenas gerou uma nova série de risadas irritantes. Argh, como ele era chato!
"Não se preocupe, Bella. O assunto 'filhos' é para um futuro bem distante. Mas isso não nos impede de começar a treinar, não acha? Dizem que a prática leva a perfeição." Edward entoou em uma voz rouca e – sem perceber – vi-me envolvida por seus braços fortes, enjaulando-me junto ao seu corpo.
Ele tinha que parar de sussurrar ao pé do ouvido, aquilo era um golpe bem baixo. Eu ficava com os joelhos moles quando sentia sua respiração junto à minha pele e as chances de tentar alguma reação quando isso acontecia eram quase nulas.
O nome de Edward foi chamado no palco e ele se afastou de mim, não sem antes me beijar suavemente nos lábios. Sorri e o observei subir, sendo recebido pelo diretor que lhe entregou o diploma.
Edward ergueu o canudo e abriu um de seus largos sorrisos, sendo veementemente aplaudido por suas duas maiores fãs: Alice e Esme. E falando nela, a tia de Edward fotografava cada movimento do sobrinho. No fim, ele se juntou aos outros alunos no palco à espera do término da cerimônia.
Depois de alguns minutos foi a minha vez de receber o meu tão sonhado diploma. O sonho estava quase realizado, em menos de dois meses eu estaria na faculdade. Quase tropecei na hora de subir no palco, mas meu lapso foi imperceptível.
O diretor me entregou o diploma e eu me voltei para Charlie, que sorria abertamente na plateia, todo orgulhoso. Retribui seu sorriso e em seguida desviei os olhos para Alice, que agora me fotografava.
Balancei a cabeça ainda rindo do jeito efusivo de minha amiga e aproximei-me de Edward, que estava ao lado de Mike. Ironicamente os dois mantinham-se quietos, o que me deixou um pouco mais aliviada.
"Parabéns, formanda." Edward sibilou, abraçando-me.
"Parabéns para nós dois." ergui o rosto e deixei nossos lábios mais uma vez unirem-se em um beijo, dessa vez um selinho gentil e carinhoso.
Jessica passou ao nosso lado e nos encarou com ódio antes de se posicionar ao lado de Daniel, um dos idiotas do grupo que Edward um dia fizera parte.
Alguns minutos depois, Angela se juntou a nós e eu notei que a cerimônia estava quase no fim.
Bottle it up – Sara Bareilles*
Edward apertou minha mão gentilmente na sua e eu o encarei exibindo um sorriso enorme. Eu não podia negar que estava feliz em estar ali no pátio da escola que por anos havia sido meu pequeno inferno pessoal.
"E esses, senhoras e senhores, são os formandos da Forks High School!"o cerimonialista anunciou e eu gargalhei quando retirei o capelo e joguei-o para cima assim como todos os alunos presentes.
Todo mundo agora se cumprimentava, uma profusão de abraços animados, lágrimas e muitas risadas.
Olhei para o lado e sorri ao perceber os olhos de Edward me encarando. Sem perder tempo, puxei-o pela gravata e abocanhei seus lábios em mais um beijo apaixonado que foi correspondido quase que instantaneamente.
Edward envolveu minha cintura em um abraço forte e literalmente me fez sair do chão, segurando-me com firmeza.
"Conseguimos!" ele sibilou rindo alto, sem parar de me rodopiar. Seus lindos olhos azuis estavam mais brilhantes do que nunca e eu senti o peito comprimir tamanha era minha felicidade.
Se eu estiver sonhando, por favor, não me acordem!
"Sim, nós conseguimos, amor." murmurei gargalhando quando ele me girou mais uma vez no ar.
Aquele era apenas o pontapé inicial de nossa nova vida juntos.
Após a cerimônia de formatura, a família de Edward convidou todos os alunos para uma festa na casa dos Cullen.
O jardim estava lindamente decorado e um DJ estava pronto para animar os convidados. Charlie não pôde comparecer à festa, pois tinha plantão na delegacia e isso me deixou um tanto quanto chateada, mas procurei não aborrecer-me com o fato, afinal era o trabalho dele.
Assim que chegamos à festa, Alice praticamente rebocou-me em direção ao seu quarto, onde um lindo vestido preto me esperava. Ela me ajudou a trocar de roupa e eu não consegui esconder a sensação de poderque sentia ao observar as curvas de meu corpo milimetricamente moldadas pelo tecido de grife.
"Uau, nem dá para acreditar que você e Edward estão formados e daqui a pouco vão estar casados." Alice comentou enquanto seguíamos em direção ao centro da festa, localizado no imenso jardim dos Cullen.
Peguei um pouco de ponche que um garçom nos oferecia e sorri para minha amiga, surpresa e excitada com toda aquela mudança acontecendo em minha vida.
"Isso é um tanto quanto estranho, Alice, mas não deixa de ser maravilhoso."
"Vou sentir falta de vocês. A escola não vai ser a mesma sem a minha melhor amiga." ela confessou com os olhos meio marejados.
Ah não, sem essa de tristeza. Sabia que no dia do meu casamento seria algo pior, eu iria chorar rios de lágrimas.
"Não seja tão dramática, Alice. Vamos nos falar sempre." murmurei sorrindo para ela.
"Ai de você se não me ligar todos os dias."
"Pode deixar, Alice. Não vou largar do seu pé." eu ri e ela girou os olhos teatralmente, o que apenas serviu para aumentar minha crise de risos.
"E eu não vou largar do seu pé, meu amor." a voz de Edward interrompeu o momento engraçado e conseguiu a proeza nada inédita de arrepiar-me dos pés à cabeça.
Virei-me para encará-lo e quase desmaiei de surpresa e deslumbramento. Edward também tinha trocado de roupa e agora estava com uma camisa azul que deixava seu peito musculoso perfeitamente em evidência.
Meu Deus, quando iria me acostumar com aquela visão do paraíso? Provavelmente nunca.
E pensar que aquilo tudo era todinho meu, cada pedacinho daquele corpo perfeito só para mim. Impossível conter a salivação que inundou minha boca.
"Tá bom, eu já saquei tudo. Hora de recolher-me à minha insignificância. Vou atrás do Jazz." Alice sibilou e eu a encarei meio sem graça.
"Não precisa ir se não quiser, Alice." meu comentário a fez gargalhar alto.
"Bella, poupe-me. Não estou nem um pouco a fim de ficar vendo você comendo meu irmão com os olhos e ele fazendo o mesmo com você. Eu realmente não mereço isso." ela comentou e eu senti minhas bochechas rubras de vergonha. "A gente se vê por aí."
"Vai lá, pulguinha." Edward murmurou e Alice soltou um resfolego entediado.
"E vocês dois, por favor, tenham juízo." ela completou séria e Edward abafou o riso com uma tossidela nada discreta.
"Sim senhora, dona pulguinha."
"Você realmente adora provocar sua irmã, não é mesmo?" comentei quando já estavámos a sós.
Edward passou as mãos pelos cabelos e se voltou para mim com aquele sorriso sexy que causava uma verdadeira revolução em meu ventre.
"É o meu passatempo favorito." o risinho rouco agitou as borboletas em meu estômago.
Estava quase subindo pelas paredes e ele ficava me encarando daquele jeito. Eu realmente não merecia tamanha provocação.
"Que tal se a gente fosse dançar, hein?" perguntei antes de soltar um pigarro desconcertado.
"Claro, por que não?" ele concordou com uma veemência fora do comum; o olhar penetrante e o maldito sorriso torto me diziam que Edward Cullen estava cheio de segundas intenções.
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Estava começando a me sentir um tanto quanto desconfortável com as encaradas de Edward. Alice tinha razão, ele estava me comendo com os olhos. E eu também não estava atrás; minha pele estava quase pegando fogo.
O sol já começava a se pôr e seus raios manchavam o céu em tons de laranja e ouro, conferindo um belo banquete para os olhos, assim como a visão de Edward ao meu lado, segurando-me firme, suas mãos na minha cintura me provocando uma sensação enlouquecedora.
Bella, controle-se! - eu rosnei mentalmente, respirando fundo enquanto nós seguíamos para a pista de dança.
O ritmo que começou a tocar não ajudou muito. A batida da música era sensual e isso só fez com que o sangue corresse com mais força por minhas veias.
Comecei a me movimentar lentamente enquanto Edward me envolvia em um abraço por trás; isso fez com que minhas costas ficassem coladas em seu peito, drenando todo o calor que emanava da pele macia.
Às favas com o controle! Ele está me provocando demais!
Ele passou as mãos por minha cintura lentamente, fazendo questão de suspirar seguidas vezes junto ao meu ouvido. Quando eu pensei que fosse desmaiar de tanta excitação, ele virou-me de frente para que eu o encarasse nos olhos. A cor límpida que mais parecia a tonalidade de um lago claro sob os raios de sol não ajudou muito a me manter sã e equilibrada.
Suas mãos envolveram cada lado dos meus quadris, encorajando-os a rebolar – ainda que de forma discreta. Edward me virou novamente de costas e me fez dançar junto ao seu corpo, o que acabou me obrigando a morder os lábios na tentativa de conter uma série de gemidos.
Tentei me afastar dele, mas fui impedida pelo par de mãos mais fortes que já vira na vida.
"Não se mexa. Eu não estou em condições de ser visto agora." ele sussurrou em meu ouvido e encaixou o quadril propositalmente no meu; meu coração disparou e bateu na ponta da língua quando senti a excitação dele me espetar.
Prendi a respiração enquanto Edward passava as mãos pelos meus cabelos, afastando-os de meu pescoço. Movimentei-me com calma, ciente da ereção pulsante pressionada contra minha bunda. À cada pequena ação minha, Edward e eu gemíamos baixinho – excitados pelo atrito gerado entre seu sexo e o meu.
"Não me provoque, Swan." ele sussurrou roucamente e mordeu a ponta da minha orelha. Quem era mesmo que estava provocando quem por ali?
Ninguém a nossa volta percebia a eletricidade que estava acumulada sobre nossas cabeças.
"Você que começou me olhando daquele jeito." rebati quase sem ar, tudo por causa dos beijos que ele agora distribuía pela curva do meu pescoço.
"Não tenho culpa se você está tão deliciosa desse jeito." Edward murmurou e eu senti meu sangue borbulhar nas veias.
Oh meu Deus, eu não ia aguentar por muito tempo! Era bem capaz de perder a cabeça e atacá-lo ali mesmo, sem me importar com a multidão que estava presente na festa.
"Edward-"
Ele sorriu bem junto ao meu ouvido e depois sibilou.
"Acho que podemos ir agora. Eu consegui me controlar." ele se afastou e eu me voltei para encará-lo, totalmente confusa.
"Ir para onde?" perguntei desesperada enquanto ele me puxava para fora da pista de dança.
"Sem perguntas, Bella. Apenas me siga." ele respondeu e continou a arrastar-me para longe dos convidados, que dançavam alegremente.
Edward me levou até à casa e nós subimos as escadas sem sermos percebidos. O interior da mansão dos Cullen estava praticamente vazio, os convidados estavam todos concentrados no jardim.
O único movimento era o dos garçons que entravam e saíam da casa, revezando-se para atender a todos os presentes na festa.
Edward levou-me até seu quarto e eu arfei de expectativa, já prevendo o que aconteceria a partir de agora. Assim que ele fechou a porta eu pulei em seu colo, beijando-o desesperadamente, mais sedenta do que nunca.
Naquele momento eu precisava do beijo de Edward como se necessitasse de ar para respirar.
Ele me agarrou pelos quadris e levou-me para dentro do banheiro,o que me fez encará-lo com confusão.
"Por que não na cama?" perguntei assim que ele me colocou sentada na pia de seu enorme banheiro.
"Aqui é melhor, alguém pode entrar no quarto a qualquer momento. Emmett e Alice têm essa mania. Além disso, esse banheiro é o lugar mais silencioso da casa, ninguém vai escutar o que acontecer aqui dentro." ele sorriu e passou a ponta dos dedos pelo meu pescoço, me fazendo arder de tanto desejo.
"Pelo amor de Deus, eu não estou aguentando mais, Edward." praticamente gritei e puxei seu rosto para junto do meu, buscando sua boca; as mãos dele rapidamente trabalharam na barra do meu vestido e logo ergueram o tecido para expor minha calcinha.
Soltei um gemido alto quando Edward me acariciou por cima da peça intima, provocando-me da melhor maneira possível.
Abaixei-me e o mordi no pescoço; ele riu e afastou minhas pernas para que a calcinha úmida fosse retirada. Senti um arrepio quando minha pele muito quente entrou em contato com o mármore gelado da pia do banheiro.
Edward afastou as alças do meu vestido e abocanhou um dos meus seios, me fazendo arquear as costas completamente rendida.
"Como eu senti falta disso." ele murmurou mordiscando um mamilo meu.
Tentei pronunciar algo, mas minha boca estava muito seca, eu mal conseguia raciocinar direito, não com os lábios e as mãos de Edward me provocando daquele jeito.
"Edward-" gemi vergonhosamente e ele ergueu o rosto para me encarar.
"O quê, amor?" ele perguntou ao mesmo tempo em que passava uma de suas mãos por minhas costas úmidas de suor; a outra brincava sorrateiramente pela parte interior de minhas coxas.
Eu estava quase desfalecendo de tanto desejo.
"Edward." seu nome dessa vez saiu em forma de um grunhido alto, já que agora ele me estimulava cada vez mais, tocando-me no ponto mais sensível.
"Edward!" eu gritei quando o senti deslizar os dedos para dentro de mim; minha cabeça rotacionou e em seguida pendeu para trás, totalmente inerte.
Puxei-o com força e sem pensar abri o zíper de sua calça, completamente desesperada.
"Pra quê a pressa,amor?" ele questionou ainda me provocando com os dedos. "Vamos nos divertir mais um pouco." sua risada sexy me causava arrepios descontrolados.
"Já chega, Edward! Eu não aguento nem mais um minuto sequer." minha voz estava histérica.
Peguei a camisinha que estava no bolso traseiro da calça dele e abaixei suas boxers arfando ao ver seu membro muito excitado. Edward sorriu para mim e se afastou um pouco, pegando a peça de látex das minhas mãos para colocá-la de maneira correta.
Fechei os olhos quando ele se posicionou no meio das minhas coxas e deslizou com calma, sem nunca parar de me provocar. Passei as pernas em volta de sua cintura e o puxei para mais perto, quase enlouquecendo.
Edward se movimentava lentamente enquanto eu o beijava no pescoço; nossos corpos estavam começando a suar com mais intensidade e o cheiro que a pele dele exalava estava literalmente inebriando meus sentidos.
O controle de Edward começou a ruir no momento em que eu o estimulei a aumentar o ritmo e isso acabou obrigando-o a gemer de excitação, uma verdadeira música para meus ouvidos.
Sem conseguir mais esperar, nos unimos em um ritmo frenético, nossos corpos se chocando brutalmente, tornando-se um só.
Fechei os olhos no momento em que eu o senti me preencher por inteiro, soltando um suspiro forte antes de repousar minha cabeça em seu ombro e beijar seu pescoço suado.
Edward se movimentou dentro de mim vigorosamente e eu deixei escapar mais alguns gemidos. Sem perder tempo ele tomou meus lábios em um beijo que foi o responsável por acabar de uma vez por todas com o resto de fôlego que eu ainda trazia nos pulmões.
O orgasmo de ambos chegou de forma descoordenada, mas não menos intensa e agradável. Os segundos no paraíso começaram a desaparecer e eu consegui reunir forças para esboçar um sorriso de satisfação; Edward recostou o nariz em minha testa quente e suada e roçou-o contra minha pele, me fazendo rir com vontade.
"Eu amo você." ele sibilou baixinho e deslizou os lábios para deixar um beijo na ponta do nariz.
"Também amo você." murmurei quase sem fôlego, mas sentindo-me a pessoa mais feliz do universo.
Edward me puxou para um abraço e eu suspirei satisfatoriamente contra a pele fervente do seu pescoço.
Ficamos assim por algum tempo, nossos corpos parcialmente unidos apenas curtindo a sensação única de compartilhar o momento mais intimo que poderia existir entre um homem e uma mulher.

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