23 fevereiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 19

Boa noite pervinhas! Parece que nosso casal predileto terá sua primeira D.R. séria! No que será que tudo isso vai dar??? Ótima leitura!

Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo

CAPÍTULO 19 - A discussão.
Bella's POV
O primeiro dia da volta às aulas após o recesso passou agitado, com os professores ávidos em distribuir tarefas que manteriam os alunos com os olhos grudados nas pilhas e pilhas de livros por algum tempo. Como se nós tívessemos alguma coisa a ver com a tempestade de neve que interrompia as aulas a cada ano que passava.

Assim que o sinal do intervalo tocou – colocando enfim um ponto final no martírio chamado Biologia – Edward e eu saímos da sala conversando sobre amenidades. Eu ainda sentia uma certa tensão inexplicada pairando sobre nós, mas tentava a todo custo não pensar muito nisso. No fundo temia que um possível ataque de paranóia estivesse me dominando.
Edward tagarelava alguma coisa sobre uma banda nova de rock que prometia ser a sensação do momento quando eu senti algo espetando um pouco abaixo do meu ventre, provocando uma contração involuntária que me obrigou a levar as mãos a cintura, subitamente ofegante. Droga, a mudança de fuso horário deveria ter adiantado as coisas, mas precisava acontecer justamente hoje?
"Preciso ir ao banheiro, Edward. Importa-se de comprar meu almoço?" eu perguntei abrindo a minha mochila à procura da carteira de couro surrada que guardava meu ínfimo dinheiro.
"Sem problemas." ele me segurou impedindo que eu lhe entregasse o dinheiro. "O que você vai querer comer?"
"Pizza e refrigerante!"
Corri na direção contrária a da multidão de alunos famintos que seguiam rumo ao refeitório lotado e invadi o banheiro quase totalmente vazio. As contrações aumentavam em uma proporção irritante e eu só conseguia sentir o desconforto crescer dentro de mim.
Soltei um longo suspiro ao sair do banheiro, meio exasperada. Era uma bela hora para ficar menstruada.
Segui de volta ao refeitório abarrotado e procurei por Edward, que provavelmente estava na fila do almoço. Dei uma rápida olhada pelo local, enquanto seguia para a fila que estava dando voltas.
Parei no meio do caminho ao registrar uma cena.
Sentada à mesa com Edward, Mike, Ângela e Alice estava a aluna nova, a tal Cath. Edward e a garota estavam conversando despretensiosamente e eu percebi que ela estava sentada na minha cadeira, ao lado domeu namorado. Definitivamente eu não gostava nada daquela imagem.
Marchei até eles tentando não parecer que estava com ciúmes. Mas a verdade é que eu estava me corroendo por aquele sentimento pouco nobre.
"Comprou o que eu pedi, amor?" perguntei assim que me aproximei de Edward.
"Claro, aqui está." Edward me entregou a bandeja assim que eu sentei única cadeira vaga na mesa, no lado oposto ao de Catherine.
A morena me avaliou dos pés a cabeça, provavelmente querendo saber quem eu era. Era uma boa hora para me apresentar.
"Olá, meu nome é Bella Swan e eu sou namorada do Edward, o cara que esbarrou em você hoje de manhã. E você é...?" perguntei usando o meu tom mais educado.
"Oi, sou Catherine Peterson, mas pode me chamar de Cath." a garota sibilou em seu sotaque irritante, me olhando com um misto de surpresa e decepção.
Decepção? Interessante.
"Bella, a Cath está na minha sala. E só agora eu soube do que aconteceu pela manhã. Edward quase matou a garota." Alice murmurou sorrindo para mim. "Não é coincidência demais?"
"Coincidência demais." repeti em um tom que não mal disfarçava o ciúmes que estava sentindo daquela garota, que parecia próxima demais de Edward.
Droga, ela tinha que ser tão bonita daquele jeito? Até Mike estava babando por ela.
"Cath pretende ir para Havard e estudar Direito, assim como eu." Edward comentou bebericando seu refrigerante.
Mas que grande noticia era aquela. Edward em Havard com a tal Cath, enquanto o máximo que eu conseguirei ir é para a universidade secundária em algum lugar do Havaí. Aquilo só podia ser castigo mesmo. - Eu resmunguei mentalmente.
"Hm, Cath, o que trouxe você para a América em especial para Forks?" me virei para encarar os olhos muito verdes da morena sentada confortavelmente ao lado de Edward.
"Minha mãe é americana e nasceu em Port Angeles. Assim que se casou com meu pai, eles se mudaram para Londres, onde eu nasci. Agora mamãe se separou do papai e resolveu voltar para a sua cidade natal. E eu vim com ela, porque já estava cansada da vida na Inglaterra." Catherine soltou um suspiro antes de continuar: " Como em Port Angeles não havia vagas para o segundo ano eu fui transferida para Forks." já mencionei o quanto aquele sotaque arrastado me irritava?
Além disso eu estava odiando o modo como Cath olhava para Edward, como se ele fosse o último biscoito do pacote, o mais cobiçado de todos. Mas ele era o último biscoito do pacote, mas era o meu biscoito e eu não aceitava dividir com ninguém.
Eu sabia que Cath iria se interessar por Edward. Qual garota em sã consciência se interessaria?
Edward era irresistível.
Comi um pedaço de pizza sem vontade alguma, enquanto Cath era sabatinada por várias perguntas de Mike, Alice, Edward e até Angela, que era praticamente muda.
Fiquei ali calada, observando o modo como ela se portava, como de vez em quando lançava olhares lânguidos demais na direção de Edward, que parecia não perceber ou não se importava.
A cólica menstrual estava me matando e eu atribui isso a minha irritação. A garota não tinha feito nada de mal para mim, por que eu estava começando a detestá-la?
A resposta era simples: eu estava me sentindo ameaçada pela primeira vez desde que comecei a namorar com Edward. Jessica não tinha sido um grande problema, apesar de ter quase destruído a minha vida e a de Edward.
Mas eu não me senti tão ameaçada como eu estava me sentindo agora.
O jeito meigo e delicado de Catherine era o tipo certo que atraía os homens, em especial homens como Edward. E eu sabia que não tinha nada de meigo e delicado.
A dor em meu ventre aumentou, o que me fez levar as mãos em direção ao local dolorido, em uma reação involuntária.
Meu gesto não passou despercebido por Edward.
"Algum problema, Bella?" ele perguntou, passando a mão pelo meu rosto. "Você está pálida".
"Eu acho que não estou muito bem mesmo." eu sibilei ofegante.
Estava me sentindo como se tivesse levado um soco na barriga. Doía demais.
"Quer ir para enfermaria?" ele inquiriu, passando os braços em torno dos meus ombros em um gesto protetor.
Vi que Cath nos lançou um olhar triste e depois desviou, tentando disfarçar a careta desgostosa que insistia em ficar plantada bem no meio do rosto de feições delicadas. Acabei sentindo pena da garota, ela não tinha culpa nenhuma ali, afinal Edward era um verdadeiro destruidor de corações.
"Acho que vou aceitar a oferta." murmurei me levantando, agora sendo observada pela mesa inteira.
Alice se levantou também e me encarou preocupada.
"O que você tem, amiga?"
"Uma cólica muito forte, Alice." gemi meio sem forças.
"Vou levá-la para enfermaria. Caso seja necessário, eu levarei Bella para casa." Edward informou, me envolvendo pela cintura enquanto falava com Alice.
"Tudo bem, Edward. Jasper me dá uma carona até em casa." Alice sibilou e Edward a encarou sério.
"Nada de emendar caminho." ao ouvir o tom autoritário do irmão, Alice revirou os olhos e fez uma careta para Edward.
"Leva logo a Bella para a enfermaria. Sua namorada está pálida demais." ela murmurou e eu soltei uma risada fraca, não achando graça nenhuma naquela piadinha dela.
"Melhoras Bella." Mike sibilou e eu agradeci acenando com a cabeça.
Cath ficou observando o modo como Edward me abraçava e eu não tive dúvidas: a garota nova estava interessada em meu namorado. Precisava ficar mais atenta do que nunca, já não bastava Jessica Stanley no meu pé, agora a inglesinha estava querendo tirar uma casquinha do meu namorado.
Só por cima do meu cadáver.
[...]
Como era de se esperar, Edward conseguiu convencer a enfermeira a me liberar e como ele sempre conseguia o que queria, aqui estávamos nós entrando na minha casa.
Confesso que até gostei dessa liberação, eu não estava me sentindo muito bem. A cólica tinha cedido um pouco, mas ainda estava doendo.
"Quer ir pro quarto, Bella?" Edward perguntou, me colocando em pé.
"Quero sim, mas acho que posso ir andando. Obrigada, Edward." eu murmurei, subindo as escadas lentamente.
Edward me seguiu e assim que nós entramos no quarto, eu fui tirando minha roupa, louca para colocar algo mais confortável e me jogar na cama.
Vesti meu moletom, enquanto Edward ligou o rádio, colocando uma música suave que me relaxou um pouco.
"Ainda dói?" ele perguntou enquanto eu me deitava.
"Um pouco." eu sibilei, puxando-o para deitar do meu lado.
Ele sorriu e me abraçou, colando sua boca na minha orelha para soprar o hálito quente contra minha minha pele. Meu coração amoleceu instantaneamente e eu até consegui esquecer a dor por alguns segundos. Cheguei até mesmo considerar que a cólica tinha surgido em boa hora; receber o carinho sincero de Edward era bom demais. Só que o desconforto espetou um pouco mais meu ventre e eu mandei aquela ideia pro espaço.
Ouvi um suspiro carregado ao fundo e deixei que meu corpo buscasse o aconhego único que emanava da pele macia e quente de Edward. Ficamos assim em silêncio, enquanto o remédio que eu tinha tomado na enfermaria começava a fazer efeito, me envolvendo no sono reconfortante.
[...]
Acordei algumas horas depois, a dor no meu ventre finalmente tinha cedido. Olhei para o lado e percebi que Edward não estava mais me abraçando.
Virei para o outro lado e o encontrei na janela, observando a chuva insistente que caía em Forks.
"Edward.." eu chamei, passando as mãos pelos cabelos. Eu deveria estar um horror.
Ele se voltou para mim, segurando um papel na mão. Seus olhos estavam sérios, assim como a sua expressão.
"Pode me dizer o que significa isso, Bella?" ele perguntou me entregando o papel.
Puxei a folha velha e meio amassada e forcei meus olhos a focarem no assunto que estava pintado sobre a página de caderno amarelada pelo tempo. Aquela era uma lista das coisas que eu odiava em Edward, mas onde é que ele tinha achado aquilo? Eu até tinha esquecido daquele maldito papel.
"É uma lista, Edward. Assim como aquela sua lista de coisas que odiava em mim, lembra disso?" perguntei enquanto amassava o papel nas mãos e o colocava sobre a cômoda ao lado da minha cama.
"Sua lista é muito maior do que a minha." ele murmurou sentando à minha frente.
"Hum.. pois é." sibilei, prendendo meus cabelos em um coque frouxo.
Edward me encarou longamente em um silêncio perturbador que me deixou bastante desconfortável.
"O que está acontecendo conosco, Bella?"
Eu franzi o cenho diante da pergunta, não entendendo a que ele estava se referindo.
"Não entendi, Edward."
"Por que você está tão fria comigo?" ele murmurou e eu me voltei para encará-lo atônita.
Eu estou fria com você, Edward? Você é que mal troca duas palavras comigo." acusei, me levantando da cama.
"Como é que é? Por acaso fui eu que inventei um flerte com alguém que era gay, a troco de nada?"
"Estava demorando para esse assunto voltar à tona. O que você quer, Edward? Quer que eu peça perdão a você? Tudo bem, eu errei, fui idiota, mas já passou, ok? E tudo isso por causa de uma maldita lista!" revirei os olhos e pisei forte no chão gelado do meu quarto bagunçado demais.
"Isso não tem nada a ver com a lista e você sabe disso. Qual o seu problema? Do que você tem tanto medo?" ele perguntou e pulou da cama, parando a centímetros de mim.
Eu o encarei longamente e depois soltei um suspiro carregado, desviando o olhar do dele.
"Eu não tenho medo de nada, Edward, só não gosto que as pessoas tentem mandar em mim e você vive querendo fazer isso." sibilei e ele negou com a cabeça, claramente discordando.
"Nunca tentei mandar em você, Bella. Só fiquei com ciúmes quando vi você com o tal surfista. Não gostei de ver você flertando com ele. E você se aproveitou da minha fraqueza para se divertir as minhas custas. Aquilo era um tipo de punição? Você achou que eu tentei te controlar e resolveu me punir?" Edward disparou e me segurou pelos ombros, quando eu tentei me afastar.
"Se você quer a verdade, tudo bem, então vamos a verdade. Foi isso mesmo, já disse a você que odeio quando alguém tenta exercer algum poder sobre mim. Não gosto disso, Edward. E você tentou me controlar, me proibindo de ver Jacob. Resolvi que ia punir você e inventei aquela história de flerte, mesmo sabendo que Jake era gay." eu murmurei e ele se afastou de mim.
Um silêncio carregado caiu sobre nós, enquanto eu via Edward se dirigir até a janela, suspirando longamente.
"Não consigo entender você, Bella. Eu juro que eu tento, mas não consigo. Você tem um grande trauma, em parte pelo fato da sua mãe ter ido embora quando você era criança e isso afetou suas emoções." ele se virou para mim e percebeu que eu estava bufando de raiva. Eu odiava quando alguém tentava descrever as minhas emoções.
"Entenda uma coisa, Bella." Edward continuou, ignorando minha cara emburrada. "Não quero controlar você, mas eu sou seu namorado e tem certas coisas que eu não admito, você precisa me respeitar, assim como eu preciso respeitar você. Sua atitude foi infantil demais e me deixou muito chateado."
Eu estava nervosa demais, não estava gostando nada daquela conversa.
"Ah, agora eu sou infantil, não é? O que você quer, Edward? Já não admiti que estou errada, já não pedi desculpas? Isso não bastou, você quer um pedido formal de desculpas? É só me dizer, que eu faço, agora por favor, eu não quero mais falar sobre isso, tudo bem?" tentei encerrar a conversa, mas ele me encarou sério.
"Você é muito arrogante, Isabella Swan. E isso está afetando diretamente o nosso relacionamento. Eu não quero que você peça perdão formalmente, só quero que pense um pouco e veja que está errada. Porque caso o nosso namoro termine, não quero que venha me culpar por isso." ele sibilou e eu o encarei atônita.
"Está querendo terminar comigo, Edward? Toda essa conversinha fiada foi uma enrolação para dizer que o nosso namoro acabou?" eu perguntei, sentindo uma pontada dentro do peito que logo reverberou em minha garganta e correu em direção aos dutos lacrimais.
Não, tudo menos crise de choro, eu não ia me humilhar tanto assim.
"Eu não disse isso. Você sabe que não foi isso que eu quis dizer." ele rebateu e eu me virei de costas, suspirando profundamente.
"Eu sabia um dia isso iria acontecer. Só estava me enganando. Eu sou uma besta mesmo, claro que você quer terminar comigo. Sou uma idiota, uma idiota que só faz besteira, que só serve para se ferrar na vida." eu murmurei mais para mim mesma do que para ele.
Edward me segurou pelo braço e fez com que eu voltasse a encará-lo. Só então me dei conta de que estava tendo a crise de choro que tanto queria conter.
"Vou repetir: nãoquero terminar com você! Nem me passou pela cabeça essa ideia, mas eu também não quero ser o idiota dessa relação. Mais pareço um brinquedo nas suas mãos, Bella. Um saco de pancadas, um ser que vive sendo escorraçado pela garota que ele ama. Eu cansei! Cansei mesmo." Edward soltou e eu funguei, desviando o olhar do dele.
Ele estava certo, eu estava tratando-o pior que um cachorro, tinha passado muito tempo pensando em mim mesma e tinha esquecido dele.
"Edward.. me desculpa.."
"Eu te amo, Bella. Como eu nunca amei ninguém. Mas parece que desde o acidente nosso relacionamento começou a definhar, como se você tivesse perdido a confiança em mim." Edward murmurou magoado e eu neguei veementemente com a cabeça, me aproximando de forma cautelosa até que ficássemos muito próximos um do outro.
"Eu sou uma idiota, Edward. É claro que eu confio em você, mas você é bom demais pra mim, é lindo demais, por dentro e por fora, acho que não mereço tanto. Tem tantas garotas por quem você podia se apaixonar e no entanto, preferiu ficar comigo."
Edward deu um sorriso fraco e depois me segurou pelos ombros.
"Você tem um sério problema com a sua autoestima, não se enxerga direito. Será que ainda não percebeu que eu não me importo com garota nenhuma, com exceção de você? Será que eu vou ter que passar a minha vida inteira provando pra você que eu a amo, que eu quero você comigo pra sempre?" perguntou e eu senti as lágrimas brotando novamente em meus olhos.
"Eu te amo, por favor, me desculpe, me desculpe." pulei em seu pescoço e o abracei com força, sentindo os dedos flácidos tamanho a força que eu fazia para fincá-los contra a nuca de Edward.
Ele envolveu meu corpo com seus braços fortes e beijou o alto da minha cabeça de forma gentil. .
"É claro que eu perdoo você, Bella. Mas eu preciso conversar algumas coisas com você." ele se afastou de mim enquanto eu enxugava as lágrimas, fungando.
"O que é?" perguntei soltando um longo suspiro. Só então percebi que a expressão séria voltara a dominar o rosto perfeito de Edward.
E eu não estava preparada para o que veio a seguir.
A mão de Edward desferiu uma bofetada no lado esquerdo do meu rosto, me pegando totalmente desprevenida. Olhei para ele chocada e assustada, mas ele me sorri muito tranquilo.
"Essa é uma das coisas que vão mudar à partir de agora, Bella. Se você me bater, vai levar. O cavalheirismo tem limites e eu estava sendo um idiota ao invés de cavalheiro." ele sibilou acariciando meu rosto, passando os dedos gentilmente pelo local que me dera o tapa.
"Acho que estava precisando de um desses, né? Andei me comportando como uma imbecil e você tinha todo o direito fazer isso. Me perdoe mais uma vez." eu o encarei e ele sorriu muito gentil.
"Tudo bem, amor. Já disse que está tudo bem." Edward garantiu e me puxou em um abraço apertado.
"Eu sou uma covarde, Edward. A verdade é essa, tenho medo de um dia perder você, por isso fico agindo como uma maluca. Você é o garoto dos meus sonhos e eu sei que tem um monte de garotas aos seus pés"-
Ele me interrompeu, fazendo com que eu encarasse.
"Esquece as outras garotas, Bella. Se preocupe com você, é isso que importa para mim." ele murmurou e eu sorri, passando as mãos pelos seus cabelos emaralhados que tanto amava.
"Obrigado por ter insistido tanto em querer me conquistar, Edward. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida."
"Assim como você foi da minha, meu amor." ele sussurrou e passou os dedos pela ponta do meu nariz. "Me promete uma coisa?"
"O quê?"
"Promete que não vai mais esconder nada de mim? Promete que vai falar quando alguma coisa agrada ou desagrada você? Assim fica mais fácil, Bella. Eu não quero ser apenas o cara com quem você se amassa e tem umas noites de prazer. Quero ser seu amigo, quero poder te ajudar quando você estiver com problemas."
Eu sorri para ele, sentindo as lágrimas caindo novamente. Edward era perfeito demais. Perfeito demais para mim.
Você o merece, Bella.
A frase ecoou na minha cabeça e eu me agarrei a ela. Eu o merecia e faria de tudo pra fazê-lo feliz.
"Eu prometo isso, meu amor. Prometo que agora vou dividir todos os meus problemas com você. Mesmo que você não aguente as minhas lamúrias por muito tempo." eu sibilei e ele gargalhou, passando as mãos pelas minhas costas de um jeito carinhoso.
"Estou aqui pro que der e vier, Bella. Além disso, eu sofro de insônia. Vai ser bom ouvir as suas lamentações. É capaz de eu dormir rapidinho." ele murmurou e piscou pra mim, me deixando subitamente sem ar. Fiz uma careta enquanto ele gargalhava do meu jeito afetado.
Soltei um suspiro alto e me remexi em seus braços meio agitada. Era hora de falar o que estava sentindo. Não iria mais esconder as minhas emoções.
"Eu amo você, Edward. Mais do que tudo nessa minha vida." sorri e passei as mãos pelos seus cabelos, puxando o seu rosto para mais próximo do meu.
Ele deu uma risada sonora enquanto eu aproximava a minha boca da sua, tentando beijá-lo.
Edward me olhou por alguns segundos, observando a minha respiração ofegante, até que estreitou a distância dos nossos lábios, reduzindo-a a centímetros.
"Será que eu posso?"
"Vá em frente, meu amor." ele respondeu e eu sorri, meus olhos agora estavam cravados na sua boca.
Minha boca grudou a sua no instante seguinte, nossos lábios se movendo em perfeita sincronia enquanto ele me apertava contra o seu peito, acariciando a minha nuca. Soltei um longo suspiro, permitindo que sua língua encontrasse com a minha, absorvendo todo seu gosto. Como aquilo era tão bom.
De repente ele se afastou de mim, mas não me soltou. Sorri diante do seu jeito sem graça e o abracei, beijando a curva do seu pescoço.
"Tá a fim de ver um filme?" perguntei, enquanto ele enrolava uma mecha do meu cabelo em seu dedo.
"Pode ser. Mas nada de comédias românticas, ok?"
"Tudo bem. Que tal um filme de guerra ou então de luta livre? Podemos também ver algum jogo de futebol também. O que acha?" perguntei e ele gargalhou, me envolvendo naquele riso quente e fascinante, não me deixando outra alternativa a não ser sorrir em resposta.
"Essa é a minha garota. Sabe muito bem como agradar seu namorado."
"Eu sou boa no que faço." murmurei e Edward concordou com a cabeça, ainda sorrindo.
"Realmente você é muito boa." sibilou passando a mão pela curva da minha bunda.
Prendi a respiração, totalmente afetada, mas consegui me controlar e lhe dei um tapa no braço.

"Olha o respeito." eu o repreendi e ele me lançou aquele sorriso torto matador. "Vamos lá pra baixo, meu pai está quase chegando e eu não quero confusão pro meu lado."

"Sim, senhora Swan." Edward brincou e me puxou em um abraço, enquanto nós saiamos do meu quarto. "A última palavra é sempre sua."
Eu gargalhei alto e me virei para encará-lo.
"Ainda bem que você sabe disso."
Ele passou as mãos pelo meu pescoço, roçando a ponta dos dedos pela minha pele pálida. Senti um arrepio percorrer toda a minha coluna e fechei os olhos, enquanto Edward beijava o local onde seus dedos estavam há segundos atrás.
"Edward..." eu gemi e ele soltou uma risadinha abafada contra o meu pescoço.
"Viu, amor? A ultima palavra é sempre sua."
"Safado!" resmunguei pisando firme nos degraus da escada. "Você sabe muito bem que contra isso eu não tenho como lutar."
Edward deu de ombros e pulou no sofá, me puxando para sentar ao seu lado.
"Cada um luta com as armas que tem, meu amor." ele sibilou e voltou a roçar os lábios na curva exposta do meu pescoço. Ouvi-lo falar de forma tão sedutora não me deixou outra alternativa a não ser concordar.
Ele realmente tinha um arsenal muito bem equipado.

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