16 fevereiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 14

Boa noite pervinhas! Parece que Bella irá tentar convencer Charlie a ir a Califórnia com Edward... Mass parece que o maior problema para essa viagem acontecer não será Charlie o maior empecilho não... Ótima leitura!

Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo
Capítulo 14 - A viagem
Bella's POV
Passei o resto da tarde andando de um lado pro outro, esperando a hora de Charlie voltar para casa. Olhava o relógio de segundo em segundo, quase tendo uma síncope de tanto esperar. Enfim, quando o relógio marcou 7:30 da noite eu ouvi o barulho da viatura de Charlie entrando na rua e sabia que era hora doconfronto final.
Estava com um discurso ensaiado, para o caso do meu pai tentar não me deixar ir. Ia apelar para a chantagem, se Charlie ousasse me impedir de ir na viagem.

Pulei do sofá assim que ouvi a voz de Charlie me chamar.
"Bells, estou em casa."
"Tô aqui, pai." falei, olhando-o atentamente.
Como será que meu pai estava? Será que o seu dia tinha sido muito estressante? Oh meu Deus, tomara que Charlie não esteja mal humorado!
"Tudo bem, Bells?" perguntou, retirando seu cinto com a arma e algemas.
"Hum.. tudo.. b-bem." gaguejei, mais nervosa do que nunca. Era agora. "Pai, será que.. que.. que.." as palavras estavam se recusando a sair da minha boca. Ah, porra eu era tão corajosa tão corajosa para algumas coisas, por que não poderia ter coragem justamente na hora que eu mais precisava?
"Algum problema, Bells?" Charlie perguntou, enquanto se dirigia para a cozinha.
"É pai. Digamos que seja um problema. Podemos conversar?" sibilei, me sentando em uma cadeira, morrendo de medo de desmaiar.
"Claro, Bells. O que aconteceu?" Charlie sentou de frente pra mim e eu sabia que agora não tinha mais jeito de fugir dessa conversa. Praguejei baixinho, amaldiçoando Edward até a sua décima geração. Ele era mestre em me colocar em situações embaraçosas.
"Pai.. é que.. bom, pai, é que os tios do Edward... bom..." passei as mãos pelos cabelos seguidas vezes, quase arrancando os fios. .
"Isabella, o que foi que você andou aprontando?" Charlie me olhou atentamente, a voz estava carregada de preocupação.
O que meu pai pensava que eu era? Tá certo que eu não era um modelo de filha, mas acho que merecia um voto de confiança.
"Não aprontei nada, pai! Carlisle e Esme me convidaram para ir com eles e a família em uma viagem de duas semanas para a Califórnia. Posso ir?" despejei em um jato, com medo de não conseguir mais pronunciar aquelas palavras.
Soltei um longo suspiro, enquanto tudo que eu ouvia era a cantoria dos grilos no jardim. Odiava quando Charlie emudecia dessa maneira. O clima ficava parecido ao de um filme de terror, era torturante.
"Pai?" chamei, encarando Charlie de forma preocupada. Meu Deus, será que ele estava respirando?
"Hum.. uma viagem? Para um estado que fica a quilômetros daqui? Com o seu namorado adolescente cheio de hormônios em ebulição? Bom, o que eu posso dizer: NÃO!" Charlie agora me encarava, sua voz era firme e um tanto quanto ríspida.
Eu sabia que aquela conversa não seria fácil.
Respirei fundo, entrelaçando as mãos sobre a mesa, pronta para um confronto de palavras. E lá vamos nós.
"Bom pai, acho que eu já não sou nenhuma garotinha para não saber a diferença do certo e do errado, não é mesmo? Sei muito bem me cuidar e você sabe disso. Então, por que não me deixar ir? Primeiramente não irei sozinha, mas também não irei apenas com o meu namorado-adolescente-cheio-de-hormônios-em-ebulição. Além disso, o senhor acha que eu sou o quê? Pelo amor de Deus, pai. Já sou uma grande demais para saber como me comportar." sibilei, cheia de coragem agora.
Eu tinha que ir naquela viagem de qualquer jeito. Não ousaria deixar Edward soltinho em um lugar ensolarado cheio de piranhas de biquínis minúsculos dando mole para ele. Isso nunca!
"Bells.." Charlie tentou falar, mas eu o interrompi, não poderia deixá-lo contra-argumentar.
"Olha só, pai, eu sei que o senhor está preocupado comigo, sei que isso é normal, mas acho que o senhor deveria confiar mais em mim. Sei que sempre fui uma filha rebelde e tudo mais, mas nunca na vida a minha rebeldia foi usada para desrespeitar o senhor. Eu quero muito ir nessa viagem, não vou aguentar passar duas semanas trancada em casa sem ter o que fazer. Então, eu imploro para o senhor, me deixe ir!" falei rapidamente, quase caindo no choro. Charlie precisava ver o quão desesperada eu estava. Caso não funcionasse, teria que usar o plano B.
"Bom, Bella." Charlie começou ao ver que eu não falaria mais. "acho que você já falou tudo o que tinha para falar, não é? Agora é a minha vez."
Fechei meus olhos, prevendo o sermão que eu levaria. Charlie estava querendo mesmo que eu usasse o plano B.
"Sou toda ouvidos, pai." sibilei, brincando com meus dedos em cima da mesa de madeira.
"Querida, em primeiro lugar eu nunca disse que não confiava em você. Pelo contrário, sempre soube que você era uma menina responsável, mesmo com toda essa sua rebeldia nata. Acontece que não confio nele, no seu namorado. Bells, eu sou homem e sei como é essa fase que vocês estão vivendo. Tenho medo de que aconteça algo entre vocês que venha acarretar problemas no futuro, entendeu?" Charlie murmurou, visivelmente desconfortado com a conversa e eu não consegui acreditar no que ouvia. Meu pai ia começar a falar sobre sexo? Não, eu não iria aguentar.
"Bella, sei que você e o seu namorado sentem uma necessidade muito grande de ficarem juntos e sei que isso é quase insuportável. Mas você tem que entender que não é bem assim que as coisas funcionam, tem haver um certo limite. E eu acho que a viagem com a família do Edward ultrapassa esse limite"
"Pai, você tem medo que eu faça sexo com o Edward?" perguntei, incapaz de me conter.
Eu vi Charlie ficar vermelho de vergonha e depois me encarar, sério demais.
"É, Bells, é isso mesmo. Não quero que você faça algo precipitado que vai mudar a sua vida totalmente." me olhou e percebeu que eu sorria."A não ser que você tenha se precipitado..."
Puta que pariu e agora? Quem mandou rir, Bella? Agora Charlie estava desconfiado. O que eu ia dizer? A verdade? NUNCA! Ia morrer só de pensar em contar que eu já transava com Edward há algum tempo.
Meu pai não ia querer saber dos detalhes da minha vida sexual com o meu namorado.
Minta, Bella. É isso. Minta!
"N-não, pai. Nada de...precipitações." murmurei, rezando para que Charlie caísse nesse papo furado. Eu era péssima para mentir. Ele ficou calado por longos 10 segundos e depois sibilou.
"Bom..Bells, se você quer muito ir nessa viagem.." começou e eu senti um fiozinho de esperança brotar dentro de mim. OMG, meu pai estava cedendo? Será que eu tinha conseguido?- "Não sei, querida.. não acho muito certo." essas palavras foram como um banho de água fria na minha esperança.
Eu não podia deixar que ele escapasse, tinha que atacar. E o momento era agora.
"Pai," sibilei, pegando suas mãos entre as minhas. "por favor, me dê uma chance de provar que eu já sou grandinha o suficiente para viajar sem você. Me deixe ir nessa viagem, juro que quando voltar faço o que o senhor quiser, lavo até a sua viatura se isso for ajudar. Mas por favor, me deixe ir. Olha só." falei, enquanto pegava um cartão que Edward me dera, com os números de Carlisle. "Edward me pediu para entregar isso ao senhor. São os números de telefone do tio dele, o dr. Cullen. Carlisle pediu para o senhor ligar, para que ele mesmo explique como vai ser a viagem."
Charlie pegou o cartão e ficou olhando para o papel por um bom tempo. Será que ele tinha deixado? Será que eu iria para uma praia ensolarada ao lado do garoto mais sexy do mundo?
"Tudo bem, Bells. Eu vou ligar para o dr. Cullen agora mesmo e vou conversar sobre esse assunto. Podemos conversar mais tarde?" Charlie perguntou, me encarando ainda de forma muito séria, mas não mais tão relutante.
Yeeeees! Eu tinha conseguido passar pela parte mais difícil. Agora era moleza, Charlie respeitava muito Carlisle e eu duvidava muito que meu pai não levasse em conta isso. Estava com meus dois pés na Califórnia.
"Aham, pai. Vou para o quarto, tá bom?" murmurei, já me levantando, não querendo me mostrar eufórica demais.
"Tá." Charlie resmungou, um pouco mal humorado.
Subi correndo as escadas, louca para falar com Edward sobre a boa nova. Mal eu me joguei na cama, pegando o meu celular para ligar para Edward, Charlie entrou no meu quarto, vermelho que nem um pimentão.
O-oh, vem chumbo grosso por aí!
"Como você não me disse que a viagem será depois de amanhã?" Charlie perguntou me encarando com raiva.
Ops, pequeno detalhe que eu omiti.
"P-pai..." tentei me defender, mas Charlie não deixou, me deixando intimidada ao apontar o dedo na minha cara.
"Olha aqui Isabella Marie Swan, você só irá nessa viagem porque o Dr. Cullen insistiu muito pra que eu deixasse você ir, mas escute aqui uma coisa: assim que voltar vai ficar de castigo por um mês, ouviu bem? Será da casa para escola, da escola para casa!" decretou em um rosnado feroz.
Deveria ter ficado com medo ou até revoltada, mas não consegui me importar com nada disso. Só estava concentrada em uma coisa: eu iria viajar com Edward.
OMG, nós iríamos passar duas semanas juntinhos. Não estava conseguindo conter a euforia que tomava conta do meu corpo.
"Ok, pai." murmurei, tentando parecer chateada.
"Agora vá arrumar as suas coisas, antes que me arrependa!" Charlie ordenou e depois saiu do quarto, batendo a porta com força.
Assim que meu pai saiu, pulei na cama que nem uma louca, dançando em cima do colchão, quase gritando de tanta felicidade.
Peguei meu celular e liguei para Edward. Assim que ele atendeu, eu gritei:
"Pode ir se preparando, meu querido, você vai ter que cumprir com o prometido, porque eu vou com você para Califórnia." gargalhei de felicidade, enquanto ouvia a risada dele do outro lado da linha.
"Uau, quanta empolgação! Acho que vamos nos divertir muito nessa viagem." Edward comentou e sorri, cínica.
"Pode apostar que sim, amor." afirmei, enquanto o ouvia rir baixinho.
" Então prepare as suas malas, meu amor, quero roupas provocantes e sensuais." sibilou e eu senti um arrepio percorrer meu corpo todo.
"Você não perde por esperar, Cullen."
"Shortinhos curtos e blusinhas justas?" Edward perguntou e eu soltei uma gargalhada alta, me divertindo com o rumo da conversa.
"Um pouco menos de pano."
"Biquínis minúsculos?"
"Menos."
Ouvi um suspiro do outro lado da linha. Sabia que Edward tinha entendido o que eu estava querendo insinuar.
"Safada." susurrou e eu sorri.
"Boa noite, meu amor." sibilei, já querendo desligar.
"Isabella Swan, você é uma pessoa muito má, agora que me atiçou, quer desligar?"
Eu gargalhei mais uma vez, adorando provocá-lo.
"Sonhe comigo, Edward." murmurei, sabendo que ele deveria estar tão louco de desejo quanto eu estava.
"Pode deixar. Terei muitos sonhos eróticos essa noite." acrescentou e eu sorri, excitada com aquela conversa.
"Prometo que a sua recompensa virá."
"Sei disso." concordou e eu o ouvi soltar o ar de forma pesada. "Só de imaginar você de biquíni.. Bella.. você ainda vai me matar com essa provocação toda. Bom, é melhor eu ir, preciso de um banho frio. Boa noite." Edward murmurou, apressado, desligando o telefone em seguida.
Eu sorri, jogando meu celular na cama, eufórica demais. A viagem prometia fortes emoções e eu não via a hora de começar a vivê-las.
[...]
Cara, precisava listar as coisas dais quais eu tinha medo. Meu Deus, como poderia ser tão covarde? Cadê a Isabella Swan durona, que sai batendo em quem surgir para atrapalhar o seu caminho? Onde foi parar essa garota justamente quando eu mais precisava dela?
Nesse momento estava mais do que necessitada da Bella mandona, eu queria socar a cara de Edward por ele estar fazendo aquilo comigo. Em pleno Aeroporto de Port Angeles nós estávamos brigando, tudo por que eu me recusava a entrar no avião.
Sim, eu tinha pânico de avião!
"Bella, pelo amor de Deus, assim nós vamos perder o nosso voo. Dá pra você parar com esse chilique e fazer o favor de entrar na sala de embarque?" Edward perguntou, já meio exausto da nossa briga.
Ao fundo eu havia uma plateia, nos olhando com curiosidade, provavelmente achando graça do meu surto. Alice ria como uma criança, ao me ver tão nervosa com a viagem.
Eu faria de tudo para ir de carro, mas por favor, que eles não me forçassem a entrar naquela coisa que podia cair e nos matar a qualquer momento! Mas parecia que ninguém me levava a sério, eu não estava brincando quando estava dizendo que não ia entrar naquele avião.
"Não, eu não vou Edward. Prefiro ficar congelando em Forks, mas pelo menos estou em terra firme. Nada vai me fazer entrar nesse troço que pode cair de uma hora pra outra." rosnei, emburrada, tentando me livrar das suas mãos, que apertavam os meus pulsos com força.
"Não, Bella, você vai comigo para a Califórnia!" Edward decretou, autoritário.
Ele sabia o quanto eu odiava aquele tom que usara. Ele não era meu dono.
"Já disse que não vou!" gritei, enfurecida.
Olhei a minha volta, corando de vergonha,ao ver que as pessoas começavam a se aglomerar, procurando por algum sinal de confronto. Mas eita povo curioso esse, meu Deus!
"Bella, por tudo quanto é mais sagrado, pare de agir como criança, ou eu juro que você vai se arrepender!" Edward sibilou, já enfurecido.
Eu o olhei, altiva, querendo desafiá-lo.
"E o que você vai fazer comigo, Edward? Vai me puxar pelos cabelos e me arrastar avião adentro?" o encarei, cínica.
"Edward, deixe-a!" Carlisle se intrometeu, chamando a atenção de Edward.
Edward sorriu e me soltou, ao ouvir a repreensão do tio. Massageei os pulsos e peguei minha mochila, já querendo ir embora para casa.
Sem chances deles me fazerem ir por ar. Nunca ia entrar em um avião, eu tinha um trauma irracional quanto a esse meio de transporte.
Já estava me dirigindo para uma das saídas do aeroporto, quando senti duas mãos fortes me arrastando de volta, me pegando totalmente de surpresa.
"Não desisto assim tão facilmente, meu amor." Edward sibilou, em meu ouvido.
"Me solta, seu bastardo, ou eu juro que quebro a sua cara!" rosnei, furiosa.
"Duvido que você faça isso, Bella." desafiou, me deixando ainda mais raivosa.
"Não brinque com o perigo, Edward!" murmurei, feroz.
"Você que está brincando! Vou logo avisando que se você não entrar nesse avião agora, eu juro que quando voltar você vai estar com a cabeça mais cheia de galhos do que uma árvore." Edward falou, me soltando, me fazendo virar e encará-lo.
A raiva subiu pelo meu corpo e eu não pensei ao agir. Soquei o nariz de Edward com força, sabendo tiraria sangue. Ele gemeu de dor, mas não partiu para cima de mim.
"Anda, vamos logo antes que nós percamos a merda desse avião." sibilei, pegando um lenço e entregando a ele, seu nariz sangrava.
Todo mundo me olhava chocado, apenas Alice ria descontroladamente.
Carlisle foi atender Edward, mas eu sabia que só tinha batido para tirar sangue do nariz perfeito dele. Sabia que ia me arrepender dos meus atos, como sempre acontecia, mas no momento eu estava bem assim.
Edward me provocara e levara o troco. Muito bem feito pra ele!
"Viu porque eu amo essa mulher, tia Esme?" Edward perguntou, bem-humorado, enquanto Carlisle limpava seu nariz, que sangrava.
"Cala a boca, Edward." sibilei, nervosa. Olhei para Esme, temendo que ela me repreendesse. "Desculpe, Esme."
"Está tudo bem, Bella. Edward provocou." falou, gentil e eu senti o peso da culpa pesar na minha cabeça.
Ah, porra, lá ia eu ter que pedir desculpas. E eu sabia que um simples pedido de desculpas não resolveria.
Mas que merda, ele precisava ter me provocado do jeito que provocara? Não, poderia muito bem ter ficado quieto e me deixado ir embora! Agora eu ia ficar com a merda de um peso na consciência e ia ter que implorar perdão!
Edward realmente era o meu inferno particular!
[...]
Edward's POV
"Tá doendo muito?" Bella me encarava com atenção, a voz cheia de remorso.
Ela sempre ficava assim quando fazia alguma coisa errada.
"Não,Bella, não está doendo mais." falei, enquanto repousava a bolsa de gelo no meu nariz, que estava roxo por conta do soco que eu tinha levado.
"Me... me.. desculpe.. eu.." Bella tentava se desculpar, mas não conseguia, parecia que perdia a fala assim que tinha que começar um pedido de perdão.
"Tudo bem, Bella. Não foi nada." murmurei, tentando parecer indiferente a ela.
"Edward?" chamou, um minuto depois, enquanto eu estava olhando pela janela do avião, apreciando as nuvens espessas do céu.
"Fala, Bella." sibilei, sem encará-la.
"Vai ficar quanto tempo com raiva de mim?" perguntou, já irritada com a minha indiferença.
Eu me voltei para ela, encarando-a seriamente, seus olhos estavam arregalados e ela mordia o lábio inferior em uma clara demonstração do seunervosismo.
"Já disse que tá tudo bem, Bella. Agora me deixa quieto, por favor." resmunguei e ela ficou vermelha.
Era bom brincar com a Bella daquele jeito. Realmente ela tinha um golpe de matar, quase tinha arrancado meu nariz. Seria legal ter uma vingancinha antes de perdoá-la.
"Por favor, Edward, não fique bancando a vitima agora, foi você quem me provocou!" Bella murmurou, irritada.
"E você acha mesmo que eu faria aquilo, Bella? Será que eu sou tão cachorro a ponto de fazer uma coisa dessas com você?" eu a encarei novamente, não gostando do rumo que aquela conversa estava tomando.
Eu odiava a desconfiança de Bella.
"Já disse que sou ciumenta. Aprenda e aceite esse meu defeito." revidou, me olhando muito séria.
Soltei um longo suspiro, retirando a bolsa de gelo do rosto, que estava amortecido. Bella me encarou por um bom tempo, se detendo no meu nariz, sua boca estava retorcida, como se ela quisesse falar alguma coisa que parecia entalada no meio da garganta.
No instante seguinte, me abraçou, sua voz estava chorosa.
"Vai, Edward, me perdoe, tá bom? Eu sei que errei, mas eu odeio brigar com você. Você sabe que eu te amo não é? E..." tocou o meu nariz com extrema delicadeza, me olhando nos olhos. "me perdoe pelo seu nariz, não queria deixá-lo assim."
Eu sorri lentamente, abraçando-a.
"Tá Bella, tudo bem. Sem problemas. Mas você sabe que isso não vai ficar assim, não é?" eu a encarei e percebi que ela já estava corando.
"O que você quer dessa vez?" perguntou, passando as mãos pelo meu pescoço.
"Ainda não pensei, mas prometo que vou considerar uma idéia que beneficie a nós dois." murmurei e Bella me beijou lentamente no rosto.
"Obrigada pela parte que me toca." sussurrou e eu passei os dedos por seus lábios cheios
"Sempre sou tão bonzinho com você." sibilei e ela sorriu, cínica.
"Com certeza." afirmou, irônica.
"Não me desafie, Swan, eu posso ser muito mau com você." ameacei, enrolando no dedo uma mecha do seu cabelo.
"Duvido muito." Bella já beijava a curva do meu queixo, lentamente.
"Vamos apostar?" perguntei e ela e afastou, sorrindo.
"Claro."
"Tudo bem, espere o meu comando e em breve lhe digo o prêmio para quem ganhar a aposta, ok?" eu a encarei e ela sorriu, cinicamente.
"Você quem manda, chefe."
"Cínica."
"Adoro."
"Você é realmente uma vadia, Swan." provoquei e ela gargalhou alto.
"Você ainda não viu nada, Cullen." se aproximou de mim e me beijou lentamente.
"Espero você no banheiro, agora." murmurei, querendo me levantar.
"Gostei do que ouvi." no momento que nós íamos nos levantar, a aeromoça anunciou que estávamos chegando.
"Uma pena, Swan. Você realmente não tem sorte." murmurei, voltando a sentar.
"Quem sabe no voo de volta." Bella sorriu e eu gargalhei.
"Aprendeu a gostar de aviões, não é mesmo?" sussurrei, com a minha boca já próxima a dela.
"Tô adorando." Bella murmurou e em seguida me beijou, puxando meu corpo de encontro ao seu, enquanto nossas línguas dançavam lentamente, enroscadas uma na outra.
É, a gatinha malvada não perdia por esperar.
[...]
Bella's POV
Califórnia. Calor infernal de 38º graus, sol, brisa do mar, pessoas vestindo nada mais do que shorts e camisetas. Vento, praia, diversão e...Edward! O que mais eu iria querer nessa vida? Nada!
A casa dos Cullen ficava na cidade de Santa Monica, uma cidade linda, cheia de lojinhas, cafés e pessoas de todas as idades andando de patins, bicicleta, surfando, tomando sol, caminhando e aproveitando a boa vida.
Bom, casa não era a denominação mais apropriada para chamar aquele lugar, estava mais para mansão. A casa ficava de frente para praia, além de ter uma piscina no pequeno jardim. Era espetacular a visão daquele lugar.
Eu já estava adorando aquela viagem, o sol fazia muito bem para o meu corpo, já estava vermelha de tanta excitação, não via a hora de cair no mar, sentir o sal e o calor na minha pele.
Assim que chegamos na casa ouvi um barulho no andar de cima. Edward me segurava ao seu lado, suas mãos envolviam a minha cintura, o calor estava forte, em parte por conta do clima, mas havia uma grande parcela por conta do toque de Edward.
"Que bom que vocês chegaram. Já estava achando que ia passar essas semanas sozinho nessa casa grande demais." Emmett – primo de Alice e Edward – desceu as escadas sorrindo para nós.
Nossa, tinha esquecido como ele era grande e um tanto assustador. Mas era uma pessoa muito alegre e de bem com a vida. Era impossível não se contagiar com a alegria que emanava de Emmett.
"E aí, minha pulguinha? Não vai dar um abraço no seu Ursão?" Emmett sorriu, encarando Alice, que correu de encontro a ele e pulou em seu colo, quase se perdendo naqueles braços grandes demais do primo.
"Emm, que saudades de você!" Alice gritou, beijando o rosto do primo. Emmett segurava Alice como se ela fosse uma boneca.
"E você acha que eu não senti a sua, pequena? Nossa, a faculdade é um saco, sinto falta da vida em Forks, sinto falta das nossas saídas, da maneira como gostávamos de perturbar a Rose." Emmett murmurou e eu imediatamente fiquei em alerta.
Se Emmett estava lá, então...
"E falando nela, cadê a Rose?" Alice perguntou, externando meus pensamentos.
"Tá lá em cima, experimentando milhares de roupas, vocês precisam ver a quantidade de malas que ela trouxe, tivemos que pagar pelo excesso de bagagem." Emmett sibilou, colocando Alice de volta no chão.
Era incrível como ela parecia uma criança perto do primo grande demais.
"Emmett," Edward chamou e o primo grandalhão o encarou, e depois baixou os olhos para mim. Ele sorriu, me reconhecendo, me fazendo corar."Acho que você lembra da Bella Swan, a filha do Chefe de polícia de Forks, não é?"
Emmett sorria alegremente e depois sibilou:
"Mas é claro que eu lembro. A esquentadinha. Nossa, eu ria muito quando você chegava em casa todo quebrado porque tinha levado uma surra dessa garota aí. Era hilário. Você tem uma direita, garota! Edward que o diga." nos encarava intrigado agora, observando a maneira como nós estávamos, a nossa intimidade.
"Espera um minuto. Não me diga que vocês dois...?" Emmett gargalhou, me fazendo corar mais ainda. "Cara, isso é muito típico de você, Edward. Tá namorando a garota que passou a vida toda te surrando."
Baixei a cabeça, querendo me enterrar.
"Emmett! Pare com isso, olha só como você está deixando a Bella." Esme o repreendeu, mas ele não conseguia parar de rir.
"É, Emmett, Bella e eu somos namorados. Algum problema nisso?" Edward falou, sem tirar as mãos da minha cintura.
"Problema nenhum, primo. Você até que tem bom gosto." Emmett sorriu e me encarou. "Com todo respeito, Bella, mas você é uma gata. E olha só." sibilou, se aproximando de mim. "Mantenha esse cara na linha, se Edward vacilar, encha-o de porrada, entendeu?" piscou para mim e eu sorri, já mais relaxada. Emmett era impossível.
"Na verdade, Emm, a Bella já fez isso hoje." Alice murmurou e eu senti que estava corando novamente. "Tá vendo o hematoma no rosto do Edward?"
Emmett se voltou para Edward, que estava olhando furioso para Alice. Sem se conter ele explodiu em uma gargalhada alta, deixando o rosto de Edward vermelho de raiva.
"Uau, isso que eu chamo de garota. Bella, eu sou seu fã. Edward, você é um frouxo." murmurou, enquanto seu corpo se dobrava por conta da crise de risos.
Edward me soltou e partiu para cima de Emmett. Levei um susto com aquilo tudo.
"Ui, eu tô morrendo de medo de você, Edward." Emmett provocava, enquanto Edward e ele se atracavam.
Meu Deus, será que ninguém iria fazer nada para separá-los? Alice gargalhava em um canto, enquanto Carlisle e Esme sorriam, tranquilos. Que família era aquela? Eles gostavam de ver aqueles dois lutando?
"Edward!" gritei, quando o vi pulando no pescoço de Emmett, estrangulando-o. Meu Deus, eles poderiam se machucar!
Todos se voltaram para mim,confusos.
"O que foi Bella?" Edward perguntou, sem soltar o pescoço de Emmett.
"Pare.. pare com isso.. você não devia.. não devia.. brigar.. brigar.. assim com o seu primo." murmurei, ainda assustada.
No segundo seguinte, todo mundo caiu na gargalhada, me deixando roxa de tanta vergonha.
"Eles não estão brigando, Bella." Carlisle explicou, se aproximando de mim. "Emmett e Edward sempre brincam desse jeito. É a forma que eles tem para dar boas-vindas um ao outro."
Eu o encarei, chocada. Forma de boas-vindas? Desde quando um socando o outro era uma forma dar boas-vindas? E depois ainda achavam que eu era maluca.
"Edward, definitivamente você fez a escolha certa. A Bella é hilária." Emmett sibilou, socando um braço de Edward.
"Você viu nada ainda, Emm. Precisava ver o escândalo que ela fez para entrar no avião. Foi impagável." Edward murmurou e Emmett gargalhou, enquanto eu buscava algum buraco para me enterrar.
Pronto, agora a conversa tinha virado pro meu lado.
"E foi por isso que você ficou com essa marca no seu nariz?" Emmett perguntou, se jogando no sofá da sala ampla e arejada.
"Foi, eu tive que impedir que a Bella saísse fugindo do aeroporto. Foi por isso que eu levei um soco dela." Edward respondeu, se aproximando de mim. Eu o encarava com raiva.
"Correção, eu o soquei porque ele disse que se eu não viesse com nessa viagem, me trairia com todas as garotas possíveis da Califórnia." resmunguei, emburrada.
"Bella, a cada minuto que passa eu te admiro ainda mais, garota." Emmett, sibilou, rindo. Ele olhou para Edward e disse: "Escolheu certo a namorada, primo. Se fudeu, cara!" apontou para Edward, caindo novamente em mais uma crise de riso.
"Emmett, controle essa língua!" Esme o repreendeu mais uma vez.
"Desculpa, tia."
"Em vez de você ficar com essa conversa fiada, por que você não ajuda Alice a levar as coisas lá pra cima? Ela ainda não pode fazer movimentos bruscos." Carlisle murmurou, dando um tapa no ombro do sobrinho
"Claro, tio." Emmett pegou as malas de Alice, enquanto ela segurava a sua necessaire roxa. "Você também , pulguinha? Não dá pra negar que você é mesmo irmã da Rose. Querem trazer o guarda- roupa nas malas. Aja paciência com vocês." resmungou, bem humorado, enquanto já subia as escadas.
"Cala a boca e não reclama, Emm. E cuidado com essa mala aí, você pode quebrar os meus perfumes." Alice o alertou, seguindo-o.
"Mas você é irritante, sua pulga. E ainda quer reclamar." Emmett provocava Alice, os dois já estavam no meio da escada. "E você sabe que eu te amo, não sabe?"
"Para de me chamar de pulga, tá bom? Já não basta o Edward me enchendo com essa merda de apelido que ele inventou. E sim, eu sei que você me ama. Eu também amo você, Emm." Alice sibilou, sorrindo para o primo.
Eu não pude deixar de sorrir diante daquela cena. Realmente estava começando a entender o significado da palavra família.

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