30 janeiro 2012

HELL CALLED EDWARD CULLEN - CAPÍTULO 1

Finalmenteee chegou o dia! Vamos conhecer Bella Swan e Edward Cullen na versão de Cella em "Hell Called Edward Cullen". Porque será que Bella tem Edward Cullen como seu inferno pessoal? Sem mais delongas, confiram o primeiro capítulo da nossa nova Fic! Ótima leitura!

Autora: Cella
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo

CAPÍTULO 1 - O reencontro

"Ah, de volta ao inferno de sempre." Esse foi o primeiro pensamento que me ocorreu, ao estacionar minha velha picape em frente ao prédio da diretoria da Forks High School. Eu odiava aquele lugar, assim como odiava as pessoas que estudavam lá. Nunca fui do tipo que tinha muitos amigos. Eu sempre fui a garota mais temida da escola no jardim de infância, aquela que roubava o lanche das crianças menores. sei que isso é meio deprimente, mas eu era assim quando tinha 4 ou 5 anos. Fazer o que?


Meu pai tentou de tudo comigo. Sim, com 6 anos eu fiz minha primeira sessão de terapia. Não ajudou muito. A psicóloga quase tem uma síncope ao perceber que era hiper ativa. Tomei alguns remédios controlados(ou melhor, achavam que eu tomava esses remédios) mas a verdade é que eu depois de um tempo eu descobri como era legal ver o comprimido rosa descendo pela descarga da privada. Era uma sensação boa.
Depois de um tempo, Charlie percebeu que a ajuda dos homens não fazia efeito, eu continuava aprontando das minhas. Foi aí que alguém indicou a ele a terapia da igreja. Talvez só Jesus me salvasse. Isso foi o que a mulher de um amigo do meu pai lhe dissera. A mulher era uma beata que vivia batendo ponto todo santo dia na igreja.
E como Charlie estava desesperado por ajuda, lá fui eu, em pleno domingo de manhã cedo, obrigada a usar vestido e tendo que ouvir um sermão quilométrico do pastor.

Ao final, ele gritava na minha frente, mandando o demônio sair do meu corpo. Eu o encarava, incrédula. Se tivesse algum demônio perto de mim, ele já estaria longe, provavelmente com os ouvidos doidos de tanto que o pastor gritava.

Depois disso, o pastor garantiu ao meu pai que eu estava livre dos demônios. Voltei pra casa e saí contando as novidades aos meus amigos. Acabei fazendo uma sessão de exorcismo no jardim da minha casa, gritando na cara das outras crianças, expulsando os demônios que haviam nelas, assim como o pastor fizera comigo. Charlie viu o que eu estava fazendo e me castigou.
Uma semana sem ir para rua.
Mas dois dias depois ele desistiu de me punir, ao ver que eu estava quase enlouquecendo por ficar trancada. Ele sofria, pois os "demônios" tinham voltado a me atormentar. E foi assim durante muito tempo, até eu perceber que já tinha aprontado demais. Mas isso só aconteceu quando eu completei 13 anos.
Eu sorri enquanto pegava minha mochila de dentro do carro, batendo a porta com força. Nessa época eu comecei uma nova fase da minha vida.
Charlie, para variar, achou que eu não estava em meu juízo perfeito. Eu comecei a me vestir de preto, só queria ficar trancada no quarto, escutando um rock bem pesado, enquanto viajava na batida do som. Essa foi a minha fase gótica.
Meu pai não entendia a minha mudança de comportamento, de uma fase histérica eu tinha passado direto para a fase introspectiva. Assim, sem mais nem menos.
Eu não o entendia. Ele era exigente demais para o meu gosto.
Como todas as fases da vida, tudo passa. E essa minha fase gótica passou também. Mas eu ainda carrego essas fases da minha vida comigo. Da minha época endiabrada eu ainda guardo as cicatrizes nos braços, nas pernas e algumas na cabeça.
Da minha fase gótica, eu ainda tenho alguns brincos nas orelhas e um piercing na sobrancelha, o qual Charlie odeia. Estava tentando convencer Charlie a me deixar fazer uma tatuagem, em troca eu tirava o piercing que ele tanto odiava. Mas ele odiava ainda mais tatuagem.
Não via a hora de ir para a faculdade e fazer o que eu bem entendesse.
Assim que entrei no prédio onde ficava a minha sala, eu o avistei. Era alto, os cabelos cor de bronze penteados despreocupadamente, seus olhos de um azul profundo faziam todas as meninas tremerem nas bases.
Ele era meu inferno particular, o demônio que fora enviado para azucrinar a minha vida. Edward Cullen, o garoto mais cobiçado de Forks.
Minha relação com Edward nunca foi das melhores. Ou melhor nunca houve nada de bom na nossa relação.
Nos conhecemos na escola há exatos 12 anos atrás. Eu estava na minha fase ovelha negra de ser. Edward era um garoto mimado que queria toda a atenção voltada para si. Nós tínhamos 5 anos. O nosso primeiro encontro foi uma briga histórica.
Ele sentou na minha mesa na sala de aula. E eu não admitia isso. Na hora do intervalo, eu o peguei, nós dois rolamos no chão, parecendo dois selvagens. Quebrei o braço dele, depois dele ter me dado um soco no nariz.
Resultado: nós dois fomos parar na enfermaria e ficamos suspensos por 3 dias. Voltei para a escola com um curativo no nariz e Edward com o braço engessado. Desde então nós nos odiávamos.
Agora ele passava do meu lado e fingia que não me via e eu agradecia por isso. Já não estava mais naquela fase de sair socando todo mundo. A terapia me ensinou a conversar ao invés de usar a força bruta e eu tentava seguir isso à risca, para não decepcionar Charlie.
Entrei na sala de aula e sentei no lugar de sempre. Edward era da minha sala e sentava numa fileira paralela à minha. Mesmo nos conhecendo há muito tempo, não trocávamos nem sequer um bom dia.
A aula transcorreu normalmente, um tédio como sempre. Mas eu encarava aquilo com paciência, afinal esse era meu ultimo ano naquela escola. Em 12 meses eu me mudaria de Forks e finalmente seria livre para fazer o que me desse na telha.
Na hora do intervalo encontrei com os meus amigos, na verdade eu não tinha muitos amigos. Mas havia três pessoas daquela maldita escola cheia de idiotas com quem eu gostava de andar: Mike Newton, um nerd metido a hippie que sonhava um dia ver os povos reunidos, celebrando a paz. Pois é, eu também estranhei quando percebi que ele era nerd e hippie.
Mike era muito inteligente e eu sabia que ele seria aceito com facilidade em qualquer universidade que se inscrevesse. Queria ser cientista e vivia dizendo que iria descobrir a cura para uma doença e ia morar em um trailer. É, eu sei, ele não era muito normal, mas mesmo assim eu gostava da companhia dele.
Tinha também a Angela Weber, uma menina calada, que preferia viver em seu próprio mundo a compartilhar alguma idéia com a gente. Mas quando ela abria a boca, sempre havia alguma coisa que nos surpreendia. Era ela que resolvia os problemas de matemática mais complexos, aqueles que nem Mike conseguia resolver. Quer dizer, ele até conseguiria resolver, mas tinha dias que ele se fechava em um retiro espiritual e fazia greve de fala pelo dia inteirinho.
Aí Angela entrava na jogada, ajudando a gente com os problemas mais cabeludos de álgebra. Ela me lembrava a Velma, do Scooby Doo. Mas eu nunca tinha falado aquilo para ela. Sei lá, né? Vai que a garota fica magoada.
A ultima pessoa que formava o meu grupo mais que estranho era Alice Cullen. Pois é, ela era irmã do idiota do Edward.
Alice era a mais sensata dos Cullen, por isso era rejeitada pelos seus irmãos. Éramos unha e carne. Desde sempre.
Apesar dela ser mais nova do que eu, tinha só 16 anos, nós nos dávamos muito bem. Foi ela que me ajudou a fazer o piercing escondido de Charlie, me levando até Port Angeles no carro do seu primo maluco, Emmett. Ela era a irmã que eu nunca tive e ela sabia que eu a adorava.
Nós não falávamos muito sobre essas coisas de amizade e tudo mais. Mas ela sabia que eu a considerava como minha melhor amiga e eu sabia que a recíproca era verdadeira.
Alice era a mais nova dos Cullen. Além dela, havia Edward e Rosalie, que já estava na faculdade.
Rosalie era a boneca de porcelana dos Cullen. Ela mais parecia uma Barbie, andava toda produzida, parecia artista de cinema. Alice não tinha uma boa relação com Rosalie. As duas viviam em pé de guerra.
Eu estava perdida em meus pensamentos e nem percebi que Mike falava comigo.
"Bella,acorda mulher, você não respondeu a minha pergunta." ele falava estalando os dedos na frente da minha cara.
Eu o encarei e depois bebi um pouco do meu refrigerante.
"Fala Mike, repete a pergunta, eu tava viajando mesmo, desculpa." sibilei, dando uma olhada no refeitório lotado.
"Perguntei o que você fez durante as férias." ele repetiu e Alice me encarou, confusa.
Ela nunca tinha me visto tão quieta. E eu devo admitir que eu também estava surpresa com meu comportamento.
"Ah, fiz muitas coisas, Mike. Cortei a grama do jardim de casa e a dos vizinhos da minha rua. Cuidei de três pentelhos da rua paralela à minha por uma semana. Trabalhei no supermercado,como você sabe e nas horas vagas eu li alguns livros que nós vamos usar durante esse ano letivo." enumerei, meio entediada.
Minha vida não era nenhum filme de ação. Às vezes eu a achava monótona demais.
"Uau, Bella. Quantas coisas maneiras. Sobrou alguma coisa legal para você fazer durante esse ano?"- Mike comentou, rindo.
"É, tem algumas coisas sim, mas eu estava esperando um idiota perguntar. Que tal se eu quebrar a sua cara, hein, Newton?" – ameacei, olhando para ele.
Ele ficou na defensiva e depois recuou:
"Calma ae, Bella. Olha a promessa que você fez pro seu pai. Conversa sim, Bater não."
"Tá Mike, não me enche o saco, por favor." pedi, brincando com um pedaço de pizza,sem vontade de comer.
Alice me olhou, ainda confusa e depois me perguntou baixinho.
"Algum problema, Bella?" – eu balancei a cabeça, negando. – "Por que todo esse mau humor então?"
Eu suspirei e percebi que nem eu sabia o motivo.
"Ah,sei lá, Alice. Eu to meio cansada de tudo, sabe? Tô cansada dessa cidade idiota, dessa escola de merda, tô cansada da minha vida medíocre. Eu quero viver, sei lá, quero mudar. Não vejo a hora de ir para a faculdade. Tô trabalhando que nem uma escrava pra juntar grana para pagar meu curso no ano que vem. Sei que Charlie abriu uma conta no meu nome e sempre deposita dinheiro lá, mas eu quero andar com as minhas próprias pernas, sabe?" desabafei.
Ela sorriu e concordou com um aceno de cabeça.
"Eu entendo você. Edward está ficando louco também, pensando nisso. Ele vive falando com o Emmett sobre as coisas da faculdade. Emmett e a Rose estão curtindo muito estudar em Havard e Edward não vê a hora de se mudar para lá também." ela falou e eu me arrepiei ao ouvir o nome dele.
E falando no diabo, eis que ele aparece. Edward surgiu no refeitório ao lado da sua turminha de playboys idiotas e de patricinhas fúteis que só pensavam em marcas de roupas e estojos de maquiagem.
Todos se voltaram para o bando que ele liderava, inclusive a minha mesa. Eu continuei de cabeça baixa, odiava encarar aquele imbecil que por tantos anos me enchia a paciência.
Lembro da época que comecei a fazer boxe no colégio. Eu chutava o saco de areia imaginando que era a cabeça de Edward. Era uma terapia e tanto.
Edward agora estava sentado em uma mesa reservada aos populares da escola, ninguém ousaria sentar naquela mesa. Ele estava agarrado a uma loirinha cabeça de vento que só faltava babar quando olhava para ele. O nome da vez? Jessica Stanley.
Eu conhecia Jessica, assim como todo mundo daquela escola, desde o jardim de infância. Nós éramos amigas até a 5 ª série, quando o pai dela ganhou na loteria e se tornou o mais novo rico de Forks.
Jessica mudou da água pro vinho, se transformando em uma patricinha mimada, cabeça oca e bastante prepotente. Assim como Edward e os amiguinhos dele sem cérebro, ela me ignorava totalmente. Jessica e Edward namoravam há cerca de um mês. E eu sabia que o namoro deles não duraria muito tempo.
O motivo? As namoradas de Edward tinham prazo de validade.
Uma menina passou do lado dele e só faltou cair para trás ao ver que ele lhe lançara, de relance, um olhar. A garota ficou zonza e quase esbarra em uma coluna.
Coitada, eu pensei.
Dez entre dez meninas da Forks High School adoravam Edward Cullen e seriam capazes de lamber o chão onde ele pisa para receber uma migalha de atenção.
Todas, sem exceção.
É, é isso mesmo, eu não era muito diferente das meninas da minha idade. E sim,eu era afim de Edward, assim como todas as garotas de Forks.
Mas a diferença era que eu não podia gostar dele, não podia ficar suspirando pelos cantos, escrevendo nossos nomes na ultima folha do caderno. Ele era meu inimigo e eu não podia gostar dele. Por conta disso, toda vez eu ficava próximo a ele, tentava não encará-lo, não gostava de ficar olhando aquele rosto perfeito, aqueles olhos que pareciam uma piscina, aquela boca vermelha.
Eu era bem vulnerável quando o assunto era Edward Cullen. Nos meus sonhos mais secretos me imaginava com ele, ao invés das suas namoradinhas fúteis.
Mas eu sabia que isso nunca, nunca, nunca ia acontecer. E eu podia conviver bem com isso, desde que eu me mantivesse longe dele o máximo possível. Ninguém precisava saber que eu guardava uma paixão secreta por Edward Cullen. Eu não era muito acostumada a lidar com essas coisas do coração.
Por isso, eu preferia continuar com aquilo que eu sabia lidar: Edward era meu inimigo e era melhor que continuasse assim.
Nessa hora eu acordei dos meus devaneios tolos, ficando surpresa ao ouvir Angela murmurar:
"Alice, seu irmão é um tudo de bom. Olha só praquilo tudo." minha boca se abriu em formato de "O", tamanho foi a minha surpresa ao ouvir aquilo. Não só minha, mas de Alice e Mike também.
"É, Angela, ele é bem popular mesmo. Tão popular quanto Rosalie fora." Alice falou, meio constrangida.
Rosalie era tida como modelo ideal da beleza feminina. Era ela que estrelava todas as campanhas publicitárias de tudo que se vendia em Forks. Rosalie tinha um fã-clube na escola que a considerava uma deusa.
Entenderam o motivo do meu desespero em querer sair desse maldito lugar? Era futilidade demais por quilômetro quadrado. Eu me sentia uma alienígena ali.
"Alice, será que você pode me apresentar para ele qualquer dia desses?" Angela perguntou e eu a encarei surpresa.
Só Edward Cullen mesmo para fazê-la falar mais do que uma frase. Aquilo era realmente um choque.
"Claro, Angie, qualquer dia desses." Alice sibilou, começando a ficar vermelha de vergonha.
Ela odiava a popularidade dos seus irmãos. E era por isso que andava com a gente. Nobres estranhos que ficavam separados da elite da escola.
"Ai, me poupe, Angela." – eu soltei, incapaz de me conter. – "Francamente, até você? Já não basta eu ter que aturar todas essas cabeças idiotas pensando em Edward Cullen 24 hs por dia, ter que ouvir os suspiros de cada uma quando Edward passa por elas, mesmo que ele nem as note? Isso é demais para mim. Edward não passa de um playboy idiota que adora humilhar as pessoas. Não sei como Alice pode ser irmã dele, ela é a única que se salva da família. Você deveria se preocupar com coisas mais interessantes, ao invés de se juntar a essa bando de cretinos que só sabem conversar sobre o que Edward pensa ou deixa de pensar. Eu não sei que tipo de conversa eles têm, já que é meio difícil imaginar aquele boneco de porcelana pensando em alguma coisa."
Edward me fazia liberar o meu lado obscuro.
Todos me encaravam surpresos e assustados, inclusive Alice. Eu não estava entendendo nada, por que aquelas caras, eu num tinha dito nada que a ofendesse, tinha?
Foi aí que eu percebi que eles não estavam olhando para mim e sim, olhando para o que estava atrás de mim. Fechei meus olhos, já prevendo quem ali. Me virei lentamente, encontrando aqueles olhos inconfundíveis.
Nos lábios, havia um sorriso torto que me fez ficar sem ar. Ele me encarava atentamente e depois falou:
"Uau, não sabia que falavam tão bem de mim por essas bandas daqui." ao ouvir isso, eu quis me enterrar. Me amaldiçoei por ter a língua tão solta.
Eu não queria começar uma guerrinha novamente com Edward. Charlie não merecia passar por tudo que passara durante a minha infância.
Dei um longo suspiro e o encarei, seus olhos cravados no meu rosto, me avaliando com curiosidade.
Era hora de enfrentar o demônio, pensei.

2 comentários:

  1. Amei esse cap. Fiquei surpresa em Bella assumir sua paixão.

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  2. EU AMEI O CAP.. E NOSSA DE CARA A BELLA GOSTA DELE!

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