20 julho 2011

TENIR MA MAIN - CAPÍTULO 23

E agora o que será que vai acontecer? Já conhecemos a mente de todos os personagens centrais da história, agora vamos conferir o desfecho dessa história? Ótima leitura!
Classificação: Maiores de 17 anos
Autora: Lore Volturi
Gênero: Romance/Drama
Aviso: Sexo/Lemons

Capítulo 23



Kristen POV

Londres, 15 de dezembro de 2009 -12h09min

Eu o observei ler livros e mais livros, fazer pesquisas no computador, beber xícaras e mais xícaras de chá. Estava ficando cansada só de olhar ele, andar de um lado para o outro. Odiava ser a causa da preocupação, constante, dele, eu me sentia como uma criança dando trabalho para os pais.

Eu odiava aquela posição, aquela situação, odiava ver aquela ruga de preocupação no centro da testa do Robert, odiava saber que eu era a causadora daquilo.

Ontem foi a primeira vez em muito tempo, que eu senti o amor de alguém.

O amor que eu sinto por ele é tão grande quanto o medo que eu tenho de perdê-lo.

Olhei a janela aberta, a neve caindo fina lá fora o tempo tinha melhorado, não estava tão frio. Olhei o relógio na mesa do lado do sofá, e em seguida a janela, depois olhei para o Rob sentado com o laptop lendo alguma coisa e roendo a ponta da caneta. O que eu fiz em seguida não foi nenhum surto louco, foi completamente planejado.

Pulei do balcão da cozinha onde eu estava e andei lentamente até o relógio do outro lado da sala, o segurei no alto e o joguei pela janela.

-HEY!Por que você fez isso?

-Pra você parar.

-Parar com o quê?

-Com isso. – Andei até a cadeira dele e sentei em seu colo, alisei a sua testa até que a ruga desaparecesse, ele sorriu. – Eu odeio ter que trazer essa preocupação para você. Esses são meus problemas não seus.

-Kristen, você está tão errada. Seus problemas são meus.

-Não, você não tem um sociopata te caçando, mas se ficar mais tempo do meu lado...

Levantei-me, as coisas começaram a dar voltas na minha cabeça.

-Todos que tentaram me ajudar até hoje, acabaram assassinados. Primeiro foi o Michael, depois a Nikki, e o Jackson continua fugindo também. Eu não posso deixar que isso aconteça com vocês.

-E não vai. Kristen, eu disse para confiar em mim. Eu acabei de mandar um e-mail para um colega que trabalha em um distrito perto da LAPD. Parece que tem um grupo de promotores que investigam o Peter há algum tempo, mas nunca conseguiram chegar perto dele. Ou ele compra alguns policiais ou eles são ameaçados.

Por que aquilo não me surpreendia.

-E então? Do que vai adiantar? Eu perdi todas as provas que tinha contra ele.

-Mas sabe aonde são os lugares e como as coisas funcionam, não sabe?!

Fiz que sim com a cabeça.

-Rob, mas isso pode levar meses.

-E? Eu vou mantê-la a salvo o tempo todo, já disse pra ter um pouco de fé em mim.

Eu queria ter o otimismo dele, mas pela minha experiência de vida era um pouco impossível. Ele me abraçou forte daquele jeito que me deixava calma, eu agarrei a sua nuca com força o fazendo olhar pra mim.

-Eu nunca vou poder te agradecer por tudo isso.

-Kristen, você não sabe como era a minha vida antes de você aparecer. Eu namorava mulher atrás de mulher, acho que nunca senti nada por nenhuma delas, ou pelo menos nunca senti isso que eu sinto por você. Era como se tudo antes fosse bege e agora...

Ele tirou uma mecha do meu cabelo e enrolou no dedo.

-É tudo vermelho.

Ele beijou meus olhos.

-E verde.

Depois beijou meus lábios.

-E doce.

O jeito que ele me beijava agora era tão suave, tão tranquilo. Os lábios dele eram a única coisa que me fazia esquecer todo o resto. Ele puxou meu corpo para mais perto, enquanto o nosso beijo ia ficando mais quente, minha respiração mais ofegante.

Uma das suas mãos foi para dentro do meu suéter, ele alisou a minha barriga e em seguida as minhas costas.

-Se você me levar para o quarto, vai poder ver outras cores.

Não precisei terminar a frase, ele já estava me carregando pelo corredor até o quarto. Me colocou sentada na cama, enquanto tirava a camisa e eu o ajudava a tirar calça moletom, junto com a boxer cinza, o segurei com delicadeza.

Fiz movimentos lentos, levantando e subindo, olhei para seu rosto, os seus olhos fechados, ele mordia o lábio inferior, indicando que eu estava tendo sucesso. Eu amava ver o Robert excitado, o olhar cheio de desejo, luxúria e agora amor.

O segurei com mais gosto, fazendo movimentos um pouco mais rápidos. Eu mal pude me controlar, juntei um pouco de saliva e o levei a minha boca, deslizando a língua por toda sua extensão.

Ele gemeu, alisando a minha nuca.

Como eu podia estar com roupa, com um homem daquele excitado por mim.

Fiquei em pé e o virei indicando que era para ele sentar, trocamos de posição. Tirei o meu suéter, depois desabotoei a minha calça e joguei para um lado qualquer do quarto, tudo observado pelo olhar atento do homem que eu amava.

Sim, como eu o amo.

O sorriso de criança sempre estampando o rosto, enquanto eu tirava lentamente o meu sutiã. Ele apertou a minha cintura com aquela mão absurdamente grande e eu não tive como não sorrir quando eu tirei a minha calcinha e ele beijou a minha barriga.

-Deita amor.

Sussurrei, e ele o fez. Fui para a cama, devorando com os olhos, aquele que agora eu podia chamar de meu, meu homem, meu amor.

Fiquei em cima dele, o segurei mais uma vez, esfregando a sua cabeça na minha entrada.

Eu queria que ele sentisse o quanto ele me deixava molhada, como eu só ficava assim por ele. Ele veio até mim, colocando o meu cabelo atrás da orelha, fiquei de joelhos ainda mais alta que ele na cama e o posicionei para deixá-lo entrar em mim lentamente.

Não tinha explicação para o que era tê-lo dentro de mim, como o meu corpo todo entrava em uma onda de calor e excitação pura.

A sua língua lambendo o meu seio, meu mamilo rígido, enquanto eu subia e descia lentamente, em uma dança de corpos que tinham o mais perfeito encaixe.

Ele apertava mais e mais o meu corpo, segurando o meu quadril para entrar completamente em mim, meu doce herói.

Apertei as costas dele, indicando que eu o queria com mais força. Subi e desci mais rapidamente e ele movimentou o quadril com mais intensidade e energia.

Eu senti que ele já estava perto do êxtase, olhei para os olhos dele, era como se tudo fizesse sentido, ali.

-Kristen.

-Amor.

Ele sorriu, eu impulsionei meu quadril mais forte e ele gozou. Senti seu corpo estremecer em êxtase, seu líquido dentro de mim, jorrando com força.

Depois ele virou o meu corpo, invertendo as posições. Entrou em mim mais forte e com mais intensidade que antes.

-Continua Rob, assim...

A mão dele desceu até o meu clitóris, que ele massageou enquanto as investidas continuavam intensas. Entre arfadas e gemidos altos, sentia as minhas paredes apertarem ele dentro de mim. Um orgasmo perfeito, como sempre.

Minhas pernas estavam dormentes e eu estava exausta.

Ele caiu do meu lado, com a respiração errática.

-Você ainda me deve um relógio.

Dei uma risada alta, depois me encolhi no seu peito nu.

-Eu podia comprar um, se você me deixasse sair do apartamento.

-Você fala como se eu tivesse te mantendo como prisioneira Kristen.

-Eu não estou reclamando.

Beijei o maxilar dele.

-Vou tomar um banho, quer ir comigo?

-Já vou, deixa só eu checar meu e-mail.

Dei um olhar de reprovação.

-Vai levar só um segundo, eu prometo.

Ele fez um bico e eu não tive como ir contra. Fui até o banheiro, liguei o chuveiro e regulei a temperatura da água, para ficar morna, estava muito quente. Prendi meu cabelo em um coque e deixei a água cair nas minhas costas.

Eu estava começando a me ensaboar quando a porta do banheiro abriu em um rompante, quase gritei de susto. Era o Rob enrolado da cintura pra baixo com o lençol.

-Você quer ir para Paris?

-O quê? Você está louco?

-A Vick me mandou um e-mail, vai passar um tempo com a família do noivo dela. Nós podemos ir para a casa dela, ficar lá por um tempo enquanto eu resolvo essa situação.

-Rob, você tem certeza que quer fazer isso? Fugir assim...

-Nós não vamos fugir, vamos passar um tempo em Paris, para planejar as coisas com mais calma.

Era um modo mais educado de chamar aquela viajem do que era realmente, uma fuga. Ele deixou o lençol do lado de fora e entrou no box comigo.

-Então, o que me diz?

-Ok.

Ele me beijou debaixo da ducha morna e depois sorriu.

-Vá para casa da Ashley, faça as malas e volte pra cá, nós vamos amanhã de manhã. Eu vou reservar as passagens.

-Ok.

O entusiasmo dele me contagiou.

Depois de muitos beijos e risadas, pela animação dele eu pude tomar meu banho e pensar melhor.

Paris.

Acho que não existia um lugar mais bonito para se fugir, mas ao lado dele não importava para onde eu fosse estaria em casa.

X

Não demorei a me arrumar, não pude pegar o carro do Rob, ainda não sabia dirigir os carros daqui, além do mais não tinha carteira.

Acabei pegando o metrô e não demorei a chegar à casa da Ashley, a minha pressa era tanta que eu não notei uma Mercedes preta estacionada do outro lado da rua, quando entrei na casa.

As únicas coisas que eu conseguia pensar eram Paris e Rob. Eu iria fazer as malas, colocar só o necessário.

Mal podia esperar para contar pra Ash, entrei pela porta falando gritando por ela.

-Ashley, Ashley.

-Aqui.

A voz da Ash estava estranha, quando entrei na sala e me deparei com quem ela estava acompanhada, meu coração parou.

Ela estava sentada com a postura muito reta, tremendo e com os olhos marejados, ao lado dela o Peter.

As únicas palavras que gritavam na minha cabeça eram...

“Adeus Paris”.
Continua...

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