13 junho 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 36

Pervinhassss nossa FIC está chegando ao fim! O que será q Bella ainda descobrirá? Vamos conferir! Ótima leitura!
Autora: Juliana

Classificação: Maiores de 18 anos
Gêneros: Romance/Drama
Avisos: Sexo



Capítulo 36
Coloquei o telefone no gancho devagar e fiquei olhando para o aparelho, petrificada. Quem seria Carolyn?

Edward teria algum tipo de encontro com esta mulher em Hanover, mas não iria mais por minha causa?
“Agora que sua esposa voltou, você não precisa mais de mim”
O que aquilo queria dizer?
Será que esta Carolyn era algum tipo de... amante?
Meu coração doeu e por um momento eu não consegui respirar.
-Bella, vamos para casa?
A voz de Edward me tirou da letargia e eu o fitei. Será mesmo o que eu estava pensando? E se fosse verdade?
-Bella?- ele me chamou de novo – você está bem?
-Sim, estou – balbuciei – vamos embora.
Eu o segui para fora da casa e ele segurou minha mão enquanto caminhávamos para o chalé.
Mas minha mente rodava em questões.
Seria esperar demais que Edward tivesse ficado sozinho naqueles quatro anos?
Talvez sim. Então eu não deveria culpá-lo por ter alguém.
Ou seria mais de um alguém?
Eu sentia um ciúme dolorido ao imaginá-lo com outras mulheres. Mas e se eu nunca tivesse acordado? Seria justo ele ficar sozinho para sempre?
Não. Havia uma parte de mim que compreenderia se aquela Carolyn fosse alguma amante de Edward.
E poderia ser pior. Afinal, ele provavelmente dissera que não iria mais vê-la. Não precisava mais dela.
Eu quase podia respirar aliviada com isto.
Quando entramos em casa, o telefone tocava. Edward atendeu.
-Espere um instante. - me encarou – Bella, é seu pai.
Eu mordi os lábios, ainda sentindo ressentimento, mas peguei o aparelho das mãos de Edward.
-Oi Pai.
-Oi querida, como está?
-Estou bem.
-Sue me disse que esteve aqui.
-Sim, você estava trabalhando.
-Me desculpe por não ter falando nada sobre Sue, mas foi tão de repente e...
-Sim, tudo bem.
-Bella, sei que deve estar sendo difícil para você, Edward pediu que te déssemos um tempo e...
Eu encarei Edward.
-Ele pediu é?
-Mas Renée está bem preocupada com você. Disse que não quer falar com ela.


-Eu ainda não me sinto – respirei fundo, buscando as palavras – preparada para lidar com todas estas.. novidades. Me desculpe, pai.
Ele suspirou.
-Acho que Edward tem razão então.
-Em que?
-Você está ressentida conosco. Bella, nós estamos felizes de você ter voltado...
-Mas acharam que eu nunca ia voltar.
-Foram quatro anos querida...
-E você casou de novo e mamãe arranjou outro filho.
-As coisas não são assim...
-São exatamente assim! – gritei.
Edward surgiu do nada e tirou o telefone das minhas mãos que tremiam.
-Charlie, vamos deixar esta conversa para outra hora... - e desligou.
Eu bufei, exasperada.
-Bella, fique calma.
Passei a mão pelos cabelos, frustrada.
-É difícil saber que sua própria família desistiu de você!
-Está sendo injusta.
-Estou? Eu duvido!
-Eles lutaram por você. Ficaram ao seu lado.
-Não vi isto quando acordei. Aliás, pareciam bem felizes em poder voltar para suas novas famílias!
-Charlie só se casou com a Sue há um ano. Sua mãe foi embora para a Europa há dois e acredite, ela não queria ir. Mas não queria perder o Phill, que queria o divórcio.
-Porque ele faria isto?
-Porque sua mãe praticamente se mudou para Forks depois do acidente, para ficar perto de você. Todo mundo sofreu, Bella. Mas o tempo passou, não havia nenhuma garantia. Você sabe quantas pessoas voltam de um coma depois de tanto tempo? Praticamente nenhuma.
-Então porque não desligaram a merda dos aparelhos?
-Eu nunca deixaria.
-Por que? O tempo passou para você também, não é? - indaguei num fio de voz.
A dor dentro de mim se intensificando porque eu sabia que ele tinha razão
Como é que eu podia exigir que todos parassem com suas vidas por minha causa?
-Eu sempre esperaria por você - ele respondeu por fim.
-Então quem é Ca...?
Mas antes que eu pudesse perguntar quem era Carolyn, alguém bateu a porta.
Eu a abri e arregalei os olhos surpresa ao ver Rosalie.
E ela segurava firmemente a mão de Renesmee de um lado e do outro uma mala.
-Eu vim trazê-la.

Eu senti um misto de emoções conflitantes ao olhar para a pequena. Renesmee, segurando firme a mão de Rosalie na nossa porta.
Felicidade e medo. Eu mal podia acreditar.
Rosalie estendeu a mão com a mala. Edward surgiu atrás de mim e a pegou.
-Rose? Achei que...
Ela deu de ombros. Estava muito séria.
-Não vamos mais adiar o inevitável – sua voz era fria.
Eu olhei de relance para Edward, ele não parecia muito satisfeito.
-Vá, Renesmee – Rose soltou a mão da menina que a encarou com os olhos incertos e Rose sorriu e eu podia jurar que era um sorriso forçado – vá, lembra o que conversamos?
Renesmee assentiu, mas ainda parecia incerta.
Edward deu um passo a frente e a pegou no colo, passando a mala para mim.
-Vem, querida, vamos entrar, está muito frio aqui fora. Dê tchau para a tia Rose.
-Tchau tia Rose.
Rose sorriu mais uma vez e se aproximou segurando seu rosto e a beijando.
Quando ela se afastou eu pude ver suas mãos tremendo.
-Tchau, querida.
E ela deu meia volta, subindo rapidamente o caminho para a mansão dos Cullens. Edward fechou a porta.
Por um momento nenhum de nós falou nada. Deus, eu esperara tanto por este momento e agora não sabia o que fazer.
Edward colocou Renesmee no chão.
-Achei que estaria dormindo – ela deu de ombros.
-A tia Rose disse que eu ia me mudar para cá.
Edward sorriu.
-Sim, você vai gostar de morar aqui.
-Vocês vão morar aqui também?
Eu e Edward trocamos um olhar e sorrimos.
-Claro que sim. Eu, você e o Edward – respondi.
-Achei que você morasse lá no hospital do vovô Carlisle.
-Apenas quando ela estava doente. Eu expliquei para você Renesmee – Edward respondeu.
-E você não vai mais para a faculdade?
-Por enquanto não. - Edward respondeu evasivo.
Mas como assim faculdade? Ele não tinha terminado o curso junto com Emmett. Mas não consegui perguntar porque Renesmee deu um pulo no colo de Edward, satisfeita.
-Eba! Vai ficar sempre aqui?
Edward sorriu cheio de carinho.
-Nós três vamos ficar sempre juntos agora, Renesmee.

Ela olhou para mim, ainda com aqueles olhinhos tímidos e sussurrou algo no ouvido de Edward. Ele sorriu para mim.
-Sim, querida, a mamãe também.
Eu senti meu coração apertando.
Era isto que ela tinha perguntado para Edward? Ele a colocou no chão de novo.
-Vamos ver seu quarto novo?
-Eu tenho um quarto novo?
-Claro que sim.
Ela riu e subiu as escadas, animada.
Edward se aproximou.
-Está tudo bem?
-Mais ou menos. Ainda estou com medo.
Ele riu, tocando meu rosto.
-Não seja absurda Bella. Ela está feliz de estar aqui.
-Tem certeza? – indaguei incerta.
-Ela esperou quatro anos para ter você. Como eu.
E ele me puxou pelas escadas. Renesmee estava pulando em cima da cama
Edward se aproximou e a tirou de lá.
-Vai ficar sem cama se continuar a fazer isto.
-E a tia Rose ia me por de castigo.
Eu não gostei daquilo. Não gostei de ser lembrada de que era Rosalie quem educava Renesmee.
-Estou com fome – ela disse de repente.
-Vamos comer então.
-Aqui tem comida? - indagou curiosa.
Edward riu.
-Claro que sim, Renesmee.
-Achei que fosse uma casa de boneca. Ninguém morava aqui.
-Mas agora nós moramos.
O celular dele tocou e ele me encarou.
-Bella, porque não desce com a Renesmee e vê alguma coisa para ela comer
Eu? Eu?
Eu tentei ficar calma.
-Sim, vamos Renesmee - e estendi a mão.
Não sei quem tinha mais medo. Se era eu ou Renesmee. Ela segurou minha mão, ainda timidamente e eu sorri para ela. Ela abaixou o olhar.
Nós descemos e assim que chegamos na cozinha, Edward apareceu, parecia contrariado.
-Preciso ir na casa dos meus pais.
-Algum problema?
Ele lançou um olhar para Renesmee. Sim, podia perceber que havia algum problema, mas que não queria falar na frente de Renesmee.
-Não se preocupe. Nada que não possa ser resolvido, eu já volto.
E ele se foi.
Eu mordi os lábios e encarei Renesmee. E agora?
O que será que ela comia?
-Por que não senta? - pedi e ela sentou – O que você gosta de comer? – indaguei.
Ela ficou pensativa.
-Como assim? Eu gosto de comer um monte de coisa.

-Claro que sim, mas... bom, você já almoçou, então acho que agora seria apenas um lanche.
Eu abri a geladeira e tentei ver o que tinha ali

– Pode ser uma sanduíche?
Ela sacudiu a cabeça afirmativamente. Eu preparei o lanche, me perguntando que horas Edward ia voltar.
Tudo parecia mais fácil com ele por perto.
Era horrível se sentir uma estranha para a própria filha. Eu sorri ao colocar o prato a sua frente.
Ela ainda pareceu incerta.
-Coma, querida. Não estava com fome?
Ela sacudiu a cabeça afirmativamente pegando o pão e mordendo.
-Está bom? – perguntei.
Ela sacudiu a cabeça.
-Olha, Renesmee. Sei que é algo novo pra você, até inesperado, vir morar aqui comigo, mas eu estou muito feliz que esteja aqui. E você pode... se sentir a vontade comigo. De verdade – será que ela estava entendendo? Até onde uma criança de quatro anos entendia?
Ela engoliu e me encarou.
-Você vai voltar a dormir de novo?
Meu coração se apertou.
-Não, não vou – murmurei.
E ela sorriu.
Era tão linda. Tão perfeita.
Eu tive vontade de me aproximar e abraçá-la, mas tinha medo de assustá-la. Então de repente ela tossiu como se tivesse engasgada. Eu tirei o pão da sua mão.
-Cuidado, como devagar.
Mas ela parou de tossir e começou a sufocar.
-Renesmee...o que? Ah meu Deus...
Eu a segurei, tentando ver se ela tinha engasgado, mas não parecia ser isto.
Ela estava ficando roxa.
A porta se abriu e Edward apareceu.
-Edward, ela está sufocando.
Ele se aproximou e a segurou, tão apavorado quanto eu e começou algum procedimento para fazê-la vomitar.
Eu não conseguia me mexer, horrorizada.
-Renesmee...? - Edward a chamou e ela gemeu fracamente.
Eu tentei voltar a respirar.
-O que esta acontecendo com ela?
Edward me fitou.
-O que ela comeu?
-Manteiga de amendoim e...
-Ela é alérgica. Vamos levá-la ao hospital. Agora – ele disse gravemente, a colocando no colo.

Eu os segui, me sentindo em choque.
-Pode dirigir? – indagou.
Eu sacudi a cabeça afirmativamente.
-E ele entrou segurando Renesmee.
E no caminho inteiro eu pensava que se algo acontecesse a Renesmee a culpa seria minha.
Quando chegamos ao hospital, ela foi levada rapidamente para a emergência.
-Vai ficar tudo bem, Bella. Ela já vomitou o que estava fazendo mal.
-A culpa é minha.
-Não tinha como você saber.
-Eu deveria saber! – gritei.
Edward segurou minha mão.
-Ei, pare com isto. O importante é Renesmee ficar bem.
Mas eu não conseguia parar. Eu quase tinha matado minha própria filha
Porque eu não a conhecia. Não demorou para o médico nos chamar e dizer que Renesmee apenas ficaria algumas horas em observação, mas que estava bem e seria liberada naquela mesma noite.
A observei, seu rosto muito branco contra os lençóis do hospital. Ela dormia.
Eu nunca me senti tão mal em todo minha vida, vendo minha filha doente.
-Ela já está bem, Bella – Edward falou, tocando meus ombros.
Eu não falei nada.
Renesmee foi liberada horas depois e ainda dormia. Eu entrei no carro e Edward a colocou no meu colo, sentando no banco do motorista.
Eu acariciei seus cabelos. Era tão bom tê-la tão perto. Eu podia fingir que sempre fora assim.
Que eu não tinha ficado ausente quatro anos. Que eu a conhecia realmente. E sabia que podia lhe fazer mal. Mas não era verdade.
Quando passamos em frente casa dos Cullens, eu pedi para Edward parar o carro.
-O que?
-Pare o carro, Edward – insisti.
Uma chuva fina caia quando sai do carro, segurando Renesmee contra meu corpo e corri para a entrada da casa dos Cullens, batendo na porta.
-Bella o que está fazendo? - Ouvi Edward indagar saindo do carro.
A porta se abriu e Rosalie me encarou surpresa.
-O que aconteceu?
-Pegue-a – pedi.

-Ela está bem? - Rose a pegou sem hesitar, examinando Renesmee com um olhar preocupado.
-Agora sim.
-Bella, o que...? - Edward chegou ao meu lado.
-Porque a trouxe aqui? - Rosalie perguntou aturdida.
-Estávamos no hospital com Renesmee, ela comeu manteiga de amendoim. Mas já esta bem – Edward explicou – Aliás você podia ter dito isto a Bella.
-Eu não... - começou a dizer, mas eu cortei a discussão eminente.
-Chega! - gritei – Rosalie, fique com Renesmme.
-Mas...
-Eu não... eu não posso fazer isto. Não ainda. Está claro que... eu não estou preparada para cuidar dela, eu não posso...
-Bella – Edward segurou meu braço, enquanto Rosalie me fitava aturdida. Mas eu larguei os dois ali e corri para o chalé.

As lágrimas me cegavam. Lágrimas de desapontamento comigo mesma.
Eu cheguei no chalé tremendo e só então percebi que Edward estava atrás de mim.
-Bella, o que deu em você?
Eu me virei, tremendo.
Minhas roupas estavam molhadas de chuva.
-Eu não posso mais...Está tudo errado... não posso cuidar de Renesmee.
Ele se aproximou.
-Está sendo muito exigente consigo mesma, não fale assim. Podia acontecer com qualquer um.
-Não... Todos vocês sabem, todos a conhecem... menos eu... Eu não sou a mãe dela.
-Você é sim.
Eu não conseguia parar de chorar. Era dor demais. Por tantas coisas... Por quatro anos que nunca iam voltar.
-Não, não sou... eu não sou nada mais pra ninguém, nem pra Renesmee, nem para meus pais, nem pra você...
-Bella, pare! – Edward segurou meu rosto, me obrigado a encará-lo – Nunca mais diga isto... Deus, será que não vê? Você é tudo pra mim! Eu passei um inferno desde que te conheci. Primeiro o Jacob e depois este maldito acidente, mas eu nunca desisti de você.
-Nunca desistiu? - eu me afastei com um safanão - Você me pôs pra fora de sua vida por que achou que eu queria ficar com o Jacob!
-Eu sei que errei. E fiquei quatro anos me martirizando por isto. A culpa do acidente foi minha, porque eu não podia suportar que estivesse comigo querendo estar com outro.
-Eu nunca quis o Jacob! Não deste jeito, nem quando a gente namorava. Acha que eu transei com você por quê?
-Por que estava bêbada.
-Sim, eu estava bêbada, mas se fosse o Mike Newton ali comigo nada ia acontecer. Não é possível que fosse tão burro Edward!
-Eu mereço ouvir você me chamar de burro. Eu fui isto e muito mais, mas você não perdia a chance de jogar na minha cara que amava o Jacob.
-Porque eu achava que amava, mas mesmo antes da gente casar, eu já tinha percebido que não era isto o que eu sentia, não o que eu sentia por você... mas você tinha ficado comigo por causa de uma aposta e tinha a Tânia...

-Eu disse pra você que nunca liguei para aquela aposta. E A Tânia foi só um erro. Eu já tinha terminado com ela quando ficamos juntos. Devia ter acreditado em mim. Eu esperei alguém como você a vida inteira. E quando você apareceu, eu nem sabia o que fazer. Eu estava apaixonado por uma garota absurda que namorava outro cara. Eu nunca devia ter apostado, mas eu ia correr atrás de você do mesmo jeito. E se eu for ser sincero comigo mesmo, eu gostei de quando ficou grávida, assim eu teria uma chance com você. Mesmo vivendo na dúvida, porque você podia preferir não estar comigo.
-Eu te amei tanto, Edward, não devia ter duvidado de mim... - murmurei num fio de voz. Minha mente absorvendo suas palavras. E me dando conta de quantas coisas não foram ditas entre nós... tantas coisas.. que teriam evitado tantos problemas, tanto sofrimento... e então eu o encarei com raiva – Porque nunca me disse isto? Porque agora? Agora que tudo está perdido – e comecei a socá-lo.
Mas para meu consternamento, ele me segurou, rindo. Rindo!
-Deixa de ser absurda, amor.
-Você é absurdo! Como pode rir?
-Você está aqui, está brigando comigo e sendo absurda. E eu estou feliz.
Eu funguei, me sentindo cansada, encostando a testa em seu peito.
E nem percebi quando ele me pegou no colo e me carregou até uma poltrona em frente a lareira, e se sentou comigo no colo, mantendo os braços a minha volta.
-Precisa se aquecer, está gelada.
Sim, estava frio e eu estava molhada da chuva. Me lembrei do que tinha acabado de fazer, quando comecei a me acalmar.
Renesmee.
-Renesmee vai ficar bem, não é?
-Sim, ela ficará bem. Todos nós vamos ficar bem.
-Eu queria ter esta sua certeza.
-Eu tenho sim.
Eu fiquei em silêncio por um tempo e então eu fiz a pergunta que estava me engasgando.
-Quem é Carolyn?
-È uma médica. Ela é especialista em coma.
Eu o fitei, surpresa. Então era isto...
-Eu vou te contar Bella. Vou contar a você o que aconteceu nestes quatros anos...

Continua...

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