09 junho 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 34

Pervinhasssssssss Bella está em crise..Mas também não é para menos não é mesmo? Como será que ela ficará com Rennesme? Vamos descobrir! Ótima leitura!

Classificação: Maiores de 18 anos
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen, Ement Cullen, Rosalie....
Gêneros: Romance/Drama
Avisos: Sexo 

Capítulo 34
Eu tremia ligeiramente quando cheguei em casa. Edward ainda não estava em parte alguma.
Será que Rosalie me ouviria? Era bom ela ter ouvido.
 Porque eu estava falando sério. Embora só de pensar em ficar frente a frente com Renesmee de novo já me assustava. Não demorou nem dez minutos para Edward aparecer.
E eu podia perceber que ele estava se contendo para não explodir.
-Rosalie me contou o que você fez.
-Sim, eu fiz! A filha é minha e eu quero ela aqui.
-Bella, as coisas não são tão simples assim...
-Quem está complicando é a Rosalie!
-Rosalie apenas quer proteger Renesmee.
-Eu não acredito nisto. Ela quer a minha filha para ela! Mas não vai ter! Se ela quer um filho que faça um com o Emmett!
-Emmett e Rosalie não estão mais juntos.
-Não?
-Não, mas isto não vem ao caso agora.
-Sim, eu quero saber que horas ela irá trazer a Renesmee.
-Ela não vai trazer.
Eu respirei fundo várias vezes.
Não era possível!
-Você está do lado dela?
-Não seja absurda, Bella, não existe nenhuma guerra aqui.
-Será que é difícil de entender? Eu passei quatro anos longe da minha filha, mesmo nem me dando conta disto! A minha própria filha me trata como uma estranha e agora vocês querem mantê-la longe de mim.
-Ninguém quer manter você longe da Renesmee!
-Não? Pois me parece o contrário.
-Bella, entenda. São quatro anos que a Rosalie cuida dela. Que você estava em coma. Não se pode mudar tudo de uma hora para outra.
-Eu sei! Mas do que vai adiantar ela ficar lá? Ela nunca vai me conhecer assim!
-Haverá tempo. Apenas tenha paciência.
-E enquanto isto ela continua com a Rosalie fazendo a cabeça dela contra mim!
-A Rosalie não faz isto.
-É difícil acreditar.
-Bella, por favor. Pense em Renesmee. Eu sei como deve ser difícil para você. Apenas...
-Não. Eu não posso aceitar isto, Edward. E você deveria ficar do meu lado. Ela é sua filha também! Como pode deixá-la lá, como se não tivesse pai nem mãe?
-Eu estava em Dartmouth.

-Ah claro! Estava terminando a porcaria da faculdade! Óbvio que era mais importante que sua própria filha! - “mais importante do que eu”, quis acrescentar, mas me calei. - mas não me interessa agora. Eu quero a Renesmee aqui, eu sou a mãe dela e tenho este direito!
Não, Edward não ia me convencer. Eu tinha perdido quatro anos. Não podia perder mais tempo.
Ainda mais sabendo que Renesmee estava com Rosalie. 
Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado.
-Tudo bem Bella, venha comigo.
Subiu as escadas e eu o segui. Ele entrou no quarto de Renesmee e eu me surpreendi ao ver tudo ainda do mesmo jeito. Como se o tempo tivesse parado por ali. Ainda era um quarto de bebê.
Mas eu não devia me surpreender. Afinal, Renesmee não morava naquela casa. 
Ela morava na casa dos Cullens.
-Ela não pode ficar aqui – falei como se pra mim mesma.
-Sim, precisamos mudar este quarto. Então, talvez seja melhor esperar para trazê-la quando tudo estiver pronto, pode ser?
Eu mordi os lábios.
A vontade que eu tinha era de correr até a casa dos Cullens e tirar Renesmee de lá o mais rápido possível, mas Edward tinha razão.
O bem estar de Renesmee vinha primeiro.
-Tudo bem – disse com a voz sumida.
Eu teria que aguentar mais um dia, pensei desanimada.
Edward deve ter percebido meu desânimo pois se aproximou de mim.
-Tudo vai ficar bem, Bella.
E ele levantou a mão, talvez para tocar meu cabelo ou meu rosto, mas isto não aconteceu. Ele simplesmente abaixou a mão. 
Eu o encarei e por um minuto, com mil perguntas, mil dúvidas dentro de mim.
E então recuei, ao me dar conta do que aquele simples gesto poderia significar
-Eu vou... - e não consegui continuar, apenas dei de ombros e me afastei, tentando parecer casual.
Mas havia um buraco dentro de mim. Eu me sentei na cama e fiquei olhando o vazio.
Quatro anos talvez fosse tempo demais. Tempo o bastante para acabar com tudo.
Eu não sei mais se tínhamos um casamento.

Ele entrou no quarto um tempo depois e eu ainda estava no meu lugar.
-Bella, vem comer.
Ele parecia estranhamente distante. Eu o fitei.
Pra onde tinha ido tudo o que tínhamos?
Mas será quer tínhamos algo mesmo?
Me lembrei dos meses que ele me deixou sozinha, depois de descobrir que eu me encontrava com Jacob. De como eu me sentia sozinha.
Será que desde esta época já tinha acabado?
Por isto fora tão fácil ele jogar minhas coisas naquela mala e pedir que eu fosse embora?
Será que fora por isto que ele simplesmente largara nossa filha com Rosalie e voltara para a faculdade?
Talvez agora eu não passasse de um desagradável inconveniente para ele.
-Bella? - ele me chamou novamente, desta vez com uma nota de impaciência mesclada com preocupação – Está se sentindo bem?
Eu sacudi a cabeça afirmativamente e me levantei.
-Sim, estou.
E o segui para fora do quarto.
Quando cheguei na cozinha que percebi que já tinha anoitecido.

Eu me sentei e nós jantamos em silêncio. Era estranho.
Nos estávamos agindo como estranhos.
Mas foram quatro anos, não é?
Pra mim ainda era mágoa de uma briga horrível. Para ele eram 4 anos em que eu não existira.
E de novo eu me perguntei, o que acontecera na sua vida durante estes quatro anos.
Eu teria coragem de perguntar? Eu queria saber?
Talvez eu devesse me concentrar me outras questões mais simples.
-Porque Emmett e Rosalie terminaram?
Edward deu de ombros.
-Nem todo relacionamento dura para sempre.
O que era isto? Uma indireta para definir nosso caso?
Eu ignorei o medo dentro de mim.
-Ainda é difícil acreditar que Rosalie cuide de uma criança.
-Eu falei que ela cuida direito de Renesmee, Bella. Acha que eu deixaria nossa filha com alguém que não fosse tratá-la direito? - havia alguma acusação na sua voz.
-Eu não sei. Não estava aqui. E pelo visto nem você.
Ele não respondeu.
-Por que, Edward? Porque abandonou nossa filha? - perguntei baixinho.
Talvez esta fosse a parte mais difícil de entender. De perdoar.
Ele me fitou e havia dor em seu olhar.

-Não foi sempre assim. Ela ficou no hospital no começo. Todos nós nos preocupávamos. E achávamos que você ia voltar, mas Renesmee teve alta e você não acordou. E quanto mais as semanas passavam, mas ficava claro que talvez nunca fosse acordar. 
E ele decidira seguir com a sua vida, pensei amarga.
-E Rosalie simplesmente largou a faculdade?
-Ela praticamente já tinha perdido o ano. Você viu como ela era.
-Rosalie não gostava de bebês.
-Ela nunca disse isto. 
-Ainda é difícil para mim entender.
-Rosalie ficou em Forks. E acho que foi natural cuidar de Renesmee.
-E você vinha nos fins de semana.
-Sim, religiosamente. Com o tempo... Foi mais fácil ir lidando com tudo.
-E vocês desistiram, não é? Vocês achavam que eu nunca mais ia acordar.
-Não tínhamos com saber. 
-Acha que Renesmee... Acha que ela vai gostar de mim um dia?
-Apenas dê-lhe tempo Bella. Todos nós precisamos de tempo.
Eu o encarei.
Ele precisava de tempo para gostar de mim de novo também? Me perguntei.
Ou era tarde?
-Não está mais com fome?
Eu olhei para meu prato praticamente intocado e me levantei o levando comigo para a pia.
-Não. 
Edward se levantou também.
-Deixa que eu lavo a louça – falei.
-Não precisa...
-Precisa sim. Você fez o jantar.
Ele não falou nada.
Enquanto eu fazia aquela atividade tão corriqueira me lembrei de outro tempo, enquanto fazíamos isto juntos, porque queríamos estar juntos todo o tempo.
O telefone tocou e Edward atendeu.
-Só um minuto... - ele se aproximou - Bella, sua mãe.
Eu sacudi a cabeça negativamente.
-Não quero falar com ela.
-Bella, é a sua mãe - ele parecia perplexo.
-Não, diz pra ligar depois - falei friamente, voltando a atenção para a louça.
Eu ainda não consegui perdoar minha mãe.
Ela tinha me abandonado. Colocado outra criança em meu lugar. Talvez fosse infantil da minha parte, mas não conseguia agir de outra maneira.

Quando terminei de lavar a louça, eu fui para a sala e Edward estava lá falando com alguém ao telefone bem baixinho.
Quando ele me viu, desligou e eu me perguntei quem seria.
-Quem era? - indaguei tentando não soar desconfiada.
-Rose.
Eu senti uma pontada no peito ao pensar em Rose ainda com Renesmee. Será que eu podia sugerir que fôssemos vê-la?
Mas de repente eu me senti muito cansada. E muito medrosa.
De alguma maneira depois de tudo o que ocorrera naquele dia eu não me sentia preparada para ver o olhar hostil de Renesmee de novo.
Edward foi até a estante e pegou um pasta. Ou seria um livro. 
-Vem aqui. Quero te mostrar algo. 
Ele se sentou e eu sentei ao seu lado. Talvez fosse a primeira vez que estávamos tão próximos depois de tanto tempo. Eu podia tocar seus cabelos com meus dedos se quisesse.
E de repente eu tive mesmo muita vontade de fazer exatamente isto. Seu cheiro ainda era o mesmo que eu me lembrava. Delicioso em minhas narinas e me traziam lembranças demais.
Demais que chegavam a doer. Porque agora era só isto. Lembranças.
Eu respirei fundo e voltei a atenção para o que ele tinha nas mãos e agora abria.
Não era um livro. Era um álbum de fotos.
Fotos de um bebê, com ralos cabelos cor de areia e olhos castanhos chocolate.
Renesmee.
Meu coração deu um salto mortal.
-Renesmee... - murmurei com um nó na garganta e praticamente arranquei o álbum de suas mãos - meus dedos tocando as fotos, enquanto percorria o álbum.
Eram muitas fotos, registrando seu crescimento. De um bebê rechonchudo a uma criança perfeita.
-Ela é tão linda...
-Sim, se parece com você.
Eu ri, mas era mais um engasgo.
-Tem seus cabelos.
-Mas os olhos são seus.
-Espero que ela tenha herdado sua inteligência.
Foi a vez dele rir
-Acho que ainda é cedo pra saber. Mas ela é muito esperta. 
-Claro que é... - murmurei. o nó na minha garganta quase me impedindo de respirar.
Eu tinha perdido tudo aquilo. Todas aquelas ocasiões com Renesmee. Isto não tinha mais volta.

Eu fechei o álbum, achando que agora me sentia pior do que antes e o coloquei de lado, me levantando.
-Acho que vou dormir.
Eu me afastei, subindo as escadas e quando entrei no closet, procurando algo para vestir, me perguntei se Edward iria dormir comigo. Na noite passada eu tinha certeza que ele não dormira.
E eu me perguntei se não era melhor assim. Encarar de uma vez que era o fim.
Mas como é que eu fazia com a dor? Com o vazio?
Com aquele sentimento horrível de que nada mais ia dar certo.
Eu não tinha Renesmee. Eu não tinha Edward.
Eu não tinha mais nada.

Mas quando eu saí do closet, eu ouvi o chuveiro ligado. Edward estava no banheiro.
Eu me deitei, me sentindo subitamente nervosa. Tentei respirar normalmente e dormir.
Quem sabe adormecesse antes dele aparecer.
Mas eu não consegui e mesmo de olhos fechados eu ouvi seus passos pelo quarto e o colchão se mexendo quando ele deitou ao meu lado.
Talvez eu fosse uma idiota por ficar feliz dele estar ali.
A distancia agora era emocional. E eu não sabia como vencê-la.
-Está acordada?
Sua voz na escuridão me sobressaltou e abri os olhos.
-Não - respondi. E eu acho que podia ver um riso em seu rosto.
-Está se sentindo bem?
Eu revirei os olhos no escuro, fitando o teto.
-Estou ótima. Não me trate como doente.
-Desculpe se me preocupo com você - falou meio seco.
Eu mordi os lábios com força, não devia, mas agora me sentia culpada.
-Eu estou bem Edward. Não precisa ficar me tratando deste jeito, como se eu fosse de vidro.
Ok, era uma deixa, eu podia admitir para mim mesma e me senti até um pouco ruborizada com isto.
Mas sinceramente acho que Edward não entendeu, ou se fingiu de desentendido. Pois não falou nada e no silêncio da noite só se ouvia o som da nossa respiração.
E eu suspirei, desanimada. Acho que deveria encarar mesmo que Edward não tinha o menor interesse em mim.
De repente algo horrível me ocorreu, fazendo gelar meu sangue.
Será que nestes quatros anos Edward tinha saído com alguém?

Só de imaginar aquela hipótese eu sentia vontade de vomitar.
Mas éramos casados não éramos?
Ele ainda usava uma aliança. Isto queria dizer que não havia ninguém?
Ou que ele tinha encontros casuais?
Eu tinha medo de saber. Talvez eu não quisesse saber.
Do que ia adiantar? Eram quatro anos. Que eu não estava ali.
Acho que de alguma maneira não dava nem para culpá-lo
Mas eu me sentia horrível. Fechei os olhos com força. Eu queria dormir.
E esquecer.
Me deu vontade de pedir que Edward fosse dormir em outro lugar.
Mas não tive forças para tanto. Havia algo de reconfortante em ouvir sua respiração ao meu lado. Era quase como voltar no tempo.
E fingir que tudo estava bem. Que Renesmme ainda estava dentro de mim.
Tão completamente minha. E bastaria eu estender a mão que Edward estaria me abraçando.
E eu me deixei embalar por minhas lembranças, até estar quase adormecendo.
E então ouvi a voz de Edward do meu lado, quando já imaginava que estaria dormindo.
-Quando você fecha os olhos, eu tenho a impressão que não vai voltar mais. Que ainda está naquele hospital, e nada do que eu faça é capaz de fazer você voltar.
Eu tenho vontade de abrir os olhos e perguntar se foi por isto que ele não dormiu comigo ontem. E se foi assim, porque está comigo hoje. Mas estou cansada demais.
-Você pode me abraçar? - me vejo pedindo sonolenta.
Ele hesita. Eu sinto uma dor.
-Eu não vou quebrar – sussurro.
E então ele passa os braços a minha volta.
Quente. Forte. Tão deliciosamente familiar.
E eu finalmente adormeço.

Quando acordei já era de manhã. E Edward não estava mais comigo. Eu me perguntei se tinha sonhado e imaginado ele me abraçando. Não, tinha que ser verdade. Eu precisava que fosse.

Desci as escadas e ele estava na cozinha, parecia que estava preparando o café enquanto falava com alguém no celular.
Ele se despediu da pessoa me encarando.
-Oi - eu disse me sentindo meio sem graça.
E eu não sei porque me sentia assim. Mas acho que estava começando a entender.
Era o afastamento de Edward que me deixava deste jeito. Ele parecia sempre... hesitante.
Como se não soubesse o que esperar de mim. Mas eu ainda era a mesma. Ou achava que era. O problema era saber se Edward ainda era o mesmo.
De qualquer forma nosso último contato antes do acidente fora aquela briga terrível, onde ele me colocara pra fora da sua vida. 
Será que ainda era isto? 
De alguma maneira eu achava que não.
-Oi - ele respondeu.
-Nós vamos comprar as coisas do quarto de Renesmee? - perguntei, me atentando as questões mais importantes.
-Sim, se não se sente bem pra sair, eu posso ir sozinho...
-Não, eu vou com você. Vou subir e tomar um banho.
Eu subi as escadas e entrei no chuveiro. Havia um novo ânimo em mim.

Depois que o quarto de Renesmee estivesse pronto, não haveria mais desculpas. Ela voltaria para casa.
E talvez nem tudo estivesse perdido com Edward afinal. 
Tudo bem, que ainda agora ele parecia estranhamente reticente, mas eu tinha que dar um desconto. Foram quatro anos de ausência. Era como se eu tivesse ido embora e voltado do nada.
Possivelmente eu era mesmo uma estranha para ele. Mas Edward tinha que entender que eu ainda era a mesma Bella.
Eu só não sabia como fazê-lo entender. 
Mas será que ele queria? - uma vozinha incomoda falou dentro de mim, mas eu ignorei. Eu não tinha mais tempo para hesitações. Já perdera quatro anos. 
Não ia perder mais quatro.
E o que eu tinha a perder?
Neste momento eu não tinha praticamente nada.
Sai do chuveiro e me enrolei na toalha indo para o closet.
E parei a porta ao ver Edward em frente a um armário, ele estava sem camisa, enquanto procurava uma.
Ele me encarou e eu parei. Hesitando.
Mordi os lábios me sentindo por um momento estranhamente envergonhada.
Como se momentos assim não fossem corriqueiros em nossa vida.
Mas há quatro anos.
Há quatro anos eu não hesitaria em entrar no closet, largando a toalha em qualquer lugar e deslizar nua pelo carpete, procurando uma roupa.
Ignorando a voz repressora dentro de mim, que dizia que talvez eu estivesse exagerando, desamarrei o nó da toalha que caiu no chão aos meus pés e caminhei até a porta do armário, a poucos passos de Edward.

Não sem antes lançar um olhar para ver sua reação eu tremi ao ver que ele estava me medindo, ainda na mesma posição.
Eu me virei para o armário, tentando achar algo, mas minha mente embaralhada não via nada.
Eu apenas podia sentir o olhar de Edward me queimando.
E então, eu não sei como aconteceu, mas ele estava do meu lado, a mão me puxava pelo braço, enquanto a outra infiltrava nos meus cabelos, levando minha boca até a dele.
A emoção que me varreu por dentro foi como uma tempestade. E colei meu corpo nu ao dele, minhas próprias mãos subindo para se enterrar nos cabelos cor de areia, minha boca devorando a sua, sentindo seu gosto tão familiar e tão diferente ao mesmo tempo. E ele gemeu contra meus lábios e em um instante o beijo já não era mais suficiente. A energia represada explodiu num mar de sensações quentes, feroz, incontrolável.
Não havia tempo para hesitações, apenas para sua boca e dentes e língua deslizando por minha pele e os gemidos entrecortados que saíam da minha garganta, sentindo as mãos deslizando por meu corpo, apalpando, apertando, devorando. Eu estava além de qualquer limite e a excitação me dominou completamente ao perceber que ele também estava .
Isto! Era isto que eu queria. Sua voz em meu ouvido “Bella”, sussurrando vezes sem fim e eu derretia um pouco mais, um desejo líquido me deixando fraca e forte ao mesmo tempo. Com dedos trêmulos e impacientes, eu agarrei suas calças a abrindo e em um segundo, eu me vi indo ao chão.
Não havia tempo para ir a qualquer outro lugar. Havia apenas um desejo fremente e intenso que precisava ser saciado.

-Agora... - pedi com a respiração entrecortada, sentindo seu bem vindo peso sobre mim.
-Sim – respondeu finalmente me penetrando e eu gritei, içando os quadris em sua direção, e ele foi ainda mais fundo, e mais rápido. Impulsionando e recuando num ritmo preciso, perfeito e eu comecei a me desfazer, a realidade a minha volta se dissolvendo, abstraindo, restando apenas as sensações, o cheiro, a textura, os sons. E Edward. E seu gemido longo e baixo em seu ouvido, quando os dois estremeceram no mesmo prazer.

E depois, nós ficamos ali, a respiração voltando ao normal. E eu mantinha meus olhos fechados. Me sentindo pela primeira vez desde que voltara feliz.
Ainda não era tudo. Mas era uma parte. Mas de repente eu senti que tinha algo errado. Edward estava tenso.
Abri os olhos e ele me fitou.
-Me desculpa - pediu - eu não devia.
E ele se levantou, me puxando consigo. Eu franzi a testa.
Como é que é?
-Está pedindo desculpas? - indaguei tentando manter minha voz num nível normal.
Ele passou a mão pelos cabelos frustrado.
-Você acaba de sair de um hospital.
Eu ri. Juro que eu ri. Mas não era com humor. 
-Você é um idiota, Edward. E eu odeio que faça isto. Já falei que não estou doente. Eu estou aqui. E somos casados. Se há algum problema com isto é melhor falar logo e já resolvemos e você não será mais obrigado a me aguentar!
Eu desabafei e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu voltei para o banheiro e bati a porta.
Liguei o chuveiro de novo e fiquei ali, a água escorrendo por meu corpo.
Era isto então. Agora era com ele.
Eu dera a deixa. O difícil era saber se eu me manteria firme se ele dissesse que a questão era exatamente aquela.
Eu não sei se aguentaria.
E então a porta do box se abriu e Edward estava ali na minha frente. Nu e lindo.
E ele se aproximou, as mãos enquadrando meu rosto.
-Nunca pense que eu não quero continuar com você. Eu te esperei quatro anos, Bella. Apenas... me dê tempo.
-Para que?
-Para eu aprender a não ter medo de perder você de novo.

Eu tive vontade de chorar. Tive vontade de fazer mil perguntas.
Mas não queria que nada causasse seu afastamento de novo. Ou o meu.
E eu desconfiava, de alguma maneira estranha, que isto ia acontecer.
Então eu apenas passei meus braços em volta de sua nuca.
-Eu não vou a lugar algum.
-Bella, eu...
-Shi - eu aproximei meus lábios do dele - agora não. Depois.
E ele me beijou. E eu queria que o depois nunca chegasse.

Continua...

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