06 junho 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 31

Olá pervinhas!! Sobreviveram ao MMA 2011? Nossa FIC está chegando ao fim, não percam os últimos capítulos. Confiram o que ela nos reserva hoje! Ótima leitura!
Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama 
Aviso: Sexo


Capítulo 31
Primeiro eu senti uma alegria irracional porque ele estava ali. Em carne e osso na minha frente finalmente. E depois eu me toquei que ele estava furioso e o porquê dele estar assim. Eu estava com Jacob. Eu senti o chão fugir aos meus pés. E agora?

-O que este cara está fazendo aqui, Bella? - ele perguntou de novo e eu podia perceber que ele a um ponto de explodir.
Eu tentei pensar racionalmente sem entrar em pânico. Não estava fazendo nada de errado. Edward teria que entender.
-Está me ajudando a pintar o quarto – respondi simplesmente.
E nem sei como minha voz não tremeu nem uma vez.
-Está me dizendo que este imbecil está dentro da nossa casa...
-Ei, olha como fala! Estou aqui ajudando a Bella sim! Porque você não esta aqui pra cuidar dela?
-Jacob, pára... - eu tentei falar antevendo a explosão, mas era tarde.
Edward avançou para cima de Jacob, mas eu me coloquei entre os dois a tempo.
-Chega, vocês dois!
-Deixa, Bella, deixa ele me bater, se isto faz bem pra ele!
-Cala a boca, seu cretino! - Edward gritou – Eu devia te matar por estar aqui com ela...
-Pára Edward! Está exagerando! Não está acontecendo nada demais aqui! Jacob está apenas me ajudando!
-Eu sei muito bem o que ele está fazendo aqui!
-Chega! - sibilei e me voltei para Jacob – Jacob, vai embora, por favor.
Eles ainda se encaram por um momento, como num ringue de luta e eu rezei para que Jacob me escutasse e realmente se afastasse antes que as coisas ficassem piorasse.
Jacob largou o pincel e se afastou. Eu ouvi eu passos descendo as escadas e a porta se fechando atrás dele, antes de encarar Edward.
-Espero que não ache que estava acontecendo alguma coisa aqui. – falei, tentando ficar calma – Você viu. Ele estava me ajudando a pintar o quarto.
-O que ele é agora? Um pedreiro? Ele não deveria estar aqui e sabe disto!
-Ele veio com a irmã me entregar o convite do casamento dela e...
-Quer mesmo que eu acredite nisto, Bella? Eu achei que ele tinha saído da sua vida! E encontro ele na nossa casa!
-Jacob é meu amigo!
-Não, não é! Ele é seu ex-namorado!
-Não é assim mais! Ele é apenas um amigo agora.
Edward me encarou perigosamente.
-O que está querendo dizer Bella? Você ainda tem algum contato com este cara?
Eu fiquei vermelha e a resposta estava estampada no meu rosto. Edward soltou uma imprecação.
-Há quanto tempo isto vem acontecendo?
-Não fale assim, não fale como se eu tivesse encontros ilícitos com Jacob ou algo assim!
-Então porque nunca me disse nada?
-Porque nem é grande coisa! Ele é amigo do meu pai. A nossas famílias são amigas! E às vezes eu o encontrava na casa de Charlie e...
-E você achou conveniente mentir pra mim.
-Não menti!
-Mentiu sim! Deus, eu não consigo acreditar que foi tão dissimulada, Bella!
-Está sendo injusto!
-Injusto é eu chegar em casa, e encontrar seu ex no quarto do nosso bebê! E saber que você o traz para dentro da nossa casa, que se encontra com ele escondido, há meses!
Eu fechei os olhos com força, lutando contra o nó na minha garganta e voltei a encará-lo.
-Eu sei que deveria ter te contado. Mas eu sabia que ia agir exatamente assim. Me acusando de coisas ridículas! Eu queria que entendesse, que ele é meu amigo de uma vida inteira e..
-Não quero saber, Bella!
Ele se afastou, passando a mão pelos cabelos. Eu mordi os lábios com força para não chorar. Odiando aquela briga. Odiando aquele abismo.
E me sentindo culpada. Embora no fundo soubesse que eu não tinha nenhuma culpa.
Mas doía que Edward não confiasse em mim. Doía mesmo.
-Não quero mais que se encontre com ele – Edward disse friamente por fim.
-Esta sendo irracional – murmurei.
-Que seja.
E ele pegou o pincel.
-O que está fazendo?
-Pintando o quarto do meu filho. Isto não é trabalho para seu ex-namorado.
Eu pisquei várias vezes e suspirei pesadamente. Então saí do quarto.
E só me permiti chorar quando estava sozinha no nosso quarto.
Eu me acalmei horas depois e fui atrás de Edward, me perguntando se ele também estaria mais calmo agora.
Mas Edward não estava no quarto do bebê, que agora estava todo arrumado.
Eu olhei para as paredes pintadas, os móveis montados. E senti um peso no coração. Não era para ser assim. Era para estarmos compartilhando aquilo. E não estarmos brigados. Eu procurei Edward pela casa e não o encontrei.
Liguei em seu celular e ele atendeu ainda frio.
-Onde você está? – perguntei.
-Na casa dos meus pais.
Eu olhei pela janela, anoitecia.
-Você virá para casa ou...
-Não irei agora.
-Quer que eu vá...
-Não.
E desligou. Eu fiquei olhando para o aparelho na minha mão.
Ele ia voltar. Sempre voltava. E tudo sempre ficava bem.
Mas Edward não voltou. Eu fui dormir e lutei contra o sono, o esperando.
Mas nem quando acordei de manhã, havia sinal de Edward ali.

Eu me levantei ele estava na cozinha.
-Onde dormiu? – perguntei.
Ele deu de ombros.
-Ficou tarde, dormi no meu antigo quarto.
Eu sacudi a cabeça.
-Estamos brigados, é isto?
Ele me encarou.
-Acha que eu deveria estar feliz com o que aconteceu ontem?
-Eu acho que deveria me contar até quando ficará assim comigo.
-Eu não sei Bella.
Eu lutei contra a onda de pânico.
-Então quando decidir me avisa.
E eu dei meia volta para sair dali, mas me voltei.
-Eu aceitei a sua ex-maluca dentro da nossa casa lá em Hanover. Eu passei por cima de tudo o que ela fez e aceitei.
-Tânia não tem nada a ver com isto.
-Você é um idiota se pensa que não. Mas tudo bem, não estamos aqui para discutir a Tânia . Eu só queria entender porque sou eu que sempre tenho que fazer sacrifícios aceitando sua ex-namorada porque ela é amiga da sua familia e você não pode aceitar o Jacob, que é amigo da minha.
-Eu nunca menti pra você, é esta a diferença.
-Tem razão. Eu menti. E parece que não vai me perdoar tão cedo não é?
Ele me fitou.
-Eu nem sei se consigo te perdoar Bella.
Eu senti como um soco no meu estômago. E desta vez eu realmente me afastei, sem olhar para trás. Subi para o quarto. Peguei a primeira mala que vi na frente e coloquei algumas roupas. E sem falar nada, eu entrei no carro e fui para a casa do meu pai.
Mas antes que conseguisse dar partida, Edward bateu no vidro. Eu abri.
-Onde vai Bella?
-Para casa do meu pai.
-Não vai não.
-Não vai me dizer o que fazer!
Ele respirou fundo e abriu a porta.
-Bella, sai deste carro agora. Está sento absurda.
Eu saí.
-Porque devo ficar aqui? Porque devo ficar aguentando sua frieza e desconfiança? Não foi você que acabou de dizer que nem sabe se vai conseguir me perdoar?
-Isto não é motivo para correr para a casa do seu pai. Ou está indo encontrar o Jacob lá?
Eu não pensei, antes de virar um tapa em seu rosto.
-Eu odeio você por isto! - murmurei e entrei em casa, batendo a porta.
Sim, ele tinha razão. Do que adiantaria ir para a casa do meu pai? Apenas para preocupá-lo? Para eu ter que contar o que estava acontecendo?
Não, não ia adiantar nada.
Os meus problemas com Edward, eu tinha que resolver com o próprio Edward.
Edward entrou em casa minutos depois e subiu para o quarto.
Eu fiquei sentada ali na sala, em silêncio.
Até que ele voltou.
-Estou voltando para Dartmouth. Eu senti meu coração congelando.
-Já?
-Acho que será melhor assim.
-Agora quem está fugindo?
-Eu estou indo porque não quero mais discutir com você. Isto não faria bem ao bebê.
Eu ri sem humor.
-Claro, o bebê! É por isto que estamos aqui não é?
Ele não falou nada. Apenas se afastou, a porta fechando atrás de si.
Restando apenas o silêncio e o vazio de sua ausência.
Edward me ligou naquela noite.
Eu ainda estava no mesmo lugar, encolhida no sofá.
-Bella, sou eu.
Eu pisquei, me sentando, passando a mão por meu ventre, enquanto o bebê se mexia.
-Edward?
-Você está bem?
-Sim – respondi simplesmente.
Nós ficamos em silêncio por um instante.
Eu respirei fundo.
E só me perguntava como é que as coisas tinham chegado aquele ponto?
-Já esta em Hanover? – perguntei.
-Sim, acabei de chegar.
-Certo.
-Bem, vou desligar. Foi uma longa viagem.
-Ok. Tchau.

Eu me obriguei a levantar e comer. Porque o bebê podia estar com fome. Apenas por isto. Eu tinha que ficar bem. Eu iria ficar bem. Mesmo sentindo aquele vazio horrível por dentro. Eu tinha que acreditar que tudo ia voltar ao normal.
Mas que normal? Será que um dia as coisas estiveram realmente bem?
Edward não podia suportar Jacob. Não podia aceitar que ele era apenas meu amigo.
Eu tinha medo da sua ex-namorada maluca e preferia deixá-lo lá sozinho com ela por perto porque temia que ela pudesse fazer alguma coisa contra meu bebê.
Então quando é que tudo estivera “normal”? Talvez eu estivesse apenas me enganando.

Alguns dias se passaram e Edward sempre me ligava. E nós tínhamos a mesma conversa superficial e fria.
Mas pelo menos eu podia ouvir sua voz e me enganar que ele voltaria no próximo fim de semana e tudo voltaria a ficar bem. Que ele diria que eu era absurda e me beijaria.
E faríamos planos para o bebê. E quem sabe eu poderia dizer finalmente que ele não precisava temer Jacob, porque ele não era nada mais do que meu amigo. Porque eu nunca o amara de verdade. Não como eu amava ele, Edward.
Mas isto ficava apenas na minha cabeça. Assim, as semanas passaram e eu entrei no oitavo mês.
E tudo era mais difícil. E eu me sentia tão sozinha. Evitava ir a casa do meu pai. Porque eu tinha medo de encontrar Jacob.
Eu estava tentando ficar longe dele.
Nem sei porque. Pra não magoar Edward? E a mágoa que ele causava em mim?
Não era justo.
Esme sempre vinha conversar comigo e eu gostava realmente dela, e foi pra ela que eu disse que se o bebê fosse uma menina, se chamaria Renesmee.
-Que nome diferente.
-É uma junção de Renée  e Esme.
-Oh, Bella. - e ela me abraçou – tenho certeza que tudo ficará bem entre você e Edward – ela murmurou e eu a encarei.
-Eu tenho sérias dúvidas. Ele... nem veio mais pra Forks.
-Deve estar ocupado com as provas e tudo mais.
-Sei...
Esme tentava me animar mas eu tinha realmente dúvida que conseguiríamos transpor aquele abismo agora.
Talvez quando ele voltasse... Nós pudéssemos finalmente conversar.
Se não fosse tarde demais.

O telefone tocou numa tarde e eu me surpreendi ao ouvir a voz de Charlie.
-Bella, sou eu.
-Oi pai.
-Está tudo bem? Não a tenho visto muito.
-Estou me sentindo meio pesada, último mês pai.
-Eu sei. Hoje é o casamento de Rachel. Você vai?
-Não...
-Mas ela gostaria mesmo que fosse Bella. E Billy também.
Eu mordi os lábios.
Não. Melhor seria eu não ir.
Mas do que adiantaria?
Edward não estava ali. Talvez ele nem se importasse mais.
-Certo, pai. Você passa aqui para me pegar?
-Passo sim.
Eu desliguei e fui me arrumar.
Naquela noite, quando Edward ligasse, eu diria ele exatamente onde tinha ido.
E se ele não fosse capaz de aguentar, que ficasse de vez em Hanover.
O casamento de Rachel e Paul foi em La Push e depois teve uma grande festa ao ar livre. Jacob se surpreendeu ao me ver.
-Nossa, faz tempo que não te vejo.
Eu dei de ombros.
-Eu sei.
-Eu tentei falar com você, mas... achei que estava me evitando, depois do que aconteceu com o Cullen.
-Sim, tem razão. - confessei – foi realmente... um problema.
-O que ele fez Bella? - Jacob indagou tenso.
-Nada que seja da sua conta, Jacob – respondi secamente.
-Ei, Jacob – Leah o chamou – sua irmã esta te chamando.
Jacob se afastou e Leah ficou me encarando como sempre com cara de poucos amigos.
-Ainda não tomou vergonha na cara?
-Leah...
-Ele ainda gosta de você, sabe disto?
-Então ele está perdendo o tempo dele – respondi secamente – estou casada agora. - “Só não sei até quando”.
-Ele sabe disto. Mas acha que seu casamento com o Cullen não vai durar muito, então ele espera.
-Não é verdade.
-Pergunta pra ele então!
Leah se afastou e eu fiquei pensando em suas palavras. Será que era verdade? Que Jacob ainda tinha alguma ideia...?
Eu fui para a praia e me sentei num tronco, olhando o mar. Tanta coisa tinha mudado desde que eu estivera ali pela última vez.
Eu ainda namorava Jacob.
Quantas vezes nos sentamos ali, sem saber o que o futuro nos aguardava?
Tudo tinha mudado agora. Irreversivelmente.
-Se escondendo?
Jacob sentou ao meu lado.
-Mais ou menos.
-Esta festa já esta me cansando também.
-Sua irmã está feliz.
-Sim, sempre quis se casar, estas coisas.
-Você também vai querer um dia.
-Não sei não...
Eu mordi os lábios.
-Jake... Leah me disse...
-Não de ouvidos a Leah.
-Ela me disse que você ainda...
-Amo você.
Deus, era verdade.
Eu podia ver agora. No jeito que ele me olhava.
-Jacob... você tem que esquecer.
-Acha que eu não sei?
-Eu sinto muito... Estou casada agora.
-Apenas porque está grávida.
-Não... - murmurei – eu amo o Edward.
-Eu não acredito em você.
-Mas é verdade – eu sabia que estava causando uma dor a ele, mas era necessário.
Eu tinha errado em acreditar que ainda podíamos ser amigos.
-Por favor, entenda Jake – eu coloquei a mão em seu rosto – eu sinto muito mesmo... mas acho que não podemos ser amigos.
Ele segurou minha mão em seu rosto. E então, antes que pudesse antever o que ia fazer, ele me beijou. Foi rápido, como uma despedida acho.
E ele me encarou com dor nos olhos.
Também doía em mim, mas era um tipo diferente de dor.
Eu me levantei para ir embora pra sempre da vida de Jacob
E encontrei Edward nos encarando há pouco metros de distância.
O chão fugiu aos meus pés.
Ele apenas me encarava. Eu olhei para trás, como se para me certificar que eu realmente estava com Jacob
E ele ainda estava lá, mas estava sentado olhando o mar e acho que nem tinha visto Edward ainda.
Eu caminhei com as pernas trêmulas na direção de Edward, me preparando para a briga.
O bebê mexeu na minha barriga, como se sentindo minha tensão. Eu coloquei a mão sobre o ventre protetoramente. Lembrar do bebê ali me deixava mais calma. Eu me obrigava a ficar calma.
Edward estava parado feito uma estátua. E me encarava como se não me conhecesse.
Ou como se gostaria de não me conhecer. A dor no meu peito se intensificou.
-Edward... o que faz aqui? - indaguei num fio de voz.
-Eu vim te buscar – sua voz era fria como o gelo.
-Como soube que...
-Eu cheguei em casa e vi o convite. Imaginei onde estaria.
-Edward, eu... posso explicar – eu disse começando a me desesperar com sua frieza.
-Tenho certeza que sim.
-Podemos ir embora?
Ele sacudiu a cabeça afirmativamente e nós caminhamos até seu carro em silêncio. Ele dirigia pelas estradas frias de Forks e eu sentia tudo tremendo dentro de mim.
De medo. De angústia. De dor.
Não era assim que eu imaginava sua volta.
Com ele me encontrando com Jacob.
Beijando Jacob. Eu fechei os olhos com força.
-Edward, preciso explicar – uma parte de mim se odiava por estar se desesperando, mas eu podia bem saber o que se passava na cabeça dele agora.
E queria morrer. Porque era como se agora ele pudesse ter certeza de tudo o que imaginara antes.
E eu tinha que fazê-lo entender!
-Cala a boca, Bella – sua voz era um sibilar baixo e eu podia sentir a tensão em suas mãos segurando o volante.
-Mas precisa me ouvir.
-Eu não quero ouvir! - gritou, seus punhos batendo no volante e eu me encolhi, tremendo.
Ele parou o carro em frente a casa e saltou.
Eu saltei atrás e o segui para dentro de casa, enquanto subia as escadas e entrava no quarto, mais precisamente no closet de Alice.
-Edward, por favor, o que você viu...
Ele se virou.
-O que eu vi? Não precisa explicar o que eu vi! Eu vi você com ele. Com Jacob Black.
-Sim, eu sei, mas... não é o que está imaginando.
-Ele não estava beijando você?
-Estava, mas...
-Quantas vezes Bella, eu terei que aguentar isto? Quanto tempo eu ainda terei que ficar imaginando que você poderia estar com ele ainda se não estivesse grávida. Que gostaria de estar com ele.
-Não é verdade! – gritei.
-Agora eu cansei, Bella. Simplesmente cansei! - e pegou uma mala num canto a abrindo e jogando no chão.
-O que está fazendo Edward? - indaguei assustada.
E ele se voltou para o armário e começou a tirar minhas roupas de lá, jogando dentro da mala.
-É isto que você quer? Quer ir embora com ele? Então tudo bem Bella, pode ir!
-Edward pára com isto! Está maluco? - eu comecei a chorar, apavorada, enquanto ele continuava a tirar minhas roupas do armário - Não podemos conversar como adultos uma vez na vida?
-Para que? - ele praticamente vomitava as palavras em mim - Não é isto que sempre quis? Estou cansado de lutar contra ele. Não é isto que pensa? Que está comigo pela “porcaria” da gravidez? Então pode ir embora! Eu não te quero mais aqui!
Eu cobri a boca com as mãos, soluçando, meu coração se estilhaçando. Edward estava me mandando embora.
Eu mal podia respirar.
Edward se virou e deu um murro no armário, xingando baixinho. Eu lutei para respirar.
Deus, eu estava morrendo por dentro.
E sem pensar, eu dei meia volta e desci as escadas, as lágrimas me cegavam quando entrei no carro de Edward. A chave ainda estava na ignição e eu dei partida.
Estava chovendo fracamente em Forks. Como sempre.
Mas eu não me importei.Nem sabia onde estava indo. Eu só precisava me afastar de Edward.
O bebê se mexeu e eu levei a mão ao ventre, olhando para baixo.
Era isto que importava. Era por isto que eu tinha que me acalmar.
Talvez eu não devesse ter tirado os olhos da estrada.
Mas quando ouvi a buzina, percebi que estava do outro lado, na contra mão e joguei carro para o lado, para não colidir com o outro veículo.
Mas não havia acostamento. Só o vazio. E o precipício. E eu gritei para o nada.
Minha mão ainda sobre meu ventre, até que tudo escureceu.


Continua...

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