01 junho 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 28

E como será que está sendo a vida de Bella em Dartmouth? Aiiii pelo jeito as coisas começarão a mudar hein? Ótima leitura!

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama 
Aviso: Sexo

Capítulo 28
Talvez tenha começado no dia em que acordei com o telefone tocando e era Edward.
 -Bella, desculpa te acordar, mas será que pode trazer pra mim um relatório que eu esqueci aí?
Eu fui até a mesa e o peguei.
-Está aqui... Eu levo sim.
-Realmente não ia pedir isto se não fosse importante. Pega o carro da Rosalie, ela veio comigo hoje.
-Certo.
Eu me arrumei rapidamente e sai, dirigindo pelas ruas frias de Hanover até Dartmouth.
E sinceramente não estava preparada para me sentir meio deprimida, enquanto percorria o campus para encontrar Edward.
Era para eu estar ali. Eu sentia que podia estar ali. Em vez de estar em casa sem ter absolutamente nada para fazer e contando as horas para Edward aparecer.
Era meio deprimente isto, realmente. Mas eu estava grávida, não era? Em 4 meses eu teria um bebê. E de qualquer maneira teria que parar com tudo. Ou talvez até mesmo antes.
Estes pensamentos mancharam um pouco a aparente felicidade que eu vinha sentindo nas últimas semanas.
Eu achava que estava tudo perfeito. Completo. Mas não estava.
Ou talvez eu estivesse apenas sendo mal agradecida ao destino e reclamando de coisas sem sentido. Que nunca poderiam ser mudadas.
-Bella?
Edward surgiu na minha frente e eu tentei sorrir, disfarçando meu desânimo, mas acho que não tive tanto sucesso porque ele franziu a testa.
-O que foi? Está tudo bem?
Eu dei de ombros.
-Sim, tudo bem. Aqui seu trabalho – eu lhe passei a pasta e ele acariciou meu rosto.
-Me salvou hoje.
-Acho que te devia uma não é? Por ter ficado com a culpa da cola em Biologia.
Ele riu, se inclinando para me beijar de leve.
-Eu  ia passar de qualquer jeito.
Eu revirei os olhos, me afastando.
-Claro, o perfeito Edward. Agora volte pra sua aula, senão terá sido em vão eu ter vindo até aqui.
-Eu a encontro à tarde, tudo bem?
-Não vai almoçar?
-Tenho um grupo de estudo.
Eu tentei não ficar desapontada. Sim, minha dependência de Edward estava tomando níveis preocupantes.
-Até mais então – acenei e me afastei.
Entrei no carro e fiquei um tempo ali.
Olhando o movimento do campus. E pensando em como minha vida seria diferente se...
Eu sacudi a cabeça negativamente, para tirar àquelas bobagens da minha mente.
Ficar pensando “e se...” não adiantava de nada.
Esta era minha vida agora.
Suspirando eu dei partida e saí de Dartmouth
Mas em vez de ir para casa, fui para a cidade e almocei por lá mesmo.
Não ia bancar a cozinheira dos Cullens hoje. Eles que se virassem.
Quando cheguei em casa à tarde ouvi vários risos femininos e ao entrar na sala vi Rose acompanhada de três garotas em volta da mesa de centro.
Pareciam estar estudando. Ou era para estarem estudando, mas pelas risadas não era bem assim.
Eu queria muito ter passado despercebida, mas Rosalie me viu.
-Oh, apareceu – comentou.
-Fui almoçar fora.
-Não pense que senti falta daquela sua comida gordurosa! Foi um alívio não ter que comer aquilo.
Eu dei um sorriso forçado.
-Tenho certeza que sim.
-Ah, que educação a minha. Estas são minhas amigas de classe - e ela falou o nome das três, mas eu nem fiz questão de decorar.
As moças acenaram me medindo curiosas.
-E esta é a .. esposa do meu irmão, Edward.
Elas arregalaram os olhos.
-Esposa do Edward? Nem sabia que ele era casado! - comentou uma delas e eu quase podia sentir um tom de decepção em sua voz.
-Sim, ele é – eu disse com mais um sorriso forçado e tirei meu casaco, o pendurando.
-Uau, você esta grávida – comentou.
-Lauren, seja mais discreta – uma outra comentou.
-Óbvio que está grávida – Rose falou exasperada.
-Bom, vou deixar vocês estudarem – falei indo quase correndo para a cozinha.
Com certeza as amigas de Rosalie deviam ser tão chatas quanto ela.
A cozinha estava toda bagunçada e eu bufei.
-Bando de inúteis – resmunguei indo lavar a louça e infelizmente dali eu podia ouvir a conversa na sala.
-Nem acredito que seu irmão é casado!
-Sim, que desperdício, ele é tão gato.
-Eu estava até pensando em...
Uma riu.
-Ela só quis vir aqui hoje para ver o Edward, Rose. Acho que se deu mal, querida.
-Claro que não! Você que parece apaixonada por ele!
-Porque ele casou tão jovem?
-Porque ela está grávida, não é óbvio? – Rosalie respondeu.
-Claro. Tinha que ser. Deus me livre grávida com 18 anos!
-Você podia ser legal e contar  os detalhes! - elas riram – Sabemos que são muito ricos! Ela é rica também?
-Aposto que não. Aposto que deve ter sido aquele golpe da barriga.
Elas riram.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo e respirei fundo para me controlar.
Não ia me abalar por aquele bando de imbecil sem cérebro que nem me conhecia.
-Será que tem alguma chance deles se separarem? - eu parei de ensaboar o copo de vidro em minhas mãos, o segurando com força – Sei lá, quando o bebê nascer...
-É verdade, muitos fazem isto...
-Talvez, quem sabe? - Rosalie respondeu.
E então o copo se espatifou na minha mão, os vidros voando dentro da pia, junto com um filete de sangue do meu dedo.
-Ei, Bella – A porta da cozinha se abriu e Edward entrou.
-Oi... – murmurei e ele se aproximou pegando meu dedo – O que você fez?
-Não foi nada, um copo quebrou.
Ele colocou meu dedo embaixo da torneira, estudando meu rosto. E as risadas de Rosalie e suas amigas chegaram até nós.
-Ah, acho que já entendi. Não ligue para elas. São todas lacaias de Rosalie.
Eu ri.
-Lacaias . Isto é muito antigo. Acho que nem existe mais esta palavra.
Ele riu também, fechando a torneira.
-Vem. Deixa esta louça aí para a Rose lavar. Aposto que foi ela quem fez esta bagunça. Vamos subir e colocar um curativo neste dedo.
Nós subimos e enquanto Edward procurava um Band aid para por no meu dedo, eu me perguntava se em seu grupo de estudo havia garotas como as amigas de Rosalie.
-Você as conhece?
-Quem? - indagou distraído, colocando o curativo na minha mão.
-As amigas da Rosalie.
-Não são minhas amigas, são amigas de Rosalie.
-Quem está no seu grupo de estudo?
Ele me encarou com um olhar especulativo.
-Nenhuma amiga de Rosalie.
Eu bufei, me recostando no travesseiro.
-Entendeu minha pergunta.
Ele se afastou para tirar a blusa.
-Ah sim. São todas modelos da Victória Secrets. Acho que esqueci de comentar!
Eu peguei um travesseiro e joguei nele.
-Vai brincando.
-Você é tão absurda Bella. Eu estudo com Jasper e mais uns caras.
-E Emmett?
-Emmett não perde tempo estudando. Deve estar jogando futebol ou algo assim agora.
-Emmett é tao... - de repente eu parei a frase no meio, esquecida do que ia dizer ao sentir um chute na minha barriga – Oh Deus!
-O que foi? - Edward estava ao meu lado no mesmo instante.
-Mexeu.
-O que?
-O bebê mexeu! - gritei - Olha, de novo – eu peguei a mão dele e coloquei sobre minha barriga e nos encaramos.
Surpresos. Assustados. Maravilhados.
-Uau! – Edward exclamou - Isto machuca?
-Não.. é... esquisito... mas...
Eu não conseguia nem descrever. Era absolutamente incrível.
Saber que algo vivo estava dentro de mim. Um bebê. Meu e de Edward.
E eu senti algo tão inexplicável e imensurável que me tirou o fôlego.
-É incrível – Edward parecia tão chocado quanto eu.
Eu ri.
-Acho que vai mexer bastante agora... o espaço vai ficando menor.
-São só 4 meses agora.
-Às vezes parece uma eternidade e às vezes parece que é tão rápido...
-Eu sei... Como vamos chamá-lo? Já pensou nisto?
Eu mordi os lábios ansiosa.
-Eu não sei... Precisamos saber se é um menino, ou uma menina...
-Vamos para casa no natal e vamos fazer mais um exame.
-Nossa, natal! Está tão perto. Menos de um mês. Tinha até esquecido.
-Sim, Esme e Carlisle nos esperam.
-Vai ser bom voltar pra casa – murmurei – meu pai vai gostar.
Ele sorriu e me beijou e depois deitou a cabeça ali, onde agora o bebê não mexia mais. Provavelmente estava dormindo. Meu pequeno cutucador.
Naquela noite no jantar, que foi pizza, já que eu não estava nem um pouco afim de cozinhar depois de aguentar Rosalie e suas amigas à tarde, Rosalie disse que ia dar uma festa.
-Festa para que? - Edward indagou.
Ela olhou para Jasper.
-Não contou para eles?
Jasper sorriu.
-Alice está voltando para as festas de fim de ano.
-Mas isto é muito legal! – exclamei.
-E precisamos mesmo dar uma festa? – Edward objetou.
Rosalie o encarou de braços cruzados.
-Claro que sim. É a Alice! Nossa irmã! Que não vemos há meses! Vai me proibir de dar uma festa para ela também? Além de tudo o que me proíbe?
-Ei, baby, chega – Emmett pediu com um olhar de advertência e Rosalie e Edward se encaravam como dois galos de briga.
-Mas Emmett, eu só quero dar um festa para Alice! Passamos meses nesta casa como se fosse uma asilo...
-Chega – Edward bateu na mesa e eu segurei seu braço.
-Edward,não exagera – murmurei – é só uma festa... pra Alice.
Ele me encarou tenso.
-Quem exagera é a Rosalie.
-É só uma festa. Acho que não tem problema algum – falei dando de ombros.
E realmente não achava que seria grande coisa.
Pior seria não fazer a vontade de Rosalie e ela ficar torrando a paciência depois.
Edward respirou fundo dando-se por vencido.
-Tudo bem. Espero que saiba o que está fazendo.
Rose riu dando de ombros.
-Você é muito chato! Claro que eu sei! Alice vai ficar tão feliz com a surpresa!
Edward me encarou ainda tenso e eu me perguntei porque ele estava tão bravo.
Podia ser pela cena que eu fizera quando chegara e estavam numa festa, ou por estar de saco cheio de Rosalie.
Mas ainda me parecia uma reação exagerada. Eu sorri e ele afagou minha mão, beijando meus cabelos.
-Vamos dormir?
-Vamos.
-Nós nos despedimos e fomos para o quarto. E não exatamente para dormir.

Os dias que se seguiram foram movimentados com Rosalie pendurada no telefone, arrumando tudo para a tal festa que aconteceria em uma semana.
E eu já me perguntava se seria mesmo uma boa ideia quando o dia chegou e começou a aparecer gente. E claro, com Rose sendo a rainha da desorganização, muita coisa sobrou pra mim.
A vontade que eu tinha era de me trancar no quarto e não sair mais de lá.
Mas claramente Edward se veria obrigado a fazer o mesmo e eu  não queria privá-lo de uma festa que era para Alice.
Ele e Jasper tinham ido buscar Alice no aeroporto e todos os amigos deles já estavam por ali, bebendo e esperando.
As pessoas me encaravam curiosas.
Logo eu, que detestava ser notada. Era mesmo um inferno.
E eu respirei aliviada quando eles chegaram e Alice saltitou de felicidade ao ver a festa.
-Adorei! - ela riu, abraçando Rosalie – Não está tão perfeita como estaria se eu organizasse, mas...
Rosalie revirou os olhos, mas riu.
-Claro, não sou você! Mas bebida nós temos!
Alice riu e me viu, vindo me abraçar.
-Uau, olhe pra você! Enorme!
-Não fala isto! - murmurei mortificada.
-Aposto que nenhuma roupa mais te serve! Eu devia te pensado nisto...
-Não começa, Alice.
-Mas eu te trouxe várias surpresas! Mandei direto para nossa casa em Forks, no natal você verá.
-Ah Deus, tenho até medo de saber.
Ela riu.
-Eu não pude resistir, mas e aí, me conta. Como assim mudou pra cá?
Eu dei de ombros.
-Pois é, agora moro aqui.
-E aguenta a Rosalie?
-Eu tento.
Ela riu mais ainda.
-Lamento por você! Agora deixa ir cumprimentar o pessoal!
Ela se afastou e eu fiquei sozinha.
Comecei a vagar pela casa cheia procurando Edward.
Quando estava chegando na cozinha, ouvi os gritos de Rosalie e parei, surpresa.
-Porque tudo eu? Tudo culpa minha? Não era para ela estar aqui! Eu estou fazendo de tudo pra não magoar sua querida Bella, e a culpa é minha?
Mas do que Rosalie estava falando?
Edward se virou neste momento e me viu. Ele estava furioso. Porque ele e Rosalie estavam discutindo?
Rosalie bufou e se afastou.
-O que está acontecendo aqui? – indaguei.
Edward passou a mão no cabelo.
-Nada.
-Como nada? Você e Rose estavam aos gritos!
-Rose estava gritando não eu. E você a conhece.
-Do que ela está falando? Do que a está culpando?
-Esquece isto, Bella.
-Tem alguma coisa a ver comigo?
-É esta festa. Sabe que eu fui contra.
-Não pareceu só isto.
-Rose está brava comigo porque eu a proibi de dar festas desde que você veio morar aqui.
-Sério?
-Claro que sim. Acha que ia deixar ela continuar? Você está grávida, não dá pra manter o mesmo ritmo de gente solteira.
-Talvez ela tenha razão, Edward. Não é justo com ela e Emmett.
-Problema deles. Se estão insatisfeitos, que procurem outra casa pra morar.
-Mas a casa é tão deles quanto sua.
-Não interessa. Você é prioridade aqui. - ele tocou meu rosto – Agora deixa de se preocupar com isto.
Eu mordi os lábios, me sentindo meio mal.
Por isto que Rose me detestava. Eu atrapalhava sua vida ali. A grávida e chata Bella.
Edward beijou minha testa. -Acho que já podemos desaparecer.
Eu ri.
-Alice...
-Alice tem um pouco mais de coerência que Rosalie. Sabe que está grávida. E eu sei que você ajudou a Rosalie.
Eu dei de ombros.
-Ela não é muito boa com organização.
-Deve estar cansada.
Eu suspirei. Estava mesmo me sentindo cansada.
-Vamos falar com Alice e Jasper, e subir. Chega de festa por hoje.
Eu quase respirei aliviada.
Alice e Jasper estavam num sofá.
Alice no colo dele e eles se beijavam. Edward pigarreou e eles se separaram um pouco
-A Bella está cansada e nós vamos subir.
-Mas já? - Alice fez uma careta.
Edward riu.
-Você está se divertindo aí, Alice, nem sentirá nossa falta.
-Tudo bem. Amanhã nós colocamos a fofoca em dia Bella.
E ela voltou-se para Jasper.
-Agora vou curtir meu amor!
Jasper riu.
-Sim, eu te amo.
-Também te amo...
E eles já estavam absortos um no outro que nem viram quando subimos.
Quando chegamos no quarto eu me deitei, me sentindo mesmo muito cansada.
-Nunca mais invente de ajudar a Rosalie, ela é muito folgada – Edward resmungou, tirando meus sapatos e massageando meus pés.
Eu ri.
-E esqueceu de falar que é mal agradecida.
Ele sorriu e beijou meu pé. Eu ri, sentindo cócegas.
-Não faz isto.
-Melhor agora?
Eu suspirei, me recostando nos travesseiros.
-Bem melhor.
Ele continuou a massagear meu pé. E eu me lembrei de Jasper e Alice. Eles diziam tão facilmente “eu te amo”.
E de repente me dei conta que jamais tinha dito isto para Edward.
Não em voz alta. Mordi meus lábios, sentindo meu coração batendo no peito.
E porque eu não conseguia dizer?
Porque ele também nunca dissera algo assim pra mim, uma voz incômoda falou em meu íntimo.
Ele levantou a cabeça e sorriu. Aquele sorriso de lado, tão dele, tão llindo. Que derretia tudo dentro de mim.
E eu sorri de volta.
E ele se inclinou para beijar meus lábios de leve, e meu rosto e eu suspirei, enquanto ele deitava comigo, passando o braço por minha barriga dilatada, seu hálito quente e tão familiar em minha nuca. Era um momento perfeito. Era um momento nosso.
E eu quase disse. As palavras quase se formaram em minha boca “eu amo você, Edward”, mas não saíram dos meus lábios.
E fechei os olhos.
Palavras não eram nada. O que tínhamos era mais importante. Ele estava aqui comigo. Era o que importava.
E eu afastei aquele medo irracional para o fundo da mente. Me concentrando nele. E só nele.
Eu acordei devagar. Edward ainda dormia do meu lado.
Me levantei para ir ao banheiro, algo que eu fazia com muita frequência agora. Olhei no relógio quando voltei, eram seis da manhã. Ainda era cedo e eu tinha certeza que estava super frio lá fora.
Era sábado e eles não teriam aula hoje. Podia voltar para cama e ficar aninhada com Edward embaixo das cobertas. Mas meu estômago roncou. Eu podia comer e depois subir.
Abri a porta devagar e ao mesmo tempo uma outra porta se abriu e eu estaquei surpresa ao ver quem estava saindo de um quarto. TâniaDenalli.
Mas que diabos ela estava fazendo ali?

Continua...

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