30 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 26

AimeuDeus! Parece que a Bella se meteu em uma baita enrascada! Vamos ver no que isso tudo vai dar? Ótima Leitura!


Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gêneros: Romance/Drama
Avisos: Sexo

Capítulo 26

-Edward – Exclamei – O que faz aqui?

-Talvez eu devesse te fazer a mesma pergunta.

Eu dei de ombros, tentando parecer despreocupada. Tentando parecer que ele não estava furioso.

-Trabalhando.

Ele respirou fundo, podia ver seus olhos quase escuros agora e eu percebia que estava se esforçando para não estourar de vez.

-E você ia me contar isto quando?

-Quando voltasse. Que aliás era pra ser daqui uma semana e não hoje.

-Enquanto isto você passa seus dias aqui e mentindo pra mim no telefone a noite?

-Eu não menti...

-Não? 

Fiquei vermelha. Porque ele tinha razão. Eu estava mentindo descaradamente.

E não só sobre o fato de ter voltado a trabalhar nos Newtons. Mas sobre ter encontrado Jacob novamente também.

E eu me perguntei se a ira dele era só por ter voltado a trabalhar ou se já sabia sobre Jake.

Mordi os lábios com força tentando achar um jeito de contornar aquela situação.

-Olha, Edward, eu sinto muito por ter escondido isto de você, mas eu achei que fosse melhor conversarmos quando estivesse aqui.

-Conversar o que? Que nós combinamos que não precisava mais trabalhar e mesmo assim eu volto e acho você aqui?

-Combinamos? Combinamos? Não combinamos nada! Você chegou a esta conclusão! Você não queria mais que eu trabalhasse aqui, não eu!

-Não me lembro de você falando o contrário.

-Falar para quem? Para a parede?

-Nós nos falamos todo dia!

-E eu estou falando que estava esperando você voltar!

-Porque está fazendo isto Bella? É pra me punir? É porque estou em Dartmounth? 

-Claro que não! Acha que eu sou infantil assim?

-Eu espero que não! Mas você sabia que eu não ia gostar de vê-la aqui.

-Eu não posso fazer as coisas apenas pensando no que vai te deixar bravo Edward!

-Não estou falando isto! Você não precisa trabalhar aqui Bella!

-Eu preciso de alguma coisa para fazer porque se ficar sozinha em casa eu vou enlouquecer!

-E tinha que trabalhar na loja de Mike Newton de novo?

-A não! De novo esta história não! Não acredito que está aqui gritando comigo por causa disto!

-Não, estou aqui porque cheguei em casa te procurando e você tinha sumido e eu liguei para seu pai porque nem meus pais sabiam onde tinha se metido e ele disse que você estava trabalhando aqui. Até seu pai achava que eu sabia disto.

-Eu ia te contar quando...

-Sim, já entendi, quando eu voltasse.

-E eu não fazia ideia que seria hoje! Podia ter me avisado!

-Eu queria fazer uma surpresa, mas quem teve uma surpresa foi eu não é?

-Algum problema Bella?

Eu fiquei roxa de vergonha ao ouvir a voz do senhor Newton e então me dei conta de que estávamos discutindo dentro da loja.

-Não, nenhum – respondi

-Vamos embora – Edward disse.

-Não, estou trabalhando – disse entredentes não acreditando no que estava fazendo.

-Pode ir, Bella – o senhor Newton respondeu – a loja está vazia hoje, pouco movimento.

Eu quis dizer que não, apenas para Edward saber que não mandava em mim, mas já tínhamos dado escândalo demais por um dia.

E eu duvidava que a discussão tinha acabado afinal. Edward não sossegaria enquanto não me convencesse a sair da loja, mas eu não ia ceder.

E ponto final. Eu fui pegar minha bolsa e as chaves do carro.

Quando saí Edward pegou as chaves da minha mão e foi para o banco do motorista. 

Eu revirei os olhos, sentando no banco do passageiro.

-Como chegou aqui? Não veio com o Volvo acredito.

-Não, eu vim de avião. Carlisle estava vindo para a cidade e me deu uma carona.

-Não devia ter perdido seu tempo vindo atrás de mim.

-Acha que eu devia ter ficado sentado em casa te esperando?

-Acho sim.

Ele fez algo bem pouco típico dele, e soltou um palavrão, batendo o punho no volante.

Eu o observei, enquanto olhava para frente. O vento frio tinha despenteado seus cabelos cor de areia e ele vestia uma roupa escura. Provavelmente a mesma que viajara.

Viajara de Hanover até ali, o que não era nada perto. Apenas para me fazer uma surpresa.

De repente todo o resto desapareceu.

Nada mais importando.

Era Edward quem estava ali. E eu me dava conta agora de como sentira falta dele com todas as células do meu corpo.

-Você não perguntou, afinal está mais preocupado em gritar comigo, mas eu gostei que voltou antes. – murmurei.

Seus dedos apertavam o volante com força, enquanto ele lutava contra todos seus demônios.

Os meus estavam desaparecendo, dando lugar ao total êxtase por tê-lo ali finalmente, ao alcance das minhas mãos, mesmo estando furioso comigo.

-Eu passei uma semana inteira pensando em você Bella e me preocupando com você. Porque acha que eu voltei antes? 

Sim, ele voltara e me encontrara mentindo.

Talvez eu não tenha feito a coisa mais inteligente escondendo a verdade.

E agora estava tudo estragado, de qualquer jeito.

Mordi os lábios com força, os braços cruzados no peito.

A tensão no carro podia ser cortada por uma faca. O carro parou em frente a casa e ele deu a volta, me encontrando enquanto eu saia, e ele puxou minha mão, batendo a porta.

Suas mãos estavam geladas e ligeiramente trêmulas. Eu tive um certo medo.

Ele abriu a porta e eu entrei na sua frente e me voltei, quando ouvi a porta ser fechada com um estrondo.

E então seus dedos frios estavam em minha nuca, me puxando, a boca devorando a minha num beijo faminto e eu gemi, meus próprios dedos se agarrando a seus cabelos, correspondendo com toda saudade e desejo que eu sentia e eu me vi jogada contra a porta e pressionada por seu corpo, nossas mãos tateando, buscando, como se comprovando que estávamos realmente ali e os beijos prosseguiram, quentes, loucos, uma luta de lábios e língua, entre gemidos enlouquecidos e murmúrios desconexos.

Fechei os olhos, não pensando em nada, minha mente vazia de qualquer pensamento coerente que não tivesse a ver com Edward e suas mãos em mim. Sua excitação pressionada contra meu corpo e eu ofeguei, enquanto os lábios se apartavam dos meus para beijar meu rosto, meu pescoço, senti os dentes me arranhando de leve e isto apenas me deixou ainda mais excitada.

Eu precisava dele ali e agora e minhas mãos começaram a despi-lo e talvez tenha sido no mesmo momento que ele começasse a fazer a mesma coisa comigo, e eu gemia e grunhia, enquanto sentia seus lábios e mãos em toda parte que ia sendo desnudada e meu coração batia descompassado no peito, num ritmo alucinado, fazendo meu sangue ser bombeado mais depressa, esquentando minha pele e se concentrando onde eu morria para ele estar. E não demorou para sua boca estar sobre a minha novamente e as mãos segurarem meus quadris e me levantando do chão com facilidade me penetrando uma, duas, várias vezes. As estocadas do sexo me fazendo tremer e gritar. E me segurei nele, as unhas cravadas em seus ombros, querendo que fosse mais rápido e mais fundo e ao mesmo tempo que não acabasse nunca, mas o prazer me consumia, me queimava e aumentava conforme eu me sentia cada vez mais perto do abismo. E então caí. A queda foi perfeita. E foi com ele. Nossos gritos ecoando pela sala, enquanto estremecíamos juntos em espasmos de puro prazer.

Eu fiquei ali, agarrada a ele, enquanto respirava com dificuldade e me perguntando como é que eu faria para soltá-lo de novo?

Nos encaramos ofegantes e suados e seus olhos eram preocupados.

-Machuquei você?

Eu sorri, passando a mão por seus cabelos.

-Não...

-Vamos para cama – ele disse e sem me soltar, subiu as escadas, até que caímos juntos sobre os lençóis.

E ele me beijou, devagar agora, sem pressa, saboreando meus lábios e eu suspirei, relaxando meu corpo junto ao dele.

E por um tempo ficamos apenas assim, com Edward enchendo minha boca de mil beijos curtos e perfeitos.

Me enchendo de sua presença.

-Senti tanta falta de você... - seus lábios sussurraram contra os meus e eu derreti.

-Eu também... - respondi – eu também...

E de novo estávamos ocupados um com o outro.

E desta vez foi lento e mais perfeito ainda e eu só queria que o tempo parasse.

E eu guardasse este momento para sempre.

Eu não sei quanto tempo ficamos ali naquela cama, nos adorando, nos devorando.

Mas já anoitecia quando eu senti fome e eu disse isto em seu ouvido.

Edward riu.

-Não devia ter ficado sem comer.

-Eu estava ocupada – murmurei, mordendo sua orelha.

Ele se desvencilhou de mim.

-Vamos comer.

Eu me levantei e coloquei apenas uma camiseta. 

E enquanto comíamos, o telefone tocou.

Edward atendeu e me passou

-Acho que é uma de suas amigas.

Eu franzi a testa ao atender.

-Alô?

-Bella? É a Jéssica.

-Oi Jess.

-O Edward está ai? O Mike me falou que ele foi para a faculdade, achei que estivesse sozinha...

-Ele veio passar o fim de semana.

-Ah que pena. Eu ia te chamar pra sair, comigo e o Mike. As coisas andam estranhas entre a gente e ele está me evitando e justo agora que eu e ele resolvemos dar um tempo este ano, sem ir para nenhuma faculdade por enquanto, achei que, sabe, podíamos passar um tempo juntos.

Eu suspirei, revirando os olhos, sem a menor paciência para as histórias de Jéssica.

-Então porque não saem?

-Ele não quis aceitar, mas ai eu disse que não seria um encontro e sim que sairíamos em grupo, com você e tal.

-Não posso – respondi rápido.

-É, percebi agora. Que pena. Fica pra outro dia então.

-Sim, outro dia com certeza. - “Quando Edward estiver longe de novo”, pensei ao desligar, com um certo amargor.

-Ela ia me convidar pra sair – falei voltando ao prato.

-Só vocês duas?

A pergunta dele parecia distraída, mas eu sabia que não era.

-Não, com o Mike Newton – respondi.

Eu pude sentir sua tensão.

-Sabe que eles têm um rolo. E ela quer mais, mas ele está em dúvida.

-Claro, ele é apaixonado por você.

-Não é não. E por favor, espero que não continue com isto.

-Sim, tem razão, não tem culpa de ser irresistível – ele estendeu a mão, os dedos tocando meus lábios.

Eu estremeci.

-Não conseguirei convencê-la a não voltar a loja dos Newton, não é?

Eu sacudi a cabeça negativamente.

-Por favor não tente. Não agora – pedi, segurando sua mão e beijando a palma.

Ele sorriu.

-Não, não tentarei. - concordou, os dedos afagando meu rosto, antes e tirar a mão - não agora – completou e eu senti uma certa ameaça.

Mas ignorei. 

Não ia perder meu tempo brigando. Quando ele era tão curto.

E eu já comecei a me sentir apavorada. Ele iria embora amanhã de novo. Engoli o nó na minha garganta.

Era isto. Entendi finalmente.

Era isto que eu estava tentando evitar quando ele pedira para eu ir e eu disse não.

Eu sabia que estava totalmente dependente dele. E eu não queria ceder.

Eu tinha medo de perder totalmente o controle. Estávamos juntos há tão pouco tempo.

E parecia que não conseguiria mais imaginar minha vida sem Edward.

Era assustador.

E eu não sabia como isto ia acabar. Até onde eu iria suportar.

Porque ele estava ali comigo agora. Mas de alguma maneira eu sentia como se algo estivesse errado.

Como se não fosse... durar.

Sabia que era um sentimento idiota. Talvez fruto de uma insegurança arraigada demais em mim. Que tinha a ver com o lindo, perfeito e rico Edward Cullen querendo alguém como eu.

Era isto. Eu estava apavorada. E pior. Eu acho que estava apaixonada.


-Tudo bem? - ele perguntou, os dedos encontrando os meus por cima da mesa.

Eu sacudi a cabeça afirmativamente, incapaz de falar porque o nó ainda estava ali na minha garganta.

-Vem aqui – ele pediu e eu obedeci, sentando no seu colo e aninhando a cabeça em seu ombro.

Sua mão se imiscuiu por baixo da minha camiseta, tocando minha barriga. Ainda não havia nada ali, mas estava diferente, mais dura.

-Como está se sentindo? – Eu sabia que ele estava perguntando do bebê.

-Bem. Nada de enjôo.

-Isto é bom.

-Sim, é bom.

-Acha que vai demorar para aparecer? - indagou curioso.

Eu dei de ombros.

-Acho que não falta muito agora... 

E eu me perguntei se ele ainda me acharia atraente então.

-Eu vou ficar gorda, você sabe.

Ele riu.

-Você vai ficar linda.

-Não sei...

-Você é a mulher mais sexy do mundo.

Eu ri.

-Aposto que tem muitas garotas lindas na universidade.

-Tem mesmo.

Eu franzi os olhos com ciúmes, imaginando todas aquelas garotas lindas olhando para Edward, mas ele riu e me beijou.

-Mas nenhuma é você. - sussurrou, os lábios fazendo um caminho até minha orelha – Nenhuma tem este seu cheiro de frésias... - seus dedos agora deslizaram de minha barriga para baixo, até pousar cheios de conhecimentos no vértice entre minhas pernas, ficando ali e eu perdi o rumo totalmente.

Todos os meus sentidos concentrados nele.

-Edward – murmurei, começando a ofegar, conforme seus dedos prosseguiam.

-Sim, senhora Cullen? - sua voz dentro do meu ouvido me causava arrepios.

-Me leva para cama?

Ele riu.

-Para qualquer lugar que pedir.

E levou mesmo.


E como prometido, nada mais foi dito sobre meu trabalho nos Newtons por todo o fim de semana. Que foi dolorosamente curto. 

Nós almoçamos com seus pais, mas não ficamos muito ali, voltando logo para casa porque nosso tempo era precioso.

-Quando volta? - indaguei no começo da noite.

-Meu pai me levará hoje à noite para Houston.

Eu beijei seus ombros e o soltei.

-Melhor ir se arrumar então.

Ele se levantou e  fiquei olhando enquanto ele se vestia e fui me vestir também.

-Fica na cama



-Não, eu vou levar você com Carlisle.

Ele sorriu.

Carlisle passou uma hora depois e entramos no carro. Quando chegamos ao aeroporto ele me abraçou.

-Tem certeza que não posso convencê-la a não ir trabalhar?

-Não será para sempre, Edward. Eu preciso mesmo de alguma ocupação.

-Pode falar com Esme, fazer alguma coisa...

Eu revirei os olhos.

-Não tem nada a ver comigo. Não sou uma de suas irmãs.

-Tudo bem. Conversaremos mais sobre isto quando eu voltar.

-E será quando?

-Fim de semana que vem.

-Isto parece promissor. Acho que pedirei o sábado de folga.

Ele sorriu e me beijou.

-Faça isto.

A voz no alto falante anunciou seu voo e com um último aceno ele se afastou.

Carlisle passou o braço sobre meus ombros e fomos para o carro.

-Sei que esta situação é difícil, Bella – ele comentou quanto voltávamos.

-Pois é – suspirei.

-Tenho certeza que Edward sente tanto quando você.

-Ele tem a faculdade para se preocupar. E todos os irmãos estão com ele...

-Mas tenho certeza que ele se preocupa com você aqui.

Eu dei de ombros.

-Bella, se precisar conversar... Se estiver se sentindo confusa...

Eu o encarei.

Havia algo ali?

Eu me perguntei se estava se referindo a Jacob e fiquei vermelha.

Eles não contaram a Edward afinal.

Mordi os lábios nervosamente.

-Não, está tudo bem.

-Espero apenas que pense e faça a coisa certa.

Eu desviei o olhar para a noite escura e não falei nada.


A semana passou arrastada e eu contava as horas para a volta de Edward. Nos falávamos todo dia e trocávamos e-mails.

E continuei trabalhando nos Newtons. Sexta a noite eu cheguei cheia de sacolas. Tinha passado no mercado e feito compras.

Queria que tudo estivesse perfeito quando Edward chegasse.

E já tinha pedido folga para os Newtons.

Mas havia uma mensagem para eu ligar para Edward.

Eu liguei e ouvi uma voz feminina.

-Cadê o Edward?



Rosalie deu uma risadinha.

-Oi Bella. Edward saiu com Emmett e Jasper.

-Como assim saiu? Achei que ele estivesse indo para o aeroporto.

-Ele não te contou? Não vai mais. Todos nós íamos na verdade, mas foi cancelado.

Eu senti um peso no peito.

-Por que?

-Por causa de uma nevasca fora de hora. Os aeroportos estão fechados.

-Não acredito.

Ela riu

-Acredite. Se quer falar com ele, ligue no celular.

E desligou.

Eu soltei uma imprecação e liguei no celular.

-Alô?

-Não acredito que não vem mais.

-Eu sinto muito Bella, está um caos aqui.

-Tudo bem, não é culpa sua. Fica para o próximo fim de semana, então?

-Com certeza.

-Onde está?

-Não aguentamos as reclamações de Rosalie e Alice e viemos dar uma volta.

-Uma volta aonde?

-Num bar.

Eu tentei não ficar ciumenta. Ele estava com os irmãos. E tinha o direito de se divertir. E aguentar a Rosalie devia ser um saco mesmo.

-Ok, divirta-se.

-Me divertiria se estivesse aí com você.

Eu sorri tristemente.

-Posso dizer o mesmo. O que farei no meu fim de semana agora?

-Não gosto de pensar em você sozinha. Fique mais com meus pais, Bella.

Eu revireis os olhos.

-Não, obrigada.

-Eles não mordem. E gostam de você. Eles dizem que quase não te vêem.

-Por que eu trabalho.

-Podia não trabalhar.

-Não teremos esta discussão de novo – cortei.

-Tudo bem. Esquece. Fique com seu pai então.

-É, talvez seja uma boa alternativa.

-Eu te ligo amanhã, está bem?

-Tudo bem.

Eu desliguei e fiquei olhando o vazio.

Realmente. Não havia sentido algum.

Em nada. Porque não havia Edward.

Quando é que eu tinha ficado tão patética? Irritada, eu liguei para Jéssica.


Eu sai com Jéssica e Mike. E tentei me divertir.

Mas não foi fácil. 

E no fim, voltei para minha casa vazia.


No dia seguinte, fui pra casa do meu pai.

Para encontrá-lo se arrumando para ir pescar.


-Oi Bells, não sabia que viria hoje.

-Nem eu. - eu ri sem graça - Está saindo, não é?

-Sim, passarei no Billy e iremos pescar. - ele me encarou - Mas posso cancelar tudo...

-Não, vá pescar. Eu vou ficar por aqui, se não se importa.

-Bells, posso só dar um telefonema...

-Não, vá pescar com o Billy. Ficarei bem. Aproveitarei para matar a saudade da minha casa.

-Aqui não é mais sua casa, Bells.

-Sempre vai ser...

-Tudo bem, fique. Eu não voltarei tarde.

-Sim, eu farei um jantar especial.

Ele sorriu, satisfeito.

-Comida de verdade, gosto disto.

Ele se foi e eu entrei na casa vazia.

Tentei passar o tempo arrumando tudo e no fim da tarde Edward ligou.

-Onde está?

-Na casa do meu pai, mas ele foi pescar.

-Está sozinha?

-Sim, mas é bom ficar aqui. Farei um jantar decente para ele hoje.

Edward riu.

-Homem de sorte, seu pai.

-E você, o que está fazendo?

-Ah, uns relatórios chatos, sofrendo por você...

-Queria que estivesse aqui – murmurei.

-Eu estarei em breve Bella.

-Vou esperar.

Ouvi um grito feminino e ele soltou uma imprecação.

-Alice está me chamando, vou desligar, ok?

-Certo. Boa sorte com Alice - e desliguei.

E o telefone de casa tocou desta vez. Era meu pai.

-Bella, se importa de eu ficar aqui em La Push? Harry Clearwater está dando um churrasco.

-Claro que não.

-Porque não vem também?

-Ah pai, não sei...

-Não tem porque ficar sozinha ai.

-Pai, não sei se é uma boa ideia.

-Não seja boba. Se está preocupada com o que aconteceu com você e Jacob ninguém liga pra isto mais. Nem Jacob liga.

Eu respirei fundo.

Sim, porque eu ia ficar sozinha em casa?

-Está bem. Eu vou.



Eu gostei de ter ido afinal.

Conhecia aquelas pessoas a minha vida inteira; e como meu pai falara ninguém me tratou mal.

Talvez porque Jacob parecia me tratar muito bem e ninguém ia fazer nada na frente dele.

-E ai, ainda sozinha? - ele perguntou certo momento e eu fiquei tensa.

-Jake....

-Ok, não é da minha conta.

-Não mesmo. 

De repente alguém se aproximou e reconheci a filha de Harry, Leah.

Ela me lançou um olhar hostil.

-Jacob, seu pai está te chamando.

Jacob se afastou e ela me encarou.

-Porque não pára de atormentá-lo?

-O que?

-Depois de tudo o que aprontou não sei como Jake ainda tem coragem de olhar na sua cara.

-Leah, eu...

-Bella, vamos?

Era meu pai me chamando e eu me vi aliviada por poder me livrar das palavras e olhares acusadores de Leah Clearwater.

-Algum problema com Leah? - ele perguntou no carro.

Eu dei de ombros.

-Ela parece não ter me perdoado como os outros.

-Leah é meio revoltada não ligue pra ela. Ficou assim depois que o noivo a trocou pela prima.

-Jura?

Meu pai riu.

-É uma longa história.

E foi me contando as fofocas de La Push até em casa.

Eu dormi lá naquela noite e só voltei para casa à noite.

Mais uma semana para esperar.


E desta vez as más notícias chegaram antes. Exatamente 3 dias depois.

Edward me ligou assim que cheguei em casa e estava tenso.

-Bella, temos problemas.



-O que foi? - indaguei alarmada.

-Alice pirou.

-Mais do que ela já é?

Ele riu, ainda tenso.

-Desta vez foi grave. Ela abandonou a faculdade e foi para Paris.

-Assim do nada?

-Sim, ela já estava insatisfeita e tinha pedido pra Carlisle pra deixá-la ir viajar, mas Carlisle disse não. E hoje ela desapareceu.

-Meu Deus.

-Deixou um bilhete e Jasper está maluco.

-Coitado do Jasper. Ela podia ao menos ter poupado ele.

-Pois é. Ele quer ir atrás dela e não posso deixar ele ir sozinho.

-Você vai com ele?

-Emmett não serve pra estas coisas, aliás, ele não está nem aí pra isto. E Rose se preocupa apenas com seu umbigo.

-Sim, entendo... Vá com Jasper. 

-Não sei quantos dias ficarei lá, então...

-Tudo bem, resolva seus problemas primeiro. 

-Eu sinto muito, Bella.

-Não se preocupe, Edward. Eu estarei aqui.

Desliguei e fiquei olhando o aparelho, me sentindo vazia.

Não ia sofrer. Do que ia adiantar?

Era apenas um adiamento, não era?

Edward acharia a irmã louca e tudo ficaria bem. E ele voltaria para mim.


Mas os dias passaram e ele sempre me ligava. Alice estava irredutível.

E até Carlisle e Esme foram atrás dela em Paris.

Para no fim, acabarem concordando em deixá-la lá, com o combinado que ela entraria num curso de moda pelo menos. Alice pareceu satisfeita.

Esme me contava tudo isto uma semana depois.

-E como Jasper está?

-Ele ficou muito chateado com ela, mas voltou para a universidade.

-Não consigo imaginá-los separados.

-Nem eu conseguiria. Mas Alice disse que se amavam de verdade não seria a distâancia que iria destruir o que tinham.

Eu voltei para a casa pensando naquilo. Será que Alice tinha razão?

A distância não destruiria nenhum sentimento?

Edward me ligou naquela noite e de alguma maneira, eu sentia que as coisas ainda não estavam bem.

-Oi Bella.

Sua voz parecia cansada.

-Sua mãe acabou de me contar tudo. E como está Jasper?

-Deprimido.

-Coitado. 

-Bella...

- E porque eu estou achando que você vai dizer que não poderá vir este fim de semana? - falei

-Eu ia perguntar se você não poderia vir.


-Eu, viajar até aí?

-Sim, não queria deixar Jasper sozinho com Rose e Emmett. E eu pedi pra ele ir comigo, mas ele não quer ir pra Forks. E eu não quero passar mais um fim de semana sem você.

Eu fechei os olhos, suspirando.

-Por favor, Bella.

-Não precisa implorar, Edward. Claro que eu vou.

Ele riu.

-Vou falar para Carlisle cuidar de tudo, ok?

-Certo. 

-Mal posso esperar para vê-la de novo.

-Nem eu. - murmurei

E quando desliguei eu estava totalmente ansiosa.

Eu estava indo ver Edward. O que poderia ser mais perfeito?

Mas ainda tinham 2 dias para sexta feira! E de repente eu não queria mais esperar.

Liguei para Carlisle e disse que iria fazer uma surpresa para Edward. Estaria viajando no dia seguinte, se ele conseguisse aprontar tudo.

Carlisle riu e disse que faria o possível.

Eu subi eufórica, começando a fazer as malas. Três semanas sem ver Edward. Parecia uma eternidade.

Acabei as malas e tirei a roupa para tomar um banho.

Ao passar em frente ao espelho eu me olhei com atenção. Estava entrando no quarto mês de gravidez. E minha barriga estava começando a aparecer.

Havia uma pequena protuberância em meu ventre.


Eu viajei no dia seguinte. Os Newtons não causaram problemas quando pedi uns dias de folga. Na verdade eu acho que eles esperavam que uma hora eu não voltasse mais.

E cheguei em Hanover tarde da noite. Peguei um táxi e dei o endereço da casa dos Cullens.

Como eu esperava, era um casarão. Para os Cullens, nada menos, não é?

Eu desci do táxi e respirei fundo.

As luzes da casa estavam acesas e eu caminhei até a porta tocando a campainha. E quem abriu foi Emmett.

Ele sorria e arregalou os olhos ao me ver.

-Olha só quem está aqui? Também foi convidada para a festa, cunhadinha?

Sim. Eu olhei através dele. Estava acontecendo uma festa ali.

Muitas pessoas se movimentavam e bebiam. E dançavam ao som de algo que parecia uma banda.

E Emmett parecia totalmente bêbado. 

-Cadê o Edward? - indaguei

Ele deu de ombros.

-Não sei – e riu, tomando mais um gole de cerveja e de repente uma ruiva se pendurou nele.

-Ei, linda, já falei que sem chance! Minha gata é ciumenta.
Eu entrei, olhando em volta.
E ele empurrou a ruiva que parecia igualmente bêbada. 

Sentindo um revolta crescer dentro  de mim. Então era assim que os Cullen estavam vivendo ali?

E onde se metera Edward?



Continua....

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