27 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 25

Parece que a Bella da nossa FIC também odeia surpresa, hein? Mas que surpresas essa festa reserva?Prontas para descobrir? Ótima leitura!
Classificação: Maiores de 18 anos 
Autora: Juliana 
Avisos: Sexo


Capítulo 25

Eu detestava surpresas. Era algo absolutamente sem controle para mim.
Mas estava acontecendo.
 Era meu aniversário e agora eu entendia porque Alice tinha ficado em vez de ir pro acampamento.
Era para preparar a tal surpresa. E ela sorria muito vindo em minha direção e me abraçando.
-E aí, gostou?
-Alice, eu...Não precisava – falei entre sem graça e envergonhada.
-Falei que ela não ia gostar – Rosalie falou passando ao meu lado.
E fiquei mais vermelha ainda.
-Não falei isto.
Alice rolou os olhos.
-Sei que não! Quem não gosta de festas surpresas?
-Meu aniversário nem é hoje.
-Eu sei que é daqui há 4 dias, mas aí não estaremos mais aqui.
Claro. Era isto então. Os Cullens estavam indo embora.
E me deixando para trás.
Porque eu tinha que me lembrar disto agora?
-Mas vem, eu convidei vários amigos seus...
Eu olhei em volta, enquanto Alice me levava para o meio da sala e sim, havia alguns conhecidos lá, como Jéssica e Ângela e até Mike Newton e todos vieram me cumprimentar.
Eu esperava que Edward não estivesse mais implicando com Mike, e lancei um olhar de soslaio para ele depois que Mike me abraçou, mas não parecia ciumento, apenas um tanto distante.
Meu pai também estava lá e eu o abracei apertado.
-Sua mãe queria vir, mas o Phill está no meio da temporada – Charlie avisou – e este é seu presente.
-Ah pai, sabe que não gosto disto.
-Só porque estar casada não significa que não mereça presentes.
Eu fiz uma careta abrindo o presente e era uma câmera digital.
-Gostou?
-Exagerado, mas tudo bem.
-Os Cullens sabem dar uma festa hein? - meu pai falou admirado.
Eu sorri.
-Pois é.
-Carlisle me contou que eles estão indo para a universidade. Meu sorriso se desfez.
-É, eles vão.
-Sei que deve estar chateada com isto Bella, mas é o certo a fazer.
-Eu estou tentando me convencer que é.
-Ninguém mandou ficar grávida, é o que eu digo..
-Pai!
-Ok, ok. Acho que já passamos da época dos sermões, não é?
-Concordo.
-Eu vou embora, amanhã tenho que acordar cedo, tudo bem?
-Claro, pai.
-Vem jantar em casa no dia do seu aniversário, ok? Farei um jantar especial.
Eu ri o abraçando.
-Talvez fosse melhor deixar que eu fizesse...
-Não, não. É seu aniversário.
-Tudo bem, pai. Até lá então.
Ele se foi e eu olhei em volta procurando Edward, mas não o vi em lugar algum
Jéssica e Ângela se aproximaram.
-E aí? Queremos saber tudo sobre sua lua-de-mel!
-Sim, verdade que foi para uma ilha na América do Sul?
-É verdade sim.
-Uau!
E elas começaram a tagarelar sem parar e eu tentei manter uma conversa, mas meu ânimo realmente não estava para festa, eu só pensava em como na noite seguinte, estaria absolutam
ente sozinha.
Finalmente a festa parecia estar acabando, assim eu esperava, quando Alice apareceu com um bolo cheio de velas para eu assoprar.
-Faça um pedido.
Eu ri, achando todo aquele papo de pedido ridículo e apaguei as velas.
-Finalmente 19 anos – Jéssica bateu palmas.
-Saindo com mulheres mais velhas, hein Edward! – Emmett brincou com malícia.
E eu olhei para o lado e Edward estava ali.
-Oh meu Deus, ele tem razão – sussurrei.
Edward riu, se abaixando para roçar os lábios no meu rosto.
-Isto me parece bem sexy na verdade.
Eu o fitei, me sentindo meio tonta com seu sorriso de lado.
-São só alguns meses, Emmett – Alice falou – e vamos logo comer o bolo.
-Eu não quero este bolo cheio de calorias – Rosalie dispensou, jogando o cabelo.
Alice ignorou seu comentário e saiu empurrando a mesa do bolo.
Edward segurou minha mão.
-Tudo bem? Está parecendo meio pálida.
Eu dei de ombros.
-Na verdade acho que como a Rosalie, dispensarei o bolo.
Ele franziu os olhos, como se tentando entender e então ele entendeu e eu senti seus dedos apertando os meus.
-Acho que eu também não estou afim de calorias hoje. Vamos embora?
-Alice vai nos matar.
-Não me importo e você?
Eu sorri. Era a primeira boa sugestão da noite.
-Nem um pouco.
Nós saímos no meio do burburinho e ninguém pareceu notar.
A noite estava escura e Edward me envolveu com um braço enquanto caminhávamos para nosso chalé.
Era sua última noite em casa e eu não queria dividi-lo com ninguém.
Este pensamento me deixou meio deprimida, mas eu lutei contra esta sensação.
E quando finalmente chegamos em casa, Edward mal esperou fechar a porta para me beijar, como se fizesse anos que não nos beijássemos e eu me agarrei a ele como se temesse que desaparece feito fumaça a qualquer momento. E nossas roupas foram sumindo pelo caminho, até que sem demora, estávamos na cama e ele se enterrava dentro de mim, com fúria, com vontade, cada vez mais rápido e forte, me arrastando para um orgasmo tão perfeito quanto efêmero.
E depois me fitou, suado e ofegante, ainda dentro de mim, retirando os cabelos do meu rosto com dedos gentis.
-Tudo bem?
Eu sacudi a cabeça afirmativamente, levantando a mão para passar por seus cabelos desalinhados e quando fez menção de se afastar,  eu o segurei.
-Não, fica aqui – pedi e ele apenas deixou a cabeça em meu peito.
Fechei os olhos, tentando reter aquele momento.
Para me lembrar dele exatamente assim, quando não estivesse mais ali.
-Eu já sinto sua falta – ele murmurou baixinho, e entre o sono e a vigília, eu pensei se tinha realmente ouvido.
Eu acordei com o telefone tocando. Abri os olhos e já era dia, apesar de estar nublado e escuro lá fora. Edward não estava na cama e eu ouvi o barulho do chuveiro. Se aprontando para ir, pensei.
Estendi a mão e peguei o telefone.
-Alô?
-Fala para o Edward não se atrasar. - era a voz aborrecida de Rosalie.
-Ele não vai se atrasar, está no banho.
-Ótimo! - e desligou.
Eu suspirei, jogando as cobertas para o lado e me levantei.
Fui até o closet por uma roupa e abri a porta do banheiro.
-Sua irmã ligou e disse para não se atrasar.
-A mais chata – murmurei e fechei a porta descendo.
As malas de Edward estavam prontas junto a porta.
Desviei o olhar e fui para a cozinha, ligando a cafeteira.
Olhei o dia pela janela. Estava escuro e frio.
Como meu humor. Edward desceu algum tempo depois. Perfeito em suas roupas alinhadas de viagem. Eu lhe passei uma xícara de café.
-O que quer comer? – perguntei.
-Nada.
Ficamos ali em silêncio, até que ele estendeu a mão. Eu segurei e fui puxada, encostando a cabeça em seu ombro, a xícara sendo tirada de minhas mãos. Podia sentir os lábios em meus cabelos e seus braços a minha volta.
-Venha comigo – ele disse de repente e eu ri tristemente.
De alguma forma era o que eu queria não era?
Mas algo me mantinha ali. Algo dizia para eu não ir.
E eu nem sei o que era.
-Não... - murmurei levantando a cabeça para encará-lo – será como combinado. Não tenho nada pra fazer lá. Provavelmente apenas atrapalharia.
-Acho que quer se ver livre de mim – ele disse, estudando meu rosto.
-Me pegou. – respondi – Na verdade quero me ver livre dos seus irmãos.
O que não deixava de ser verdade.
Era a única coisa positiva nisto tudo.
Livre da presença opressora dos Cullens.
Ele riu.
-Não posso culpá-la.
O celular dele tocou neste momento. Ele pegou e desligou.
-Irmã chata? - indaguei me afastando.
-A maluca desta vez. Preciso ir. Estão esperando.
Nós fomos para fora e ele colocou as malas no carro. Os carros dos Cullens apareceram na estrada.
Alice saltou do seu e me abraçou rapidamente.
-Espero que aproveite o tempo livre pra ir experimentando as roupas novas! Podia me mandar fotos por e-mail, o que acha? Vai ser divertido.
Eu me forcei a rir.
-Claro. - “Espere sentada” – pensei.
Ela voltou para o carro e olhei Rose em seu BMW, ela passava um batom e ajeitava o cabelo.
Edward se voltou para mim.
-Então é isto – eu disse.
Ele se aproximou e me beijou de leve.
-Eu te ligo.
-Não precisa ficar fazendo relatórios.
Ele riu.
-Talvez eu goste de fazer.
-Bom, boa viagem.
-Eu volto em duas semanas – e com um último sorriso ele entrou no Volvo.
E se foi.
Eu fiquei olhando os carros se afastando, até desaparecerem. Voltei para casa e subi arrastando os pés.
Me deitei sobre a cama ainda desfeita e olhei o teto. Vontade de me enfiar debaixo das cobertas e ficar ali eternamente.
Ou até Edward voltar.
Em que momento eu tinha me tornado tão dependente dele?
Era horrível. Era assustador. Era como se faltasse uma parte de mim.
Fechei os olhos com força.
Duas semanas ele dissera. Como é que faria o tempo passar mais rápido?

E naquele dia, eu realmente passei na cama. Dormindo e acordando.
Até que a noite, acordei com o toque do telefone.
-Alô – resmunguei.
-Já está dormindo?- a voz perfeita de Edward me fez despertar totalmente e eu me sentei, tirando os cabelos do olho.
-Não... sim... mais ou menos.
Ele riu.
-Está com voz de sono.
-Porque estava dormindo – murmurei.
-Está cedo ainda.
-Na verdade, acho que dormi o dia inteiro.
-Você está bem?
-Estou sim. Só com tempo de sobra para me esconder debaixo das cobertas enquanto faz frio lá fora.
-Vai hibernar como os ursos?
-Talvez. Como foi a viagem?
-Cansativa. Mas Rose queria que trouxéssemos os carros.
-Rose e sua idéias – ironizei.
-Pois é. Vou desligar e deixar você continuar dormindo. Eu também quero dormir.
-Ok, descansa. Quando começam as aulas?
-Amanhã. Eu te ligo, ok?
-Ok. Boa noite.
-Boa noite, Bella.
Eu desliguei e me deitei.
Desta vez não consegui dormir e desci pra comer. Ouvi uma batida na porta e era Esme.
-Oi querida, vim ver se está tudo bem com você.
Eu me obriguei a sorrir.
-Está sim.
-Se precisar de qualquer coisa é só nos procurar, está bem?
-Tudo bem.
Ela estendeu a mão e eu vi duas sacolas
-São seus presentes, esqueceu lá em casa.
-Nossa, nem lembrava - respondi pegando as sacolas de sua mão.
Ela se despediu e foi embora.
Fechei a porta e larguei as sacolas ali na sala mesmo, indo comer.
Não estava interessada em presentes.
Não estava interessada em nada.
No dia seguinte, eu me obriguei a levantar e resolvi fazer faxina.
Era bom pra passar o tempo.
No fim do dia estava exausta, mas pelo menos tinha feito alguma coisa de útil.
Edward ligou quando estava jantando sozinha.
O que era bem deprimente.
-Atrapalho alguma coisa?
Eu ri.
-Meu jantar romântico comigo mesma.
-Eu estou saindo pra jantar com meus irmãos.
Eu tentei não ficar chateada com isto. Era bobagem, claro.
-Como foi seu primeiro dia de aula?
-Interessante.
-Você já parece entediado.
-Talvez esteja.
-Aposto que já deve ser o melhor da sala.
-Talvez seja.
Eu ri.
-Que horrível.
-É apenas...
-Entediante?
-É, pode ser.
-Vá jantar com seus irmãos, preciso voltar para o meu.
-Você não abriu seus presentes, abriu?
-Não me diga que comprou presente?
Ele riu.
-Talvez, saberá se abri-los.
Eu resmunguei algo e desliguei.
Assim que terminei de comer corri para as sacolas e havia uma profusão de coisas diferentes ali: roupas, perfumes, livros e um notebook. Este com um bilhete de Alice. Não havia nenhum cartão de Edward.
Provavelmente levara a sério quando eu disse que não queria nada dele.
Eu liguei o notebook lembrando de Alice dizer que era pra eu mandar fotos por e-mail e ri.
No seu bilhete ela dizia que até já tinha feito uma conta de e-mail para mim.
-Sempre eficiente Alice – murmurei – que assustador.
E como ele falara, eu tinha mesmo uma conta de e-mail e eu ri ao ver dois e-mails na caixa de entrada.

“Oi Bella,
Espero que use bem seu presente!
E por favor, não esqueça de usar bem seu closet também.

Alice”


E o outro era de Edward e era de hoje de manhã.

“Enquanto você provavelmente dorme, estou tendo uma aula entediante de economia, mas preferia estar estudando biologia com você. Ou debaixo das cobertas com você. Acho que ficarei com a segunda opção.

Edward.”

Eu ria como uma boba enquanto respondia.

“Acho melhor prestar atenção na aula em vez de ficar enviando e-mails.
P. S.: Se estivesse aqui eu não estaria dormindo embaixo das cobertas com certeza.

Bella”
Depois aproveitei e mandei um e-mail para minha mãe e depois fui dormir.

E no dia seguinte de manhã eu acordei e liguei o notebook e como esperava havia uma mensagem dele, enviada tarde da noite anterior.

“Alice está brava porque não recebeu uma resposta sua. O jantar foi uma porcaria. Aposto que você faria melhor.
P.S.: É triste estar indo para a cama sozinho
”.

Eu ri e respondi Alice e depois mandei uma mensagem para ele.

“Respondi Alice, espero que ela fique satisfeita apenas com isto, não enviarei fotos minhas pra ela. E espero mesmo que continue dormindo sozinho”

Talvez agora eu virasse uma daquelas pessoas viciadas em internet que não tinha vida social. Era patético, pensei, fechando o notebook.
Não ia ficar ali esperando mensagens de Edward.
Mas claro que não resisti e fui verificar algumas horas depois e ele tinha respondido. Alice também, mas nem me dei ao trabalho de verificar.

Alice disse que deveria ter colocado câmeras pela casa para te vigiar. Pode parecer maluco, mas eu quase aprovo a ideia, assim poderia passar o dia vendo você”.

Isto soa meio pervertido”, respondi.

E desta vez fechei o notebook. Não, não ia ficar vivendo pra esperar mensagem do Edward.
Tinha que arranjar alguma coisa útil para fazer.
E algo surgiu na minha cabeça. Sim, era perfeito no momento.
Subi, coloquei uma roupa e peguei as chaves do carro.

Edward ligou naquela noite e eu estava acabando de chegar em casa.
-Onde estava?
-Na cidade.
-Fiquei preocupado, Bella.
Eu revirei os olhos.
-Que exagero, Edward. Acha mesmo que ficarei o dia trancada em casa?
-Claro que não. Apenas fiquei um pouco apavorado ao ligar a tarde inteira e ninguém atender.
Eu mordi os lábios. Podia dizer a ele o que estava fazendo, mas não disse.
Porque sabia que começaria uma discussão.
-Precisa comprar um celular.
-Não acho que...
-Mandarei Esme te dar um se não comprar.
-Está bem, eu compro.
-Não respondeu meu e-mail.
-Por que cheguei agora.
-Tudo bem então. Vá descansar.
-Descansarei.
-Se cuida direito Bella.
Eu revirei os olhos de novo.
-Boa noite, Edward.
E desliguei.

Quando eu liguei o notebook não havia apenas um, mas vários e-mails de Edward. Eu respondi secamente que tinha mais o que fazer do que ficar o dia inteiro trocando e-mail e que ele poderia também aproveitar as aulas dele em vez de ficar na internet.

Na noite seguinte, não havia nenhum e-mail. E eu comecei a me arrepender da minha resposta ríspida.

Sai naquela manhã e comprei o bendito celular e a primeira coisa que eu fiz foi passar um recado para Edward com meu número e depois fui para a loja dos Newtons.
Mike sorriu ao me ver. Parecia surpreso.
-Você voltou!
-Eu trabalho aqui, porque não voltaria.
-Fiquei achando que depois que casasse...
-Pois é, mas como não vou para a faculdade por enquanto, não tenho muito o que fazer.
-Ouvi dizer que todos os Cullens foram para Dartmouth.
-Foram sim – respondi secamente.
-Achei que iria também.
-Eu terei um bebê daqui alguns meses.
-Ah, entendi. Então... bom trabalho.
-Obrigada.

Como eu previa Edward ligou algumas horas depois.
-Pelo menos atendeu meu pedido.
-Falei que atenderia.
-Onde está?
-Vai ficar controlando meus passos?
-Não seja absurda, Bella.
-Estou resolvendo umas coisas – respondi evasiva.
Edward ficaria furioso quando descobrisse que eu tinha voltado a trabalhar.
Mas eu queria ter aquela discussão com ele ali e não por telefone.
-Entendi, jantará com seu pai hoje?
Putz, eu tinha esquecido.
Hoje era o meu aniversário efetivamente.
-Sim, jantarei.
-Certo. Eu te ligo depois então.
-Tudo bem.
-E Bella? Feliz aniversário.
-Obrigada – resmunguei e ele riu antes que eu desligasse.

À noite, eu fui para casa e tomei um banho, me arrumando para ir para a casa do meu pai.
Mas antes que eu saísse, bateram a porta, eu abri e havia um entregador com um buque de frésias.
-Isabella Cullen?
Eu achei muito estranho ser chamada assim.
Isabella Cullen, não mais Swan.
-Sim, sou eu?
-Entrega para a senhora.
Eu assinei o papel e peguei as flores.
Claro que só podiam ser de uma pessoa, mas eu li o bilhete.

Feliz aniversário
Espero que não jogue as frésias pela janela
desta vez.

Edward


Eu sorria enquanto colocava as flores em um vaso. Não, aquelas ficariam ali até murchar.

Fui para casa do meu pai e ele pareceu feliz ao me ver, mas o cheiro de queimado me fez ficar preocupada.
-Deus, pai, o que está aprontando?
-Alguma coisa deu errado?
Eu desliguei o forno.
-Abra as janelas antes que a gente morra!
Ele ia abrindo a janela enquanto eu tirava algo carbonizado do forno.
-Isto era nosso jantar, suponho.
Ele coçou o cabelo.
-Pois é...
Eu ri.
-Que tal irmos comermos em Port Angeles? É uma comemoração, não é?
-Certo, mas por minha conta, senhora Cullen.
Eu ri.
-Como quiser, Chefe!
Estávamos saindo de casa, quando um carro parou. Eu reconheci o carro do Jacob.
Ele saltou e nos encarou meio sem graça.
-Ei, Jake, estamos saindo – Charlie falou.
-É, desculpa... é que... eu imaginei que a Bella estaria aqui e vim dar feliz aniversário para ela.
Eu sorri.
Ele se aproximou e ficou um momento tenso, acho que sem saber se me abraçava ou não, mas eu tomei a dianteira e o abracei.
-Obrigada, Jake – murmurei, me afastando.
-Isto é pra você.
Ele estendeu um apanhador sonhos.
-Ah, obrigada – murmurei.
Ele olhou para meu pulso, sem a pulseira. Fiquei vermelha.
Eu havia tirado a pulseira no dia em que me casei com Edward. Alice me fez tirar tudo, disse que não combinava com o vestido.
E eu nunca mais coloquei. Jacob não comentou nada.
-Bella, vamos, estou com fome – meu pai resmungou.
-Certo... - e então eu me virei para Jacob – Quer ir com a gente? Estamos indo para Port Angeles jantar.
-Eu não sei...
-Por favor...? - eu pedi
Eu sentia falta do Jacob. Me dava conta agora.
E estar sozinha, sem o Edward, talvez me deixasse mais carente de qualquer pessoa a minha volta.
-Tudo bem.
Charlie insistiu em ir naquele mesmo restaurante chique que pagou pra eu ir com Jake antes.
E acabou sendo um jantar como antigamente.
Com tudo correndo bem, até meu pai citar Edward.
-E ai, Edward está gostando da faculdade?
-Está sim, mas ele se entedia fácil.
-O Cullen está na faculdade? - Jacob indagou surpreso.
-Sim, está. Toda a família.
-E você ficou aqui sozinha? - ele parecia indignado.
-Também não é assim...
-Você aprova isto, Charlie? – indagou.
Meu pai deu de ombros.
-Bella está grávida...
-Então ele não deveria ir.
-Jake, pára com isto, ok?
-Isto é absurdo Bella.
-Absurdo é você se intrometer no que não é da sua conta – falei duramente.
Ele pareceu que ia insistir, mas parou.
-Tem razão. Não é da minha conta – falou dando de ombros.
-Podemos ir? – pedi.
A noite já não estava divertida.
E quando estávamos saindo do restaurante eu parei surpresa ao ver Carlisle e Esme entrando.
-Bella! Não sabia que estava aqui – Esme falou.
-Sim, vim com meu pai – falei vermelha.
Me sentindo ridiculamente culpada, como se tivesse fazendo alguma coisa de errado, porque os olhares deles foram para Jake.
Mas eu não estava fazendo nada de errado. Então eu respirei fundo.
-E com Jacob, acho que conhecem.... Jacob Black.
Jacob apenas sacudiu a cabeça em cumprimento.
-Ah sim, de vista... - Esme murmurou.
Carlisle tinha um olhar neutro.
-Está indo embora?
-Sim, já comemos. - Charlie respondeu - Bom jantar pra vocês.
Nós nos afastamos.
Jacob me encarou.
-Bom, eu já vou indo. Foi um bom jantar, Charlie.
-Sim, Jacob, vá com cuidado.
Ele me encarou como se quisesse dizer alguma coisa, mas murmurou apenas uma despedida e entrou no carro.
Eu levei Charlie em casa e depois segui para a propriedade dos Cullens.
A noite começara bem e terminara mal.
Eu não deveria me sentir culpada.
Mas eu me preocupava que os Cullens fossem contar para Edward.
E com certeza ele ficaria bravo. Mas seria justo eu ficar escondendo coisas dele? Talvez fosse melhor que eles contassem.
Assim eu já poderia deixar bem claro para Edward que Jacob era meu amigo.
E continuaria sendo.
Mas eu sabia que não era tão fácil assim.
Estava indo dormir quando o telefone tocou.
-Recebeu as flores?
-Sim, recebi. São lindas, obrigada.
-Elas ainda estão ai?
-Claro que sim.
-Fico aliviado em saber. E como foi o jantar?
-Foi ótimo. Meu pai queimou tudo e tivemos que ir a um restaurante.
Edward riu.
-Se divertiu então?
-Me diverti sim.
-Eu queria estar ai.
Eu fechei os olhos, sentindo um vazio dolorido por dentro.
-Estará em menos de duas semanas – respondi.
-Posso dar um jeito de ir neste fim de semana...
-Não... Não precisa. Será como combinado.
-Tudo bem.
-Vou dormir, estou morrendo de sono.
-Certo. Durma bem então.
-Boa noite, Edward
-Boa noite, Bella

Se passaram mais dois dias e então era sábado, e eu trabalhava nos Newtons.
A loja estava vazia por um sábado, talvez porque o tempo estivesse horrível.
E eu aproveitei para arrumar umas prateleiras. Estava ajoelhada embaixo do balcão quando ouvi a porta abrir. Eu me levantei para atender o cliente.
-Em que posso ajudar?
E quase caí de costas ao ver Edward parado na minha frente.
Absolutamente furioso.


Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário