19 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 19

Já aconteceu o casório, e depois de todo casório vem o que?? A tão esperada Lua de Mel! E a nação perva vai a loucuraaaaaaaa! Ótima leituraa!

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Avisos: Sexo

Capítulo 19

Era realmente inacreditável. Eu era oficialmente uma Cullen agora.
O único problema era que eu não me sentia assim.
Eu havia caminhado até Edward e ele havia segurado meus dedos frios, enquanto Alice sorria e fazia sinais para eu sorrir também, o que me fazia imaginar que eu devia estar mais tensa que um bloco de gelo. Mas era impossível para mim.
O juiz recitou todas aquelas palavras e as perguntas habituais. Eu quase esperei que a Tânia se erguesse do seu lugar, provavelmente usando algum vestido exclusivo e caro e dissesse que sim, ela era contra este casamento.


Ou talvez eu mesma devesse ter dito não quando me perguntaram se eu aceitava me casar.


Mas nada disto aconteceu. E então eu estava casada.


Irremediavelmente casada com Edward Cullen.


E não fazia nem 3 meses que eu o conhecia.


Mais surreal impossível.


O juiz sorrira e dissera que Edward podia me beijar agora.


Eu o encarei pela primeira vez desde que a cerimônia começara.


Edward Cullen. O lindo, perfeito e rico Edward Cullen. O cara com que acabara de me casar.


-Você está bem? - ele indagou preocupado e eu tentei rir.


-Acho que sim.


Suas mãos enquadraram meu rosto e ele me beijou muito rápido e de leve.


Os olhos verdes cravaram em mim, avaliando meu rosto que devia estar pálido.


Sua mão segurou a minha, apertando meu dedos de leve.


-Uma parte acabou. – sussurrou.


-Sim, parece que sim.


-Não precisa agüentar o resto se não quiser, Bella.


-O que quer dizer?


-Se não estiver se sentindo bem, não precisa agüentar todo este circo de Alice.


-Eu agüentei até aqui, acho que suporto o resto.


Nós nos voltamos para os cumprimentos dos convidados.


E uma profusão de rostos, beijos e abraços passaram por mim.


E Edward me apresentava várias pessoas que eu duvidava que lembraria quem eram depois até que duas moças muito bonitas apareceram.


-Bella, estas são Irina e Kate Denalli.


-Que bom conhecê-la, Bella – Irina exclamou sorrindo, mas parecia tensa.


-Foi um casamento muito bonito, parabéns. – Kate completou igualmente tensa.


Eu tentei sorrir.






Me lembrei que Tânia dissera que Irina a aconselhara a não ficar ali.


Será que também me culpavam pelo o que acontecera com a irmã?


-Obrigada. – murmurei.


Elas se afastaram e Alice apareceu nos levando até uma mesa para brindes e fotos.


-Pelo amor de Deus, Bella, sorria! Parece que está num enterro.


E eu tentei sorrir enquanto Alice orquestrava milhões de fotos.


Depois veio o banquete e claro, nada passava por minha garganta.


-Tem certeza que está bem? - Edward perguntou ao meu lado.


-Eu não vou desmaiar, ou vomitar, se está preocupado – sussurrei sem paciência.


Olhei em volta e vi Tânia sentada entre suas irmãs. Ela tinha o rosto fixo em nossa mesa.


Eu desviei o olhar, me sentindo mal.


-Porque não me disse que a Tânia tentou se matar quando terminou com ela.


-Porque temos que falar disto agora? - ele indagou tenso e eu o encarei.


-Porque não me disse antes?


-Bella, por favor, já falei para esquecer a Tânia.


-Como você está fazendo? Você não se sente nem um pouco culpado, Edward?


-Você não tem ideia de como me sinto. – falou devagar – Eu não podia prever o que Tânia ia fazer.


-Talvez devesse ter ficado com ela. – murmurei.


-Porque concordou em se casar comigo se pensava assim? Até poucas horas podia ter desistido, Bella.


-Podia mesmo, não é?


Eu me levantei.


-Onde vai?


-Não se preocupe, não estou fugindo!


Antes que ele pudesse me seguir eu caminhei por entre as pessoas que me encaravam com os rostos curiosos. Nem sabia bem para onde estava indo, apenas precisava de espaço.


Foi então que o vi. Eu parei surpresa.


Ele estava afastado um pouco dos convidados e parecia desconfortável usando um terno.


Nossos olhares se encontraram.


-Jacob?


-Oi Bella.


Eu caminhei em sua direção, me sentindo confusa com sua presença ali.


De maneira alguma eu esperaria que Jacob fosse ao casamento.


-Está muito bonita.


-Obrigada...Porque veio Jake?


-Recebi um convite.


-Entendeu a pergunta.


-Acho que eu queria ter certeza... Que estava perdendo você pra sempre.


Eu engoli em seco.


-Você não está me perdendo. Ainda serei a mesma Bella. Que sempre será sua amiga.


-Você entendeu o que eu quis dizer.


Eu não falei nada. O nó na minha garganta me impedia.


Porque eu me sentia mal por gostar de tê-lo ali. Jacob era uma parte importante da minha vida. Meu melhor amigo.


E eu tinha somente errado com ele. E o fazia sofrer.


E eu queria encontrar uma maneira que tudo pudesse ser como antes.


Quando éramos amigos.


-Os Cullens sabem mesmo dar uma festa, isto não podemos negar. – ele comentou por fim, talvez para tentar quebrar o clima estranho.


Eu dei de ombros.


-Alice orquestrou tudo.


-Eu te chamaria para uma dança se o Cullen não estivesse vindo em nossa direção com cara de quem vai me matar.


Eu olhei para trás e Edward estava se aproximando, realmente com cara de quem ia matar alguém.


-O que está fazendo aqui? - indagou friamente.


-Eu fui convidado. Sou amigo da noiva.


-Você é muito cara de pau, Jacob Black.


-E você adoraria quebrar minha cara de pau, aposto.


-Ei, parem com isto, agora. – fiquei entre os dois que se encaravam como galos de briga.


-Não se preocupe, Bella, eu já estou indo. Acho que já foi demais para mim.


E ele se afastou em direção ao seu pai, que só agora via que estava conversando com o meu.


-Não acredito que encontro você conversando com Jacob Black.


-Edward, por favor, Jacob veio com seu pai, que é o melhor amigo do meu pai.


-Ele veio me provocar.


-Pense o que quiser, estou cansada de toda esta briguinha!


Eu me virei, ignorando os olhares curiosos e entrei na casa. Eu só queria desesperadamente ficar sozinha.


Entrei no primeiro lavabo que encontrei e sentei, escondendo o rosto entre as mãos para chorar.


Eu sabia que não seria fácil. Desde o dia em que concordei com aquele casamento, eu devia saber. Mas estava sendo bem pior do que eu imaginara.


-O que está fazendo escondida aqui? - Alice entrou atrás de mim – Oh meu Deus, está chorando? Não acredito. Sua maquiagem está horrível agora.


Ela se aproximou e então eu levantei o olhar e vi que tinha mais alguém com ela na porta do banheiro.


Edward. Ele não falou nada. Apenas me encarava com um certo pesar.


Eu desviei o olhar, tentando secar meu rosto.


-Me desculpe, Alice.


-Oh, noivas! Pode nos dar licença, Edward? Bella deve estar passando pelo estresse que toda noiva passa, nós já vamos dar um jeito nisto. - e ela fechou a porta na cara dele. - Agora pare de chorar e vamos dar um jeito no seu rosto.


Eu deixei que Alice tirasse os vestígios de lágrimas do meu rosto, mas difícil era tirar aquela angústia de dentro de mim.


Porque Edward não falara nada? Era isto, não era?


Eu queria que ele tivesse entrado no banheiro e me encarado com um dos seus irritantes sorrisos de lado e dissesse que tudo ia ficar bem.


Que nós íamos ficar bem, apesar de ter tudo contra.


Mas talvez ele não acreditasse nisto. Como eu tinha dificuldade de acreditar.


-Agora, vamos, é a hora da dança dos noivos.


Eu tentei sorrir. Alice não merecia ter a festa estragada por mim.


-Isto, gostei do sorriso! Já está acabando! Ânimo! Daqui a poucas horas estará bem longe daqui. - falou enquanto me guiava para o meio da festa novamente.


-Longe daqui?


Ela sorriu, piscando.


-Viagem de lua de mel, oras!


-Mas eu nem sabia que...


Ela me soltou e eu percebi que estávamos no meio dos convidados de novo e que uma música tocava e Edward surgiu, me levando para o meio da pista e então estávamos dançando.


-Você está bem? - perguntou, como se receasse que eu fosse começar a chorar novamente a qualquer momento. Eu sacudi a cabeça afirmativamente.


-Sim, estava apenas... já passou – murmurei – Alice me disse algo sobre... viajarmos.


-Sim, nós iremos viajar.


-Oh... Não sabia disto.


-A não ser que você não queira. Podemos cancelar tudo.


-Não. Tudo bem.


Eu faria qualquer coisa para não ficar com a família dele no momento.


Até ficar sozinha com ele sabe Deus onde. E antes que pudesse perguntar para onde iríamos, meu pai apareceu.


-Acho que agora é minha vez.


Eu dancei com meu pai e depois com vários outros pares. Até Mike Newton, que ficou o tempo inteiro gaguejando enquanto me elogiava e ficava vermelho.


E então Edward estava dançando comigo de novo, e Mike tinha desaparecido.


-Por favor, diga que não está encrencando com o Mike de novo. – falei irônica.


-A fila é grande se eu for encrencar com todo mundo que está achando você deslumbrante neste momento.


Foi a minha vez de ficar vermelha, porque ele me fitava de um jeito, como se realmente me achasse deslumbrante.


Coisa que com certeza não era.


-Não precisa ficar me elogiando – murmurei, desviando o olhar.


-Elogio porque é verdade. Você é tão bonita, Bella.


Sua voz era quase um sussurro e eu levantei meus olhos para ele, como se me chamasse.


E por um momento, foi como se não houvesse mais ninguém além de nós dois, dançando sozinhos no jardim, enquanto a noite caía.


E seus olhos estavam em minha boca, e eu desejei imensamente que ele me beijasse, como não fazia há tempos, parecia séculos, e enquanto ele se inclinava para mim, eu quase podia sentir seu gosto em minha língua e prendi a respiração.


-Bella, precisa se trocar.


Alice me chamou e quebrou o clima. E já não estávamos mais sozinhos.


-Aposto que não quer viajar vestida deste jeito!


E saiu me puxando.


Eu ainda lancei um último olhar para Edward, parado no mesmo lugar e acompanhei Alice.


Depois tudo passou muito rápido, entre despedidas e congratulações, finalmente eu estava sozinha com Edward em seu carro.


-Para onde vamos?


-Brasil.


-Tão longe assim?


-Meus pais tem uma ilha lá. Ilha de Esme. Carlisle deu para Esme de presente.


-Uau. Vocês tem uma ilha. – murmurei abismada, olhando para a noite escura pela janela.


Edward ligou o som do carro e ouvi Claire de Lune. Era como voltar no tempo. Mas agora ele não estava mais me levando para casa. Estava me levando para o desconhecido.






Eu devo ter adormecido, porque acordei com Edward me tirando do carro.


-Estamos no aeroporto.


-Dormi o caminho inteiro? - indaguei grogue.


-Sim, vamos.


Nós fizemos o check-in e embarcamos rapidamente. Eu ainda me sentia sonolenta.


-Durma, ainda temos muitas horas de voo. – ele disse.


Eu dormi mesmo.


Até que finalmente chegamos no Brasil.


-Ainda falta muito? - indaguei cansada.


-Apenas algumas horas até a ilha, iremos de barco. – respondeu quando entramos em um táxi.






E foi quando estávamos no barco que eu comecei a passar mal.


No começo eu achei que não era nada. Apenas enjôo de viagem. Mas em pouco tempo eu estava vomitando sobre a amurada. Edward veio até mim preocupado, segurando meus cabelos, até que tudo passasse.


-Não devíamos ter feito esta viagem de barco.


-Está tudo bem, acho que agora eu me sentirei melhor.


-Tem certeza?


-Acho melhor continuarmos.


Ele ligou o barco de novo e eu fechei os olhos, lutando para não vomitar novamente. Mas continuei me sentindo mal. Quando chegamos, estava tão tonta que mal conseguia manter os pés no chão e Edward me pegou no colo.


Eu mal vi a casa a minha volta, quando entramos e ele me levou até um banheiro.


E foi o tempo para eu me inclinar sobre o vaso e vomitar de novo.


-Bella, isto já está me preocupando. – ele falou ao meu lado.


-Eu estou bem. – murmurei.


Mas realmente não me sentia nada bem.


A casa estava insuportavelmente quente.


-Acho que eu preciso de um banho gelado.


Edward encheu a banheira e saiu do banheiro, pegando o celular. Eu consegui olhar em volta. Era um banheiro claro e espaçoso e como a casa dos Cullens em Forks, tudo ali gritava riqueza.


Tirei minhas roupas ensopadas de suor e entrei na banheira, me sentindo um pouco melhor minutos depois.


Edward bateu a porta.


-Bella?


-Estou bem. – falei - Já vou sair.


Eu me enxuguei e me enrolei na toalha, escovando meus dentes e saí do banheiro.


Edward estava desligando o telefone.


-Estava falando com Carlisle. Ele disse que pode ser apenas um enjôo da viagem e o calor, se estiver sentindo só isto.


-Sim, não senti mais nada a não ser isto mesmo.


-Ele disse para dar um chá para você


-Não quero beber nada. – eu me sentei sobre a cama, segurando firmemente a toalha e me sentindo um pouco ridícula – Onde estão nossas malas?


-Eu vou buscar.


Ele saiu do quarto e eu olhei em volta. O quarto era tão elegante quanto o banheiro.


Edward voltou com as malas.


-Vou fazer o chá.


-Eu não sei se poderei tomar alguma coisa.


-Mas farei mesmo assim.


Ele saiu novamente e eu fui até a mala e arregalei os olhos ao não reconhecer nada meu.


Claro. Alice tinha colocado na mala só as roupas novas.


Eu revirei os olhos, tentando achar algo descente de dormir.


Obviamente não achei nada. Apenas aquela profusão de rendas e cetim que tinha visto antes na minha casa.


-Que ótimo, Alice.


-Aqui está o chá.


Edward entrou de novo e colocou a xícara em minhas mãos.


Eu estava vermelha, tentando me imaginar em uma daquelas roupas mínimas, ali na mala.


-Está tudo bem? Está passando mal de novo?


-Não, estou bem – respondi rápido – é só... este calor.


-Sim, é bem quente aqui. Achei que gostaria... Vive reclamando do clima em Forks.


-Oh – Então ele tinha escolhido aquela ilha tropical porque eu odiava chuva?


Eu mordi os lábios, sem saber o que dizer. A xícara esquecida em minha mão. E de repente o calor parecia vir de dentro de mim e não de fora.


E eu esperei.


Nem sei bem pelo o que. Mas mal respirava.


Edward deu um passo atrás.


-Está muito calor mesmo. Acho que darei um mergulho. Teme o chá. E descanse.


E ele saiu do quarto fechando a porta atrás de si.


Eu me sentei, entre frustrada e... decepcionada?


Eu tomei o chá, mesmo de má vontade. Não estava a fim de passar mal novamente.


Mas a irritação foi me dominando.


O que eu esperava?


Bom, talvez não fosse esperar muito que ele tivesse se aproximado e me beijado.


Afinal, era nossa lua-de-mel não era?


De novo aquele medo frio se instalou dentro de mim. Edward estava de novo se afastando.






Me levantei e olhei pela janela.


Dali eu podia ver o mar. E Edward ao longe. Sem pensar muito, eu sai do quarto e desci.


Ali fora era tão calor como dentro de casa, mas havia uma leve brisa.


Eu parei e respirei fundo. Mas não era hora de voltar atrás.


Deixando a toalha na areia eu entrei no mar. Edward se virou surpreso.


-Bella.


-Porque está fugindo de mim? – indaguei.


-Não estou fugindo de você.


-Está sim.


-Estou me sentindo um idiota por tê-la trazido para cá, é muito longe. Eu só achei que faria bem a nós, nos afastar de tudo.


-Então porque está aqui?


-Porque não quero forçá-la a nada.


-Nunca me forçou a nada Edward. – murmurei.


Seus dedos tocaram meu rosto. Eu fechei os olhos, me aproximando através da água, como se um imã me levasse em sua direção.


-Eu não queria que ficasse doente. – disse num tom preocupado.


Eu abri os olhos.


-Não estou doente agora.


-Tem certeza?


Eu sacudi a cabeça afirmativamente, minha mente girando e meu corpo tremendo em antecipação. Era quase dolorido, esperar que ele me tocasse.


Minha respiração se transformou num arquejo, quando finalmente ele me puxou para perto, cada linha do seu corpo colada no meu sob água.


E ele estava tão nu quanto eu.


Tão excitado quanto eu.


E soltei um gemido abafado, quando seus lábios tocaram os meus.


E meus braços subiram para sua nuca, castigando seus cabelos, enquanto nossas línguas se enroscavam. Talvez eu derretesse e me misturasse com as ondas do mar, mas quem se importava?


Eu estava além de qualquer razão. E mal vi quando seus braços me envolveram e me tiraram da água.


E em pouco tempo estávamos sobre a cama, molhando os lençóis e seu corpo pesou sobre o meu, deliciosamente gelado da água do mar.


Suspirei, me arrepiando inteira, seus lábios em meu pescoço, meus seios, sorvendo a água em meus mamilos com a língua quente e úmida e eu joguei a cabeça para trás, seu nome dançando em meus lábios, meus dedos amarrotando os lençóis.


Meu coração batia tão acelerado que parecia que ia arrebentar meu peito, e eu o puxei para mim, para beijar sua boca vezes sem fim, abrindo meus joelhos num convite mudo, e então ele estava dentro de mim, e eu cingi sua cintura com as pernas, não querendo que houvesse nenhum espaço.


E de novo algo maravilhoso estava sendo construído dentro de mim, e fazia com que eu fosse em sua direção, querendo me misturar com ele de todas as maneiras possíveis e seu gemido em meu ouvido, meu nome em seus lábios era como música. E eu fechei os olhos, gemendo e estremecendo com ele, quando finalmente a onda dentro de mim arrebentou e eu me desfiz em mil pedaços.


Quando acordei, o sol já estava alto, eu podia sentir o calor sobre minhas costas, do mesmo jeito que sentia as mãos de Edward me acariciando lentamente.


Eu não queria abrir os olhos. Eu não queria me mexer. Mas meu estômago revirou perigosamente e eu abri os olhos gemendo e pulei da cama direto para o banheiro.


-Que inferno. - murmurei quando finalmente o enjôo passou e claro, Edward estava ali do meu lado preocupado.


-Melhor agora? – perguntou.


-Odeio isto.


-Carlisle disse que são apenas nos primeiros meses.


-Espero que sim.


De repente eu me sentia meio sem graça. Ouvi um barulho de carro se aproximando e fitei Edward.


-Deve ser os empregados que cuidam da casa. Vou falar com eles.


-Certo. Eu vou tomar um banho.


Quando eu sai do chuveiro, procurei na mala algo mais normal e achei um vestido de verão.


Desci as escadas e podia ouvir a voz de Edward ainda conversando com alguém fora da casa.


E quando entrei na cozinha havia uma mulher lá dentro. Era morena e parecia índia.


Ela sorriu ao me ver e começou a falar numa língua que eu não entendia.


-Desculpe, eu não a entendo.


Ela apontou para minha barriga.


Nossa, como é que ela sabia que eu estava grávida?


Eu sacudi a cabeça afirmativamente.


-Sim, estou grávida. – concordei, meio sem graça.


Ela se aproximou e tocou minha barriga e então se afastou, empalidecendo.


-O que foi?


Ela continuou falando coisas que eu não entendia.


Um homem apareceu, devia ser quem estava conversando com Edward.


-Olá, deve ser a senhora Cullen. – disse com um sotaque forte e eu sacudi a cabeça afirmativamente, achando muito estranho ser chamada de Sra. Cullen.


-O que ela está dizendo? - indaguei curiosa.


O homem falou com ela e então me encarou.


-Não é nada.


-Não, ela está dizendo alguma coisa.


Ele pareceu sem graça.


-Ela disse que você não verá seu bebê nascer.


Eu empalideci.


-Como?


-Kaure é muito supersticiosa, não dê ouvidos.


Mas a mulher continuou a resmungar e me encarar com olhos de pena, enquanto o homem se despedia e eles saiam da cozinha. Edward apareceu minutos depois.


-Eles já foram. Está com fome? Ou ainda enjoada?


Eu o fitei.


-O que foi? Está passando mal?


-Aquela mulher disse que eu não vou ver meu bebê nascer.


-Do que está falando Bella?


-Eu não sei. Ela apenas disse isto. Colocou a mão na minha barriga e disse isto.


-Isto é besteira. Estas pessoas são muito supersticiosas. Esquece isto.


-Sim, bobagem, não é? - eu sacudi a cabeça tentando esquecer, enquanto Edward perguntava o que eu queria comer.


-Ovos?


Ele riu.


-Ok, faremos ovos então.


-E depois, o que faremos?


-Podemos conhecer a ilha.


-Ou podemos ficar aqui? - falei mordendo meus lábios.


Ele se virou para mim e então aquele sorriso de lado estava lá. Perfeito. E de repente ele se inclinou e me beijou.






Continua...

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