13 maio 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 14

Depois da frescura generalizada do Blogger ontem, vamos ver o que acontece na nossa FIC? A noite teremos o capítulo 15 normalmente, e se o Blogger ajudar!
Ahhhhhhhhhhhhh, mais tarde teremos homenagens ao nosso Rob Delícia! Aguardem!

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gêneros: Romance/Drama
Avisos: Sexo

Capítulo 14

Eu acordei enjoada de manhã, depois de tanta pizza. Meu pai passou pela porta do banheiro perguntando se eu estava bem. Como se eu pudesse responder com a cara enfiada dentro do vaso sanitário.




Senti um frio no estômago que não era de enjoo.


Era medo.


Medo de como Edward conseguia se infiltrar nos meus pensamentos e até no meu subconsciente nas horas mais impróprias.


E agora este tal encontro?


Eu sentia um misto de ansiedade e medo dentro de mim. Desci as escadas desanimada e estava tomando café quando bateram a porta


E fiquei surpresa ao ver Ângela e Jéssica.


-Oi, o que fazem aqui?


-Oras, você parece ter esquecido que tem amigas. – Jéssica reclamou entrando. Ângela deu um sorriso sem graça.


-Não liga para a Jess. A gente sabe que sua vida deve estar uma confusão. Viemos ver se está tudo bem com você.


-E saber de todas as novidades. – Jéssica completou animada.


Eu ri, fechando a porta atrás delas.


Jéssica segurou minha mão, arregalando os olhos.


-Olha o tamanho deste anel!


-Uau! - Ângela também parecia impressionada.


-Me conta como foi que ele te deu? Achei que os Cullens fariam uma mega festa de noivado! - Jéssica exclamou.


-Claro que não né, Jéssica! Isto não é um noivado normal – Ângela parou de falar ficando vermelha – oh, desculpa, Bella.


-Não, tudo bem. Você tem razão. Eles fizeram apenas um jantar com a família.


-E o Edward te deu o anel? Ele ajoelhou? - Jessica indagou.


-Não. - eu respondi com uma careta.


-Mas também com uma anel deste quem precisa de mais?


Eu ri.


-E quando vai ser o casamento? - Ângela perguntou.


Eu dei de ombros, minha barriga doía de pensar na palavra “casamento”


-Daqui um mês.


-Nossa, já?


-Pois é.


-Então, a gente veio saber se quer sair com a gente hoje.


-Hoje?


-É. Não pode dizer não! Já está tudo certo. Vamos chamar mais gente, jogar boliche. Vai ser divertido.


-Sim, Bella, vamos! Depois que você casar... Não vai ser a mesma coisa.


Eu mordi os lábios. Elas pareciam realmente ansiosas. E eu vinha sendo uma péssima amiga.


Mas o que eu diria ao Edward?


-Olha, eu posso responder depois? Porque acho que já tinha um compromisso, mas eu posso tentar desmarcar, tudo bem?


-Certo! A gente já vai então.


As duas saíram e eu liguei para a casa dos Cullens.


Infelizmente eu tive que ouvir a voz insuportável de Rosalie.


-Oi, é a Bella, posso falar com o Edward?


-Edward não está.


-Ah, tudo bem então.


-Ele saiu com o Emmett. E a Tânia.


Meus dedos apertaram o telefone.


-Eu ligo depois.


E desliguei batendo o fone no gancho.


Eu não ia ficar nervosa.


Não ia ficar pensando no que Edward estaria fazendo com a Tânia.


Afinal, Emmett estava junto, não estava?


Irritada comigo mesma, eu fui me arrumar e rumei para a loja dos Newtons


Melhor ocupar minha mente com algo que não fosse Edward Cullen, pra variar.






A movimentação estava grande na loja assim que cheguei, mas qual não foi minha surpresa ao ver entrando Edward, Emmett e Tânia?


Eu tive vontade de sair correndo e me esconder no estoque.


Mas era tarde.


-Oi cunhada. - Emmett se aproximou sorrindo.


-Oi. O que fazem aqui? - indaguei meio nervosa.


-Tânia quer comprar umas roupas para caminhada.


-Sim, se vou ficar nos Cullens, tenho que ir acampar. E não tenho nada apropriado – falou com um sorriso afetado. - será que nesta lojinha tem alguma coisa?


Aposto que os Newtons adorariam ouvir a loja deles ser chamada de Lojinha, pensei irônica.


-Bella, precisa de ajuda? - um outro funcionário se aproximou e eu agradeci mentalmente.


-Preciso sim, pode mostrar para ela roupas de caminhada?


-Claro. – ele lançou um olhar de apreciação para Tânia a guiando para o fundo da loja e eu entendi porque tinha insistido em atender.


Emmett se afastou atrás deles e Edward me encarou.


-Tudo bem?


-Tudo.


-Me desculpa por isto.


-Olha, Edward, não morro de amores pela Tânia e obviamente ela também não gosta de mim, e eu entendo o porquê. Mas não precisa ficar pedindo desculpas todas as vezes que estivermos respirando o mesmo ar. Eu preferia que ela estivesse lá no Alasca, mas já que está aqui, vamos tentar encarar isto da melhor maneira possível. - “E eu vou tentar controlar a vontade de puxar seus cabelos loiros-morango toda vez que ela olhar para você.” Acrescentei mentalmente.


Edward sorriu de lado.


E eu me perguntei se ele teria me beijado se não estivéssemos no meu local de trabalho.


-Eu liguei para sua casa e Rosalie disse que tinha saído.


-Queria falar comigo?


Eu mordi os lábios.


-Olha, sei que combinamos ontem a noite, ou mais ou menos. De sair. Mas eu tenho estas duas amigas, Jéssica e Ângela e eu as tenho negligenciado com tudo o que vem rolando. E elas me chamaram para sair. E não queria mesmo dizer não. Podemos, sei lá, marcar pra outro dia?


-Eu posso ir com vocês. – ele respondeu.


-Você ir com a gente?


-Não são seus amigos? Acho que se conhecer melhor faz parte de conhecer os amigos também não é?


-Pode ser... se realmente não se importa...


-Não me importo. Acho que podemos marcar nosso encontro para outro dia.


-E vocês vão... acampar? - indaguei, ao me lembrar das palavras de Tânia.


-Duvido muito. Alice está enlouquecendo todo mundo com os preparativos, não acho que vamos viajar.


-Porque ela veio comprar roupa então?


-Porque mulheres como Tânia sempre arranjam uma desculpa para comprar. – ele riu e eu ri com ele.


-Você podia... sair para tomar um café?


-Claro que não. Estou trabalhando.


-Você não precisa trabalhar aqui, Bella.


-Como é que é?


-Não vai trabalhar aqui depois de casarmos, sabe disto.


-Nós ainda não casamos – disse friamente, não gostando nem um pouco dele decidindo coisas por mim – e quem decide se preciso ou não trabalhar sou eu.


-Esta sendo absurda de novo.


Eu bufei e me virei, indo arrumar uma prateleira.


-Se já falou o que tinha que falar, melhor ir embora, tenho que trabalhar.


-Bella, eu só estou dizendo...


-Estou trabalhando, Edward. – cortei.


Ele pareceu que ia insistir, mas Emmett e Tânia voltaram. Ela estava cheia de sacolas.


-Prontinho, tudo comprado – disse animada – que tal irmos tomar um café agora?


-Ótima ideia. – Emmett concordou.


-Sim, vamos tomar um café. – Edward disse e eu sabia que ele estava me provocando.


Que fosse para o inferno.


-Tchau Bella. Nos vemos a noite.


-Vamos nos encontrar no boliche, se ainda quer ir. – falei enquanto ele saia.


Mais irritada do que nunca.






À noite eu busquei Ângela e Jéssica e fomos para o boliche, outros amigos nossos da escola estavam lá, como Ben, o paquera de Ângela e claro, Mike Newton.


-Mike veio – Jéssica falou animada – ele disse que não ia vir!


Eu não quis tirar sua animação, mas desconfiava que a presença de Mike tinha a ver com o fato de eu ter comentado que também iria.


E eu me perguntei se Edward realmente viria.


Mas minha dúvida não durou muito, quando o vi se aproximar.


-Oi – ele disse, enquanto todos a nossa volta o encaravam em silêncio, como se algum ator de cinema tivesse aparecido ou algo assim.


-Oi... Então você veio.


-Eu disse que ia vir.


-Certo – eu tentei conter as batidas do meu coração e aquela boba satisfação por ele estar ali e me virei para meus amigos – já conhecem Edward Cullen?


Todos o cumprimentaram ainda meio intimidados.


-Porque não pediu para ele trazer as irmãs gostosas dele? - Tyler indagou quando Edward foi buscar uma bebida, eu revirei os olhos.


-As irmãs gostosas dele têm namorado.


-Ah, é mesmo.


Edward voltou e sentou ao meu lado.


Jéssica e Mike estavam jogando e voltaram para a mesa.


Percebi que Edward ficou tenso quando viu Mike, que ficou vermelho e desapontado.


Enquanto Jéssica encarava Edward num misto de curiosidade e deleite.


-Olha quem está aqui! Não disse que ele vinha Bella!


Eu dei de ombros.


-Agora você sabe.


-Oi Edward. - Mike o cumprimentou.


-Oi Mike. - Edward falou com a voz fria, passando o braço pelo encosto da minha cadeira.


-E então, eu mal posso esperar para a cerimônia de formatura! - Jéssica comentou se sentando – Não sei porque inventei de fazer o discurso. Está difícil de achar as palavras certas e...


-Tem uma semana ainda, Jess. – Mike comentou.


-Mas já estou tentando fazer há um mês!


-Pior sou eu – Ângela fez uma careta – tenho que enviar milhões de convites para a família inteira. Um horror.


-É verdade que vocês vão dar uma festa depois da cerimônia? - Jéssica perguntou para Edward.


-Sim, é verdade. Estão todos convidados, claro.


Jéssica e Ângela trocaram um olhar maravilhado.


-Nossa, preciso ir amanhã achar um vestido...


E ela começou a tagarelar sobre isto. O telefone celular de Edward tocou.


Ele se desculpou e se afastou para atender. Eu me perguntei quem seria.


-Vamos jogar? - Ângela se levantou e me puxou junto.


Jéssica parou seu monólogo e veio atrás.


Claro que o convite para jogar era apenas desculpa para fofocar.


-Uau, Bella, ele é mais bonito de perto! - Jéssica comentou.


-E ele te olha de um jeito – Ângela suspirou – não tinha como resistir mesmo.


Eu fiquei vermelha.


-E ele nos convidou para a festa! Nem acredito que agora somos amigos dos Cullens. – Jéssica quase pulava de alegria.


-Não exagera, Jéssica – Ângela foi mais comedida – eu queria que o Ben me olhasse assim.


Jessica revirou os olhos.


-Não vai olhar nunca com esta cara limpa. Vem, vamos ao banheiro, vou passar uma maquiagem em você.


Elas se afastaram e Mike apareceu do meu lado.


-E aí, jogando?


Eu ri sem graça.


-Eu nem sei jogar direito.


-Eu te ensino.


Ele pegou uma bola e me passou.


-Segura assim, coloca os dois dedos aqui e se inclina...


Eu fiz o que ele pediu e joguei, derrubando algumas bolas.


-Muito bem. – ele riu e eu ri, satisfeita.


-O que é tão divertido?


Eu quase dei um pulo ao ouvir a voz de Edward.


-Eu estou aprendendo a jogar. – respondi.


-Com o Mike Newton?


-Sim, algum problema? – falei friamente.


Já estava cansada das insinuações ridículas dele com Mike.


Vendo o clima ficar tenso, Mike murmurou alguma desculpa e se afastou


-Este Mike Newton é um idiota.


-Ele é meu amigo.


-Ele está apaixonado por você.


Eu fiquei vermelha. Porque eu queria negar, mas sabia que Edward podia ter razão.


-Não acho que seja isto... - tentei explicar – ele sabe que... eu nunca o encorajei ou algo do tipo.


-Talvez tenha que ser mais convincente.


-O que está insinuando? Que eu gosto disto? Que eu encorajo esta paixonite do Mike?


-Não disse isto.


-Mas foi o que entendi!


Edward passou a mão pelos cabelos, tenso.


-Sabe o que eu acho, Edward? Que você acha que eu sou algum tipo de garota fácil. Talvez porque eu tinha namorado e dormi com você! É isto? Acha que talvez eu faça a mesma coisa agora com Mike Newton?


-Você faria?


-Ah meu Deus! - eu joguei a bola que estava em minha mão no chão e me afastei pisando duro.


A vontade que eu tinha era de sumir dali, mas ainda estava com meus amigos então, engoli minha raiva e sentei de novo entre eles, rezando para que Edward fosse embora.


Mas ele não foi. Em vez disto, se sentou ao meu lado minutos depois.


-Me desculpa. – murmurou.


Eu continuei olhando para frente.


-Não quero mais falar sobre isto. – falei entredentes.


-Eu sinto muito, não deveria ter dito...


-Chega, Edward.


-Certo. Eu preciso ir embora.


Eu dei de ombros


-Eu te ligo amanhã.


Eu dei de ombros de novo e ele se levantou e foi embora.


Eu fiquei ali, contendo a vontade de correr atrás dele e pedir para engolir o que tinha dito.


Doía saber que Edward realmente pensava algo assim de mim.


Ângela e Jéssica voltaram para a mesa e o assunto voltou de novo para a formatura. Até que bastou para mim


-Eu vou embora. Vocês vão comigo?


-Claro, vamos.


As duas se despediram dos outros e nós fomos embora.


Aposto que estavam morrendo de vontade de perguntar do Edward, mas minha cara fechada não as encorajava.


Cheguei em casa e meu pai já estava dormindo. Subi as escadas arrastando os pés e quando entrei no quarto e acendi a luz, soltei um grito de susto, ao ver Edward calmamente sentado na minha cama.


-Edward, o que faz aqui? - indaguei assustada, meu coração disparado no peito.


-Me desculpe se te assustei.


-Claro que me assustou! Está maluco? Se meu pai te acha aqui.


-Eu entrei pela janela.


Eu abri a boca e fechei várias vezes sem saber o que dizer. Então respirei fundo.


-Por que?


-Queria pedir desculpas.


-Já não pediu?


-Você não estava escutando.


Eu cruzei os braços em frente ao peito, enquanto ele se levantava e dava a volta na cama se aproximando.


-Eu realmente disse uma grande bobagem.


-Ainda bem que admite


-Você tem toda razão de estar brava.


-É difícil saber que você realmente acha que eu faria algo assim, Edward. Você não me conhece nem um pouco. – murmurei.


-Eu não penso isto.


-Então porque perguntou?


-Eu estava com ciúmes.


Eu o encarei, surpresa


-Ciúmes? Do Mike Newton?


-Sim. - ele respondeu simplesmente.


E eu não soube o que dizer.


-Isto é a coisa mais absurda que já ouvi, Edward Cullen. – consegui dizer por fim.


E ele sorriu, aquele sorriso de lado, meio tímido, como se soubesse que era realmente absurdo ter ciúmes de Mike.


-Eu sei. Mas não consigo evitar.


Então ele levantou a mão e tocou meu rosto.


-Você é desejável demais para que fiquem longe.


Eu engoli em seco.


-Isto não é verdade. – murmurei, me afastando para perto da janela, meu pulso disparado.


Seu sorriso se alargou.


-Você não se vê direito.


-Está sendo absurdo de novo. – falei vermelha.


-Então, não está mais brava comigo? - indagou se aproximando de novo.


-Se você prometer que vai parar de tratar o Mike mal, pode até ser.


-Mike Newton devia parar de cobiçar o que não é dele – falou entredentes – mas eu tentarei ser civilizado.


Eu ri com seu tom de garoto de castigo.


-Eu vou tentar acreditar – respondi – e eu esqueci de agradecer de novo por meu carro estar aqui de manhã.


-Agradeça a Rosalie.


Eu revirei os olhos.


-Ainda acho muito bizarro alguém como ela consertando carros.


Ele riu.


-Pode parecer. Mas Rosalie tem destas coisas.


Eu dei de ombros.


-Acho melhor ir agora. – pedi.


Mesmo uma parte de mim não querendo me despedir. Mas realmente eu tinha medo do meu pai pegá-lo ali


Ou eu tinha medo do que poderia acontecer se ele ficasse?


-Acho que tem razão. – respondeu.


Porque fiquei desapontada? Eu era mesmo absurda


-Então amanhã temos um encontro?


-Temos.


-Nada de amigos?


-Só nós dois. – me vi prometendo e ele sorriu, se inclinando e beijando meus lábios rapidamente, antes de pular para fora e ir descendo pela árvore.


Eu o vi entrar no carro, que estava mais a frente, me perguntando se não teria sido melhor convidá-lo para dormir comigo. O problema era que dormir não era bem a questão.






Eu acordei bem naquela manhã.


Nada de enjoo. O que era um alívio. Então era hoje que eu iria me encontrar com Edward.


Eu estava realmente ansiosa para isto, enquanto trabalhava na loja naquela tarde. Mike se aproximou.


-Oi Bella.


-Oi Mike.


-Quer ajuda aí? - perguntou, apontando para os estoques que eu estava arrumando.


-Não, pode deixar.


-Eu posso te ajudar e...


Eu o encarei.


Será que Edward tinha razão e Mike estava perdendo a noção?


Será que eu tinha que ser mais clara com ele?


-Mike, acho que precisa parar com isto. – falei devagar.


-Parar com o que? Não estou entendendo...


-Está sim. Está se tornando... bem inconveniente. Me desculpa. Eu gosto de você. Como amigo. E só.


-Eu sei. - ele murmurou.


-Então tente me tratar assim, como uma amiga.


-Tudo bem, me desculpa.


-Certo, porque não chama a Jéssica pra sair de novo? Aposto que ela adoraria.


-Vou pensar nisto...


Ele se afastou cabisbaixo e eu tentei não me sentir mal com isto. O telefone tocou e eu atendi.


-Bella?


Era Edward. Ele nem precisava dizer. Eu reconhecia sua voz em qualquer lugar.


-Oi.


-Eu liguei pra te dizer que não podemos mais nos encontrar hoje.


-Não? - eu tentei conter a onda de desapontamento.


-Eu tenho que viajar.


Eu comecei a ficar desconfiada.


-Vai acampar? - perguntei pensando em todas aquelas compras da Tânia.


-Não. Vou viajar com Esme e Alice. Elas precisam fazer umas compras e insistiram que eu vá junto.


-Tudo bem então.


-Eu volto até sábado, para a formatura.


-Certo. Boa viagem.


-Bella, eu sinto muito mesmo...


-Eu entendi Edward, não tem problema – menti – agora preciso desligar, tem um cliente me chamando.


E desliguei.


Fiquei olhando para o aparelho por um tempo.


Até que realmente um cliente apareceu pedindo minha ajuda e eu tive que atender.


Não era o fim do mundo.


Eram apenas 3 dias.


3 longos dias.


Sábado chegou, e estava sol.


Eu me perguntava se Edward já estaria de volta.


Mas se tivesse voltado, ele me ligaria não é?


Ou não?


-Pai já está pronto? - indaguei batendo a sua porta, antes de sairmos para a formatura.


Ele resmungou algo e eu desci, quando ouvi batidas na porta. Meu coração disparou. Será que era Edward? Mas não era. Era Jacob Black


Eu o encarei surpresa.


-Jake, o que faz aqui?


-Podemos conversar?


Eu mordi os lábios, nervosa. Desde o dia em La Push não tivera mais notícias dele.


-Agora? Estou esperando meu pai, para...


-A formatura? Eu sei. Mas é rápido, eu prometo.


-Certo - concordei e sai, fechando a porta - vamos dar uma volta.


Eu não queria meu pai ouvindo ou fazendo perguntas . Nós entramos no bosque atrás da minha casa.


-Eu sempre achei que estaria com você neste dia. - ele disse com um sorriso triste.


Eu fiquei triste também.


-Eu sei.


-Eu só queria... - ele se aproximou e tinha algo nas mãos - queria te dar um presente.


Era uma pulseira artesanal.


-Oh... é muito bonita.


-Eu fiz antes... antes de tudo isto.


Eu senti minha garganta se fechando, enquanto ele a colocava no meu pulso.


Porque as coisas tinham que ser tão difíceis?


-Obrigada.


Então, seus dedos passaram pelo anel de noivado. Eu quis puxar minha mão.


-Bella...


Eu o encarei.


-Não precisa fazer isto.


-O que?


-Não precisa casar com este cara...


-Jake... - eu puxei minha mão.


-É sério. Era eu que tinha que ficar com você! Nos conhecemos uma vida inteira! E ainda estaríamos juntos se o Cullen não tivesse aparecido! - ele segurou minhas mãos de novo - Bella, volta comigo, eu juro que esquecerei tudo.


-Jake, eu estou grávida.


-Eu posso assumir. Pode ser meu filho. Eu te amo Bella. Faria qualquer coisa com você. Apenas fique comigo. Case comigo.


Eu fiquei ali, as palavras desesperadas de Jacob reverberando na minha mente, enquanto ele me encarava, ansioso, esperando.


Esperando que eu concordasse com ele. Mas eu jamais podia fazer isto


Puxei minha mão, sentindo o nó na minha garganta se romper.


-Jake, isto é impossível. Não seria justo para ninguém.


-Bella, por favor.


-Por favor, não insista. Tem que me esquecer. Eu vou me casar com o Edward. Eu estou grávida. Eu sinto muito que as coisas tenham sido assim. Mas não podemos voltar no tempo. O que aconteceu não tem volta. Me desculpa Jake. Você sempre vai ser meu melhor amigo, mas talvez precise se afastar para sempre. Eu não faço bem a você.


-Não diga isto!


-Acho que não tem outro jeito...


-Bella! - ouvi a voz do meu pai me chamando e sequei as lágrimas respirando fundo.


-Eu preciso ir. Adeus Jacob.


E sai correndo. Meu pai me encarou.


-O que foi? Estava chorando?


Eu dei de ombros rindo.


-Coisas de formatura, nada demais.


Ele revirou os olhos.


-Vamos embora, não quero atraso.


Eu tentei esquecer no caminho a visita de Jake.


E quando chegamos e entramos no ginásio eu vi Edward cercado por seus irmãos e os pais.


E claro, Tânia, a insuportável. Edward veio em minha direção.


Ele sorria.


E quando ele sorria era realmente fácil esquecer o que quer que fosse.


Seus lábios tocaram minha testa.


-Estava me perguntando se faltaria na própria formatura.


-Meu pai não deixaria.


-Venham garotos, já vai começar. - Esme chamou.


Edward segurou na minha mão e me guiou até as cadeiras. As pessoas a nossa volta nos observando.


A cerimônia de formatura se arrastou e eu tentei ficar concentrada, mas ainda estava abalada com Jacob.


Mas sentia que fizera a coisa certa. Ele precisava mesmo se afastar. Por mais que isto doesse.


-Tudo bem? Edward indagou quando saímos.


-Sim, tudo.


-Pronta para a festa?


-Eu tenho escapatória?


-Acho que não.


-Então vamos.


Eu me despedi do meu pai e entrei no Volvo. Pelo menos nenhum dos irmãos estava com a gente.


-Como foi a viagem? - indaguei


-Esme e Alice compraram muito e eu fiquei entediado.


Eu ri.


-Por que foi então?


-Porque eram coisas para você.


Eu arregalei os olhos.


-Pra mim?


-Para o casamento, para você...


-Eu não quero nada.


-Tente dizer isto para Alice, então. Não é culpa minha.


Eu fiz uma careta, mortificada.


Realmente odiava presentes.


E vindo dos Cullens, parecia mais errado ainda.


-Espero que não tenham exagerado. - murmurei tentando me conformar e Edward riu.


-Conhece Alice, óbvio que exagerou.


Ele parou o carro em frente a casa, toda iluminada para a festa.


Mas antes que eu saísse, sua mão segurou meu pulso e ele me puxou para um beijo.


Eu gemi,surpresa, mas totalmente derretida, enquanto seus lábios deslizavam sobre os meus com uma intensidade deliciosamente desconcertante.


-Senti sua falta - murmurou contra minha boca, quando finalmente se afastou um pouco, mas suas mãos permaneceram em meus cabelos.


Eu respirei um longa golfada de ar, meus olhos fechados, enquanto seus lábios percorriam meu rosto.


-E você sentiu a minha? - sua voz docemente persuasiva estava em meu ouvido agora.


-Sim. - sussurrei e ele riu.


Era uma risada deliciosa e causava arrepios em mim.


-Não fique convencido - eu disse meio sem graça por ter confessado que sentira a falta dele.


-Tarde demais. - Respondeu e me beijou de novo, desta vez com mais intensidade,a língua procurando a minha e causando um estrago dentro de mim.


Até que alguém bateu no vidro. Edward parou de me beijar e soltou um palavrão. Alice estava lá rindo.


Eu fiquei vermelha. Edward abriu o vidro.


-Odeio interromper, mas a festa é lá dentro, será que dá para continuar seja lá o que for depois?


-Já disse que odeio você, Alice? - Edward respondeu e ela riu mais ainda.


-Não hoje, mas é sempre bom ouvir!


E saiu saltitante.


Edward saiu do carro e abriu a porta para mim.


-Então vamos seguir o conselho de Alice e continuar depois o que começamos?


Eu senti meu corpo concordar antes de meu cérebro responder e eu sacudi a cabeça afirmativamente.






Continua...

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