Capítulo 13
Era como um sonho.
Como sentir-se desprendida do próprio corpo e olhar a realidade de um outro ângulo.
E mesmo assim sentir-se despedaçando por dentro. Eu comecei a tremer.
-Agnes. – Rob puxou a menina dos meus braços, a afastando de mim.
Eu a olhava agora, sem conseguir desprender os olhos de sua pequena figura.
Era como olhar para mim mesma. Não que fosse igual a mim. Era uma mistura de minhas feições com a de Rob. Se havia alguma dúvida, ela se desfez naquele momento.
Eu tinha uma filha. O mundo escureceu a minha volta e eu desmaiei.
Talvez não fosse bem um desmaio. Eu apenas não tinha mais controle sobre meus membros. Ouvi de muito longe) um grito infantil e braços conhecidos me segurando. Eu nem cheguei ao chão. Deixei que Rob me pegasse e murmurasse alguma coisa para a criança que chorava.
Mas não lutei contra o entorpecimento. Ele era bem vindo. Me separava da realidade.
Senti que ele me largava no banco de couro de um carro.
-A mamãe está doente de novo, papai? – a voz ansiosa perguntou.
-Ela ficará bem, querida. – Rob a tranqüilizou.
Oh Deus!
Não fora um sonho. Porque a menina continuava a me chamar de mãe. Mas eu ainda me sentia em um pesadelo surreal. Eu não conseguia formular nem em pensamento a realidade na minha frente. A realidade que eu desconhecia totalmente. O carro entrou em movimento.
-Nós vamos pra casa da vovó?
-Você vai.
-Mas eu quero ficar com a mamãe.
-Agnes, a mamãe não está passando bem, lembra do que conversamos?
-Eu sei... que ela precisa ficar longe por um tempo, se recuperando.
-Sim…
-Mas ela voltou.
-Mas continua doente.
-Por isto ela desmaiou?
-Sim. – A tensão em sua voz quase palpável. O carro parou e Rob saiu do carro. Eu senti pequenas mãos quentes no meu rosto numa suave carícia.
-Fique boa logo, mamãe.
Meu coração se apertou de algo estranho e desconhecido. Oh Deus, oh Deus, oh Deus.
Eu senti que estava sozinha e só então as lágrimas começaram a jorrar de meus olhos firmemente fechados. Os soluços sacudindo meu corpo. Era tudo horrível demais.
De repente a porta do carro se abriu e Rob estava do meu lado, os braços me envolvendo.
-Shi…vai ficar tudo bem… vai ficar tudo bem.
Mas até para mim parecia que as palavras eram para ele mesmo. Talvez até ele tivesse dúvidas de que tudo ficaria bem um dia. O abismo que se formara na minha mente era bem maior agora.
Era gigantesco. Não havia apenas Rob na minha vida. Havia outra pessoa. Uma pessoa que aparentemente saíra de dentro de mim. E eu nem me lembrava de sua existência.
Uma pessoa que ria, falava e respirava por aí há 4 anos. Sem que eu tivesse noção disto.
Há algumas semanas ela não existia pra mim. Como é que eu ia consertar aquilo agora?
Eu não a conhecia. Deus, uma parte de mim ainda acreditava que eu tinha 17 anos! Eu tinha aceitado que os anos tinham passado. Que Michael era passado na minha vida. Que havia um outro homem no meu mundo. Mas nunca, nem no meu pesadelo mais louco eu ia adivinhar que havia mais alguém importante. Uma filha.
Eu respirei fundo, parando de chorar e o fitei.
-Como é possível? Como… eu posso ter… ter… – eu não conseguia nem pronunciar as palavras – esta criança… como ela pode existir, como… como eu posso ter esquecido?
-Kristen, se acalme.
-Por que não me falou? Porque escondeu isto de mim? – Era uma pergunta cheia de acusações.
-Justamente pelo estado que está agora. Você mal aceitava que eu fazia parte da sua vida, Kristen, se eu contasse que nós tínhamos uma filha de 4 anos…
-4 anos, oh Deus!
Eu me virei, escondendo o rosto entre as mãos.
-Eu me sinto num pesadelo…
-Eu sei…
Eu o fitei com raiva.
-Você não sabe de nada! Não faz idéia de como eu me sinto! Sabe o que é perder 7 anos da sua vida? Saber que você agora faz coisas que nem imaginava possível? Como dirigir um filme que nem faz ideia?
-Você descobriu.
-Sim, eu descobri. Eu sabia que havia alguma coisa errada e liguei lá hoje de manhã e qual não foi a minha surpresa! Além de descobrir que você mentiu descaradamente ontem a noite, é claro!
-Eu não podia contar…
-Sobre esta criança? Você veio por causa dela?
-Sim, ela adoeceu.
-Ela não me parecia doente.
-Era apenas um alarme falso. Acho que o problema dela era que nos queria aqui… Não está sendo fácil pra ela… bem, deixa pra lá. É melhor sairmos daqui.
Eu não retruquei. Ele deu partida do carro e seguimos. Não fazia ideia pra onde, mas não me importava. Eu mordi os lábios, nervosa.
-Qual o nome dela?
-Agnes.
-Tem o nome dela no CD.
Ele me fitou confuso e eu peguei a capa do cd.
-Mais uma surpresa sua! – Falei irônica.
Nós paramos em frente a um prédio de apartamentos.
-Que lugar é este? – Perguntei enquanto ele pegava minha mão e me levava pra dentro de um elevador.
-Não estou em condições de te levar para Cornualha agora.
-E nem acho que quero voltar. – Murmurei.
Nós seguimos por um corredor e ele abriu a porta de um apartamento.
-Nós moramos aqui? – indaguei, olhando em volta.
Ele apenas sacudiu a cabeça afirmativamente. Ali sim eu sentia que havia minha presença em todos os cantos. Havia uma pilha de CDs num canto, músicas que eu gostava. Meus livros estavam na estante, meus quadros na parede.
Eu realmente morava ali. E me senti bem de repente. Como se tivesse em casa depois de uma longa viagem.
-Você precisa descansar. – Rob disse atrás de mim e eu o fitei.
-Acho que nós precisamos conversar.
-Talvez mais tarde.
-Não.
-Kristen, você está exausta. Dirigiu por horas e depois de tudo…
Eu mordi os lábios, me sentindo mesmo um pouco cansada agora. Foram coisas demais para um dia só. E talvez eu ainda não estivesse preparada para a conversa que tínhamos que ter.
-Tudo bem.
Eu caminhei, sem ele precisar me dizer onde era o quarto. Que estranho. Rob me seguiu e cerrou as cortinas quando me deitei, fechando meus olhos cansados.
-Durma Kristen. – Eu pude sentir seus dedos no meu rosto, me lembrando de outros dedos, mais delicados e pequenos fazendo a mesma coisa.
E joguei pra longe a lembrança. Foi um sono sem sonhos. Eu acordei e por um momento achei que tivesse de novo na Cornualha. Mas não havia barulho de ondas do mar e sim de carros e buzinas. Estávamos em Londres.
Abri os olhos e a claridade do dia entrava através das cortinas. E então eu me lembrei.
Agnes. Seu nome veio rápido e dolorido dentro de mim. A criança desconhecida. Minha filha. Pela primeira vez eu deixei aquela constatação vazar pela minha mente. Ainda era difícil aceitar. Muito difícil.
Mas como tudo o que vinha acontecendo desde que eu acordara daquele acidente, eu teria que me acostumar com a ideia, não é? Como me acostumara com Rob. Eu me levantei e sai do quarto. Segui pelo corredor até a cozinha, ouvindo sua voz. Ele estava ao telefone. Mas desta vez eu fazia ideia com quem ele estava falando.
Ele me viu e sorriu cauteloso.
-Ok, baby, eu te vejo mais tarde. Também te amo.
Eu mordi os lábios me sentindo…estranha?
-Você está bem?
Eu dei de ombros.
-Tanto quanto é possível estar…
Eu me sentei.
-Me arranja um pouco deste café.
Ele colocou uma xícara na minha frente. Nós tomamos em silêncio por um tempo.
-Porque não me disse que eu dirigia o filme? – eu comecei com as perguntas mais fáceis.
-Não era importante.
-Não era? Você tem uma ideia esquisita do que é importante.
-Não é isto que eu quis dizer. É difícil de acreditar, mas eu queria poupar você.
Eu revirei os olhos.
-Você não me poupa de nada. Apenas me deixa mais confusa!
-Como acha que seria se no dia que acordou no hospital já soubesse de tudo isto?
Eu recuei. Talvez ele tivesse razão.
-Mas você teve todo o tempo lá na Cornualha pra me contar!
-Eu queria que você se acostumasse comigo primeiro, e depois as coisas viriam naturalmente.
Eu respirei fundo. Do que adiantava discutir agora? Eu já sabia de tudo não é?
Agora era tentar me adaptar a nova realidade. Eu tremi ao lembrar de Agnes.
-Eu… estou com medo... – murmurei depois de um tempo.
-Do que?
-Eu não faço ideia de como ser uma mãe. Droga, eu ainda ajo como tivesse 17, como posso ter uma filha de 4? É tão… bizarro!
Ele sorriu.
-Está achando engraçado? Eu estou apavorada!
-Estou rindo que você disse umas palavras parecidas quando ficou grávida.
-Ah é? E o que eu disse?
-Que tinha apenas 20 anos, como poderia ser uma boa mãe? Mas estava errada.
-Eu sou uma boa mãe? – indaguei incrédula.
-Sim, você é.
-É difícil acreditar.
Eu nunca pensei em ter filhos. Nunca. Não com Michael pelo menos. Mas alguma coisa fizera eu querer ter com Rob. Mesmo tendo só 20 anos. De repente um pensamento me ocorreu.
-Eu disse que não ia conseguir ser mãe? Isto quer dizer que… devo deduzir que.. não foi algo planejado?
Ele passou a mão pelos cabelos.
-Não.
-Oh… Se ela tem quatro anos, eu engravidei…
-Durante a gravação do último filme da saga… foi um pequeno… acontecimento.
-Eu imagino. Nós já estávamos… casados?
-Não ainda.
-Nós nos casamos porque eu engravidei não foi? – indaguei, mas já sabia a resposta. Algumas coisas começando a fazer sentido.
-Sim.
-Certo.
Eu não sabia por que me sentia mal com aquilo. Se conforme o que ele disse, já estávamos juntos há um ano quando engravidei. Não devia ser um relacionamento casual. Talvez nós nos casássemos de qualquer maneira. Mas isto eu nunca saberia.
-A gente já tinha assumido?
-Não, claro que não. O combinado com a Summit era só depois que estreasse o último filme, o que ocorreria dali um ano quase.
-E nós estragamos os planos deles?
Ele riu.
-Sim, estragamos. Mas foi engraçado como isto acabou se tornando praticamente um golpe de publicidade, o que você não gostou nada.
-O que eles fizeram? Usaram minha gravidez pra promover o filme?
-Bella fica grávida no último filme e muita gente adorou nos comparar a eles, até chamavam Agnes de Nessie.
-Que horrível, que coisa mais de… mau gosto!
-Você odiava. Ainda odeia. Mas não ajudou um dos diminutivos de Agnes em Gaélico ser justamente Nessie.
-O N… é Nessie? Você a chama de Nessie? – acusei
-Não – ele riu – você me mataria se eu fizesse isto. Mas ela descobriu isto há pouco tempo vendo o filme, e ela às vezes brinca comigo dizendo que é a Nessie.
-Ela viu o filme? Um filme de vampiro? Com 4 anos? Nós permitimos isto?
-Ela é bem insistente, então liberamos uma versão com cortes, digamos assim.
-Entendi.
Eu começava a montar o quebra cabeça daquela criança estranha pra mim.
-Eu parei de fumar por causa disto não foi? Porque eu fiquei grávida?
-Sim. Você dizia que ia voltar quando ela nascesse, mas nunca voltou.
-Que bom pra mim. – Falei meio irônica.
Ainda não me imaginava fazendo aquilo. Nós ficamos em silêncio por um tempo.
-E o que vamos fazer agora? – indaguei.
-Eu ainda não sei. Deixo nas suas mãos. Podemos voltar a Cornualha se quiser.
-Não me parece… certo.
Bem, antes eu não sabia que tinha uma filha. E mesmo ainda não me sentindo mãe dela, não podia simplesmente virar as costas e fingir que ela não existia.
-Você não precisa encarar isto agora.
-Eu preciso sim. Eu não sei… quando vou lembrar ou se vou lembrar. Não posso fugir pra sempre. Eu tenho que… tentar entender e aceitar e… tentar ser uma mãe, que seja!
-Você não precisa tentar. Você é mãe dela. Só não se lembra.
-Nossa, só isto? – ironizei. De repente me ocorreu algo aterrador – Meu Deus, como ela… ela sabe disto? Que eu não me lembro dela?
-Mais ou menos.
-Como assim?
-Eu tentei explicar, falei que você estava doente, que sua mente estava confusa e que podia não se lembrar de algumas coisas em relação a ela.
-Bem, menos mal… talvez devêssemos, trazê-la para cá? Você disse que ela ficou doente…
-Se for muito pra você…
-Tudo é muito pra mim! Mas acho que temos que tentar… fazer tudo voltar ao normal.
-Tudo bem. Ela deve estar na escola uma hora desta.
-Certo.
-Podemos pegá-la à tarde.
-Tudo bem – eu tentei conter a onda de pânico dentro e mim. – oh, Deus, eu não faço ideia em como lidar com uma criança!
-É instinto Kris. Nós também não sabíamos o que fazer quando ela nasceu e nos saímos muito bem.
-Se você diz, eu vou ter que acreditar.
Ele olhou o relógio.
-Eu vou tomar um banho.
-Ok!
Ele se afastou e eu fui até a janela. Londres era linda e fria lá em baixo. Eu estremeci, não só de frio, mas de medo. Medo do desconhecido.
Daqui a poucas horas eu iria encarar o maior desafio da minha vida e não fazia ideia como. Caminhei pela sala, olhando as coisas conhecidas e desconhecidas por ali.
Haviam anotações jogadas em cima de um escrivaninha. Eram coisas sobre o filme e eu as peguei interessada. Será que conseguiria voltar a dirigi-lo?
Eu senti um frio na barriga e coloquei os papéis de volta no lugar. Haviam vários porta retratos do lado. Muitas fotos de um bebê em diferentes estágios que só podia ser Agnes. Eu peguei uma onde eu estava junto numa praia. Eu reconhecia a casa atrás como a da Cornualha. Ela deveria ter uns dois anos e eu a girava. Nós duas riamos.
Em outra, tirada no mesmo momento, Rob estava junto e nós três fazíamos careta para a câmera.
Eu mordi os lábios, para conter o nó na minha garganta. Será que um dia eu me lembraria daquele momento?
Coloquei o retrato no lugar, sentindo-me mal por dentro. Isto só o tempo diria. Eu me lembrava de algumas coisas. Podia lembrar dela também.
Mas antes eu teria que encará-la sem a ajuda das lembranças. Respirando fundo, caminhei de volta para o quarto. Era melhor eu fazer como Rob, tomar um banho e me arrumar para esperá-la. Talvez isto me fizesse sentir melhor.
Ao entrar no quarto eu ouvi o barulho do chuveiro.
Eu poderia voltar e esperá-lo. Mas algo me fez parar.
De repente a minha mente foi invadida por lembranças do que acontecera na Cornualha.
De como eu sentira que tudo tinha mudado irreversivelmente.
Aquilo parecia há anos luz de distância agora. Como umas das minhas lembranças antigas.
Mas eu ainda podia sentir aquela necessidade fremente dentro de mim. Minha mão tremeu um pouco quando eu retirei minhas roupas e caminhei devagar para dentro do banheiro esfumaçado e abri a porta do Box. Ele me fitou surpreso por um momento.
Eu dei de ombros, sorrindo enquanto mordia os lábios, meio nervosa.
-Posso?
Ele sorriu de volta e me puxou para ele, nossos corpos molhados se tocando, enquanto ele me beijava, o jato quente do chuveiro em cima de nossas cabeças.
Eu me arrepiei inteira, o beijando de volta, as mãos enterradas em seus ombros. A língua traçou o contorno dos meus lábios, para entrar, invadir e explorar.
Eu derreti e, certamente teria caído se ele não me segurasse firme, as mãos passeando por meu corpo molhado. Não havia necessidade de palavras, tudo era dito por nossos corpos roçando juntos sob a água quente.
As mãos passeavam por meu corpo úmido, despertando meus sentidos. Seus lábios descolaram do meu para seguir uma trilha por meu rosto, meu pescoço, minha orelha.
E eu o beijava de volta, saboreando seus ombros molhados, seu queixo com barba por fazer e mordisquei sua orelha, roçando meus seios sensíveis contra seu peito.
Rob gemeu roucamente, o corpo estremecendo junto ao meu e eu ofeguei ao sentir sua excitação contra mim, o sangue pulsando rápido em minhas veias e um calor incandescente me dominou por inteiro.
Ele voltou a me beijar profundamente, me empurrando em direção ao vidro embaçado do box e pressionando o corpo contra o meu, prendendo meus pulsos acima da cabeça, os lábios seguindo as gotas de água por minha pele até meus seios, meu umbigo e eu tremi ao senti-lo abaixar-se ainda mais, tocando a junção entre minhas pernas, a língua invadindo, explorando, excitando, até que eu gemesse perdida num mar de sensações quentes e delirantes.
-Por favor – eu pedi, sem nem saber bem o que, minha mente girando.
Ele se ergueu e afastou minhas pernas, se posicionando no meio delas e me penetrou profundamente, nossos corpos molhados e escorregadios se unindo facilmente e movendo-se juntos até tudo explodir num orgasmo doce e intenso.
Depois do que pareceu uma eternidade eu abri o olhos para encontrar os dele me fitando com aquele sorriso de lado irresistível e eu o beijei, enquanto ele me deixava escorregar de novo para o chão e me levava de volta para debaixo do chuveiro. Eu passei o braço em volta do seu pescoço e deitei a cabeça em seu peito.
-Enquanto estava no carro, eu me lembrei de mais uma coisa.
E eu contei sobre a cena do cadarço. Ele riu e eu o fitei.
-Porque está rindo?
-Porque estou lembrando da bronca que você me deu por eu ter tirado na primeira oportunidade.
-Porque fez isto?
-Porque eu precisei. Estava gravando.
-Mas eu não tirei. – Era uma afirmação. Eu sabia que eu não teria tirado.
-Não. E colocou mais um cadarço em outro braço dizendo que ia usar por nós dois.
-Isto parece bem uma coisa minha mesmo – falei irônica e nós rimos.
Ele desligou o chuveiro. Depois que eu me vesti que a realidade voltou como um raio e eu me senti nervosa de novo. Eu comecei a roer as unhas, enquanto ouvia Rob ao telefone em outro cômodo.
Ele voltou.
-Era Megan. Estava preocupada com seu sumiço.
-Coitada. Eu fugi sem avisar. – falei culpada.
Rob riu.
-Não se preocupe com Megan.
Eu respirei fundo e comecei a passar os dedos nervosamente por meus cabelos embaraçados. Rob se aproximou e segurou minhas mãos.
-Não fique nervosa.
-Impossível. Que horas vamos encontrá-la?
-Daqui a pouco.
-E se ela não gostar de mim?
Rob riu.
-Kristen, você é mãe dela. E ela sentiu muito a sua falta desde que sofreu o acidente.
Ok, se era pra me acalmar isto não ajudou.
-Pronta para ir? – ele perguntou.
Eu assenti e o segui.
Pronta era algo muito distante do meu estado atual.
Mas eu deixei que ele segurasse minha mão enquanto íamos encontrar nossa filha.
Continua… Tweet
-Durante a gravação do último filme da saga… foi um pequeno… acontecimento.
ResponderExcluirOMG, JÁ PENSOU??
Como era bom se fosse verdade!
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