29 abril 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 5

Olá pervinhasss!! Hoje é sexta-feira, e  dia de Festa na nossa FIC. O que será que acontecerá nessa festa? Prontas para descobrirem? Ótima leitura!

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama
Aviso: Sexo

Capítulo 5
Eu tive vontade de me levantar e ir até a mesa de Edward Cullen e despejar o champanhe na cara dele, desfazendo aquele sorriso enervante.


-Champanhe? - Jacob voltou para a mesa.

-Não é uma comemoração? - Eu ri, sem graça. De maneira alguma ia dizer que era cortesia de Edward Cullen.

-Sim, uma comemoração... Aquele não é o Cullen? – indagou.

Eu nem levantei o olhar.

-Ah é? Nem reparei.

-Está com a família dele. Todos aqueles irmãos.

-Sei...

O garçom apareceu com nosso pedido e Jacob mudou de assunto, esquecendo-se dos Cullens.

Eu juro que tentava não olhar, mas a todo momento, eu me vi relanceando os olhos para a mesa dos Cullens. E o pior de tudo era que sempre pegava Edward olhando pra mim, e desviava o rosto rápido. Ainda bem que Jacob parecia alheio a isto. Por fim, o jantar acabou.

-Podemos ir? - Pedi – Estou me sentindo bem cansada.

-Claro.

Pedimos a conta e saímos. E para meu descontentamento os Cullens também estavam saindo na mesma hora.

-Fique aqui, vou buscar o carro.

Jacob se afastou. Ouvi umas risadinhas e lá estava Rosalie e Alice.

Com Edward do lado delas.

-Gostei do seu vestido. - Alice comentou com um sorriso que poderia ser simpático, se eu não tivesse tão afim de detestar todos os Cullens naquele momento. Rosalie deu uma risadinha, me medindo com desdém.

-Que gosto estranho Alice.

-Eu gosto. – Edward comentou com sua voz inconfundível e eu cai na besteira de olhar e vê-lo me medindo devagar, como se apreciasse uma obra de arte.

Desviei o rosto, queimando de vergonha. E algo mais que eu nem queria definir. Jacob apareceu com o carro e eu entrei batendo a porta.

-O que foi? - ele indagou ao me ver vermelha.

-Esta tal de Rosalie Cullen é uma insuportável. – comentei.

Era uma meia verdade.

-Ela falou alguma coisa pra você? Posso voltar lá e fazê-la engolir.

-Não. Não foi nada. Esquece.

-Estes Cullens se acham os donos do mundo.

-Esquece os Cullens. Eu já esqueci.

Claro que era uma mentira deslavada. Mas Jacob não precisava saber disto.

Como não precisava saber daquele maldito beijo na floresta. Deus, a culpa era algo que estava me esmagando lentamente. Jacob parou o carro em frente a minha casa.

E talvez fosse a culpa dos acontecimentos recentes que me fez virar o rosto quando ele tentou me beijar.

-O que foi?

Eu mordi os lábios.

-Nada.

Ele bufou.

-Bella, qual o problema com você?

-Nada, já falei.

-Você está estranha comigo.

-Não... É que... - “olha, hoje a tarde eu beijei outro cara, então estou me sentindo tão culpada, que estou achando estranho beijar você agora.”

-É que...?

-Estou com sono. E cansada. Estudei muito o dia inteiro.

Jacob ficou me encarando, como se avaliando se podia acreditar nas minhas palavras. E uma parte minha, aquela que considerava Jacob meu melhor amigo, quis contar tudo. Mas eu sabia que isto era a chave para desastre.

-Tudo bem Bella. - ele disse por fim – não quero que ache que sou um insensível.

Eu ri.

-Não acho isto.

-Amanhã eu virei passar o dia com você, ok?

-Mas...

-Mas,“mas”. Sei que tem que estudar, mas eu não me importo.

-Tudo bem.

Eu me inclinei e beijei seu rosto.

-Até amanhã.

E sai do carro. Charlie estava cochilando no sofá com a TV ligada, mas despertou quando ouviu eu abrir a porta.

-E então, como foi a noite?

-Perfeita. Vou dormir pai, estou caindo de sono.

-Boa noite, Bells.

-Devia ir pra cama também.

-Estou assistindo jogo.

Eu ri.

-Sei...

Entrei no quarto e a primeira coisa que eu vi foram as frésias.

Que estavam ali porque eu achava que eram de Jacob. Mas eram de Edward Cullen. E ver aquelas flores me fez lembrar do beijo. E de como o mundo parecera parar por alguns instantes, apenas para que ele me beijasse..

-Chega, Bella – murmurei para mim mesma irritada, peguei as flores, e joguei todas pela janela.

Seria ótimo se eu também pudesse jogar pela janela as minhas lembranças inconvenientes.

O dia seguinte se arrastou devagar, numa estranha calma e aparência de normalidade

Como prometido, Jacob apareceu logo cedo e passou o dia comigo. Mesmo eu tendo que estudar. Ele ficava do meu lado, assistindo TV e tentando me beijar.

-Pára Jacob.

-Não cansa de estudar?

-Cansar eu canso, mas preciso passar de ano.

-Já entrou na faculdade.

-De nada adiantará se não passar nestas provas.

-Está estudando inglês? Não era Biologia?

Eu mordi os lábios, desviando o olhar.

-Eu perdi meu livro.

Claro que eu não tinha perdido. Eu sabia bem onde ele tinha ficado. Na clareira de Edward. Ou seja, estava mesmo perdido pra sempre. Não sei ainda como eu ia me virar agora. Como se já não bastasse todos os problemas que Edward tinha me trazido.

-Vou sentir sua falta quando for para a universidade. – Jacob disse de repente e eu o fitei. – Queria que pudesse ficar.

-Você sabia que eu não podia ficar Jacob.

-Eu sei. Mas mesmo assim eu queria.

Eu sorri.

-Ainda temos alguns meses.

-Sim, ainda temos.



Jacob foi embora no começo da noite e Reneé ligou e ficou eufórica quando eu contei de Dartmouth.

-Eu sabia que ia conseguir e você com todo este pessimismo.

-Não é pessimismo é realismo.

-Você precisa acreditar mais em você! Sabia que ia conseguir. Está feliz não é? Porque sinto que tem alguma coisa errada com você?

Oh maldito sexto sentido materno.

-Está tudo bem.

-Bella, Bella, qual o problema? Alguma coisa com o Jacob?

-Ele está triste porque eu vou pra faculdade. – eu estava ficando boa em meias verdades.

-Mas ele sabia que você ia! Se não fosse Dartmouth seria outra.

-Pois é, mas entre a teoria e a prática...

-Bella, não está passando pela sua cabeça alguma besteira não é?

-Que besteira mãe?

-Você não pode nem pensar em ficar ai em Forks! Não seja como eu, pelo amor de Deus! Pense nas conseqüências dos seus atos.

-Mãe, está exagerando...

-Eu estou falando sério Bella. Um passo impensado pode afetar todo sua vida.

-Você já me disse isto milhões de vezes, mãe.

-E vou continuar dizendo. Quero apenas o seu bem, querida. Não quero que faça algo sem pensar nas consequências e se arrependa como eu.

-Isto não vai acontecer

-Eu confio em você.

-Que bom, mãe. Agora vou dormir. Tenho aula cedo amanhã.

-Boa noite, querida.

-Boa noite mãe.



Eu dormi mal naquela noite. Meus sonhos infestados de Edward Cullen.

E acordar e ver a chuva fina caindo não melhorava em nada meu humor.

-Bella, por que as flores que Jacob te mandou estão jogadas no jardim? - Charlie indagou quando eu desci

-Estavam murchas. – menti.

-E tinha que jogar ali?

-Eu limpo quando chegar da escola, ok?



Quando cheguei na escola, olhei meu horário de aula e respirei aliviada. Não tinha aula de Biologia hoje. Mas meu alivio, como sempre, não durou muito.

Assim que entrei na sala de literatura, Edward Cullen estava lá.

Deus, porque eu estava sendo punida? Respirei fundo e sentei bem longe dele, o ignorando completamente.

-Então classe. Hoje passaremos o vídeo de Romeu e Julieta. Por favor, não quero ouvir nenhuma conversa.

E as luzes foram apagadas.

-Bella, posso falar com você?

Eu quase dei um pulo ao ouvir a voz sussurrada de Edward Cullen do meu lado.

-Não – murmurei.

-Mas eu quero falar com você.

-Pois eu não quero ouvir.

-Eu quero te pedir desculpas.

Eu o encarei. E apesar da sala estar escura, eu ainda podia ver seus olhos brilhando. Perto. Perto demais.

-Achei que não ia pedir desculpas.

-Eu não sinto pelo beijo.

-Então do que estamos falando?

-Eu não deveria ter forçado uma situação.

-Acha que eu teria gostado se tivesse pedido?

-Você gostou. - não era uma pergunta. Era uma afirmação.

-Ah! - eu dei graças por a sala estar escura e ele não ver meu rosto vermelho - Não gostei não!

Ele riu. E aquela risada fazia algo arranhar dentro de mim.

-Olha, Edward. Esquece que eu existo. Não me interessa o que você acha. Eu tenho um namorado e esta sua atitude é muito inconveniente.

Antes que Edward pudesse responder as luzes se acenderam.

-Eu falei que não queria saber de conversa! - o professor chamou a atenção.

Eu me virei, olhando fixamente para frente e mordendo os lábios com força.

O professor apagou as luzes de novo e eu tentei prestar atenção no filme,

mas era impossível esquecer que Edward Cullen estava do meu lado. Tão perto, com seu cheiro único, que adentrava em minhas narinas e intoxicava meus sentidos.

Fechei meus punhos com força, ignorando a vontade insana de tocar nele.

Com certeza, eu era a mais absurda das criaturas. Porque eu deveria estar detestando Edward naquele momento e não com vontade de tocar nele.

E o resto da aula foi um suplício. Mas para minha paz de espírito, assim que a aula acabou Edward desapareceu.

E eu não o vi mais naquele dia.



E nos dias que se seguiram eu o via apenas de longe. Ele e sua família perfeita. E mesmo tentando ignorá-lo eu sabia que seus olhos estavam sempre em mim. Me seguindo, onde quer que eu fosse. E como se isto não fosse suficiente, eu ainda sonhava com ele.

Todas as noites. Era quase uma obsessão



-E então, Bella, estudou para a prova?

Mike Newton se aproximou assim que eu sai do carro.

-Prova?

-Biologia

-Oh droga!

Em meio aos meus esforços para parar de pensar em Edward Cullen, eu tinha esquecido totalmente da maldita prova de biologia.

-Eu esqueci. Que inferno!

-Olha, eu posso te ajudar com isto.

-Como?

Ele tirou um papel de dentro do caderno.

-O que é isto?

-Cola.

-Oh... Não posso fazer isto. Sou péssima, o professor vai descobrir com certeza.

-Mas pode tentar. Eu nunca consigo decorar estas fórmulas malucas e isto sempre ajuda.

-Certo.

Eu peguei o papel da sua mão e fui para a aula. Edward ainda não estava ali.

E se eu tivesse sorte, ele teria desaparecido da face da terra. Mas claro que eu não era uma pessoa de sorte.

E ele apareceu minutos depois. Ainda lindo. Ainda roubando o ar a minha volta

Não era justo.

-Oi Bella. – ele sentou ao meu lado.

-Oi.- respondi secamente.

-Boa sorte na prova.

-Obrigada.

Se ele soubesse que tinha perdido tempo passando a tarde me ensinando...

Eu era uma fraude. O professor entregou as folhas. Eu olhei a prova.

E me apavorei, as letras dançando na minha frente. Pensei na cola no meu bolso.

Não, não podia colar. Eu era péssima.

-Lembre-se do que eu te falei, Bella

A voz dele era baixa do meu lado

E estranhamente tranqüilizadora.

Eu respirei fundo várias vezes e voltei a ler a prova. Sim, nem tudo tinha se perdido, eu ainda me lembrava. E comecei a fazer a prova.

-Posso saber o que é isto?

Eu levantei o olhar da prova e vi o senhor Banner me encarando. Com a cola de Mike Newton na mão.

-Caiu do bolso de alguém aqui? - Ele indagou me encarando com o olhar acusador.

Meu rosto queimou. E agora? Eu estava perdida.

-É minha, senhor Banner. – Edward respondeu.

Tanto eu, quanto o senhor Banner o fitamos incrédulos.

-A cola é minha.

-Sua, senhor Cullen? Difícil acreditar. Está acobertando alguém?

-Não senhor. Eu não consegui estudar e fiz esta cola. Me desculpe.

O senhor Banner olhava de mim para Edward com certeza não acreditando nada naquela história. E eu não conseguia abrir minha boca.

-Tem certeza que é sua?

-Sim, senhor. – Edward respondeu.

-Devolva sua prova Edward. – Edward passou a prova para ele. - Agora saia da sala.

Edward se levantou e saiu da sala sem falar nada.

Eu sai da sala após a prova ainda me sentindo zonza.

Porque Edward tinha feito aquilo? E porque eu deixara ele fazer? Mas ainda havia um jeito.

Não podia deixar Edward levar zero por minha causa. Na hora do intervalo ele estava na mesa habitual com seus irmãos. Eu respirei fundo e me aproximei.

-Edward posso falar com você?

Ele me encarou.

-Fale.

-Em particular? - podia sentir os olhares de todos os Cullens em mim.

Ele se levantou e me acompanhou.

-Porque disse que a cola era sua?

-Porque você não desmentiu?

Boa pergunta!

-Não precisava ter feito isto. Podemos ir agora no Sr. Banner e desfazer este mal entendido.

-Não foi um mal entendido.

-Foi um erro. A cola não era sua. Não é justo que leve a culpa por mim.

-Não se preocupe comigo Bella. Provavelmente farei a prova no exame e passarei.

-Eu deveria ficar de exame e não você.

-Está feito Bella, não vou voltar atrás.

-Porque está fazendo isto?

-Talvez porque eu quero que você não me odeie mais.

-Eu não te odeio – murmurei sem conseguir desviar meus olhos dos dele.

Verdes. Dourados. Únicos. E todo o resto desapareceu ao meu redor.

-Edward, convide sua amiga para nossa festa.

A voz cantada de sua irmã Alice chegou até mim. Ela estava no nosso lado sorrindo

-Bella é seu nome não é? O meu é Alice.

Eu apenas sacudi a cabeça, ainda aturdida.

-Daremos uma festa hoje na nossa casa. Está convidada. Pode levar suas amigas.

Eu olhei e vi Jéssica e Ângela nos encarando super curiosas

Que ótimo

-É... eu vou ver...

E me afastei sentando na mesa com Jéssica e Ângela.

-Por favor, fale que eles te convidaram para a festa - Jéssica indagou ansiosa.

-Sim, está todo mundo comentando desta festa. Dizem que a casa dos Cullens é fabulosa. Eu queria tanto ir...

-Na verdade eles me convidaram sim... e disseram que eu podia levar amigas.

As duas se entreolharam e começaram a gritar.

-Mas eu não vou.

-O que? Está louca. Claro que vai.

-Claro que vamos - Jéssica falou enfaticamente.

-Não...

-Bella por favor, você quem foi convidada... Tem que ir e nos levar... - Jéssica implorou.

-Eu não posso, Jacob nem gosta dos Cullens e nem tenho certeza que os Cullens gostariam que eu o levasse.

-Não precisa levar o Jacob. - Jessica falou.

-Ela é meu namorado Jéssica.

-E daí? É só uma festa, pelo amor de Deus! A festa mais importante que esta droga de cidade já viu em muito tempo! E você não quer ir!

-Vocês não entendem...

-Bella, por favor. Por nós. - Ângela pediu e as duas ficaram me encarando com um olhar de cachorro pidão.

Oh Deus.

Não era justo.

-Tudo bem, eu posso "dar uma passada", levar vocês, mas com certeza não vou ficar.

-Tenho certeza que quando estiver lá, vai se divertir. - Ângela falou animada.

-Sim, nós vamos nos divertir!



Eu duvidava muito.

Eu sentia meu estômago revirando. E nem sei se era de medo. Ou de ansiedade. Ou por estar fazendo algo escondido do meu pai e de Jacob

E nem sei para quem era pior mentir.

-Onde vai Bella? - meu pai indagou, da sala. - Vai sair com Jake?

-Não. Vou sair com Ângela e Jéssica.

-Não esquece que tem hora para chegar hein?

-Claro pai.

Óbvio que eu voltaria logo. Iria apenas levar Jéssica e Ângela. E assim que possível desaparecia de lá.

Festa na casa dos Cullens não era minha definição de diversão. Na minha mente isto só poderia ser chamado de confusão.

Melhor mesmo que eu não tivesse contado a Jacob, quando ele ligara à tarde

-Vamos fazer alguma coisa hoje a noite?

-Eu vou ao cinema com Ângela e Jéssica.

-Tudo bem, Quill e Embry me convidaram para dar um volta.

-Noite de garotos hein? – brinquei.

-Preferia estar com você.

-Divirta-se.

Eu me sentia uma fraude por mentir tão descaradamente. Mas Jacob já mostrara que não ia com a cara dos Cullens. Melhor não dizer nada mesmo.

E não ia acontecer nada demais. Era apenas uma festa. Que eu só estava indo por causa de Ângela e Jéssica.

Eu sai de casa e entrei na minha velha Chevy vermelha. Passei na casa de Ângela e Jéssica já estava lá. Super arrumadas e maquiadas

-Você vai assim? - indagaram horrorizadas para meu jeans e suéter normal.

-Eu falei que vou apenas ficar um pouco lá. – desconversei.

-Só você mesmo Bella! - elas riram.

-Eu que não ia querer parecer desarrumada na frente de Rosalie e Alice - Jéssica comentou e eu me arrependi um pouco de não ter me arrumado mais.

Mas agora era tarde. Estacionei na frente da enorme casa dos Cullens minutos depois.

-Uau! - Jéssica exclamou.

A casa, toda de vidro, estava iluminada. Nós saltamos e entramos. Já havia muita gente ali. Alguns eu reconhecia do colégio e outras pessoas eu nunca tinha visto.

-Eles com certeza sabem dar um festa - Ângela comentou de boca aberta

E eu tinha que concordar.

A casa dos Cullens era fabulosa por dentro. Como um castelo de vidro.

Um garçom passou servindo bebidas e uma taça foi passada para minha mão.

-Isto não é alcoólico? - indaguei e elas riram.

-E daí? Estamos na casa dos Cullens, Bella. Temos que experimentar tudo.

-Olha, não é o Mike? -Jéssica exclamou e nós vimos Mike Newton

-Como ele conseguiu ser convidado? - Ângela indagou curiosa.

-Eu não sei, mas é minha chance com ele, vamos! - e ela saiu puxando Ângela.

Eu fiquei onde estava. Me sentindo super deslocada. Com meu jeans e suéter velho.

E uma taça de sabe Deus o que nas mãos.

-Olha se não é a filha do xerife! - a voz irritante de Rosalie chegou até mim com um risinho.

Eu a encarei e hoje ela estava ainda mais linda. Com um vestido preto e justo.

Como se precisasse de mais alguma coisa pra ser perfeita.

E mais do que nunca eu me senti inadequada naquele lugar.

-Oi - balbuciei e bebi o conteúdo da minha taça, que desceu queimando por minha garganta.

Ela continuou me medindo.

-O que é que ele vê em você hein? - murmurou como se para si mesma. E antes que eu pudesse perguntar do que estava falando Alice apareceu.

-Bella, você veio - e ela me abraçou efusivamente.

-Sim eu vim. – murmurei.

-Não deixe Rosalie te perturbar!

-Ela não esta perturbando...

Rosalie deu uma risadinha e se afastou.

-Fique a vontade Bella e divirta-se. Eu preciso ver se está tudo bem na cozinha, mas voltarei para conversarmos. Acho que podemos ser grandes amigas.

E ela se afastou saltitando. Eu fiquei ali, aturdida. Outro garçom passou e eu peguei outra taça. Onde diabo se meteram Ângela e Jéssica?

Era melhor eu ir embora.

Enquanto estava com sorte e não encontrava Edward Cullen.

Embora, lá no fundo eu soubesse, enquanto percorria a casa cheia de gente, ouvindo a batida da música, que procurava encontrar seu olhar dourado em algum lugar.

E lá estava ele. Eu o vi do outro lado da sala.

Havia pelo menos umas quatro garotas a sua volta. E todas procuravam chamar a sua atenção, como abelhas em volta do mel. Deslumbradas.

E eu podia sentir que cada garota naquela sala, esperava sua vez de se aproximar dele. E quem sabe ser a única para Edward Cullen.



Era decididamente nojento. E eu me virei para ir embora dali, mas topei com alguém.

-Me desculpe.

Eu levantei o olhar e vi um dos irmãos de Edward, Jasper.

-Tudo bem, está fugindo?

-Não! - eu tentei rir - Na verdade sim... não sei.

-Parece meio aturdida, porque não bebe alguma coisa?

Ele pegou uma taça do garçom e me passou. Eu bebi todo o conteúdo de um só gole. Já nem queimava na minha garganta.

-Cuidado, isto não é água.

Eu ri.

-Acho que não fomos apresentados direito, sou Jasper.

-Muito prazer Jasper.

Ele segurou minha mão

-Eu cuido disto agora, Jasper. - eu nem precisei virar para saber de quem era aquela voz.

Mas mesmo assim eu me virei e me deparei com os olhos de Edward Cullen em mim.

Jasper soltou minha mão e se afastou.

-Achei que não viria. - ele disse.

-Não deveria mesmo ter vindo.

-Então porque está aqui?

-Porque não está com suas amigas? Me pareceu bem distraído.

Ele riu.

-Prefiro estar com você. - eu desviei o olhar.

Sinceramente não dava pra ficar olhando pra ele, quando me encarava daquele jeito. Por que eu não conseguia respirar direito. Um garçom passou e eu peguei uma taça.

-Tem certeza que sabe beber isto? - ele indagou divertido.

E eu fiquei irritada.

-Claro que sim. Não sou tão simplória assim.

-Não disse isto.

Eu dei de ombros e acabei de beber o conteúdo da taça.

-Porque veio Bella? - sua voz chegou bem suave até mim.

Persuasivamente doce.

-Porque Jéssica e Ângela insistiram. E aliás, eu preciso achá-las e avisar que preciso ir embora.

E colocando a taça vazia no primeiro móvel que encontrei, eu sai procurando.

Edward me seguiu.

-Por que não fica?

-Não posso.

-Porque não?

Eu continuei a andar.

Sim, qual era mesmo a resposta? Que Jacob não sabia que eu estava ali?

Que meu pai também não? Que eu não queria estar numa festa na casa dele, porque não conseguia lidar direito com o que ele me fazia sentir?

Eram coisas demais e eu senti minha cabeça rodando. Eu parei, me sentindo tonta e olhei em volta e percebi que estava num corredor longe da agitação da festa.

-Oh, acho que me perdi. – murmurei.

Edward riu.

-Está comigo, não está perdida.

-Da onde vem esta música?

Por cima da música agitada da festa eu ouvia claramente uma música clássica.

-Acho que é do meu quarto.

Ele abriu uma porta e entrou. Eu o segui.

-Esqueci o som ligado. - ele disse.

-Oh... Este é seu quarto - murmurei olhando em volta.

Era todo de vidro e dava para ver o rio lá fora através as árvores.

-È bonito aqui.

-Sim. - ele parou atrás de mim - quer dançar comigo?

Eu me virei.

-Eu não danço. Não sei dançar.

Ele sorriu e me puxou pela cintura.

-Mas eu sei.

E então, sabe Deus como ou porque, eu estava dançando com Edward Cullen em seu quarto.

Acho que estava ficando definitivamente bêbada.

Eu estava bêbada.

Sim, só isto explicava o fato de eu estar dançando com Edward. Seus olhos verdes com reflexos dourados fixos no meu, sua mão presa na minha cintura enquanto a outra segurava meus dedos.

E seu corpo roçava no meu, num suave movimento, com a música.

E eu estremeci, um arrepio traspassando minha espinha e subi minha mão para tocar sua nuca, me aproximando ainda mais. E o arrepio na minha espinha agora se espalhava por todo meu corpo.

E foi como derreter ao sol.

-Então é aqui que se esconderam.

Eu dei um pulo para trás, me desvencilhando de Edward ao ouvir a voz de Alice.

Ela sorria na porta e entrou.

-Edward, porque a está se escondendo aqui? – brincou.

Mas Edward não sorria. Encarava Alice como se quisesse matá-la.

-Vem Bella. - ela me puxou pela mão - Vamos nos divertir!

E ela saiu me puxando até a sala. Eu me sentia mais zonza do que nunca.

Outro copo foi colocado na minha mão

Olhei para um lado e vi Jéssica beijando Mike num canto.

Ângela tinha desaparecido. Alice me levou para o meio da pista.

Mas eu me sentia tonta demais.

-Alice, desculpa, preciso ir.

-Mas ainda está cedo...

-Não, me desculpa...

Eu sai cambaleando da casa e tentei achar as chaves do meu carro.

-Não vai dirigir assim Bella. - Edward falou atrás de mim.

Eu ri, era fácil rir e nem sabia por quê.

-Eu preciso ir embora...

-Eu te levo então.

Ele abriu a porta de passageiros e me ajudou a entrar e sentou no banco do motorista.

Eu comecei a rir mais.

-O que é engraçado?

-Você, o perfeito Edward Cullen dirigindo minha velha Pick-up!

Ele sorriu.

-Você esta bêbada Bella.

-Acho que estou. – murmurei.



Eu saltei do carro assim que chegamos em frente a minha casa.

-Meu pai vai me matar - murmurei rindo.

Ainda podia ouvir o barulho da TV na sala. Se ele me visse chegar bêbada, estava perdida.

-Sabe o que eu podia fazer? - falei - Podia entrar pela janela!

-Podia quebrar o pescoço assim - Edward falou.

Mas eu já me encaminhava para a árvore.

-Você fez parecer muito fácil.

-Bella, sai daí.

Eu ri e continuei a subir.

Edward subiu atrás e me segurou quando eu escorreguei.

Eu ri.

-Você é um perigo para você mesmo, Bella Swan.

-Acho que já me disse isto.

-Sim, agora entra - ele me ajudou a subir na janela e eu pulei para dentro, com ele me segurando antes que eu fosse ao chão.

-Ops. - murmurei rindo.

Ele riu também e não me soltou. Eu levantei o olhar. E ele estava muito perto.

E pareceu muito natural, que eu ficasse na ponta dos pés e o beijasse. As mãos em volta de mim me apertaram mais.

E eu gemi.

Algo despertando dentro de mim. Algo que eu não conseguia segurar. Ou parar. Mas tinha a ver com Edward Cullen.

E seu hálito doce contra minha língua. Suas mãos queimando através de minhas roupas.

E seu corpo grudado no meu. E nada daquilo era suficiente. Eu precisava de mais. E o encarei, ofegante. Trêmula. E eu soube o que era.

Era o mais puro e intenso desejo. E então Edward Cullen estava me beijando de novo. E de novo. E de novo.

E sem saber como, eu estava na minha cama.

Com o corpo perfeito de Edward Cullen sobre o meu.


Continua...


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