28 abril 2011

CONSEQUENCE - CAPÍTULO 4

Depois desse surto Beward/Robsten, com os Stills e Scans da EW Magazine, vamos descobrir o que nossa FIC Beward nos reserva, hoje?

Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama
Aviso: Sexo

Capítulo 4
Sábado. Em Phoenix, significava dias ensolarados de pura preguiça.

Mas isto era passado. Eu estava na chuvosa Forks.


Ok, hoje a chuva tinha dado uma trégua. Mas o dia amanhecera super nublado.


Peguei meu livro de biologia, desanimada depois de tomar café e fui para o jardim.


Eu podia fingir que estava sol. Sentei e comecei a ler, tentando memorizar os conceitos. O pior era que eu ficava o tempo inteiro lembrando da voz de Edward Cullen. Fechei o livro com um baque. Respirei fundo várias vezes.


Fui até a porta da cozinha e avistei Charlie.


-Pai, eu vou dar um volta.


-Não vai muito longe, hein.


-Pode deixar.


Caminhei pela grama molhada e entrei na floresta. O silêncio era bom. Sentei num tronco e abri o livro. De repente uma sombra se projetou acima de mim. -Achei que tinha aprendido tudo.


Eu levantei o olhar ao ouvir a voz de Edward Cullen.


-O que faz aqui?


Lá estava. De novo. Aquele sorriso enervante. E meu coração disparando no peito. Devia ser o susto. Com certeza.


-Estou indo a um lugar.


-Na floresta?


-Eu gosto de caminhar.


-Que bom pra você – e voltei a atenção ao livro.


-Quer ir comigo?


-Não, obrigada.


-Lá tem sol.


Eu o encarei.


-Vai me levar pro céu?


Ele sorriu.


-Quase lá.


E algo no sorriso dele me fez acreditar mesmo que ele falava sério.


-Duvido que haja sol em algum lugar aqui.


-Então venha comigo.


E ele estendeu a mão.


Eu mordi os lábios, debatendo comigo mesma se deveria acompanhá-lo. E a parte menos sensata venceu. Fechei o livro e me levantei. Ignorando sua mão estendida.


-Certo, Cullen; Me leve para onde tem sol.


Ele sorriu e começou a caminhar. Eu o segui.


Meia hora depois ainda estávamos caminhando e eu comecei a ofegar.


-Espero que esteja falando sério, porque já estou começando a me arrepender de ter seguido você.


Ele riu. Não parecia nem um pouco cansado.


-Não é tão longe.


-Estamos indo para o céu mesmo, porque não paramos de subir!


-É no cume da montanha.


-Cume da montanha? Ótimo. – resfoleguei - Me falaram que sua família gosta de acampar, estas coisas.


-Sim, gostamos de atividades ao ar livre.


E tropecei.


Claro, estava demorando pra eu cair. Até ali eu conseguira manter o equilíbrio. Edward se voltou com um olhar preocupado e estendeu a mão.


-Se machucou?


Eu ignorei sua mão, levantando rápido.


-Não, estou bem.


-Tem certeza?


-Sim, nenhum osso quebrado.


Nós voltamos a andar. E eu torci para não tropeçar em nada até chegarmos lá. Era horrível ser tão descoordenada na frente de Edward Cullen. E então eu senti


O sol. Nós saímos da mata para uma clareira e ali, parecíamos estar acima das nuvens. Por que o sol atingiu minha pele como uma carícia.


-Eu não acredito – murmurei fechando os olhos e levantando meu rosto – é mesmo perfeito.


-Sim, perfeito.


Eu abri os olhos e ele estava me fitando. Eu desviei o olhar.


-Como descobriu este lugar? É lindo.


Ele caminhou por entre as flores no chão.


-Gosto de caminhar e numa destas caminhadas encontrei esta clareira.


-Vem aqui com seus irmãos?


-Não, você é a única pessoa que eu trouxe aqui.


-Oh... estou no refúgio particular de Edward Cullen.


Ele sorriu, se sentando.


-Pode ser seu também, se quiser.


Eu não soube o que responder. Como sempre quando ele dizia estas coisas desconcertantes.


-Vem aqui.


-Estou bem onde estou.


-Deixa de ser absurda Bella. Vem aqui e curta o sol. Não era isto que queria?


Eu suspirei.


Sim, eu andara até ali e merecia um descanso curtindo o sol. Eu sentei ao seu lado. E abri o livro de biologia.


-Não te trouxe aqui para estudar Bella – ele disse entre incrédulo e divertido.


-Mas eu preciso.


Ele riu se deitando.


-Você é absurda.


Eu ignorei suas palavras e tentei ler. Era bem difícil me concentrar. Com o sol me chamando. E Edward Cullen no meu lado.


De repente mãos impertinentes surgiram fechando o livro e retirando de mim.


-Hei.


-Relaxa Bella.


Eu bufei. Ok, talvez ele tivesse razão. Então o imitei e deitei entre as flores, fitando o céu. Por um momento nada se ouvia, a não ser o som de nossa respiração. E os barulhos ao longe da floresta.


-Aqui parece o paraíso. – murmurei, como se pra mim mesma, adorando sentir o sol na minha pele - eu podia ficar a vida inteira aqui.


-Então fica.


Eu ri e o encarei. Ele estava tão perto, que se eu mexesse um pouco a mão, poderia tocar a dele. E por um momento eu fiz um esforço sobre humano para não fazer exatamente isto.


-Sabe, você não parece o tipo de cara que encararia um lugar como este como paraíso.


-E que tipo de cara eu sou, Isabella Swan? - “O tipo lindo, inteligente e rico, tão perfeito que nenhum lugar do mundo pareceria bom o suficiente. Ou nenhuma garota seria boa o suficiente.” Mas eu não falei nada.


Apenas desviei o olhar para o céu e fechei os olhos. Ia apenas descansar por um momento. E depois iria pedir para irmos embora...






Eu acordei de repente. Por um momento não percebi onde estava. E então abri os olhos. O céu estava nublado acima de mim. E alguém segurava minha mão


Eu sentei rápido olhando para o lado. E Edward Cullen estava ali, sorrindo pra mim


-Achei que tinha morrido.


-Que horas são?


Ele se sentou também dando de ombros.


-Não faço ideia.


-Você me deixou dormir?!


Eu me levantei sacudindo as folhas da minha roupa. Edward fez o mesmo e estendeu a mão, retirando uma folha do meu cabelo.


-Eu devo estar atrasada! - murmurei e sai andando.


-Hei, Bella, espere.


-Preciso ir agora! - as nuvens estavam escuras e devia ser fim de tarde e eu tinha o jantar com Jacob


-Calma, nós desceremos devagar.


-Você não entende, eu tenho um compromisso e não devia ter passado tanto tempo aqui com você.


-O que tem de tão importante?


Eu me virei e o encarei.


-Um jantar com meu namorado.


Edward fechou a cara.


Ótimo. Era bom mesmo que ele se tocasse. Não que eu achasse que havia algum interesse dele em mim.


Mas eu tinha um namorado e não era legal eu ficar perdendo tempo com outros caras. Ainda mais como Edward Cullen.


-Certo, vamos descer. Não quero que perca seu jantar romântico.


Sua voz era fria e controlada e eu o segui. Enquanto descíamos, as nuvens foram ficando mais escuras e de repente a chuva desabou.


E não demorou muito para eu escorregar. Mas antes que fosse ao chão, Edward me segurou.


-Hei, cuidado.


-Eu estou bem... - murmurei, me afastando.


Mas, mais dois passos e estava escorregando de novo.


-Você é um perigo para você mesma, não é? - ele murmurou entre divertido e exasperado e sua atitude seguinte me deixou totalmente sem ação. Ele estendeu o braço e me pegou no colo.


-Hei, me põe no chão.


-Iremos mais rápido sem você caindo pelo caminho.


Eu bufei, mas não falei nada. Porque provavelmente ele tinha razão. A chuva não parava de cair a nossa volta e eu só rezava para que aquele caminho terminasse logo.


Porque como se não bastasse o aguaceiro ainda tinha que suportar estar tão perto de Edward Cullen. Alguma coisa nele me deixava... incomodada.


Eu mal conseguia olhar em seu rosto. Era uma situação estranha.


-Nós não estamos perdidos não é? - indaguei


Ele riu


-Não, Bella, não estamos.


-Só pra ter certeza.


-Está preocupada com o que seu namorado vai achar?


Eu o fitei. E ele também fez o mesmo. E de repente estávamos muito próximos.


-Me põe no chão. – pedi friamente.


Por um momento, eu achei que ele fosse ignorar meu pedido. Mas então, ele me deixou escorregar para o chão.


-Acho que iríamos mais rápido se você parasse de falar. – murmurei e me virei, dando um passo.


Mas antes que desce mais algum passo, sua mão me segurou,me puxando.


E no muito seguinte, eu estava encostada numa árvore com Edward Cullen se inclinando sobre mim.


Suas mãos frias enquadraram meu rosto e eu acho que parei de respirar.


-Não se mova


Não me mover? Eu nem sentia minhas pernas como é que eu podia ir a algum lugar?


-Eu quero fazer isto há algum tempo - ele murmurou, o hálito quente banhando meu rosto e eu senti seu gosto em minha língua.


E eu soube, naqueles segundos intermináveis, que ele iria me beijar. E eu não fui capaz de me mexer mesmo assim. Acho que poderia se passar mil anos


que eu nunca esqueceria do momento em que Edward Cullen me beijara. Foi como se tudo parasse, o tempo, o vento, a chuva. E só existisse o toque frio dos seus lábios sobre os meus. Era doce. Intoxicante.


Apenas um leve roçar de lábios. Uma, duas, três... até que eu não estava mais contando. E apesar do frio a nossa volta, eu senti tudo esquentando por dentro.


E com um gemido, meus dedos grudaram em sua camisa e eu o beijei de volta.


E desta vez, ele gemeu, o corpo colando mais ao meu, até que eu sentisse todo seu contorno. Meu coração disparou no peito loucamente e eu estremeci numa fraqueza súbita.


Era isto. Edward lindo rico e perfeito Cullen. Estava me beijando.


E a língua dele estava se enroscando na minha e eu já não sabia onde eu começava e onde ele terminava. Suas mãos migraram do meu rosto para meu cabelo, me puxando para mais perto e eu só queria que aquele momento não acabasse nunca. Porque eu estava totalmente perdida. Mas do mesmo jeito que começara, terminou. Eu respirei uma longa golfada de ar, enquanto ele me encarava, tão ofegante quanto eu. E então a realidade me dominou


Crua. Fria. Intensa. Mas que diabos eu estava fazendo beijando Edward Cullen?


Com um som abafado de horror, eu o empurrei e ele se afastou sem resistência.


-Isto foi... - eu nem conseguia definir - nunca mais ouse por as mãos em mim - murmurei por fim.


-Não vou pedir desculpas por isto - foi sua resposta controlada.


-Não me interessa. Apenas fique longe! - murmurei voltando a andar.


Fizemos o resto do trajeto em silêncio, até que eu avistei minha casa e quase corri para lá.


Graças a Deus Edward Cullen não me seguiu. Ele que fosse para o inferno.


-Bella, onde diabos se meteu? - Charlie indagou preocupado assim que entrei em casa, totalmente encharcada.


-Oh, eu... me perdi.


-Bella, eu não falei para não ir longe?


-Eu sei, mas me distraí e começou a chover... o importante é que está tudo bem agora. Vou subir e tomar um banho.


-Sim, vá se arrumar para o jantar, o Jacob deve aparecer daqui a pouco para te pegar.


Eu tentei sorrir e parecer animada.


-Claro.


-Hei, já ia me esquecendo. Entregaram isto pra você hoje cedo.


Eu acompanhei seu olhar e vi um enorme buquê de flores. Charlie piscou


-Jacob está romântico hein?


Eu me aproximei e peguei o bilhete e abri.






“Parabéns para a garota de Dartmouth”






Eu sorri, um pouco mais animada, cheirando as flores.


-Que flores são estas, não conheço.


-Acho que são frésias.


Eu peguei as flores e subi. As coloquei num vaso no meu quarto. E fui tomar banho. Tentei não pensar no que tinha acontecido na floresta. Mas estava difícil.


Pensei em desmarcar com Jacob, mas desisti. Ele fora muito fofo em mandar as flores e era melhor que saísse com ele. E esquecesse que Edward Cullen existia.


Jacob apareceu uma hora depois


-Uau, você está linda. - ele me beijou levemente.


Eu sorri meio sem graça.


Estava vestindo por insistência de Charlie um vestido.


Na verdade o único que eu tinha. E usara na festa de noivado de Reneé há meses atrás.


Era preto e justo. E me deixava me sentindo estranhamente sem graça.


-E então onde vamos? - indaguei entrando no seu carro.


-Num restaurante que seu pai indicou em Port Angeles.


-Sei...


-Está tudo bem? - ele me fitou.


-Está sim. Só cansada de tanto estudar.


-Está acabando.


-Sim, está.


Nós chegamos no restaurante e eu sorri.


-Mas aqui é muito chique. Tem certeza que é aqui?


Jacob riu.


-Por conta do chefe Swan, Bella.


-Acho que eu preferia um hambúrguer.


-Seja boazinha. Seu pai está orgulhoso por ter sido aceita em Dartmouth.


-Eu ainda acho estranho.


Nós nos sentamos e fizemos nosso pedido.


-Ah, já ia me esquecendo de agradecer as flores.


-Flores?


-Sim, o arranjo de frésias que me mandou.


-Não te mandei nenhum arranjo Bella.


-Oh, não? - de repente uma luz se acendeu em meu cérebro.


Oh Droga. Só uma pessoa podia ter mandando aquele buquê.


-Quem teria te mandado flores? - Jacob indagou desconfiado


Eu dei de ombros.


-Acho que foi Charlie então. Ela está gastando não é?


Jacob pareceu engolir a explicação.


-Estou preocupado com o Rabitt, acho que vou estacionar aqui mais perto. Já volto.


-Ok.


Jacob se afastou e a garçonete se aproximou com uma champanhe.


-Não pedimos champanhe. – falei.


A moça sorriu.


-O cavalheiro naquela mesa pediu para entregar aqui com seus cumprimentos.


Eu acompanhei seu olhar e empalideci ao ver Edward Cullen numa mesa do outro lado do salão. Acompanhando de seus irmãos.


Ele sorriu para mim, enquanto seus irmãos pareciam distraídos numa conversa.


Era só o que faltava. De tantos restaurantes em Port Angeles.


Jacob tinha escolhido justamente um em que os Cullens estavam.



Continua...

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