Classificação: Maiores de 18 anos
Autora: Juliana
Gênero: Drama
Aviso: Sexo
Capítulo 1
Podia-se passar 100 anos e Forks ainda seria a mesma cidade fria, chuvosa e monótona de sempre. Eu suspirei pesadamente, olhando as ruas tranqüilas através do vidro do carro de polícia. Já sentia falta dos dias ensolarados do Arizona. Mas agora não tinha mais volta. Decidira vir morar de vez com Charlie e terminar os últimos meses do high school aqui em Forks. Charlie parou o carro em frente a casa e eu desci.
-Cuidado para não cair Bella.
Eu ri com sua preocupação, mas ele tinha razão. Pra uma pessoa totalmente descoordenada um chão molhado não era confiável.
-Sua mãe deve ter pirado com esta mudança – Charlie comentou enquanto carregava minhas malas para dentro.
-Nem tanto. Ela sabe que não tem nada a ver eu ficar viajando com ela e o Phillip faltando 2 meses pra acabar a escola.
-Isto você tem razão, mas fiquei surpreso por querer mudar pra cá.
-Mas você sempre me convidou pra ficar aqui. – falei entrando no quarto que era meu desde bebê.
O quarto onde eu passara todos os verões desde que minha mãe o deixara, há 18 anos.
-E você disse que nunca viveria em Forks. É parecida demais com sua mãe, Bells.
-Nem tanto.
De repente ouvi um carro se aproximando. Charlie riu.
-Já deve imaginar quem é. Ele está eufórico desde que contei que estava voltando.
Eu sorri, indo até a janela. Jacob saiu do seu velho Rabbit e olhando pra cima, sorriu ao me ver. Eu desci as escadas e o encontrei ainda na porta. Seus braços me envolveram me tirando do chão.
-Jacob, vai quebrar algum osso deste jeito. – eu ri
Mas me sentia imensamente feliz. Fazia quase um ano que não nos víamos, desde as minhas últimas férias ali em Forks. Jacob fora meu melhor amigo desde sempre.
-Não acredito que está de volta. – falou me pondo no chão, mas não me soltou. Sua boca alcançou a minha numa fração de segundos e eu suspirei.
Sim, Jacob fora meu amigo. Até o último verão. Quando as coisas mudaram irreversivelmente. Agora ele era meu namorado.
Charlie tossiu às minhas costas e Jacob me soltou. Eu fiquei vermelha.
-Melhor não ser engraçadinho dentro na minha casa hein mocinho? - Charlie falou super sério, mas eu sabia que ele não estava bravo.
Ele adorava Jacob. E ficara bem satisfeito quando começamos a namorar. Mesmo eu dizendo pra ele não se empolgar.
Afinal, eu morava em Phoenix e só passava os verões ali. Como um namoro podia dar certo? A mesma coisa eu dissera a Jacob na época. Mas ele dissera que iria me esperar. Eu queria parecer tão confiante quanto ele. Não que eu não gostasse de Jacob. Eu o amava. Mas estava ciente que aquela despreocupação da adolescência estava passando
Eu queria ir pra faculdade. Odiava Forks. E a vida de Jacob era ali. Com seu pai e os Quileutes.
-Desculpa, Charlie – Jacob dizia – mas entenda que estava com saudades.
-Sei...Seu pai virá ver o jogo comigo hoje?
-Sim, ele está pescando os melhores peixes neste momento. Espero que eu possa sair com a Bella hoje à noite enquanto vêem o jogo.
-Claro que sim. Mas Bella tem hora pra chegar em casa, hein.
-Pai! - murmurei
Charlie se afastou resmungando algo sobre agora eu estar sob suas regras.
-Não liga pra ele.
-Eu sei que o Charlie me ama.
-Te amava. Até namorar sua filhinha. – brinquei
-Está brincando? Ele me ama ainda mais agora. Ele me disse um dia destes que é melhor eu do que algum marmanjo por ai.
Eu ri. Charlie não precisava se preocupar então. Nenhum cara despertava meu interesse até agora. E Jacob fora uma conseqüência natural.
-Eu preciso comprar algumas peças para o Rabitt e acho que está cansada não é?
-Estou um pouco sim e tenho que arrumar minhas malas ainda.
-Então nos vemos a noite.
-Onde vamos?
-Surpresa
-Odeio surpresas, Jacob.
Ele riu e se afastou
-Até a noite Bells.
Charlie se aproximou comendo um sanduíche.
-Fala verdade Bells, o Jake é o motivo pra você ter mudado pra cá, não é?
-Não! - refutei – E pare com estas ideias casamenteiras! Até posso ver você e o Billy Black confabulando.
-Não fazemos isto!
-Sei...Vou subir e desfazer minhas malas.
O dia passou rápido. Liguei para minha mãe, desfiz minhas malas e lutei contra a internet lenta do velho computador no meu quarto.
Billy e Jacob apareceram à noite e eu fiquei surpresa por Billy não descer e Charlie me puxar para o carro de Jacob.
-Hei, o que é isto? Um seqüestro?
-É uma surpresa pra você.
-Ah Deus. Não estou gostando.
Eles me levaram até uma oficina e tinha uma Pick up Chevy vermelha estacionada.
-É sua. Gostou? - Charlie falou
-Uau! - murmurei
Jake me ajudou a entrar.
-Era do meu pai. Eu que a arrumei. – falou orgulhoso
Charlie passou para o banco do motorista do carro de Jacob
-Divirtam-se!
Eu dirigi com cuidado pelas ruas escorregadias de Forks.
-Então esta era a surpresa? - indaguei
-Sim, gostou?
-Sim, eu gostei, pelo menos não terei que ir a pé para a escola.
-Eu viria te buscar
-Tem sua própria escola na reserva para ir Jacob... E para onde vamos agora?
-Para onde você quiser.
Eu escolhi ir para uma lanchonete na cidade, pois estava morrendo de fome.
Nós sentamos e fizemos nossos pedidos quando duas vozes femininas gritaram meu nome. Eu olhei e vi Ângela e Jéssica se aproximando. Uma profusão de braços estavam em volta de mim, me esmagando.
-Não acredito que está aqui.
-Então era mesmo verdade, esta se mudando para Forks? - Ângela indagou.
-É sim.
-Mas isto é o máximo! - Jéssica falou animada – Vamos poder ver tudo para o baile e...
-Hei, Jess, acho que a Bella está ocupada no momento. – Ângela falou olhando para Jacob. -Oh... Oi Jacob – Jess falou meio intimidada
Eu conhecera Jéssica e Ângela no ano anterior, porque Charlie insistira que eu tinha que sair com gente da minha idade na cidade. As duas eram legais comigo, mas não entendiam porque eu escolhera namorar Jacob, um cara quileute e dois anos mais novo que eu.
-Entenda, Bells. Ele está ficando bem gostoso, mas... Acho que merece coisa melhor. – Jéssica comentara na época.
-Vamos pra nossa mesa – Ângela falou praticamente arrastando Jéssica.
-Amanhã eu te ligo para marcarmos de sair Bella. – Jéssica ainda gritou
Eu voltei minha atenção para Jacob.
-Não gosto destas suas amigas. – Jacob resmungou
-Porque não?
-Elas não gostam de mim.
-Elas não te conhecem. Podíamos marcar de sair todos juntos um dia destes, agora que ficarei aqui.
Jacob não pareceu muito animado com a ideia e eu não insisti. No fim da noite, eu estava quase caindo de sono e Jacob me levou pra casa e foi embora com seu pai.
-Me desculpa Jake, mas estou bem cansada mesmo.
-Não tem problema. Eu te ligo amanhã depois da aula.
-Ok.
Eu subi e dormi quase imediatamente.
No dia seguinte, lá estava eu. Numa escola estranha, sendo aluna nova quase no fim do semestre. Era uma tortura. Pelo menos conhecia Jéssica e Ângela que trataram de me apresentar para seus amigos. E no fim da aula eu me perguntava como faria para fazer os trabalhos que teria que entregar até o fim do mês. Pelo menos o de literatura era fácil. Eu já lera Orgulho e Preconceito várias vezes e era só dar uma lida para preparar o relatório.
-Quer dar um volta na cidade com a gente Bella? – Ângela perguntou no estacionamento.
-Não, tenho que ir pra casa pra tentar por os trabalhos em dia.
-Se precisar de ajuda...
-Não, tudo bem, eu darei conta... - parei de falar ao ver um carro parado do outro lado.
Era uma BMW conversível vermelho vivo. Tão nova e linda como os 4 ocupantes.
Uma garota loira deslumbrante ao volante, uma moça de cabelos curtos e bagunçados ao lado. E dois caras atrás, tão bonitos como modelos.
-Quem são eles? - indaguei curiosa
Não pareciam pertencer aquele lugar, definitivamente.
-Os Cullens – Ângela falou – A loira é Rosalie, a outra é Alice e os garotos são Jasper e Emmett.
-São novos na cidade. Mudaram há alguns meses – Jéssica falou em tom de conspiração - o pai deles é médico, super bonitão.
-Todos eles são lindos. - falei
-Isto porque não viu o Edward. – Jéssica falou se abanando.
-Sim, tenho que concordar com a Jess. – Ângela suspirou.
-Ele é perfeito demais Bella.
Eu ri daquele exagero todo. Tudo bem que os Cullens que eu via ali eram bem bonitos, mas elas falavam como se este Edward fosse de outro mundo.
-E cadê este cara tão lindo? - indaguei em tom de brincadeira.
-Parece que está viajando. – Ângela respondeu
-Deve ter namorada com certeza. – falei as provocando.
-Hum, nunca namorou ninguém daqui. - Jéssica falou
-Vai ver deixou alguém na sua outra cidade. – Ângela comentou.
-E você não sabe da maior – Jéssica abaixou o tom de voz – os 4 ali, são namorados.
-Como assim, não são irmãos?
-São adotivos, todos eles. O Dr. Cullen nem tem idade pra ser pai deles.
-Entendi.
-E são podres de ricos.
-O que pessoas tão ricas como eles estão fazendo aqui? - indaguei - Se eu fosse milionária escolheria morar numa ilha no Brasil e não numa cidade como Forks. – brinquei.
-O doutor Cullen trabalha no hospital.
-Acho que é tipo um hobby sabe? Porque eles nem precisam trabalhar de tanto dinheiro que tem. Parece que é dinheiro antigo, de família.
O carro dos Cullens passou por elas naquele momento e a loira me mediu de cima a baixo. Eu me senti bem inadequada com aquele olhar hostil. O que era ridículo. Eu me despedi de Ângela e Jéssica e fui pra casa. Passei a tarde tentando me organizar nos trabalhos e no fim do dia Jacob ligou.
-Jake, acho que não poderei sair hoje, estou atolada de trabalho.
-Por favor, Bells.
Eu me senti culpada.
-Tudo bem. Eu passarei ai na sua casa hoje à noite, podemos dar uma volta. Mas não poderei ficar muito.
Eu jantei com Charlie, que estava bem satisfeito porque eu estava em casa para fazer comida pra ele.
-Vai sair com Jacob hoje?
-Vamos apenas dar uma volta. Estou atolada de trabalho pra conseguir acompanhar a turma.
-Certo. Não volte tarde. – Charlie falou indo para seu jogo na TV.
Eu peguei o meu exemplar batido de Orgulho e Preconceito e entrei no carro, dirigindo até La Push. Jacob estava com os amigos em frente a casa e eles assoviaram, rindo quando eu sai e Jacob me beijou.
-Não liga pra eles.
Nós fomos para a praia. Estava esfriando e eu lamentei não ter trazido um casaco.
-Você não tem frio? - indaguei ao ver Jacob com uma simples malha.
-Não sinto muito frio.
-Eu estou congelando.
-Vamos até minha casa, pode pegar uma blusa minha.
-Não, não precisa. Eu já vou embora.
-Mas acabou de chegar.
-Preciso fazer meus trabalhos, Jacob. Estou até com o livro no carro.
-Tudo bem então.
Ele segurou meu rosto entre as mãos.
-Eu senti muito a sua falta... – murmurou antes de me beijar.
Seus braços me envolveram um pouco mais forte, me levando mais pra perto e eu me retesei automaticamente, me afastando. Jacob começou a protestar, mas eu insisti.
-Não, Jacob...
Ele me encarou meio contrariado.
-Qual o problema, Bella?
-Eu preciso mesmo ir embora, já falei.
-Não é disso que estou falando.
Eu suspirei, desviando o olhar. Eu sabia do que ele estava falando.
-Jacob, estamos juntos há tão pouco tempo.
-Estamos juntos há mais de um ano e nos conhecemos a vida inteira.
-Você entendeu o que eu quis dizer.
-Eu estou apaixonado por você Bella.
-Eu também te amo. - respondi automaticamente – e já estou atrasada.
O beijei rapidamente e me afastei em direção ao carro.
Sabia que Jacob não estava satisfeito com isto e esta irritação dele me deixou irritada comigo mesmo. E eu nem sei por quê.
-Nos falamos amanhã?
-Tudo bem.
Entrei no carro e peguei a estrada de volta para Forks. As palavras de Jacob voltaram a minha mente. Por que eu sentia que alguma coisa não se encaixava na nossa relação?
Jacob era perfeito para mim. Eu realmente gostava dele. Sentira sua falta enquanto estava em Phoenix no último ano. E realmente, o fato de estarmos juntos fora um fator que contara bastante pra eu voltar pra Forks. Talvez eu estivesse me preocupando a toa. De repente a Chevy começou a fazer um barulho estranho e parou.
-Droga... – murmurei, tentando dar partida e nada.
Ainda tentei mais algumas vezes, mas não teve jeito. O carro não pegava de maneira alguma. Era o que faltava. Estava com o carro quebrado no meio de uma estrada escura e sozinha. Estava começando a me perguntar se deveria descer carro e ir andando, quando um carro se aproximou e parou atrás do meu. O motorista saltou e veio até mim. Abri a janela e o vento frio assolou meu cabelo.
-Precisa de ajuda?
Eu encarei meu salvador, respirando aliviada. E por um momento fiquei sem fala. Era um cara jovem, talvez tivesse a minha idade. E era absolutamente lindo. Com seus cabelos cor de areia bagunçados pelo vento e seus olhos verdes quase dourados.
-Moça? - ele indagou e eu percebi que devia o estar encarando embasbacada há alguns segundos. Fiquei vermelha.
-Meu carro não quer funcionar, não sei o que aconteceu... - balbuciei
-Posso dar uma olhada para você.
-Oh... certo.
Ele foi até a frente do carro, abrindo o capô.
-Bella... sua idiota... - murmurei para mim mesma.
Não era uma pessoa impressionável. Mas agira feito uma retardada com aquele cara. E daí que ele era bonito? O estranho fechou o capô e voltou para o lado da janela
-Acho que fundiu o motor. Terá que mandar guinchar.
-Saco... - murmurei - não trouxe um celular.
Ele colocou a mão no bolso e tirou de lá um aparelho.
-Quer que eu chame pra você?
-Faria isto? Eu não conheço nada nesta cidade e teria que chamar meu pai.
Ele discou e falou rapidamente.
-Pronto. Estão vindo.
Eu assenti, me encolhendo de frio
-Muito obrigada por me ajudar.
-Eu esperarei com você.
-Não precisa.
-Não vou deixá-la sozinha numa estrada.
Eu fiquei sem graça, mas não falei nada.
- Está frio aqui, porque não vem pro meu carro, lá estará mais aquecida.
Eu quis dizer não. Mas realmente estava começando a não sentir meus dedos.
Maldita hora de esquecer o casaco.
Abri a porta e o segui. Arregalei os olhos ao ver que o carro dele era um reluzente Volvo prata. Ele abriu a porta pra eu entrar. Algo cavalheiresco na verdade, pensei. Ele sentou ao meu lado
-Da onde vem tão tarde da noite?
-Da casa do meu namorado. - respondi sem hesitar
Ele sorriu e se inclinou ligeiramente para aumentar o som do carro. Os acordes conhecidos de Claire de Lune chegaram ao meu ouvido. Enquanto eu me perguntava porque eu não conseguia parar de olhar para seu sorriso.
-Quer que eu troque de música?
-Gosto de Debussy.
Ele pareceu surpreso por eu saber quem era Debussy.
-Não sei seu nome. – falou de repente. -Isabella Swan. – respondi.
-Muito prazer Isabella.
-Bella – falei com uma nota de irritação – só Bella.
-Ok, “só Bella”.
Ele tinha nos lábios um sorriso de lado. Irritantemente perfeito. Desviei o olhar.
Cadê a porcaria do guincho?
-Você não perguntou, mas meu nome é Edward – ele disse e eu voltei a encará-lo – Edward Cullen.
Eu arregalei os olhos. Então aquele era “O” Edward Cullen.
O membro que faltava da família perfeita que eu vira mais cedo na escola.
Certo, eu tinha que concordar com Ângela e Jéssica. Ele era mesmo perfeito.
-Certo... Edward.
Olhei o relógio, impaciente
-Acho que o guincho já deveria estar aqui – murmurei impaciente.
-Sim. Vou ligar de novo. – ele pegou o celular e disse algumas palavras e então desligou – Más notícias.
-O que foi?
-Parece que não têm mais nenhum guincho para mandar a esta hora.
-E o que eu vou fazer?
-Não se preocupe. Eles mandarão alguém amanhã de manhã. Eu a levo pra casa.
-Não precisa...
-Eu a levarei pra casa, Bella. - insistiu dando partida.
Eu mordi os lábios, nervosa.
-Me desculpa por todo este trabalho.
Ele não respondeu, apenas sorriu de lado.
-Então, Isabella Swan, acho que nunca te vi aqui em Forks. Onde mora?
Eu falei meu endereço.
-Me mudei hoje. Vim morar com meu pai. Era de Phoenix.
-E já arranjou um namorado? - indagou entre divertido e curioso.
Eu rolei os olhos.
-Eu passo todos os verões aqui.
-Era um namoro a distância então?
Eu me perguntei, já meio irritada porque ele estava tão curioso.
-Me desculpe - disse - estou sendo muito curioso?
-Está sim - respondi - mas tem razão. Era a distância. Agora não é mais.
-Sorte dele.
Eu não falei nada. Toda aquela conversa já estava começando a ficar estranha.
-Também é novo na cidade. - falei e quase mordi a língua.
-Como sabe?
-Eu... Vi seus irmãos na escola hoje cedo. E me contaram que se mudaram há ha alguns meses.
-Sim.
-E eram da onde?
-Alasca. Mas viajamos bastante.
-Porque não estava na escola com seus irmãos? Estava viajando?
Ele sorriu
-Quem está sendo curiosa agora?
Eu fiquei vermelha
-Me desculpe
-Sim, Isabella.
-Bella - corrigi
-Bella - ele respondeu, como se saboreasse meu nome em seus lábios.
Foi algo... interessante.
Ele parou o carro em frente a minha casa.
Antes que eu pudesse impedir ele saia do carro e dava a volta para abrir a porta pra mim. Eu dei um sorriso sem graça e saltei.
-Obrigada pela carona.
-Foi um prazer ajudar.
-Certo...boa noite, Edward.
-Boa noite Bella.
Eu já ia me afastar quando lembrei.
-Droga! Esqueci meu livro no carro!
-Era importante?
-Saco - resmunguei - era pra um trabalho. Mas tudo bem. Eu darei um jeito.
-Bella é você? - meu pai chamou de dentro de casa e de alguma maneira eu não queria que ele visse Edward ali e fizesse perguntas.
-Acho melhor você ir.
-Certo. Tchau.
Ele entrou no carro e deu partida. Eu entrei em casa. Meu pai ainda assistia TV.
-Tudo bem?
-Sim, tudo bem pai, vou subir, ainda tenho muita coisa da escola pra fazer.
Eu entrei no quarto, liguei o computador, respondi a um e-mail da minha mãe e fui colocar um pijama.
Estava voltando para o quarto quando ouvi um barulho na minha janela. Como se alguém jogasse pedrinhas. Abri curiosa e vi Edward Cullen lá embaixo.
-O que faz aqui? - indaguei surpresa
Ele mostrou o livro.
-Fui buscar pra você.
-Não precisava fazer isto.
-Você disse que era importante.
Eu não soube o que dizer.
-Tudo bem, eu vou descer. - falei meio relutante.
Pensei no meu pai ainda na sala e definitivamente ele iria fazer mil perguntas se visse Edward ali.
-Não precisa - Edward falou de repente - eu subo ai.
E ele começou a escalar a árvore em frente ao meu quarto.
-Hei ficou louco?
Ele riu, continuando a subir com facilidade até chegar a minha janela.
-Você tem problemas, Edward Cullen? - indaguei
Ele me passou o exemplar de Orgulho e Preconceito.
-Não acredito que fez isto, poderia quebrar o pescoço.
-Não seja absurda Bella. - ele sorriu e de alguma maneira estranha e bizarra eu comecei a rir também.
-Obrigada - murmurei por fim
-Tchau, Bella. - ele desceu tão facilmente como subiu e entrou no Volvo.
Eu ainda fiquei ali. Sorrindo para a noite escura feito uma idiota. Sim, ele tinha razão. Eu era realmente absurda.
Continua...
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