04 março 2011

REMEMBER ME - CAPÍTULO 1

Boa noite pervinhas do meu coração! Hoje começaremos a postar a Fanfic Remember Me, escrita pela Juliana. Essa é uma Fanfic que conta a história de Robsten, sete anos após eles se conhecerem. A Fic, é composta por 20 capítulos e seus capítulos serão postados às segundas, quartas e sextas. Sempre à noite! Esperamos que gostem dela, assim como nossa Staff gostou. Boa Leitura!

Remember Me
Capítulo 1

Por favor lembre, por favor lembre


Eu estava lá pra você e você pra mim


Por favor lembre nosso tempo junto


O tempo era seu e meu


E nós éramos loucos e livres


Por favor lembre, por favor lembre de mim”


LeAnn Rimes




Escuridão.


Por que tudo estava tão escuro?

Abri os olhos e por um instante pontos negros contrastaram com a luz muito brilhante.

Pisquei, desorientada, lutando contra a dor na têmpora que aquela luz me causava.

Me movi, e tudo doeu. Serrei as pálpebras com força gemendo e de repente ouvi uma movimentação ao meu redor.

Voltei a abrir os olhos e desta vez consegui focalizar além da luz forte. Um teto branco e limpo.
Virei a cabeça, ainda sentindo as leves pontadas e paredes brancas me cercavam.

Respirei fundo e senti o cheiro de éter inconfundível de um hospital.

Hospital. O que eu estava fazendo em um hospital?


-Kristen?


Eu olhei em direção a voz desconhecida, mas não consegui ver. Mais passos e desta vez um homem de jaleco se aproximou.


-Como se sente? – ele colocou uma lanterna nos meus olhos e eu gemi, virando a cabeça.


-O que… – minha voz saiu pastosa e grossa, como se eu não a usasse há muito tempo e minha garganta queimou, mas eu forcei a fala – onde estou?


-Num Hospital.


-Por quê? – murmurei confusa.


Franzi o cenho, tentando me lembrar… O que teria acontecido para eu estar num hospital?


-Não se lembra? – ele continua a me examinar, passando um negócio gelado por meu pé e eu encolhi a perna e me surpreendi com a dor de novo. Eu me sentia como se tivesse levado uma surra.


-Kristen, preciso que me diga o que se lembra.


Eu fechei os olhos e puxei minha memória. Vazia…

Comecei a ficar seriamente perturbada. Mas eu sabia que meu nome era Kristen Stewart. Morava em Los Angeles com meus pais. E era atriz. E a última coisa que me lembrava…


-Um filme. Eu estava viajando de carro para fazer um teste… estava chovendo…


Eu gemi, a dor de cabeça se intensificando enquanto eu tentava lembrar de mais coisas, mas não conseguia.


-Eu sofri um acidente? – indaguei começando a entender


-Sim, sofreu.


-Fuck – eu gemi irritada


Isto quer dizer que eu estava terrivelmente atrasada.


-Eu tenho que ir – balbuciei tentando levantar, mas minha cabeça rodopiou e eu caí de novo, ao mesmo tempo em que o médico me pressionava contra a cama – eu tenho que trabalhar…


-Não se mova. Seus ferimentos externos não foram graves, mas ainda esta bastante dolorida e com algumas contusões.


-A quanto… quanto tempo estou aqui?


-2 semanas.


-O que? – eu gritei. Eu era pra ser um grito, mas não passou de um sussurro engasgado.


-Não fique agitada. Vou fazer algumas perguntas, pode me responder?


-Onde está minha família? Eles devem estar loucos…


-Não se preocupe com isto. Ele esta aí fora.


-Michael? – indaguei, pensando que meu namorado também devia estar preocupado.

O médico pareceu confuso.


-Apenas responda a estas perguntas.


Ele começou a perguntar sobre meu nome, meu trabalho, meu endereço.


E eu comecei a ficar impaciente.


-Para onde estava indo quando sofreu o acidente?


-Um teste para um filme… Eu tinha que estar lá, senão… oh droga, deve estar tudo atrasado, por minha culpa…


O médico me fitava com um olhar preocupado.


-Kristen. Em que ano nós estamos?


Oh Deus. O que aquele imbecil estava pensando?


Que eu era uma louca ou algo assim?


-2007 – falei sem pestanejar.


Ele ficou em silêncio por alguns instantes, depois retirou o óculos e limpou o suor da testa e então escreveu algo em sua prancheta.


-Quando eu vou poder sair daqui? – indaguei impaciente


-Ainda teremos que fazer alguns exames e…


De repente à porta do quarto de abriu e alguém entrou


-Kristen! – a voz desconhecida tinha um tom ao mesmo tempo preocupado e aliviado.


Os passos se aproximaram da cama e eu o vi.

Ele me fitava com um olhar que condizia com sua voz. Alívio e preocupação toldavam os olhos verdes e seu rosto cansado tinha uma barba por fazer de dias, talvez, eu calculei.

Os cabelos estavam bagunçados como se tivessem sido castigados por dedos impacientes e sua roupa amarrotada parecia que não era trocada há dias. E ele me olhava como se me conhecesse. E me chamara pelo nome, mas…


-Quem é você?


Ele riu. Era um riso grave e bonito. Mesmo estando contundida e confusa eu tive que reconhecer. Ele era bonito.


-Kristen? – ele estendeu a mão para tocar a minha, mas eu a puxei, assustada, encarando o médico que suspirou tocando o braço do estranho.


-Eu preciso falar com você. É melhor deixá-la descansar


-Mas… ela está bem? – o estranho indagou ao médico agora me fitando sem mais o olhar de alívio.


Agora era pura preocupação.


-Lá fora.


O estranho parecia que não ia ceder. Passou os dedos pelos cabelos, exasperado e então, lançando-me um último olhar preocupado, ele seguiu o médico. Assim que eles saíram, eu me senti estranhamente só.

E ao mesmo tempo aliviada.


Quem era aquele cara? Eu devia conhecê-lo? Claro que não.


Nunca o tinha visto na vida. Fechei os olhos, sentindo-me impaciente e aflita.


Precisava ver um rosto conhecido. Qualquer um servia. Minha mãe, Michael, quem quer que fosse.
Alguém pra me explicar o que diabos estava acontecendo. Apesar de toda impaciência, acho que eu dormi.
Quando acordei o quarto estava numa suave penumbra e então alguém se movimentou do meu lado.


-Kris?


Eu reconheci desta vez. Era ele. O estranho de cabelos bagunçados. O que ele estava fazendo ali ainda?
Eu gemi.


-Está sentindo dor? Vou chamar o médico…


-Não… Eu só… Será que poderia dizer quem é você?


Ele aproximou-se da cama. Era alto. E parecia maior ainda parado ali, enquanto eu permanecia indefesa. Quase ri deste pensamento.


-Você realmente... não se lembra? – havia dor na sua voz? Ou era impressão minha?


-Me lembro do que?


-O médico me disse que você não se lembrava.


-Do que eu tenho que me lembrar?


-De tudo. De mim.


Oh Deus. Será que havia alguma ala psiquiátrica no hospital e ele tinha fugido de lá?


-Olha, não sei quem é você, ou o que está fazendo aqui, mas parece uma boa idéia chamar o médico agora… ou melhor, deve ter alguém da minha família aqui ou o Michael…


-Sua família não está aqui Kristen… nem o … Michael.


-Por que não? O médico disse que estou aqui há duas semanas


-Sim, está.


-Eles não sabem que eu acordei? É isto?


-Kristen, me escuta. Você precisa entender… as coisas que se lembra, ou melhor, que não se lembra…


Eu comecei a ficar verdadeiramente irritada.


-Escuta você… será que pode me deixar em paz? Chama o médico, por favor…


-Kristen – ele tentou tocar minha testa e eu dei um tapa na sua mão.


-Não põe a mão em mim!


Ele parecia irritado agora também. Mais que isto. Ele parecia estar sofrendo. E algo dentro de mim se agitou. Culpa?

Eu nem o conhecia, caramba! Respirei fundo, tentando me acalmar.


-Olha, me desculpa. Não queria ser rude, mas ás vezes eu sou assim mesmo.


Ele riu, para o meu assombro.


-Eu sei.


Eu o fitei. Talvez se conversasse com ele educadamente, ele me deixasse em paz. Seja lá quem fosse.


-Qual seu nome?


-Robert…


-Certo. Robert. – o nome não me dizia nada – será que poderia chamar o médico pra mim?


-Sim, eu irei. Mas antes, precisamos conversar. Quero ter certeza… do quanto você não se lembra.


Eu revirei os olhos impaciente. De novo aquela história


-Porque insiste nisto?


-Porque você realmente esqueceu.


-Esqueci do que?


Ele respirou fundo.


-Kristen. Se eu te dissesse que esta não é a primeira vez que nos vimos?


-Eu diria que você é maluco, Eu nunca te vi antes.


-Mas nós nos vimos.


Eu ri.


-É alguma piada? Algum tipo de pegadinha? É isto? E algum daqueles programas idiotas da tv?


-Quem dera que fosse.


-Certo. Então segundo você, nós nos conhecemos?


-Sim!


-E porque eu não me lembro de você?


-Porque, segundo o médico, esta com alguma espécie de amnésia.


Eu ri. Mas ele permaneceu sério.


-Esta brincando não é?


-Não Kris.


-Isto não pode ser verdade!


Droga, eu não poderia estar acreditando nele. Era surreal demais.


-Kris, quando o médico perguntou em que ano estávamos você respondeu…


-2007.


-Kristen, nós não estamos em 2007.


-Ah não?


-Não!


-Certo, em que anos nós estamos então?


-Já se passaram 7 anos Kris.


Eu ri de novo. Ele era mesmo maluco. Mas ele ficou sério e se levantando pegou um jornal esquecido em cima de uma mesa e me deu


Eu olhei a data. E senti uma vertigem. Não pode ser. Não pode ser. Eu fitei, empalidecendo


-Mas como…


-Kristen. Você esqueceu sete anos da sua vida.


Eu engoli em seco. Começando a acreditar em tudo aquilo. Por mais bizarro que fosse.


Sete anos. Sete anos.


-Eu não estava indo fazer o teste…


-Não. Você estava dirigindo, mas não era o teste.


-O que aconteceu?


-Você bateu o carro.


-E fiquei em coma.


-Duas semanas.


Eu fechei os olhos com força, tentando conter o nó na minha garganta e o apavoramento que ameaçava me engolfar.


E quando o abri, eu o encarei.


-Nós realmente nos conhecemos não é?


-Sim, Kris.


-Há quanto tempo?


-Sete anos.


-Sete anos…


Eu o conhecia há sete anos e não me lembrava. Era simplesmente surreal demais para mim.


-E o que… você significa… pra mim? – sussurrei, como se para mim mesma.


Mas dentro de mim era só o vazio. Não havia resposta.


-Isto teremos que descobrir – ele disse suavemente.


E eu me senti de novo sendo tragada pela escuridão.


Continua...



E aí? Gostaram???

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