07 maio 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 37

Boa noite pervinhas! Ah.. A Kelly não desiste não é mesmo? Sem mais delongas.. Ótima leitura!
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 37 - O seu perdão.
O corredor a nossa frente era esquisito e estreito. 

Tabatta: papai... – sua mão apertou muito fortemente a minha – eu estou com medo! 
Edward: não querida, não precisa ficar assim. Nada vai acontecer... – continuamos caminhando pela penitenciária sendo guiados pelos guardas. 
Aos poucos, chegamos a uma sala azul, desprovida de decoração, apenas com uma pequena mesa e uma cadeira embutidas a parede. Havia um vidro. Atrás desse vidro se via a continuação da mesa e outra cadeira. 
Servia como uma divisória. Feita exclusivamente para as detentas mais perigosas do presídio. Tabatta se sentou na cadeira, e ficou batucando com os dedos na mesa. 
Tabatta: ela vai estar do outro lado, papai? – questionou baixinho, olhando em volta. 
Edward: Sim... Por isso que eu disse pra ficar calma! – eu estava em pé ao lado de Tabatta quando Kelly entrou escoltada por muitos policiais, e ainda algemada. 
Sua aparência era lamentável. 
Não era mais bonita como quando a conheci. Estava toda cortada, os cabelos raspados como de homem... Em seu rosto, uma expressão de dor enorme... Assim como os olhos que refletiam o mau de todas as formas possíveis. 
Ela olhou para mim primeiro, cheia de ódio, mas com algo a mais. Seria... Lamentação? 
Quando se sentou, toda sua atenção se voltou para Tabatta, que balançava os pés sem conseguir encostá-los no chão. Mantinha o corpo reto, com os cabelos loiros e longos deslizando pelos ombros, indo parar na cintura, e a franja escondendo um pouco seu rosto. 
Bella tinha a arrumado lindamente hoje. Para deixar bem claro a Kelly que o lugar daquela menina sempre foi ao nosso lado. 
Kelly: como está bonita. – comentou com um sorriso de lado. Tabatta parecia meio acanhada, com medo. – mudou muito, Tab. Está uma mocinha... Cada vez mais parecida com aquela mulher. O jeito de se vestir... De usar o cabelo... Ela te fez como ela. - Soltei um muxoxo seguido por um suspiro chateado. – é um prazer revê-lo, Edward. 
Seu sorriso foi cínico.
Edward: não há prazer nenhum pra mim te ver. – eu estava impaciente. 
Tabatta: Oi. – ela queria quebrar o clima de revolta – como você está? – eu quase berrei para Tabatta parar. Aquele ser não merecia tanta gentileza. 
Kelly: acho que já estive pior. – sorriu de canto – mas não importa... Logo isso tudo vai acabar. 
Tabatta: porque você está dizendo isso? – questionou meio tremula. 
Kelly: eu queria te ver... – confessou – pra saber que você está bem. 
Tabatta: você nunca se preocupou comigo. Sempre me usou para tirar dinheiro do meu pai... – estreitou o olhar – para quê vai se preocupar agora? 
Kelly: EU SEMPRE ME PREOCUPEI COM VOCÊ! – falou alto – APESAR DE EU TER FEITO TUDO QUE FIZ, EU SÓ TE DEIXAVA SOZINHA PORQUE PRECISAVA TRABALHAR! NÃO ERA UM TRABALHO DIGNO, MAS ERA TUDO QUE EU TINHA. EU TE BATIA, PRA TE EDUCAR! EU NÃO QUERIA QUE FOSSE COMO EU... QUE PRECISASSE USAR SUA BELEZA PARA TER AS COISAS... SERÁ QUE NÃO ENTENDE TABATTA? 
Tabatta: eu não te entendo! – falou choramingando – você me poupou de conhecer o meu pai... Você fez muito mal pra Bella! E ela só estava querendo me ajudar... Você é um monstro, Kelly. 
Kelly: por mais que ela seja boa... ELA NÃO É SUA MÃE! Só faz tudo pra você por causa do seu papai que ela tanto ama... Uma interesseira, isso o que ela é. Ela não é a sua verdadeira mãe! Ela não sentiu você dentro dela... Ela não ficou nove meses com você dentro do corpo pra se acostumar... Ela não te fez! O sangue dela não corre em você... E você sabe muito bem que não! Ou por acaso você acha que se ela for ter que escolher entre você e os rementinhos dela ela vai escolher você? – seu tom de ironia foi absurdo – você nasceu de mim! Ninguém vai te amar mais do que eu. 
Edward: é melhor você calar a boca! – falei entre dentes, quando Tabatta começou a chorar. – é melhor irmos embora, filha... 
Kelly: eu ainda não terminei Edward. – seus olhos me buscaram com um terror horripilante. – você sabe do que estou falando, não sabe Tab? – ela olhou para Tabatta, enquanto eu suspirava nervoso, indo de um lado pro outro.
O braço que faltava de Kelly lhe dava um ar terrível. 
Tabatta: N-não. – gaguejou – A... A Bella é muito boa comigo. Ela me ama! E EU TAMBÉM AMO A BELLA! Nada... Nada do que você me disse vai fazer eu mudar de idéia... Se você for falar mal dela, eu vou embora! – ela ia ficando de pé, e eu pareci ouvir o “ALELUIA” sair do teto. 
Kelly: espera! – disse entre dentes – senta! Agora... – Tabatta me olhou, mais voltou a se sentar. – eu te pedi pra vir, porque queria que me perdoasse... 
Tabatta: eu te perdoar? – a voz dela era cheia de desdém – você tem que pedir perdão pra Bella, não pra mim... 
Kelly: não me arrependo de nada que fiz contra ela! – eu sorri debochado de canto, e revirei o olhar, ainda andando atrás de Tabatta de um lado pro outro, só de ouvido na conversa – eu quero mais é que ela morra, junto com o desgraçado do seu pai e daqueles remelentos que ela tem! 
Edward: você já está indo longe demais! – me virei nervosamente na direção do vidro que nos separava. 
Kelly: não te chamei aqui... – praguejou – veio por que quis. Se não quiser ouvir, saia e me deixe sozinha com a minha filha! 
Edward: nunca... – voltei a ficar como estava. 
Kelly: ninguém no mundo me importa Tab. – por mais ridículo que possa ter sido, senti algo que chegava perto de sentimento na voz dela – só você. Eu errei com você... Errei com tudo, mais eu te amo. Eu fiz coisas feias, e fico feliz pela nojenta da Bella ter ficado no seu lugar. Sei que não é desculpa mais eu estava cega de ódio e era o único jeito de acertar o seu pai... Causando mal a você... Você não deve estar entendendo o que eu estou falando, mais o idiota do seu pai está! E um dia ele vai te contar a verdade, e você vai saber do que se trata... – eu comecei a rir alto – o que eu quero mesmo, é que você me perdoe... E saiba que eu te amo muito, e só agora enxergo que você é tudo o que eu tenho. 
Tabatta: eu... – ela não estava olhando para Kelly. Estava com os olhos nas mãos, e depois olhou para mim com os olhos cobertos de lágrimas. – eu perdôo Kelly. – as lágrimas desciam por seu rosto, e eu parei pra olhar, intrigado – pelo que fez comigo, eu te perdôo. – ergueu o olhar mais seguro – você é minha m... Quer dizer, você me colocou no mundo. – deu de ombros – tem o meu perdão. Mais quanto ao que fez com a Bella... Eu não vou perdoar NUNCA! Ela não merecia... E não merece. Não vou perdoar por ter mandado o John machucá-la daquele jeito, nem pelo que fez com a minha irmãzinha e muito menos por ter feito ela cair da escada e ter deixado o meu irmão que vai nascer cego! Isso eu nunca vou perdoar. 
Kelly: eu entendo. – comentou – mais apenas por me perdoar com você eu já fico feliz! É apenas de ter machucado você que eu me arrependo. 
Edward: como você pode ser tão desprezível? – coloquei a mão no ombro de Tabatta – vamos filha... De tchau pra essa mulher. 
Tabatta: tchau, Kelly. – ficou de pé, e Kelly fez o mesmo. – qualquer dia eu volto. 
Kelly: não vai haver outro dia. – deu de ombros – Adeus, filha... – ela se grudou ao vidro, querendo chegar o mais perto de Tabatta possível. – Adeus, desejo que seja muito feliz, e que realize todos os seus sonhos. Que seja uma boa mulher, tenha um bom marido e lindos bebês. – sorriu – eu sei que vai ser! Eu amo você. Não se esqueça nunca que foi a única que amei de verdade... E há... Se puder, um dia vá atrás do Miguel. Ele está num orfanato chamado “Santa Monica” aqui na cidade mesmo. Ele vai... Gostar de ver você. – Tabatta assentiu – eu te amo. – e se foi, levada algemada. 
Chegando ao carro, Tabatta parecia abatida. 
Edward: o que foi? Não vai ficar mal por causa daquele monstro, vai? – eu a beijei na testa, e tirei o cabelo de seu rosto para vê-la melhor. 
Tabatta: não... O senhor ficou bravo comigo, papai? – questionou com os olhos cheio de lágrimas – por ter perdoado ela? 
Edward: não amor, eu não posso fazer isso. Ela é sua... Ela te colocou no mundo, sabe? Você fez o certo. 
Tabatta: assim me sinto melhor... 
Edward: não se preocupe com isso... Ela já disse que acabou. – liguei o carro – quem é Miguel? 
Tabatta: o filho que ela teve há seis anos – deu de ombros – o meu outro irmão. 
Edward: você quer vê-lo? – questionei, achando uma boa idéia. 
Tabatta: sério mesmo? 
Edward: é claro... Vou falar com a Bella, e o quanto antes nós vamos. 
Tabatta: Own, obrigado papai, você é mesmo demais! 
Bella POV 
Bella: e como foi? – Edward não estava muito a vontade enquanto deitado ao meu lado na cama, me acariciando. – ela falou muita asneira? Eu nem falei com a Tab, ela entrou tão tristonha. 
Estávamos de frente um pro outro, mas ele não me olhava. Estava com os olhos em sua mão que deslizava na imensidão da minha barriga. 
Edward: ela é maluca! Falou que ama a Tabatta e tal... E depois disse que não se arrependi de ter feito o que fez com você... – ele franziu a testa – pediu perdão pra Tabatta, e falou como se fosse uma despedida. Achei estranho! 
Bella: e o que a Tabatta falou? – cheguei mais perto dele, e toquei seu rosto. 
Edward: falou que a perdoava pelo que fez com ela... Mais não pelo que fez com você nem com os irmãos. – ele me olhou, e eu sorri de lado. – ela é orgulhosa essa menina... 
Bella: fico feliz. – abri um sorriso – ela é um amor, mais deveria ter dito que perdoa. A víbora vai ficar 72 anos na cadeia... Deixa ela ser feliz um pouco! – comecei a rir alto, e Edward me beijou. 
Edward: como você é má... – e voltou a acariciar a barriga – Bella, o que acha de termos mais um filho? 
Bella: Ué, Edward... Eu mal tirei um de dentro de mim e você já quer colocar outro? – eu estava surpresa com aquele comentário – já temos quase quatro e vamos ter um trabalho extra com o novo... Quem sabe daqui uns três anos. Eu não sou parideira... – eu ri, e ele negou também sorrindo. 
Edward: não, o que eu to falando já vai vir pronto! – arregalei os olhos – já tem seis anos, e é um menino. O que você acha? 
Bella: Há não! – pulei no lugar, fazendo ele me olhar nos olhos – você teve outro filho com outra piranha? Edward, você vai me largar? 
Edward: Bella, você tá doida? – ele ria muito de mim – eu não tive filho, mais a piranha teve. Um menino que se chama Miguel, a Tabatta me disse que já te falou dele... E eu não vou te largar nunca, pirada! 
Bella: Há... Ufa... Ela já falou sim! – fiquei confusa – você quer adotá-lo? 
Edward: Há... Aonde comem seis comem sete, não é? Você não acha que podemos ter mais um menino? – os olhos dele eram tão pidões. – você sabe... Eu queria um companheiro pra jogar bola. O Thomas não gosta de futebol e o Edmund não vai poder muito, imagino... – ele afagou gentilmente e barriga – A Tabatta e a Madu são meninas e... Eu queria um menino pra ficar do meu lado nisso e em outras coisas, como cuidar das duas meninas que serão muito lindas quando cresceram! Eu vou ter que sempre estar de olho na mamãe, vai ser difícil dividir... 
Bella: tem certeza que estamos prontos pra isso? Bom, por mim tudo bem... Eu acho que vai ser ótimo. Sempre quis ter muitos filhos... Mas as crianças... Vai ser difícil com tantos! 
Edward: você sabe que eu te ajudo! A Tabatta já é uma moça, e pode ajudar com os menores. – ele uniu as mãos – por favor, Bella! Por favor! 
Pensei por um minuto. Imaginei-me sentada numa mesa dali a vinte anos com seus cinco filhos ao meu redor... Tirei o menino mais velho sentado ao lado direito de Edward, e senti como se algo faltasse. 
 Bella: tudo bem... – sorri para ele, que me beijou. 
Edward: eu sabia que você não ia me decepcionar... Eu te amo!

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