06 maio 2013

MARCADOS PELO CASAMENTO - CAPÍTULO 36

Boa noite pervinhas!! Acabou.. Pelo menos a pior parte sim.. Ótima leitura!
Autora: Izabella Luíza 
Classificação: Maiores de 18 anos 
Categoria: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen 
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 36 - Acabou?
Edward: ...mais isso é certo? – parecia um tipo de timbre estranho dentro da minha cabeça. A voz de Edward vinha de longe... Mas ele parecia estar perto. 

Médico: sim, é certo. Haverá seqüelas, isso é inevitável! – eram vozes que não passavam de sussurros. – ela pode acordar a qualquer momento, o calmante deve cessar efeito a qualquer instante. Fique de olho! Ela fará muitas perguntas, e vai te querer ao lado dela... Só você poderá trazer-lhe essas respostas. Boa sorte. 
Eu buscava forças para voltar a mim. 
De repente, tudo começou a clarear, a minha vista de alguma forma voltou a foco. Por segundos, pensei que tivesse ficado cega. 
Bella: Edward? – apesar de eu saber que ele estava lá pela sua voz, o chamei – o que houve? – tentei me sentar, porém meu corpo estava preso a cama do hospital por fios e fios, ligados a soro, maquinas e sei lá mais o que. 
Edward: Hey, calma lá... – em seu rosto havia um grande sorriso. Isso sem dúvidas me fez se sentir melhor – meu anjo, como se sente? 
Bella: estranha! – com a ajuda de suas mãos carinhosas, voltei a me deitar na cama, olhando para seu rosto em busca de algo que pudesse revelar o presente. – Edward... Há... Há quando tempo estou aqui? 
Ele se sentou na beira da cama, e beijou minha testa docemente, me fazendo suspirar. 
Edward: há dois dias. Você levou um tombo feio.  – sua boca se encostou levemente na minha – não se preocupe com as crianças... – foi como se ele lesse meu pensamento – estão ótimas! Tabatta, Thomas e Madu estão com os meus pais... E nada mais pode atingi-los agora. 
Bella: ela... Morreu? 
Eu não me lembrava nitidamente. 
Só lembrava de sangue sobre mim, sangue que vinha de Kelly. Dos degraus que rolei, da dor de cabeça insuportável... Da dor que senti quanto meu ventre latejava pelo soco que tomei. Do sangue que desceu pelas minhas pernas... Do meu... 
Edward: não ela... – eu o interrompi na hora em que levei às mãos a barriga, e não senti nada novo. 
Bella: Edward... O bebê... Está vivo? – seu sorriso congelou, e foi se desfazendo em seu rosto. Ele apoiou seus braços um de cada lado da minha cabeça, e ficou de cabeça baixa. – me responde... – eu parecia já sabe a resposta. As lágrimas desciam pelo meu rosto, enquanto eu abrasava meu ventre com minhas palmas. 
Edward: é complicado... – sua voz saia, mais auxiliada pela dor. – muito complicado! 
Bella: me fala! – supliquei. 
Edward: você acabou de voltar de uma concussão feia. - suspirou – é melhor falar disso outra hora. 
Ele ficou de pé, tirando os braços do lado do meu corpo, mais com o pouco de força que ainda me restava, fechei minha mão em torno de seu pulso. 
Bella: você nunca me esconde nada... – falei com a voz chorosa, que saia direto do fundo do meu peito – não vai começar agora, vai? Tenho certeza que vai ser melhor se for você a me dar a noticia! Já me acostumei a chorar na sua frente, amor... Você é o único que me entende. 
Edward não me olhou de imediato, mas se virou para mim e voltou a posição que estava antes, encima de mim, com os braços ao lado da minha cabeça, com os olhos fundos nos meus. 
Edward: ok... – falou depois de uns segundos – a Kelly te deu um soco no baixo ventre, ela acertou em cheio o neném. Exatamente onde ele cresce... – Edward apanhou uma de minhas mãos delicadamente, e a levou até um ponto na minha barriga mais elevado e rígido. – sente? – sua voz tremeu com o sorriso. Assenti, sorrindo também. – ela depositou muita força em você... – eu me lembrava dessa parte – a área ficou arroxeada. - Edward abaixou meu edredom, e ergueu minha camisola. Eu estava sem nada por baixo, fiquei praticamente nua. – olhe Bella... 
Ergui-me aos poucos com a ajuda dele, sem muitas complicações. Para Edward parecia mais fácil me mostrar do que me dizer com todas as palavras. 
Vi o que ele dizia. Havia mesmo um ponto roxo na minha pele clara da barriga... Exatamente onde ele me fez tocar. Apertei um pouco, e senti uma dor esquisita. 
Bella: Au... – reclamei enquanto ele tirava minha mão de lá, e abaixava minha roupa novamente. Voltou a me cobrir com o edredom. – então não perdi o nosso bebê? – agora ele estava sentado ao meu lado na cama, acariciando meu rosto. 
Edward: não Bella... Ele ainda está dentro de você. – sorriu levemente – mas foi por pouco. Muito pouco! Sofreu uma hemorragia forte, e a queda da escada pra ‘ajudar’, tudo se complicou! 
Bella: o que você está querendo me dizer? – eu vi a dor em seus olhos, apavorei-me! 
Edward: vamos ter o bebê daqui a seis meses, amor... Como iríamos ter antes. Vai ser tudo normal exceto... – ele se deteve, e olhou bem nos meus olhos – os médicos disseram que virá com alguma seqüela. 
Bella: seqüela...? – gaguejei – tipo, sem braço... Perna? 
Edward: não... Sem visão ou audição. 
Eu olhava para Edward desacreditada. Abaixei meu olha do dele, e mirei minhas mãos. 
Cego ou surdo. Cega ou surda. 
Meu bebê! Meu filho. Apertei os olhos, e sequei as minhas lágrimas. Por culpa de Kelly. 
Bella: como eles podem saber? – foi minha única pergunta, cheia de desprezo pelos médicos. 
Edward: não sei te explicar, amor... – sua mão acariciou minha face delicadamente – se quiser, eu os chamo aqui pra te dizerem... Acho que atingiu alguma parte relacionada... Não tenho certeza! 
Bella: tudo bem. Eu acredito em você. – enlacei minhas mãos em sua camisa, puxando-o para perto. Respirei em sua pele, e fechei os olhos lembrando apenas de quem ele era... E de que eu nunca estaria sozinha. Nunca. 
EDWARD POV 
Edward: entendo que esteja com medo. – murmurei enquanto ela respirava contra meu pescoço. – mais peço que reconsidere e pense bem no que vai fazer... 
Bella: como assim? – Bella riu baixinho. 
Edward: não vou permitir que você o aborte. – falei com a voz dura – entendo que isso possa passar pela sua cabeça... Afinal, eu não sei... Pode pensar que seja melhor ele ou ela não chegar a nascer. Mais não é assim! Eu vou ter que ir contra você uma vez na vida, Bella... Não vou deixar você fazer isso. Não vou deixar que no futuro você se lembre com remorso. 
Ela se afastou por um momento de minha pele, apenas para grudar os olhos nos meus de forma intensa. 
Bella: você acha que eu seria capaz? – eu estava com medo dela gritar, se escandalizar... Mais pela sua reação, parecia apenas calma, com o coração na mão, mais calma. Seus olhos me buscavam com absurda ternura – é de um filho seu que estamos falando! – sorriu de canto – não me importa que venha “sem visão ou sem audição”, - debochou – o que importa é que será meu e seu! Você não me amaria se eu fosse cega ou surda? 
Edward: eu te amaria mesmo se você não existisse. Você sempre foi à mulher com que sonhei. – falei cheio de segurança. – e você, me amaria se eu fosse cego ou surdo? 
Bella: amaria... – esticou-se, até me dar outro beijo – assim como amo o seu bebê. Não me importa! Você vai estar comigo. – parecia um pecado falar como ela falava. Cheia de segurança... Com ago diferente estampado no olhar – eu vou estar com você. Nós já fizemos tantas besteiras, já passamos por tantas tristezas... Essa não vai nos destruir! Vai nos tornar mais forte! 
Edward: só vai precisar de um pouco mais de atenção, estou certo? – ela assentiu, sorrindo - Estou disposto fornecê-la e você, vai está disposta a dar? 
Bella: já dei muito por você, e para você. – sua risada foi envergonhada – é claro que eu vou. E não podemos esquecer quando comprarmos o enxoval já trazermos junto um aparelho de audição, uma bengala e um cachorro! 
Edward: não teve graça! – comecei a sorrir, e ela me abraçou. 
Bella: espera! – me detive – você não me disse o que houve com a Kelly! Se ela não morreu... 
Edward: ela está muito grave no hospital. – minha voz não parecia de dor... Tão pouco de felicidade. Era pena com... Indecisão. – levou um tiro no ombro, e por complicações na cirurgia, teve de amputar o braço esquerdo, aquele braço que ela usou para te dar um soco no ventre. – sorri debochado – sofreu concussões cerebrais na queda da escada, ela estava por baixo, levou mais do que você. Está em coma não induzido. Se ela voltar, já tem uma passagem de ida pra prisão. Os policiais ouviram o a conversa de vocês duas lá dentro, enquanto tentávamos arrombar a bendita porta! Está tudo acabado pra ela. Acabado. 
Bella: então apesar de nós dois termos um bebê ceguinho ou surdinho, os nossos problemas acabaram? Acabou? 
Edward: sim, amor... – beijei sua testa – apesar do surdinho ou ceguinho... – sorri se canto – para nós, acabou. 
BELLA POV 
Quatro meses depois. 
Tabatta estava impaciente naquela manhã. E eu ficando louca! 
Tinham se passado quatro meses do ocorrido... Estava tudo bem. Thomas e Madu corriam de um lado pro outro na beira da piscina, Edward é claro, estava junto os supervisionando. Eu não me importava muito com os gêmeos quando ele estava em casa, uma vez que ele voltava a ter dez anos ao lado dos pequenos... 
Mais o estranho passava longe disso... E eu queria saber o porquê de tanta impaciência vindo de Tabatta. 
Bella: ta legal pode me contar... O que foi? – me sentei ao lado dela, que molhava os pés na piscina. 
Tabatta: eu ainda estou pensando naquilo, Bella... – a voz soou baixa – eu não sei o que fazer... 
Seu olhar se desviou para minha grande barriga, onde ela deslizou a mão. Não precisei erguer o olhar para saber que Edward nos olhava. Ajeitei o chapéu imenso na minha cabeça, e pensei em algo pra dizer. 
Bella: o Edward não deveria ter te dito. – conclui em voz alta. – não deveria! 
Tabatta: apesar de ela ser um monstro, ela é minha mãe. – seus olhos se ergueram da minha barriga para meu rosto – espero que entenda Bella... Eu amo você. Amo muito você... Você me criou nesses últimos anos. Você é mesmo minha mãe. Você me mostrou como é ser amada, e como é ter uma família... Mas ela me colocou no mundo, sabe? Ela me espancou, fez tudo que fez... Mas... Eu não sei... Tenho pena dela! Ela é louca, tem problemas mentais. Se fosse pra escolher entre ela e você, seria você. – eu assenti. 
Bella: eu te entendo, querida... – compreendi – eu sei como se sente confusa. 
Ela não se sentiria assim com certeza, se eu contasse a ela que a mãe tinha mandado estuprá-la. 
Tabatta: o que mais me faz ficar assim é a incerteza. Você vai ficar chateada se eu for vê-la? 
Por um minuto, eu parei para pensar. 
Edward tinha chegado de manhã falando que Kelly já estava na cadeia, pois tinha voltado do coma há uns dias. Ele teve que ir fazer algumas coisas na delegacia em relação aquela denuncia que fizemos contra ela, e foi convidado a ir vê-la na penitenciária. 
Por pura curiosidade ele foi... E tudo o que ela lhe pediu foi para ver Tabatta. Pelo menos que fosse a ultima vez. 
Ele me contou, e me perguntou o que fazer. O que eu ia dizer? Quem era eu pra decidir alguma coisa? A mais atingida de toda essa história? Sim, talvez... 
Mais a decisão caberia a Tabatta... Ela já era grandinha o suficiente para saber o que fazer em relação a isso. 
Bella: não, eu não vou ficar chateada. – eu a abracei, e ela me retribuiu – eu tenho muita confiança em você, mocinha. 
Tabatta: obrigada, Bella. – ela tinha começado a chorar... Eu não entendi.
Bella: porque as lágrimas? 
Tabatta: Bella... E se... Se... – Tabatta gaguejava muito – quando eu crescer... Eu... Ficar louca e má como a Kelly?

Nenhum comentário:

Postar um comentário