Autora: Izabella Luíza
Classificação: Maiores de 18 anos
Categoria: Saga Crepúsculo
Personagens: Bella Swan, Edward Cullen
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Avisos: Estupro. Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulo 33 - Maria Eduarda
Empurrei a porta da casa de meus sogros com uma força que de verdade, eu não sabia que podia ter. Meu coração pulsava tão rápido, que Edward segurando firme em meu pulso talvez o pudesse sentir. Nada.
Esme: graças a Deus vocês voltaram! - berrou de algum canto da casa, onde enxergamos Charlie, Carlisle e Renée... Todos muito quietos.
Edward me segurou no lugar, enquanto Tabatta entrava e Esme corria em direção a ela para esmagá-la num abraço. Todos ali pareciam não saber o que dizer... Expressões de dor, angustia, tristeza... Sentimentos que nunca vi no rosto de meus pais e de meus sogros tão nitidamente.
Coisas incomuns. Cinco minutos de silêncio... Não se ouvia nada além dos soluços de Esme...
Charlie: porque não nos colocaram a par da situação? - a voz de meu pai era extremamente perturbadora. Edward e eu nos olhamos trocando uma certeza: eles já sabiam.
Bella: NÃO IMPORTA AGORA! - gritei - ONDE É QUE ESTÃO OS MEUS FILHOS?
Dei um passo na direção do corredor, pois eu não via nenhum dos gêmeos. As mãos fortes de Edward me seguraram no lugar...
Renée: Brenda! - gritou, e segundos depois, minha irmã mais nova surgia na sala com um dos bebês em seu colo. Me olhava fixamente, enquanto de seus olhos saltavam lágrimas... - é tudo o que temos.
A voz de minha mãe foi alta. Eu não conseguia deixar de olhar o meu bebê no colo de Brenda. Eu queria correr e abraçar contra meu peito... Mais ela foi mais rápida... Colocou-o no chão... E de braços abertos e passos curtos, Thomas veio correndo em direção a mim.
EDWARD POV
Não me surpreendeu.
Eu sabia desde o inicio que era ela quem tinha sumido. Eu sabia que era Maria Eduarda quem tinha sido levada por Kelly... Barbara... Seja lá quem fosse!
Bella apertava Tom contra seu corpo de um jeito que fez meu coração parar... Era tanta a tristeza que deslizava por seu rosto, o escândalo que fazia ao tocar todos os cantos que podia do pequeno corpinho de nosso filho. Ele também começou a chorar junto com ela... Até que ela se afastou pra olhar seu rosto mais de perto, e tocando as bochechas dela com a pontinha de seus dedos minúsculos, Thomas olhou para Tabatta e com voz embaçada pelo chutepa verde entre seus lábios... Questionou de forma inocente:
Thomas: mamãe... - disse triste - a Madu foi passear... E não voltou mais. Ela foi sem pedir por favoir.
Bella: Não, Tom... Ela não pediu... - começou Bella, entre lágrimas...
Thomas: você tlouxe a Tabatta de volta... - as lágrimas desciam por suas bochechas rosadas, assim como faziam no lindo rosto de Bella - vai tlazer a Madu também?
Ela não o respondeu, apenas apertou o neném contra o peito e começou a chorar novamente. Ele por sua vez, ficou quieto, apenas abraçando Bella por incontáveis minutos...
Seus olhos castanhos me buscaram... Como se ele quisesse me dizer alguma coisa. Estendeu a mãozinha em minha direção, e eu fui a seu encontro quando apertou o meu dedo com força.
Tinha que ter uma saída.
–
Tabatta: A Bella não está bem, não é? – questionou com semblante tristonho, enquanto Esme e Bella falavam com o oficial de policia do pavilhão a que nos dirigimos. – quer dizer... Além do obvio. – ela rodou os olhos, encostada a meu ombro na sala de espera.
Edward: não, ela não está bem, filha... – de longe se via como Bella tremia ao falar com o oficial. Eu queria estar ao lado dela em todos os minutos, mais naquele momento, depoimentos separados. – acho que... Acho que vamos ter um bebê.
Olhei para ela, esperando uma reação.
Tabatta: Oh droga! – exclamou – meu Deus, coitadinha da Bella. – suas mãos taparam o rosto, e ela meio que começou a chorar em silêncio. – Ai meu Deus! – dizia.
Edward: Tabatta... – toquei suas costas, não entendendo o motivo do choro. Lógico, além do obvio. – o que foi? É TÃO RUIM?
Tabatta: claro que é, papai! – exclamou alto, com as lágrimas deslizando nas bochechas – ela acabou de perder a Madu, e agora vai ter outro? Ela não vai se sentir... Feliz.
Edward: nós não perdermos a Madu! – mesmo contra minha vontade, meu rosto e minha voz se enfureceram. – não volte a repetir isso nunca, entendeu?
Ela apenas assentiu, me olhando assustada. Fui em direção a minha mãe e Bella, me dando conta de que eu tinha sido rude, mas eu não queria pensar no que essa frase poderia ter causado ao lado de Bella.
BELLA POV
Bella: DÓI MUITO... DÓI... DÓI! NÃO, NÃO... NÃO... NÃO LEVA ELA DE MIM... NÃO!
Meu coração corria quando abri os olhos. Não precisei de sequer uma ação para perceber que meu rosto estava coberto de lágrimas... Mas precisei me virar de lado pra notar que Edward estava ali, me olhando atentamente com uma jarra de água ao lado me olhando como se aquilo fosse à coisa mais normal do mundo.
Edward: Bella? – ele não acendeu a luz, mas apenas o fato de ouvir sua voz me fez se lembrar do motivo do pânico...
Meu coração se partiu em minúsculos fragmentos novamente, enquanto eu sentia meu estomago se revirar e minha cabeça cambalear no lugar... O enjôo novamente... Mas desta vez eu não tinha nada pra vomitar, pois eu simplesmente não comia!
Bella: Edward... – o tom de minha voz era o de alguém que chorara e gritara por horas. Rouca, baixa... Estranha. – preciso de... De um analgésico, sei lá... Estou muito tonta... – tentei me sentar, mas cai novamente na cama.
Foi ai que dei um giro pelo ambiente.
Hei... Ali não era o meu quarto... Muito menos a minha casa!
Edward: vai ficar tudo bem, amor... – ele ficou de pé, e percebi que ele não estava de pijamas... - vou chamar a enfermeira e ela vai lhe dar algo pra passar... Vai ficar tudo bem!
Edward passou por mim beijando minha testa, e neste momento observei o local mais profundamente. Era um quarto de hospital. Eu estava com a minha camisola de ursinhos favorita... Com o cabelo devidamente arrumado apesar de meu escândalo durante o sono... E Tabatta e Thomas dormiam no sofá ao lado com televisão no mudo, um empoleirado sobre o outro.
Edward voltou, e quando o fez entrou no quarto com o rosto absurdamente sério...
Bella: droga! O que aconteceu? – falei baixo para não acordar as crianças.
Edward: você desmaiou na delegacia depois de dar uns bons berros com o oficial de justiça. – ao invés de se sentar no lugar onde estava antes de eu acordar, foi para o meu lado na maca alta e me abraçou-me aconchegando contra seu peito. – a médica plantonista da delegacia te examinou... E me disse pra te trazer pra cá.
Bella: porque as crianças estão aqui? – questionei sem deixar de olhá-los... Sentindo meus olhos se enxerem de lágrimas ao olharem Thomas.
Edward: eu e você estamos aqui. – sua boca estava em meu ouvido, sussurrando quente e deliciosa – é aqui que eles devem estar. – ele notou as minhas lágrimas, e sua expressão se tornou mais desgastada. – Bella... Por favor... Por mim...
Bella: é tão difícil. – murmurei contra sua camisa, esfregando o rosto ali. – ela não queria que agente tivesse ido... Se agente tivesse escutado...
Edward: quer saber o que o médico disse? – me interrompeu como num solavanco. Eu sentia as vibrações de lágrimas vindo de seu corpo, assim como de sua voz. Assenti positivamente.
Bella: o que ele disse? Eu vou morrer em trinta dias?
Edward: Bella... – ele não riu da minha tentativa frustrante de piada, pelo contrário. Ergueu meu rosto delicadamente, e passou o polegar pelas minhas lágrimas, beijando o rastro delas... Depois, com os lábios bem pertinho dos meus... Sussurrou com a mínima ponta de felicidade que para nós dois a essa altura, era como explodir dela! – você está mesmo grávida.
Eu não queria sorrir. Mais minha boca foi traidora! Eu sorri para ele, abraçando-o fortemente... Escondendo meu rosto dele.
Bella: verdade?
Edward: sim... – senti sua boca em meus cabelos, pressionando carinhosamente – segundo ele, dois meses... Bella você é tão desligada... – agora sim ele riu – não percebeu antes?
Bella: na verdade eu tinha outras coisas em mente... – comecei.
Edward: nada disso! – sua postura era decidida – eu vou cuidar do assunto. Você vai se concentrar em manter a memória dela na cabeça e o coração, e em dar forças para Thomas e Tabatta. Eles precisam de você. Eu preciso de você. O nosso novo bebê precisa de você, será que me entende? – ele me afastou, e novamente tomou meu rosto entre as mãos – você é meu alicerce, e eu não sou nada se você não está me mantendo em pé. Eu quero que me sustente, Bella...
Bella: eu não vou decepcionar Edward. – era tudo que eu tinha que fazer. O que ele me dissesse.
Edward: quero que por mim, faça isso... E que se concentre em outra coisa pra não doer tanto. – eu queria berrar que não havia como – há como controlar. Se concentre nas crianças... Se concentre na sua gravidez. Eu estou mandando que de atenção a gravidez. – ele riu baixinho – que compre berços, roupinhas... Mas que não se deixe cair, Bella. Não quero que pense que eu quero que se esqueça dela.
Bella: eu sei o que você quer dizer... – murmurei, o abraçando e falando perto de seu ouvido - mais eu não sei se vou ter a mesma força... Não vou conseguir viver. Arrancaram parte de nós, Edward. Você não está sentindo doer?
Edward: é claro que eu estou sentindo... – ele não me soltou apenas me apertou mais nos braços – o mesmo que você, Bella. Apenas não deixo sangrar...
Mesmo não estando bem, eu entendia tudo o que ele queria me dizer. Por mim, ele tinha que ser forte.
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